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e-Tec BrasilAula 1 | Falando de energia 5 Aula 1 | Falando de energia Meta da aula Mostrar como a palavra “energia” é usada no nosso dia-a-dia.• Objetivos da aula Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: identificar as fontes de geração e transformação de energia;1. descrever o processo de geração, distribuição e utilização de 2. energia elétrica em instalações; identificar as fontes alternativas de energia elétrica.3. Pré-requisito Para um bom aproveitamento desta aula, é necessário que você relembre o conceito de energia e as transformações de energia que você aprendeu na 9° ano do Ensino Fundamental e no 3° ano do Ensino Médio. Energia: o que é isso? Com certeza, você já ouviu falar em “energia”, não é verdade? No nosso dia-a-dia, a palavra “energia” é usada em vários contextos diferentes e com muita freqüência. São muitos os significados atribuídos a essa palavra: “Esse menino tem muita energia!”; “O Brasil está vivendo uma crise de energia”; “Chocolate traz mais energia a sua vida.” Notamos que, nessas e em outras expressões da linguagem do dia-a-dia, a palavra energia traz a idéia de força, saúde, poder, vigor. Na linguagem cien- tífica ou técnica, essa palavra tem um significado bem específico: energia é a capacidade de realizar trabalho. A energia pode ser classificada em diversos tipos, como, por exemplo: energia mecânica (movimento), energia elétrica, energia luminosa, energia térmica, energia química, dentre outras, referindo- se ao modo como a energia se manifesta: movimento, eletricidade, luz, calor. Edificaçõese-Tec Brasil 6 Como energia é a capacidade de realizar trabalho, podemos percebê-la em diversas ações: quando movemos um objeto, o aquecemos ou o fazemos ser atravessado por uma corrente elétrica. Nestes processos não há perda de energia, ela apenas é transformada ou transferida para outro corpo. Pense um pouco: A da m C ie si el sk i Qual é o tipo de energia “mais comum” em nosso cotidiano? Fonte: www.sxc.hu/photo/264245 Tenho certeza que não foi difícil responder a essa pergunta. Diariamente lidamos com aparelhos que funcionam por meio de energia elétrica. Quando acendemos uma lâmpada, ligamos a televisão, o ventilador, o refrigerador, o computador e tantos outros equipamentos, estamos consumindo energia elétrica. Como mencionado anteriormente, a energia manifesta-se sob diferentes formas. Calor, luz, eletricidade, movimento e som são algumas delas. Veja exemplos de utilização de energia na Figura 1.1: Fonte: www.sxc.hu/photo/725550 A fo ns o Li m a Fonte: www.sxc.hu/photo/894247 G us c un h e-Tec BrasilAula 1 | Falando de energia 7 C hr is to ph e Li be rt Fonte: www.sxc.hu/photo/821876 Figura 1.1: A eletricidade, o som e o movimento são alguns exemplos de formas sob as quais a energia se manifesta. As diversas formas de energia citadas anteriormente não são as únicas. As descargas atmosféricas (raios) muito comuns durante uma tempestade são a forma mais visível de eletricidade. Os raios são o resultado de descargas elétricas produzidas entre nuvens de chuvas ou entre as nuvens e a terra. As principais consequências das descargas elétricas atmosféricas (raios) são o relâmpago (luz do raio) e o trovão (som do raio). st an is la w r om be l Fonte: www.sxc.hu/photo/906653 Figura 1.2: As descargas elétricas atmosféricas, ou seja, os raios, são um bom exem- plo de energia elétrica. Eles sempre vêm acompanhados dos relâmpagos e trovões. Edificaçõese-Tec Brasil 8 Atividade 1 Atende ao Objetivo 1 Relacione as colunas de acordo com as transformações de energia envolvidas: Aquecer um alimento no fogão a gás1. Acender uma lâmpada2. Ligar uma batedeira3. Acender um fósforo4. Uma motocicleta em movimento5. ( ) Química em térmica e luminosa ( ) Química em mecânica ( ) Elétrica em mecânica ( ) Química em térmica ( ) Elétrica em luminosa e térmica De onde vem e como a energia elétrica chega à sua casa? Pensar em um ato tão comum como acender uma lâmpada, movimentar um botão e ligar um ventilador é uma boa maneira de refletir sobre como a energia chega à sua casa. Você já se perguntou como a energia é produzida e como percorre quilômetros a fios até chegar à sua casa? A produção de energia elétrica pode ser feita de várias maneiras. Já ouviu falar em usina geradora de eletricidade, como hidrelétrica, termoelétrica, nuclear? Provavelmente sim. A usina hidrelétrica (hidroelétrica) é o tipo de usina geradora de energia mais comum no Brasil, já que nosso país tem um grande potencial hídrico. Esse tipo de usina produz grande quantidade de energia elétrica. Nas hidre- létricas, ocorre a transformação da energia hidráulica em energia mecânica, por meio de uma turbina hidráulica que, por sua vez, é convertida em ener- gia elétrica por meio de um gerador. Usina hidrelétrica ou central hidroelétrica Conjunto de obras e de equipamentos que têm por finalidade produzir energia elétrica através do aproveitamento do potencial hidráulico existente em um rio. Glossário e-Tec BrasilAula 1 | Falando de energia 9 Fonte: www.sxc.hu/photo/982560 Ro be rt L in de r Figura 1.3: Uma usina hidrelétrica produz grande quantidade de energia elétrica. Essa energia produzida é transmitida para uma ou mais linhas de transmissão que estão ligadas a uma rede de distribuição elétrica. Entre a usina hidrelétrica e os locais de consumo, a energia elétrica passa por diversas transformações necessárias ao seu melhor aproveitamento. A primeira dessas transformações de energia ocorre na turbina, presente nas usinas de eletricidade. Nas usinas hidrelétricas as turbinas estão ligadas a geradores que transfor- mam em eletricidade a energia potencial armazenada em imensas quanti- dades de água. A roda d’água, mecanismo antigo usado para irrigação e produção de energia elétrica, é considerada a precursora da turbina. Funciona da seguinte maneira: a água bate em suas pás e faz a roda girar. Ao girar, a roda movimenta o eixo de um gerador elétrico, produ- zindo, então, a eletricidade. Edificaçõese-Tec Brasil 10 Veja, na Figura 1.4, um resumo do “caminho” da eletricidade das usinas até sua casa: Fi g u ra 1 .4 : E sq ue m a de d is tr ib ui çã o da e ne rg ia e lé tr ic a, d es de a u si na a té a s ua c as a. 2. M ov im en to , c al or o u en er gi a nu cl ea r sã o co nv er tid os e m e ne rg ia e lé tr ic a. D as u si na s, a e ne rg ia e lé tr ic a é en vi a- da a os c en tr os c on su m id or es a tr av és d e lin ha s de t ra ns m is sã o de a lta t en sã o. 7. C ad a ca sa (o u co nj un to d e ca sa s e pr éd io s) t em u m p os te p ró xi m o qu e re ce be a e le tr ic id ad e e a en vi a pa ra a c as a on de s e in st al ou u m m ed id or d e en er gi a. 8. A e le tr ic id ad e ch eg a, en tã o, à s r es id ên ci as p el as re de s de d is tr ib ui çã o de ba ix a te ns ão . 5. D aí s ae m o s fio s qu e co nd uz irã o a el et ric idad e at é os d iv er so s c ôm od os d a ca sa , o nd e é di st rib uí da . 3. C om o nã o po de s er u sa - da e m v ol ta ge ns m ui to e le - va da s, a t en sã o é re du zi da co nf or m e as ne ce ss id ad es . Is so é f ei to n as s ub es ta çõ es . 2 3 4 6 7 8 G er ad or Tr an sf or m aç ão d e um a su be st aç ão Tr an sf or m ad or d e al ta v ol ta ge m Re de d e di st rib ui çã o de b ai xa t en sã o Tr an sf or m ad or Fi os d e di st rib ui çã o Li nh as d e tr an sm is sã o 4. F in al m en te , e la é c on su m id a no s ap ar el ho s e di sp os iti vo s el ét ric os . 1. T ud o co m eç a na s us in as , on de a q ue da - d´ ág ua ( na s hi dr el ét ric as ), a qu ei m a de c om - bu st ív el ( na t er m el ét ric a) o u a fis sã o de á to - m o (n a te rm on uc le ar ) m ov em t ur bi na s qu e ac io na m u m g er ad or , ca pa z de t ra ns fo rm ar en er gi a m ec ân ic a em e ne rg ia e lé tr ic a. 6. D o m ed id or , a en er gi a pa ss a pa ra a c ai xa d e di s- tr ib ui çã o in te rn a, n a qu al ex ist em o s di sju nt or es . 5 C ai xa d e di st rib ui çã o in te rn aTu rb in a 1 Figura 1.4: Esquema de distribuição da energia elétrica, desde a usina até a sua casa. e-Tec BrasilAula 1 | Falando de energia 11 Entre os países que usam a usina hidrelétrica como forma de se obter energia, o Brasil se encontra atrás apenas do Canadá e dos Estados Unidos, sendo, portanto, o terceiro maior do mundo em potencial hidrelétrico. Dessa imensa quantidade de energia elétrica produzida, o quanto você usa em sua casa? Para saber, existe, na maioria das habitações, um medidor de energia, equipamento eletromecânico ou eletrônico que faz a medição do consumo de energia elétrica. Este equipamento que mede o consumo de energia elétrica em uma resi- dência é chamado relógio de luz. Normalmente, ele fica do lado externo das construções, para facilitar o acesso do funcionário que mensalmente o consulta para fazer a leitura e anotar seu resultado. Veja um relógio de luz na Figura 1.5: Ra uf A bu d Figura 1.5: Medidor de energia elétrica ou relógio de luz. Edificaçõese-Tec Brasil 12 Você já sabe como ocorre a medição do consumo de energia elétrica na sua casa, não é verdade? Mas qual é a unidade de medida da energia elétrica? A energia elétrica consumida é medida em quilowatt-hora – kWh. O cálculo da conta de luz se baseia na diferença entre a última leitura do relógio de luz e a leitura do mês anterior. O intervalo entre uma leitura e outra é de 30 dias. O quilowatt-hora (kWh) é a unidade que aparece nas contas de luz. Veja um exemplo de conta de luz na Figura 1.6: Figura 1.6: Trecho de uma conta de luz, em que está assinalada a quantidade de quilowatt-hora (kWh) consumida na residência, no período de 30 dias. Atividade 2 Atende ao Objetivo 2 Complete as afirmações a seguir: a) é a máquina que transforma energia mecânica em energia elétrica. A energia elétrica é enviada aos centros consumidores através de b) de alta tensão. A c) é uma máquina rotativa que se põe em mo- vimento quando um jato de água bate nas suas pás. Seu giro produz energia elétrica. O conjunto de obras e de equipamentos que têm por fim produzir ener-d) gia elétrica por meio do aproveitamento do potencial de água de um rio é chamado . e) é a capacidade de executar trabalho. Quilowatt-hora O consumo de energia elétrica é medido em quilowatt-hora (kWh), ou seja, quantos milhares de watts foram consumidos por hora, já que 1 quilowatt (Kw) equivale a 1.000 watts. Glossário e-Tec BrasilAula 1 | Falando de energia 13 Nada se cria, nada se perde... Até aqui você já viu diferentes formas de energia: mecânica, térmica, lumi- nosa, elétrica, química e nuclear. Viu também que é possivel converter um tipo em outro. Em muitos processos, sejam em fenômenos naturais sejam em equipamentos específicos, várias formas e transformações de energia estão presentes. Quando dizemos que uma usina produz energia elétrica, queremos, de fato, dizer que ela converte outras formas de energia em energia elétrica. A ener- gia não é “criada” na usina a partir do nada, mas a partir de outras formas de energia. Na outra ponta do “trajeto” da energia elétrica, quando a consumi- mos, também não estamos gastando a energia, no sentido de “dar um fim” a ela, mas transformando-a em outra forma de energia, como, por exemplo, energia mecânica (quando ligamos a batedeira ou o liquidificador), energia luminosa e térmica (quando acendemos uma lâmpada incandescente). À medida que a população cresce, aumentam também as necessidades energéticas e, consequentemente, a busca por mais fontes de geração de energia. As formas tradicionais de geração de energia, em geral, provocam impactos ambientais: enchentes (usinas hidrelétricas), rejeitos nucleares (usi- nas nucleares), efeito estufa (queima de combustíveis fósseis) etc. Assim, faz-se necessário implementar outros recursos naturais como fontes de energia que sejam alternativas às convencionais (algumas já usadas há muito tempo), como a energia solar, a energia éolica, a energia das marés, a energia geotérmica (calor gerado em camadas do interior da Terra), a ener- gia de biomassa, entre outras. A energia solar é a designação dada a qualquer tipo de captação de ener- gia luminosa (e, em certo sentido, da energia térmica) proveniente do Sol e posterior transformação dessa energia captada em alguma forma utilizável pelo homem, seja diretamente para aquecimento de água ou ainda como energia elétrica ou mecânica. A captação de energia solar é feita através da instalação de painéis e coletores solares. Lâmpada incandescente Dispositivo elétrico que transforma energia elétrica em energia luminosa e energia térmica. As lâmpadas incandescentes atuais utilizam um fio de tungstênio encerrado num bulbo de vidro. Passando corrente elétrica no filamento, ele se aquece a uma temperatura de 3.000º C. O filamento torna-se, então, incandescente e começa a emitir luz. Dentro da lâmpada não pode haver ar, mas há um gás específico (argônio ou criptônio) para evitar que o filamento se oxide ou se sublime (passe do estado sólido para o gasoso) Combustíveis fósseis Existem três grandes tipos de combustíveis fósseis – o carvão, o petróleo e o gás natural. Os combustíveis fósseis são resultado de um processo de decomposição das plantas e dos animais. Uma vez esgotados, não é possível fabricá-los. A queima desses combustíveis é muito prejudicial ao meio ambiente, provocando poluição e efeitos sérios, como o efeito estufa, por exemplo. Fonte: http://www. abcdaenergia.com/enervivas/ cap05.htm Glossário Edificaçõese-Tec Brasil 14 Fonte: www.sxc.hu/photo/990288 Pa tr ic k M oo re A energia eólicaé a energia que provém do vento. Você sabia que a ener- gia eólica tem sido aproveitada desde a Antiguidade para mover os barcos impulsionados por velas ou para fazer funcionar a engrenagem de moinhos, ao mover as suas pás? Fonte: www.sxc.hu/photo/1007959 Ja nu sz D ym id zi uk Pois é. Hoje em dia a anergia eólica já é utilizada para a produção de energia elétrica, através da ação de aerogeradores – grandes turbinas colocadas em lugares de muito vento. Essas turbinas têm a forma de um catavento ou um moinho. Esse movimento, através de um gerador, produz energia elétrica. e-Tec BrasilAula 1 | Falando de energia 15 No Brasil, o Estado do Ceará se destaca por ter sido um dos primei- ros locais a realizar um programa de levantamento do potencial eólico. De acordo com a Secretaria da Infraestrutura do Estado, o Ceará conta com três usinas de energia eólica, no litoral da re- gião metropolitana. Em Fortaleza, a usina do Mucuripe produz 2,4 megawatts; em São Gonçalo do Amarante, a produção é de 5 megawatts; e na Prainha, em Aquiraz, 10 megawatts. São 17,4 megawatts de energia ou 1% da demanda do Estado, o suficiente para abastecer uma cidade de 50 mil habitantes, como Aquiraz. Fonte: http://verdesmares.globo.com/v3/canais/noticias.asp?codigo =117348&modulo=184 A energia maremotriz ou energia das marés é o modo de geração de eletri- cidade através da utilização da energia contida no movimento de massas de água devido às marés. Dois tipos de energia maremotriz podem ser obtidas: energia cinética das correntes, devido às marés, e energia potencial, pela diferença de altura entre as marés alta e baixa. Fonte: www.sxc.hu/photo/963597 jo lk a ig ol ka A energia geotérmica é a energia disponível em forma de calor emitido no interior da crosta terrestre. Como fontes de energia geotérmica podemos citar as fontes de água quente (gêiser) ou de vapor de água. Edificaçõese-Tec Brasil 16 A energia de biomassa abrange os derivados recentes de organismos vivos utilizados como combustíveis ou para a sua produção. Do ponto de vista da ecologia, a biomassa é a quantidade total de matéria viva existente num ecossistema ou numa população animal ou vegetal. Os dois conceitos estão, portanto, interligados, embora sejam diferentes. Na definição de biomassa para a gera- ção de energia excluem-se os tradicio- nais combustíveis fósseis, embora eles também sejam derivados da vida vege- tal (carvão mineral) ou animal (petróleo e gás natural), mas resultado de várias transformações que requerem milhões de anos para acontecer. Pode-se considerar a biomassa como um combustível renovável, enquanto os combustíveis fósseis não são renováveis. Atividade 3 Atende aos Objetivos 1, 2 e 3 Preencha as cruzadas, exercitando o seu conhecimento: 1. Capacidade de realizar uma ação ou executar um trabalho. 2. Conceito usado para denominar a geração de energia que é produzida utilizando resíduos de vegetais. 3. Diz-se dos recursos naturais que se regeneram. 4. Nome popular do equipamento usado para medir o consumo de energia elétrica em uma residência. 5. Denominação dada à energia que é gerada a partir das marés. 6. Tipo de energia gerada em uma hidrelétrica. 7. Nome da máquina que gira o eixo do gerador. Combustíveis renováveis Combustíveis que usam como matéria-prima elementos renováveis na natureza, como a cana-de-açúcar, utilizada para a fabricação do álcool. Glossário e-Tec BrasilAula 1 | Falando de energia 17 8. Energia proveniente da decomposição do átomo. 9. Máquina que transforma energia mecânica em elétrica. 10. Energia proveniente do Sol. Resumo A energia é algo que está presente em tudo o que acontece no nosso • dia-a-dia. A energia se manifesta sob diversas formas e, constantemente, está se • convertendo de uma forma em outra. Energia é a capacidade de realizar trabalho. • As usinas elétricas são de diferentes tipos: hidrelétricas, térmicas e nucle-• ares. Cada uma delas aproveita determinado tipo de energia para trans- formar em energia elétrica. No Brasil, assim como em alguns outros países que possuem elevado • potencial hídrico, as usinas mais utilizadas são as hidrelétricas. O equipamento que mede o consumo de energia elétrica em uma resi-• dência é chamado relógio de luz, e sua unidade de medida é o quilowatt- hora (kWh). Edificaçõese-Tec Brasil 18 A energia solar, a energia eólica, a energia maremotriz, a energia geo-• térmica e a energia de biomassas são exemplos de fontes alternativas de energia. Informação sobre a próxima aula Na próxima aula você irá aprender sobre a constituição da matéria, materiais condutores e isolantes. Até lá! Respostas das atividades Atividade 1 (4) Química em térmica e luminosa (5) Química em mecânica (3) Elétrica em mecânica (1) Química em térmica (2) Elétrica em luminosa e térmica Atividade 2 Geradora) é a máquina que transforma energia mecânica em energia elétrica. A energia elétrica é enviada aos centros consumidores através de b) linhas de transmissão de alta tensão. A c) turbina é uma máquina rotativa que se põe em movimento quando um jato de água bate nas suas pás. Seu giro produz energia elétrica. O conjunto de obras e de equipamentos que têm por fim produzir ener-d) gia elétrica por meio do aproveitamento do potencial de água de um rio é chamado usina hidrelétrica. Energiae) é a capacidade de executar trabalho. e-Tec BrasilAula 1 | Falando de energia 19 Atividade 3 e-Tec BrasilAula 2 | O fenômeno eletricidade 21 Aula 2 | O fenômeno eletricidade Meta da aula Apresentar a eletricidade e seus efeitos a partir dos conceitos • básicos da estrutura da matéria. Objetivos da aula Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: identificar as diferentes formas de eletrização: atrito, contato 1. e indução; identificar alguns efeitos provocados pela eletricidade; 2. diferenciar os materiais condutores e isolantes a partir de suas 3. características. Pré-requisitos Para ter um bom aproveitamento desta aula, é importante você realizar algumas experiências que serão propostas no decorrer do seu estudo. Para isso, é importante ter em mãos caneta esferográ- fica, um jeans, pedacinhos de papel e, se possível, estar próximo a uma torneira de água. O que é, o que é? Eu sou força, ilumino, aqueço e também resfrio. Faço movimentar máquinas, sou invisível, mas meus efeitos são visíveis, são sentidos, são ouvidos. Edificaçõese-Tec Brasil 22 A da m C ie si el sk i Fonte: www.sxc.hu/photo/264245 Você decifrou a charada? Essa força invisível que é capaz de produzir tantos efeitos é a eletricidade. Você conhece alguém que tenha medo de mexer em tomadas e levar um choque? Você saberia explicar por que as pessoas sentem tanto medo da eletricidade, se nem conseguem enxergá-la? Se você ainda não sabe a resposta, estude esta aula com toda sua energia! Na Aula 1, estudamos um pouco sobre as formas da energia. Nessa aula aprendemos que, no Brasil, a produção de eletricidade ou energia elétri- ca pode ser feita de várias maneiras, principalmente em usinas geradoras, como hidrelétricas. Nesta aula, você vai aprender um pouco mais sobre a eletricidade e, para facilitar esse estudo, precisamos aprender alguns conceitos básicos sobre a estrutura da matéria. Vamos ver o que é isso? Fio elétrico sob tensão PERIGO Figura 2.1: Por que, mesmo invisível, as pessoas têm tanto medo da eletricidade? e-Tec BrasilAula 2 | O fenômeno eletricidade 23 Matéria: o que é isso? Antes de qualquer coisa, é importante que você saibao que é matéria. Matéria é tudo que existe no universo e está ocupando um lugar no espaço, podendo apresentar as mais variadas formas. A matéria pode ser dividida em partes cada vez menores. Imagine, por exem- plo, a água. Se analisarmos uma gota, ainda teremos a substância água, e se continuarmos com volumes ainda menores, até chegarmos a uma porção bem pequena que só possa ser analisada ao microscópio, ainda assim tere- mos água. Portanto, a essa menor parte da matéria, sem que se percam suas características originais damos o nome de molécula. Se continuarmos dividindo as moléculas, elas agora perderão suas caracterís- ticas e obteremos partículas denominadas átomos. Os átomos são formados por partículas muito pequenas, denominadas pró- tons, nêutrons e elétrons. Os prótons (p), de cargas elétricas positivas (+) e os nêutrons (n), de carga elétrica zero (nula), estão localizados no núcleo do átomo. Os elétrons (e), de cargas elétricas negativas (-) estão localizados na eletrosfera. Veja a figura a seguir: Figura 2.2: O átomo e suas partes constituintes. Eletrosfera Região externa do átomo onde se localizam os elétrons. Glossário O átomo Núcleo É onde se concen- tra quase toda a massa do átomo. Eletrosfera Onde se encon- tram os elétrons. Núcleo São partículas que se localizam na eletrosfera. Pos- suem carga elétri- ca negativa. Prótons (P) Partículas com carga elétrica possitiva. Nêutrons Partículas sem carga elétrica. Edificaçõese-Tec Brasil 24 Como você viu, os prótons e os elétrons são positivos e negativos, respec- tivamente. Isso significa que eles apresentam uma importante propriedade física, a carga elétrica. A carga elétrica é uma das propriedades fundamentais da matéria associada a partículas elementares (prótons, elétrons e nêutrons). Cada partícula ele- mentar recebe um valor numérico que representa sua quantidade de carga elétrica. Algumas partículas não possuem carga e são chamadas neutras. O nêutron é um exemplo desse tipo de partícula. O elétron e o próton receberam um valor de carga elétrica denominada carga elementar. Por que os interruptores brilham no escuro? Você já deve ter percebido que alguns interruptores brilham no escuro. Isso se deve ao material que o constitui, o sulfe- to de zinco. Essa substância, em contato com a luz, absorve partículas luminosas (os fótons) que lançam os elétrons para longe do núcleo. Quando há ausência de luz (escuro), os elétrons voltam para a po- sição inicial, e esse retorno vem acompa- nhado de emissão luminosa. Êpa! O que é isso? Observe as situações representadas nas imagens e depois leia o texto a seguir. Figura 2.3: Atração e repulsão entre cargas. Fonte: Revista Superinteressante, ago. 2000. Fonte: http://www.sxc.hu/ photo/669472 - Marius Muresan e-Tec BrasilAula 2 | O fenômeno eletricidade 25 Em seu estado normal, um corpo (um material) é neutro, isto é, não existe predominância de cargas elétricas. Nessa situação, o número de prótons é igual ao de elétrons e, assim, temos um sistema eletricamente neutro. Entre- tanto, quando esse sistema perde elétrons, fica eletrizado positivamente, e quando recebe elétrons, fica eletrizado negativamente. Por exemplo, se um determinado corpo possui um número de prótons maior que o de elétrons, o corpo está eletrizado positivamente, se for o contrário, isto é, se houver um excesso de elétrons, o corpo é dito eletrizado negati- vamente. E o que acontece se aproximarmos dois corpos eletrizados com a mesma carga elétrica? Nesse caso, surge entre eles uma força elétrica de repulsão. E se for o contrário, ou seja, se aproximarmos dois corpos eletrizados com cargas diferentes? Agora, surge uma força elétrica de atração. Eletrizante! Alguns sites mostram curiosidades sobre a eletricidade. Exemplos podem ser vis- tos em: Fontes:http://www.ced.ufsc.br/emt/tra- balhos/historiadaeletricidade/CURIOSI- DADES.htm Fonte: http://www.sitedecuriosidades. com/pesquisar/eletricidade.html Eletrizado Um corpo apresenta-se eletricamente neutro quando o número total de prótons e de elétrons está em equilíbrio na sua estrutura. Quando, por um dos processos denominados atrito, contato e indução, se consegue desequilibrar o número de prótons e elétrons, dizemos que o corpo está eletrizado. Glossário Edificaçõese-Tec Brasil 26 Como os materiais podem ser eletrizados? Fonte: www.sxc.hu/photo/1159639 Ya m am ot o O rt iz Um material pode ser eletrizado através de três processos: atrito; • contato; • indução eletrostática. • Vamos conhecê-los? Eletrização por atrito A eletrização por atrito ocorre sempre que esfregamos dois corpos de ma- teriais diferentes, inicialmente neutros. Nesse processo, um dos materiais perde elétrons e outro ganha, de modo que um material fica positivo e outro fica negativo. Por exemplo, quando nos penteamos, o pente remove elétrons do cabelo e adquire cargas negativas, enquanto o cabelo fica positivamente eletrizado. Quando dois corpos neutros de material diferentes são atritados, ocorre a passagem de elétrons de um corpo para o outro. Nesse caso, diz-se que hou- ve uma eletrização por atrito. Vamos a um exemplo. Considere um bastão de plástico sendo atritado por um pedaço de lã, ambos inicialmente neutros. e-Tec BrasilAula 2 | O fenômeno eletricidade 27 Figura 2.4: Processo de eletrização por atrito. A experiência mostra que, após o atrito, os corpos passam a manifestar pro- priedades elétricas. No exemplo descrito, houve a transferência de elétrons da lã para o bastão. Na eletrização por atrito, os dois corpos ficam carregados eletricamente (ele- trizados) com cargas iguais, porém com sinais contrários. Quer tentar? Então, faça o experimento a seguir: Com uma caneta esferográfica plástica, você pode realizar uma experiência simples, que mostra a eletrização por atrito. 1° passo: Esfregue o corpo da caneta na sua calça jeans, durante alguns segundos. Edificaçõese-Tec Brasil 28 2° passo: Abra um pouco a torneira, de modo que saia apenas um filete de água. Filete de água retilíneo Torneira ligeira- mente aberta 3° passo: Aproxime a caneta do filete de água que sai da torneira. Observe que o filete de água é atraído pela caneta, mudando seu curso. Tal fato ocorre porque a caneta ficou eletrizada ao ser atritada com o jeans. Filete de água encurvado Caneta eletrizada por atrito Você pode repetir essa experiência aproximando a caneta de pequenos pe- daços de papel. Observe que os pedaços de papel serão atraídos pelas car- gas elétricas da caneta. e-Tec BrasilAula 2 | O fenômeno eletricidade 29 Você sabia? Os aviões e as espaçonaves em movimento adquirem grande quan- tidade de cargas elétricas pela troca de forças entre a lataria e o ar atmosférico. Essas cargas vão sendo descarregadas pelas várias pontas existentes na superfície desses veículos: bico, asas e diver- sas hastes metálicas colocadas como proteção contra o acúmulo de cargas. Fonte: www.sxc.hu/photo/909309 Esse acúmulo poderia fazer explodir o avião, caso uma faísca se formasse nas proximidades do tanque de combustível, incendian- do seus vapores. Eletrização por contato Quando colocamos dois corpos condutores em contato, um eletrizado e outro neutro, pode ocorrer a passagem de elétrons de um para o outro, fa- zendo com que o corpo neutro fique eletrizado. Chama-se a esse fenômeno de eletrização por contato. Veja um exemplo: considere duas esferas, uma eletrizada negativamente e outra neutra.cl ix Edificaçõese-Tec Brasil 30 Figura 2.5: Processo de eletrização por contato. Se a esfera estiver eletrizada positivamente, haverá também a passagem de elétrons, porém, dessa vez, do corpo neutro para o eletrizado, pois este se encontra sem elétrons e, assim, os atrai do corpo neutro. Portanto, a esfe- ra neutra também fica eletrizada positivamente, pois cedeu elétrons para a outra esfera. Fio terra Em termos de manifestações elétricas, a terra é considerada um enorme corpo neutro. Dessa forma, quando um condutor eletriza- do é colocado em contato com a terra ou ligado a ela por outro condutor, há uma redistribuição das cargas elétricas proporcional às dimensões do corpo eletrizado e da terra, ficando, na realidade, ambos eletrizados. Porém, como as dimensões do corpo são despre- zíveis quando comparadas com as da terra, a carga elétrica que nele permanece, após o contato, é tão pequena que pode ser considera- da nula, pois não consegue manifestar propriedades elétricas. Assim, ao ligarmos um condutor à terra, dizemos que ele se des- carrega, isto é, fica neutro. Na prática, pode-se considerar a terra como um enorme reserva- tório condutor de elétrons. Então, ao ligarmos um corpo condutor eletrizado a ela, ele se descarrega de uma das seguintes formas. Antes do contato Durante o contato Depois do contato e-Tec BrasilAula 2 | O fenômeno eletricidade 31 Os elétrons em excesso da condutor escoam para a terra devido à repulsão entre eles. Devido à atração, os elétrons da terra fluem para o condutor. terra terra Na eletrização por contato, os corpos ficam eletrizados com cargas de mesmo sinal. Eletrização por indução A eletrização de um corpo neutro pode ocorrer pela simples aproximação de um outro corpo eletrizado, sem que haja contato entre eles. Vejamos o exemplo seguinte: Considere uma esfera inicialmente neutra e um bastão eletrizado negati- vamente. Quando aproximamos o bastão eletrizado da esfera neutra, sua carga negativa repele os elétrons livres do corpo neutro para as posições mais distantes possíveis. Figura 2.6: Processo de eletrização por indução. Edificaçõese-Tec Brasil 32 Dessa forma, o corpo fica com falta de elétrons numa extremidade e com excesso de elétrons na outra. O fenômeno de separação de cargas num con- dutor, provocado pela aproximação de um corpo eletrizado, é denominado indução eletrostática. Na indução eletrostática ocorre apenas uma separação entre algumas cargas positivas e negativas do corpo. O corpo eletrizado que provocou a indução é denominado indutor, e o que sofreu a indução, induzido. No processo da indução eletrostática, o corpo induzido se eletriza- rá sempre com cargas de sinal contrário às do indutor. No processo da indução eletrostática ocorre apenas a separação entre algumas cargas positivas e negativas do corpo. Porém, o cor- po induzido se eletrizará sempre com carga de sinal contrário às do indutor. “Ah! Se eu fosse marinheiro...” Nos navios que transportam combustíveis (pe- tróleo, óleo, gasolina), os marinheiros precisam usar sapatos cuja sola seja de material condu- tor de eletricidade. O uso do sapato com sola de borracha a bordo do navio-tanque pode ser extremamente perigoso, tanto que, no passa- do, explosões causaram a destruição de mui- tos desses navios. Veja o que pode acontecer se um marinheiro estiver usando sapato com sola de borracha: Fonte: www.sxc.hu/ photo/1179936 Sh ei la V oo D oo e-Tec BrasilAula 2 | O fenômeno eletricidade 33 O corpo do marinheiro está carregado positivamente e essas cargas atraem elétrons (-) das partes do navio que estão mais próximas. Ao tocar numa parte do navio com as suas mãos, os elétrons fluem através do marinheiro para anular suas cargas positivas. Nesse mo- mento, pode ser produzida uma faísca, que causa a explosão. Isso acontece porque, quando o marinheiro está usando sapatos de borracha isolante, o seu corpo está sendo eletrizado, devido à ação da força do ar. No momento em que esse marinheiro tocar em alguma parte do navio com o seu corpo (eletrizado), sairão alguns elétrons, e uma faísca é produzida. Atividade 1 Atende ao Objetivo 1 1. Escreva V para verdadeiro e F para falso: Na eletrização por atrito criam-se cargas elétricas. ( )a) Para eletrizar por atrito um corpo condutor, devemos segurá-lo direta-b) mente com a mão. ( ) Edificaçõese-Tec Brasil 34 Durante o processo de eletrização de um corpo condutor por contato, c) ocorre transferência de cargas. ( ) Se um corpo A eletrizado positivamente atrai um outro corpo B, pode-d) mos afirmar que B está carregado negativamente. ( ) Objetos constituídos de material condutor podem ser eletrizados por in-e) dução. ( ) Os corpos eletrizados por atrito, contato e indução ficam carregados, res-f) pectivamente, com cargas de sinais contrários, iguais e contrários. ( ) Materiais condutores e isolantes Os condutores de eletricidade são meios materiais que permitem facilmente a passagem de cargas elétricas. O que caracteriza um material como condu- tor é a camada de valência dos átomos que constituem o material. Em razão da grande distância entre essa última camada e o núcleo, os elé- trons ficam fracamente ligados ao núcleo, podendo, dessa forma, abando- nar o átomo em virtude das forças que ocorrem no interior dos átomos. Esses elétrons que abandonam o átomo são chamados de “elétrons livres”. Os metais em geral são bons condutores de eletricidade, como, por exemplo, o cobre, o alumínio, o ouro e a prata. Os materiais condutores têm larga utili- zação no dia a dia. São utilizados, por exemplo, nos condutores de eletricidade e na indústria de eletro-eletrônicos, entre muitas outras utilizações. Os materiais isolantes fazem o papel contrário dos condutores; eles são ma- teriais nos quais não há facilidade de movimentação de cargas elétricas. São exemplos de materiais isolantes o isopor, a borracha, o vidro e muitos outros. Esses materiais são assim caracterizados porque os elétrons da camada de valência estão fortemente ligados ao núcleo, não permitindo, dessa forma, que ocorra a fuga dos mesmos. Os materiais isolantes são largamente utili- zados, assim como os materiais condutores. São utilizados, por exemplo, na parte externa dos fios, encapando-os para melhor conduzir a eletricidade. Cargas elétricas É uma das propriedades fundamentais da matéria associada a partículas elementares (partículas que constituem os átomos como: prótons, elétrons e nêutrons). Cada partícula elementar recebe um valor numérico que representa sua quantidade de carga elétrica. Camadas de valência Camadas mais externas do átomo onde as ligações químicas (forças que mantêm os átomos juntos) são menos intensas. Verifica-se que os elétrons localizados nas camadas ou níveis atômicos internos estão mais fortemente ligados ao átomo do que aqueles localizados nas camadas ou níveis mais externos. Devido a esse fato, as ligações químicas ocorrem sempre envolvendo os átomos das camadas mais externas. e-Tec BrasilAula 2 | O fenômeno eletricidade 35 Fonte: www.sxc.hu/photo/1025623 Ro do lfo C lix Je an S ch ei je n Fonte: www.sxc.hu/photo/850375 Cobre Material metálico não ferroso de cor avermelhada, encontrado na natureza em forma de minério. É utilizado para a produção de materiais condutores de eletricidade (fios e cabos), tubos a vapor e gás e lâminas em geral. Glossário Você sabia que fio e cabo eletrico são coisas diferentes? Denomina-se fio quando é constituído por apenas um elementoino, cilíndrico, de um material condutor. Pode ser de cobre, mais usado para instalações prediais e industriais, ou alumínio, mais usados em redes de distribuição. Cabo elétrico é um condutor composto por diversos fios. Fonte: www.sxc.hu/photo/827925 C ec ile G ra at Isolantes X Condutores As ferramentas elétricas são fabricadas com materiais condutores e isolantes. O cabo (plástico) da chave de fen- da é um isolante elétrico, ao pas- so que a chave propriamente dita (metal) é um condutor. O mesmo ocorre com o alicate de eletricista. Edificaçõese-Tec Brasil 36 Assim, podemos concluir que matéria é tudo que existe no universo e está ocupando um lugar no espaço. Pode ser dividida em partes cada vez meno- res, chegando a moléculas que podem ainda ser divididas. O átomo é a menor partícula que caracteriza um elemento químico. São formados por partículas muito pequenas, denominadas prótons, nêutrons e elétrons. Os prótons (p), de cargas elétricas positivas (+), os elétrons (e), de carga elétrica negativa, e os nêutrons (n), de carga elétrica zero (nula). Um material pode ser eletrizado através de três processos: atrito, contato ou indução eletrostática. De acordo com as características de cada material, eles podem ser classifica- dos em isolantes (ou os materiais que possuem grande dificuldade em ceder ou receber elétrons livres) e em condutores (os materiais que possuem muita facilidade em ceder e receber elétrons). Atividade 2 Atende ao Objetivo 3 Circule a alternativa correta. Um isolante elétrico: não pode ser carregado eletricamente.a) não contém elétrons.b) não pode ser metálico.c) tem, necessariamente, resistência elétrica pequena.d) tem de estar no estado sólido.e) e-Tec BrasilAula 2 | O fenômeno eletricidade 37 Atividade 3 Atende aos Objetivos 1, 2 e 3 Preencha corretamente a cruzadinha, de acordo com os enunciados: 73 4 13 10 8 12 1 2 6 9 5 11 1. São elementos constituintes de todos os átomos, formando órbitas em volta do núcleo. 2. Diz de um átomo quando a quantidade de elétrons é diferente da quan- tidade de prótons. 3. São pequenas partículas presentes em todas as substâncias. 4. Estes materiais apresentam facilidade para o movimento da carga elétrica. 5. Possuem elétrons livres, por isso são usados para fabricar os fios de cabos e aparelhos elétricos. 6. Chama-se a região externa do átomo, onde ficam os elétrons. 7. Fenômeno físico originado pela interação entre cargas elétricas. 8. Nome dado a qualquer coisa que possui massa e ocupa espaço. Edificaçõese-Tec Brasil 38 9. A menor porção que conserva todas as características de composição e propriedades de uma matéria. 10. Partícula subatômica de carga positiva que faz parte do núcleo de todos os átomos. 11. É o fenômeno do afastamento entre duas partículas que possuem cargas elétricas idênticas; 12. Materiais que não permitem a livre circulação de cargas elétricas e pos- suem grande resistência. 13. É um metal de coloração vermelha característica, utilizado nas instala- ções elétricas de nossas casas. Resumo A matéria é tudo que existe no universo e pode ser dividida em partes • cada vez menores. A menor parte da matéria que ainda mantém as características iniciais é • chamada molécula. A molécula pode ser dividida em partes ainda menores, e essa menor • parte da molécula é chamada átomo. O átomo é formado por partículas muito pequenas, denominadas pró-• tons, nêutrons e elétrons. Os prótons (p) de cargas elétricas positivas (+), os elétrons (e) de cargas • elétricas negativas (-) e os nêutrons (n) de carga elétrica zero (nula). Um corpo é neutro quando o número de prótons é igual ao de elétrons. • Porém, quando ele perde ou ganha elétrons, fica eletrizado positivamen- te ou negativamente. e-Tec BrasilAula 2 | O fenômeno eletricidade 39 Um material pode ser eletrizado através de três processos: atrito, contato • e indução eletrostática. Os materiais, como, por exemplo, cobre, alumínio, ouro e prata possuem • elétrons circulando livremente e, por isso, são chamados materiais con- dutores de eletricidade. Os materiais que não possuem elétrons circulando livremente, como o • plástico, a borracha e a madeira, são chamados materiais isolantes. Informações sobre a próxima aula Na próxima aula, continuaremos com muito mais energia! Você estudará as grandezas elétricas básicas e seus efeitos: corrente, tensão, a potência elétrica, dentre outras. Até lá! Respostas das atividades Atividade 1 Na eletrização por atrito criam-se cargas elétricas. ( F )a) Para eletrizar por atrito um corpo condutor, devemos segurá-lo direta-b) mente com a mão. ( F ) Durante o processo de eletrização de um corpo condutor por contato, c) ocorre transferência de cargas. ( V ) Se um corpo A eletrizado positivamente atrai um outro corpo B, pode-d) mos afirmar que B está carregado negativamente. ( F ) Objetos constituídos de material condutor podem ser eletrizados por in-e) dução. ( V ) Os corpos eletrizados por atrito, contato e indução ficam carregados, res-f) pectivamente, com cargas de sinais contrários, iguais e contrários. ( F ) Edificaçõese-Tec Brasil 40 Atividade 2 1. c Atividade 3 Referências bibliográficas ÁLVARES, Beatriz Alvarenga. Física de olho no mundo. São Paulo: Scipione, 2003. p.194-201 BISCUOLA, José Gualter. MAIALE, André Cury. Física Volume único. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 1998. p.441-449 BONJORNO, José Roberto. RAMOS, Clinton Márcico. Física Completa. 2 ed. São Paulo: FTD, 1999. p.355-362 3 4 13 10 8 12 1 2 6 9 5 11 7 C A R R E G OA D M L E L E T I IR C AD D E O C B R Ã OSU LPER O S L A N T SN O P R O T AIM A T E C U L M E T A L O R S C O N D U T E E L T R O S F R A A T O M O E L E R N e-Tec BrasilAula 3 | Grandezas elétricas básicas 41 Aula 3 | Grandezas elétricas básicas Meta da aula Apresentar as grandezas: tensão, corrente, potência e resistên-• cia elétrica, suas relações e aplicações em equipamentos de seu uso diário, como, por exemplo, em eletrodomésticos, aparelhos celulares, iluminação, entre outros, onde ocorrem, mesmo sem serem percebidas, transformações de energia. Objetivos da aula Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: definir corretamente as grandezas elétricas;1. realizar cálculos com estas grandezas elétricas, determinando 2. seus efeitos e aplicações. Pré-requisitos Para ter um bom aproveitamento desta aula, é importante relem- brar os conceitos estudados na Aula 2 e ter em mãos uma borra- cha, caneta esferográfica e uma calculadora científica, para que possa realizar os cálculos. Pense rápido e responda... A quanto as coisas andam? O pássaro mais veloz do mundo voa mais rápido que um avião e só perde para um carro de Fórmula 1. Você sabe que pássaro é esse? Alguns atletas podem percorrer 100 metros em aproximadamente 10 se- gundos. A velocidade da luz é 300.000 km/s. Os elétrons se movimentam num fio elétrico com velocidade de aproximadamente 0,1 mm/s (milímetros por segundo). Edificaçõese-Tec Brasil 42 E então... Por que uma lâmpada se acende tão rápido se os elétrons se mo- vem com velocidade de alguns centímetros por segundo? Quanto tempo, após ligarmos o interruptor, uma lâmpada leva para emitir luz? Você deve estar imaginando que esta velocidade é muito alta, não é? Nesta aula, você vai estudar a tensão elétrica, a corrente elétrica e seus efei- tos e a potência elétrica. Aprenderá o quanto é importante conhecê-los para umbom desempenho neste curso. Vamos iniciar relembrando um pouquinho o conteúdo estudado na aula anterior. Na aula anterior, aprendemos que toda matéria é composta por moléculas, que são formadas por partículas bem pequenas, os átomos. Estes, por sua vez, possuem elétrons livres com facilidade de movimento e são chamados condutores de eletricidade. Entretanto, se os elétrons têm dificuldade de movimento, estes materiais serão denominados isolantes elétricos. Pois bem! Vamos fazer uma corrente de aprendizagem e responder a essas e outras perguntas no estudo desta aula. Vamos começar? Figura 3.1: O estudo da corrente deve ser feito com muita atenção. e-Tec BrasilAula 3 | Grandezas elétricas básicas 43 O mundo ao redor Se você observar ao seu redor, verá vários aparelhos elétricos, tais como lâmpadas, ventiladores, geladeira, computador etc. Todos eles têm algo em comum: para funcionar, precisam de eletricidade. Em um condutor (fio metálico), a eletricidade é produzida devido a uma for- ça chamada eletromotriz ou d.d.p (diferença de potencial), mais comumente denominada tensão elétrica, que faz surgir uma corrente elétrica. Essa “força” (tensão elétrica) é que permite, por exemplo, que vários apare- lhos elétricos estejam em funcionamento ao seu redor. Para compreender a corrente elétrica, observe as figuras a seguir: Nos fios, existem partículas invisíveis chamadas elétrons livres, que estão em constante movimento. Esse movimento se dá de forma desordenada. Figura 3.2: Movimento desordenado dos elétrons dentro de um fio. Para que os elétrons livres produzam eletricidade é necessário que esse mo- vimento seja ordenado. E para que isso aconteça deve existir uma força que os impulsione pelos condutores de eletricidade. Esta força é chamada tensão elétrica. Logo, eletricidade (corrente elétrica) é o movimento ordenado de elétrons em um condutor de eletricidade (cabo de energia). Isso acontece devido a uma força (tensão elétrica) que os impul- siona e que permite, por exemplo, que uma lâmpada seja acesa ou que um outro aparelho elétrico qualquer possa ser ligado. Figura 3.3: Movimento ordenado dos elétrons por um condutor de eletricidade. Edificaçõese-Tec Brasil 44 Representaremos, em nossas aulas, a corrente elétrica pela letra I e a tensão elétrica pela letra U. Corrente contínua e corrente alternada Alguns dos primeiros sistemas de fornecimento de eletricidade eram distri- buídos para a população através da corrente contínua (CC). Como exem- plo de sistemas que funcionam com esse tipo de corrente podemos citar a bateria dos automóveis e as pilhas comuns (usadas em lanternas, rádios, brinquedos etc.). Nesse tipo de corrente, o fluxo de elétrons permanece sempre num mesmo sentido, mantendo a corrente inalterada. Atualmente, os sistemas de fornecimento de eletricidade fazem a distribui- ção por corrente alternada (CA). Neste tipo de corrente, os elétrons alteram sistematicamente o sentido do seu fluxo. Assim, os elétrons oscilam, deslo- cando-se ora num sentido, ora em outro. A corrente alternada tem uma grande vantagem sobre a corrente contínua: sua voltagem pode ser modificada (aumentada ou diminuída), o que muitas vezes é necessário em diversas instalações elétricas, até mesmo nas de nos- sas residências. Em nossas casas, quando ligamos um aparelho qualquer a uma tomada (uma lâmpada, um ferro de passar, um liquidificador etc.), o número de oscilações que as cargas efetuam por segundo, isto é, sua frequência, na maioria das cidades do mundo é igual a 60 ciclos/s (ou 60 Hertz). e-Tec BrasilAula 3 | Grandezas elétricas básicas 45 Quando um aparelho é ligado a uma pilha ou bateria, a corrente elétrica se mantém constantemente em um mesmo sentido. Por esse motivo dizemos que pilhas e baterias geram corrente contínua (abreviamos por C.C. ou D.C. em inglês). Já na tomada, a corrente é alternada. Isso significa que ora a corrente tem um sentido, ora tem outro. A força que impulsiona os elétrons inverte cons- tantemente de sentido. A figura a seguir mostra o comportamento da corrente no decorrer do tem- po, em um fio. Durante algum tempo ela tem um sentido e depois ela tem outro, e assim por diante. Na rede elétrica do Brasil a corrente inverte seu sentido e retorna ao sentido original 60 vezes por segundo. Por isso dizemos que a corrente oscila com 60 Hz (Hertz) de frequência. Em outros países, as frequências da corrente alternada podem ser diferentes. No Paraguai, a frequência é de 50 Hz, ou seja, a corrente muda de sentido e volta 50 vezes por segundo. No momento em que a corrente inverte no senti- do seu valor é zero, como mostra o gráfico a seguir. Isso significa que todos os aparelhos se desligam, por um tempo muito curto, 120 vezes por segundo. Não percebemos uma lâmpada piscar por causa disso, nem notamos inter- rupções no funcionamento dos aparelhos. Isso ocorre porque o tempo pelo qual a corrente cessa é muito curto. No entanto, em certos aparelhos, como os motores e as campainhas, essa alternância é essencial. Nos motores o movimento está relacionado com a formação de polos (parecidos com ímãs). Eles se repelem entre o estator (a parte fixa) e o (rotor) a parte móvel, promovendo o torque e girando o eixo. Quanto às cam- painhas, o seu funcionamento se baseia no eletromagnetismo (eletricidade gerando campo elétrico). O modo como abreviamos corrente alternada pode ser C.A., A.C. (inglês) ou pelo símbolo ~, que dá ideia de oscilação. Você pode ver isso na chapinha de especificações dos aparelhos elétricos. Edificaçõese-Tec Brasil 46 Figura 3.4: Gráfico da voltagem em função do tempo em corrente alternada. Por que, em algumas cidades, a tensão é 110 volts, e em outras, 220 volts? Porque não há um padrão nacional para a tensão (ou voltagem) que chega às tomadas das nossas casas. Vamos entender? Quando o Brasil começou a montar sua rede elétrica, no início do século 20, diferentes companhias se estabeleceram em cada região do país. Dessa forma, a instalação do sistema das primeiras empresas nas tensões elétricas em 110 ou em 220 volts ocorreu de acordo com a já existente no país de origem. Nesses primórdios da eletrificação, as canadenses Rio de Janeiro Tramway, Light & Power e São Paulo Light & Power instalaram redes de 110 volts para consumo residencial nas duas principais cidades da Região Sudeste. Já as primeiras conces- sionárias que distribuíram energia na Região Nordeste optaram pelas de 220 volts. Nos dois casos, os sistemas continuam os mesmos até hoje porque, depois de ins- talada, é inviável reformar toda a rede de distribuição – custaria uma nota preta. Fique ligado... Cinco diferenças entre 110 e 220 volts Qual é a tensão mais segura? A 110 volts. Na hora que um dedo vai parar acidentalmente na tomada, o choque de 220 volts é duas vezes mais forte que um de 110 volts. Isso por- que, no caso do corpo humano, quanto maior a tensão na tomada, maior a corrente elétrica que causa o choque. É o contrário do que acontece com os aparelhos elétricos. e-Tec BrasilAula 3 | Grandezas elétricas básicas 47 Qual é a melhor tensão para evitar apagões? A 220 volts. Geralmente, um “apagão” ocorre quando as casas solicitam um excesso de corrente elétrica à rede de distribuição. Ligar aparelhos em 220 volts é uma forma de evitar essa sobrecarga porque, quanto maior a tensão, menor é a corrente que os aparelhos elétricos usam para funcionar. Qual é a tensão com manutenção mais barata? É a 220 volts – pelo menos para os concessionários. Esse sistema usa menos transformadores e cabos mais baratos no caminho da distribuidora até o consumidor final. Qual é a tensão que consome menos recursosambientais? Não faz diferença. Para nossos recursos naturais (por exemplo, a água das hidrelétricas), também não importam nem a tensão nem a corrente. O que conta mesmo é a potência total dos aparelhos ligados à rede elétrica. Qual é a tensão mais econômica para o consumidor? Não faz diferença, porque o consumo é medido em quilowatt-hora – ou seja, pela potência e pelo tempo de funcionamento dos aparelhos ligados. Para reduzir a conta de luz é preciso usar menos os aparelhos ou optar por modelos menos potentes. O valor da tensão deve ser sempre mui- to bem observado, pois, caso contrário, podemos causar gra- ves danos aos equi- pamentos, aos apare- lhos e às instalações, provocando aciden- tes de consequências imprevisíveis. Apagão A palavra apagão ou blecaute (do inglês black- out) é o corte ou colapso temporário do suprimento de energia elétrica em uma determinada área geográfica. Essa área pode variar desde uma localidade ou bairro até uma grande área metropolitana ou regiões inteiras de um ou mais países. Pode ser provocado por diferentes motivos, como: acidentes, queda de linhas de transmissão, sobrecargas, pane parcial do sistema de geração ou distribuição de energia ou, ainda, por medida de segurança nacional, como durante ataques aéreos contra cidades em períodos de guerras. Glossário Edificaçõese-Tec Brasil 48 Grandezas x unidades de medidas Em nossas atividades diárias, frequentemente realizamos medições e faze- mos uso delas. Por exemplo: um motorista, ao chegar a um posto de gaso- lina, pede que o frentista coloque 30 litros de combustível. Você mede sua altura e obtém um valor de 1,71 m. Uma pessoa vai à mercearia e compra 500 gramas de manteiga. Em todas essas situações e em outras que podemos imaginar, é fácil perce- ber o uso de um valor numérico acompanhado de um símbolo denominado unidade de medida de uma respectiva grandeza. O estudo das grandezas e suas respectivas unidades de medidas têm um sig- nificado muito importante nas atividades com eletricidade, sobretudo quan- do se realizam instalações elétricas. O simples ato de comprar, por exemplo, uma lâmpada incandescente, exige que conheçamos as informações nela gravadas. Figura 3.5: Grandezas elétricas e unidades de medida. Grandeza Um conceito relacionado à possibilidade de medida, como comprimento, tempo, massa, velocidade e temperatura, entre outras. Unidades de medidas Uma medida (ou quantidade) específica de determinada grandeza usada para servir de padrão para outras medidas. Glossário e-Tec BrasilAula 3 | Grandezas elétricas básicas 49 Especificações gravadas em uma lâmpada elétrica Valores nominais de um aparelho elétrico (lâmpada, chuveiro, ferro de passar roupa etc.) são os valores da tensão e potência especifi- cados pelo seu fabricante para que ele funcione corretamente. Vamos considerar, por exemplo, uma lâmpada cujos valores no- minais são 60 W – 220 V. Isso significa que a lâmpada funciona com uma potência de 60 W, desde que seja ligada a uma tensão elétrica 220 V. A origem do nome volt Alessandro Giuseppe Antonio Anastásio Vol- ta, um físico italiano, ficou conhecido pela invenção da bateria. Volta desenvolveu a famosa pilha voltaica, um antecessor da bateria elétrica. Em 1881, em homenagem a Volta, nomearam uma importante unidade elétrica de volt. Ele foi homenageado com sua imagem nas notas de dez mil liras italianas, atualmente fora de circulação. Fonte: http://pt.wikipedia. org/wiki/Ficheiro:Alessandro_ Volta.jpg Edificaçõese-Tec Brasil 50 A origem do nome ampère André Marie Ampère nasceu em Lyon em 20 de janeiro de 1775, e faleceu em Marselha (cidade da França), em 1836. O ampère (símbolo: A) é a unidade de medida do valor da corrente elétrica e re- cebeu seu nome por ter contribuído em muito para o estudo da eletricidade e do magnetismo e deixar obras importantíssimas em vários ramos do conhecimento huma- no, principalmente na Física e na Matemática. Na sua adolescência, Ampère dedicou-se ao estudo das ciências, interessando-se, sobretudo, pelo estudo da física e da química. Além de ser um extraordinário professor, Ampère desenvolveu trabalhos muito importantes nos campos da física, química e da matemática. Descobriu as leis que regem as atrações e repulsões das correntes elétricas entre si e, graças a ele, podemos hoje fazer várias medidas elétricas, porque foi ele o idealizador do galvanômetro (instrumen- to que pode medir correntes elétricas fracas). Potência elétrica Até aqui, você estudou duas grandezas básicas da eletricidade: tensão e cor- rente elétrica. Vamos agora estudar uma outra grandeza muito importante em eletricidade: a potência elétrica. Observe os desenhos vistos anteriormente. Eles representam as duas gran- dezas: Neles estão definidos, respectivamente, as unidades de medidas. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/ Ficheiro:Andre-Marie_Ampere.jpg e-Tec BrasilAula 3 | Grandezas elétricas básicas 51 Figura 3.6: Tensão e corrente elétrica. Com a corrente elétrica, uma lâmpada se acende e se aquece com certa intensidade. Essa intensidade de luz e calor (efeitos) percebidos por nós, nada mais é do que a potência elétrica que foi transformada em potência luminosa (luz) e potência térmica (calor). Em Física, a palavra “potência” significa que um determinado trabalho foi realizado em um determinado período de tempo. No caso da potência elétrica, esse trabalho é o resultado de uma força, a tensão elétrica, impulsionando ordenadamente os elétrons de um ponto a outro de um condutor de eletricidade. A potência elétrica é representada pela letra P e sua unidade de medida re- cebe o nome de watt (W). Figura 3.7: Representação da potência elétrica (P). Edificaçõese-Tec Brasil 52 A origem do Watt Filho de um escocês, fabricante de ins- trumentos e máquinas, James Watt (1736-1819) seguiu a profissão do pai, tornando-se um habilidoso profissional. Inventou, em 1765, um novo modelo de máquina a vapor que contribuiu enormemente para o desenvolvimento industrial do sé- culo passado. Sua invenção foi usada na construção dos primeiros barcos e loco- motivas a vapor e para acionar uma grande variedade de máquinas nas fábricas que começaram a se desenvolver. Vamos aprender a calcular a potência elétrica? Existe uma relação entre a corrente, a tensão e a potência elétrica que você precisa conhecer para calcular a potência elétrica. A tensão, a corrente e a potência elétrica variam de forma direta, ou seja, se aumentarmos a tensão elétrica, mais elétrons serão empurrados dentro do condutor de eletricidade (fio elétrico) e, assim, maior será a corrente elétrica. Como a potência elétrica é a multiplicação da tensão pela corrente, se au- mentarmos qualquer uma delas, tensão ou corrente, ou as duas, o resultado será uma potência maior. Se diminuirmos os valores da tensão e da corrente elétrica, a potência elétrica também diminuirá. Podemos então relacionar essas grandezas através de uma equação mate- mática que é expressa por: P = U x I Onde: U = tensão elétrica I = corrente elétrica Fonte: http://www.eletrobras.gov.br/ pesquisa_infanto_juvenil/imagem/ galeria/ft_personalidades_004.jpg e-Tec BrasilAula 3 | Grandezas elétricas básicas 53 Portanto, para obtermos a potência elétrica, devemos multiplicar a tensão elétrica pela corrente elétrica. Figura 3.8: Relação entre potência, tensão e corrente elétrica. Agora, acompanhe o exemplo a seguir: Calcule a potência elétrica (P) de uma lâmpada cuja tensão elétrica (U) é igual a 220V, sendo sua corrente elétrica(I) igual a 1A. Você deve multiplicar a tensão pela corrente, assim: P = U x I P = 220V x 1A = 220 W Agora, mude o valor da tensão para 120V, assim: P = U x I P = 120V x 1A = 120 W P = 120W Note que a potência elétrica variou de valor de acordo com a mudança da tensão elétrica. O mesmo raciocínio se aplicará se variarmos o valor da cor- rente elétrica. Faça agora mudando o valor da corrente para I= 2A, assim: P = U x I P = 120V x 2A P = 240W Edificaçõese-Tec Brasil 54 Lembre-se: A potência elétrica varia de forma direta com a corrente e com a tensão elétrica. Potência Você sabia que uma pessoa que sobe uma escada correndo desenvolve uma potência maior do que aquela que sobe a mesma escada lentamente? A palavra “potente” muitas vezes é usada para mostrar que algo é mui- to “forte”, “possante”, “robusto” e, quanto mais potente é um corpo, mais potência ele possui. É bom lembrar que potência elétrica é a capacidade que um aparelho tem de realizar trabalho na unidade de tempo. No sistema internacional de unida- des (SI) a grandeza relativa a tempo é expressa na unidade segundos (s). Em alguns aparelhos, como o motor elétrico, a potência elétrica é repre- sentada por outra unidade de medida diferente do watt, o cv, que significa cavalo-vapor. O cavalo-vapor corresponde ao trabalho necessário para se erguer um quilo- grama a um metro de altura. e-Tec BrasilAula 3 | Grandezas elétricas básicas 55 A unidade de potência no Sistema Internacional é o watt, representado pela letra W. Esta foi uma homenagem ao matemático e engenheiro escocês James Watt. A outra medida de potência é o cavalo-vapor (o horse-power). O termo cavalo-vapor foi dado por James Watt (1736-1819), que inventou a primeira máquina a vapor. James queria mostrar o equivalente de quantos cavalos correspondia à máquina que ele produzira. Assim sendo, ele observou que um cavalo podia erguer uma carga de 75 kgf, ou seja, 75. 9,8 N=735 N a um metro de altura, em um segundo. De uma maneira geral, os aparelhos elétricos são dispositivos que transfor- mam energia elétrica em outras formas de energia. Por exemplo: em um motor elétrico, a energia é transformada em energia mecânica de rotação do motor; em um aquecedor, a energia elétrica é transformada em calor; em uma lâmpada incandescente, a energia elétrica é transformada em energia luminosa etc. Uma corrente elétrica realiza trabalho fazendo funcionar um motor, aque- cendo um fio e de outras maneiras. A potência de uma corrente, ou o trabalho que ela realiza por segundo, depende de sua intensidade e da voltagem. Um watt é a potência de uma corrente de 1 ampère, quando a diferença de potêncial é 1 volt. Para calcular a potência elétrica podemos usar a equação P = U.i Existe uma transformação entre o cv e o watt. Para isso, é só multiplicar por 736. Exemplo: EQUACIONAL Ind. e Com. MOTOR ASSÍNCRONO - 2 velocidades Tipo Reg. Hz Kw V N- A rpm EBR - 312 - 6 220 3,9 / 3,8 60 Hz cont. 3 1720 / 3520 0,75 / 1,12 Fases 1131 Figura 3.9: Placa de identificação de um motor assíncrono. Edificaçõese-Tec Brasil 56 Imagine a placa de identificação anterior, observando a indicação Kw (1000 W) onde está gravado 0,75 / 1,12. Para transformar, por exemplo, esta unidade em cv é só fazer a inversão dos fatores. Acompanhe: 1 cv → 736 W ? cv → 0,75 Kw = 750 W ?cv . 736 = 750 . 1 ?cv = 750 .1 / 736 Cv = 1,01 Um cavalo-vapor é equivalente a 736W. É só multiplicar e fazer a transformação! A energia luminosa é a única utilizada nas insta- lações elétricas? Em geral, os aparelhos elétricos são dispositivos que transformam energia elé- trica em outras formas de energia. Por exemplo, em uma lâmpada incandes- cente, a energia elétrica é transformada em energia luminosa e também em energia térmica (calor). Num motor elétrico, a energia elétrica é transformada em energia mecânica (de rotação do motor) e em energia térmica (calor). Em um ar-condicionado, a energia elétrica é transformada em energia térmica (frio) e em energia mecânica e térmica (funcionamento do motor elétrico). Em um aparelho de som, a energia elétrica é transformada em energia so- nora (som) e em energia luminosa. Em um aquecedor, a energia elétrica é transformada em calor etc. Figura 3.10: As partes que compõem a lâmpada. Contato Suporte de vidro Argônio ou criptônio Filamento Bulbo e-Tec BrasilAula 3 | Grandezas elétricas básicas 57 Se uma corrente elétrica suficientemente intensa passa por um filamento condutor, as moléculas do filamento vibram, ele se aquece e, num dado instante, chega a brilhar. Esse é o princípio da lâmpada incandescente comum. A lâmpada elétrica incandescente foi inventada por volta de 1870 e envol- veu o trabalho de muitos pesquisadores e inventores. Entre eles destaca-se Thomas Edison. Ele e seus assistentes experimentaram mais de 1.600 tipos de materiais, buscando um filamento eficiente e econômico. A sua melhor lâmpada utilizava filamentos de bambu carbonizados. As lâmpadas incandescentes atuais utilizam um fio de tungstênio encerrado num bulbo de vidro. Esse fio tem diâmetro inferior a 0,1 mm e é enrolado segundo uma hélice cilíndrica. Passando corrente elétrica no filamento, ele se aquece a uma temperatura da ordem de 3.000 º C. O filamento torna-se, então, incandescente e começa a emitir luz. No interior da lâmpada não pode haver ar, pois, do contrário, o filamento se oxida e incendeia. Antigamente fazia-se vácuo no interior do bulbo, porém isso facilitava a sublimação do filamento (passagem do estado sólido para o estado de vapor). Passaram, então, a injetar um gás inerte, em geral o argônio ou criptônio. No interior da lâmpada não pode haver ar, pois dos contrário o filamento se oxida e incendeia. Esse gás (argônio ou criptônio) possui propriedades que mantêm um ambiente adequado para o filamento não queimar. É importante observar que a luz emitida por uma lâmpada incandescente não é efeito direto da corrente elétrica, e sim consequência do aquecimento no filamento produzido pela passagem da corrente. A lâmpada incandescente possui baixo rendimento, gerando muito mais ca- lor do que luz. Apenas 5% da energia, aproximadamente, é transformada em luz. Para obter diferentes luminosidades, o fabricante altera, geralmente, a espessura do filamento: quanto maior a espessura, maior a corrente elétrica e, portanto, maior a luminosidade. Edificaçõese-Tec Brasil 58 Atividade 1 Atende aos Objetivos 1 e 2 “Vem quente que eu estou fervendo!”a) Essa expressão popular é usada quando “a coisa” esquenta. Essa é a função de um aquecedor de imersão (resistor elétrico) para ferver água. No manual de instruções, encontramos as seguintes informações: U= 220 V e P = 1000 W. Considerando essas informações, calcule a corrente elétrica necessária para seu correto funcionamento. Na placa de identificação do motor a seguir, descubra e anote os valores b) respectivos das seguintes grandezas especificadas pelo fabricante: ten- são, potência e corrente elétrica. Você deve se basear nas respectivas unidades de medidas para identificá-las. ARNO S.A. Ind. e Com. MOTOR ASSÍNCRONO TRIFÁSICO Reg. Hz V N- Fsrpm 135L2 1720 CONT. 1,25 cv A1486 A A 1,9 MOD 1 / 2 60 220 COD. K CAT. B ISOL A Aquecedor de imersão e-Tec BrasilAula 3 | Grandezas elétricas básicas 59 Usando a relação entre W (watts) e cv (cavalo-vapor) – unidades de medida c) da potência –, expresse a potência elétrica desse motor em W (watts). Resistência elétrica Observe as seguintes situações: Figura 3.11: Aplicação deforças. O que você diria da força desse caçador que está carregando o elefante? E quanto à resistência dessa corda? Na Mecânica, uma parte do estudo da Física, estas duas grandezas (força e resistência) têm suas relações... E na eletricidade também. Observe: Quando uma corrente elétrica é estabelecida em um condutor me- tálico, devido a uma força (a tensão elétrica), um número elevado de elé- trons se movimenta e ocorrem colisões. Quando uma corrente elétrica é estabelecida em um condutor metálico, um número muito elevado de elétrons livres passa a se deslocar nesse condutor. Nesse movimento, os elétrons colidem entre si e também contra os átomos que constituem o metal. Portanto, os elétrons encontram uma certa dificul- dade para se deslocar, isto é, existe uma resistência à passagem da corrente no condutor. Edificaçõese-Tec Brasil 60 Como estamos estudando, em especial, os condutores, vamos apresentar essa característica para alguns deles. Observe a tabela seguinte: Tabela 3.1: Algumas características dos condutores. Material Resistividade (Ω.m) Coef. de Temp. (Co)-1 Condutores Prata 1,58 x 10-8 0,0061 Cobre 1,67 x 10-8 0,0068 Alumínio 2,65 x 10-8 0,0043 Tungstênio 5,6 x 10-8 0,0045 Ferro 9,71 x 10-8 0,0065 Semicondutores Carbono (grafite) (3 – 60) x 10-5 – 0,0005 Germânio (1 – 500) 10-3 – 0,0500 Silício 0,1 – 60 – 0,0700 Isolantes Vidro 109 – 1012 Borracha 1013 – 1015 Para medir essa resistência, os cientistas definiram uma grandeza à qual de- nominaram resistividade elétrica. A resistividade elétrica corresponde a uma constante de proporcionalidade que caracteriza o tipo de material de que é feito um condutor elétrico. A tabela apresenta os valores da resistividade (r) e do coeficiente de tempe- ratura (a) à temperatura de 20ºC para vários materiais condutores. Na prática, quanto maior for o valor da resistividade (r), maior será a resistência elétrica imposta pelo condutor à passagem de corrente elétrica. Assim, na tabela, o mercúrio impõe uma dificuldade maior que os demais condutores. O coeficiente de temperatura (a) também altera o valor da resis- tividade. Quanto maior o valor de (a) maior será a resistividade e, consequen- temente, maior será a resistência elétrica imposta pelo condutor. Resistência elétrica A capacidade de um condutor se opor à passagem de corrente elétrica quando existe uma tensão elétrica aplicada. Seu cálculo é dado pela Lei de Ohm, e sua unidade de medida pelo Sistema Internacional de Unidades (SI) é ohms. Glossário e-Tec BrasilAula 3 | Grandezas elétricas básicas 61 Tabela 3.2: Resistividade elétrica. Material Resistividade a 20ºC ( 20) em (W.m = ohm.metro) Coeficiente de tempera- tura (a) em (1/ºC) Prata 1,59 . 10-8 3,75 . 10-3 Cobre 1,673 . 10-8 4,05 . 10-3 Alumínio 2,655 . 10-8 4,03 . 10-3 Tungstênio 5,50 . 10-8 4,70 . 10-3 Ferro 9,71 . 10-8 5,76 . 10-3 Platina 9,83 . 10-8 3,64 . 10-3 Mercúrio 95,8 . 10-8 0,88 . 10-3 Fatores que influenciam na resistência de um material A resistividade de um condutor é tanto maior quanto maior for seu comprimento. A resistividade de um condutor é tanto maior quanto menor for a área de sua seção transversal, isto é, quanto mais fino for o condutor. A resistividade de um condutor depende do material de que ele é feito. Um condutor metálico, ao ser percorrido por uma corrente elétrica, se aque- ce. Num ferro de passar roupa, num secador de cabelos ou numa estufa elé- trica, o calor é produzido pela corrente que atravessa um fio metálico. Esse fenômeno, chamado efeito Joule, deve-se aos choques dos elétrons contra os átomos do condutor. Em decorrência desses choques dos elétrons contra os átomos do retículo cristalino, a energia cinética média de oscilação de todos os átomos aumen- ta. Isso se manifesta como um aumento da temperatura do condutor. O efeito Joule é a transformação de energia elétrica em energia térmica. A resistência elétrica (R) de um dispositivo está relacionada com a resistivida- de (ρ) de um material por: R= L A Edificaçõese-Tec Brasil 62 Em que: –– é a resistividade elétrica (em ohm metros, Ωm); R é a resistência elétrica material (em ohms, Ω); – L é o comprimento do condutor (medido em metros, m); – A é a área da seção do condutor (em metros quadrados, m²). – Corrente elétrica e calor Os condutores elétricos não são todos iguais. Alguns conduzem corrente melhor que outros. O cobre, por exemplo, é melhor condutor que o ferro. A prata, por sua vez, é ainda melhor condutora que o cobre. Na realidade, não existe um condutor elétrico ideal. Todos oferecem uma certa resistência à passagem da corrente. Essa resistência pode ser maior ou menor, mas está sempre presente. Quando os elétrons se deslocam num condutor, enfrentam certa resistência (atrito), provocando um aquecimento no condutor. De modo geral, quanto mais intensa é a corrente elétrica, mais calor é produzido. Esse efeito, conhecido como efeito Joule, é utilizado em chuveiros, torneiras e aquecedores elétricos, aparelhos nos quais a energia elétrica é transformada em calor. Nesses casos, usa-se um condutor feito de uma liga de níquel e cromo. Em geral, a presença de níquel em ligas proporciona ou melhora caracterís- ticas, tais como: resistência à corrosão; – resistência em altas temperaturas; – propriedades magnéticas; – expansão térmica. – São usadas onde a resistência ao calor e/ou à corrosão são determinantes (pás e outras partes de turbinas a gás, por exemplo). e-Tec BrasilAula 3 | Grandezas elétricas básicas 63 A le x Fr an ce Fonte: www.sxc.hu/photo/1165884 Resistor ou resistência? Resistência elétrica É capacidade de um condutor se opor à passagem de corrente elétrica quando existe uma tensão elétrica aplicada. Seu cálculo é dado pela Lei de Ohm e sua unidade de medida pelo Sistema In- ternacional de Unidades (SI) é ohms. Estamos falando da grandeza física. O resistor é um dispositivo prático que apresenta a resistên- cia citada. Sua unidade de medida é o ohm.m. Resistores são dispositivos que transformam energia elétrica em calor. São responsáveis pelo aquecimento em chuveiros, torneiras elétricas e aquecedores. São vulgarmente conhecidos como resis- tência, uma denominação incorreta. É comum ouvirmos as pessoas dizerem: “Queimou a resistência do chuveiro”. O correto seria dizer queimou o resistor do chuveiro. Os resistores são representados em circuitos elétricos pelo seguinte símbolo: Edificaçõese-Tec Brasil 64 Calculando potências Além da equação P = U x I, podemos, ainda, calcular a potência com as se- guintes equações: P = R x I2 e P = U2 / R Onde: P = potência dissipada (W) R = resistência elétrica do resistor (em ohms, Ω) I = corrente elétrica (A) U = tensão aplicada na resistência (V) Ya m am ot o O rt iz Fonte: www.sxc.hu/photo/1159639 Então, agora que você já aprendeu bastante sobre as grandezas elétricas, vamos, então, àquelas perguntas iniciais desta aula? Relembrando O pássaro mais veloz do mundo é o falcão-peregrino ( – Falco peregrinus), uma ave de rapina que voa, em média, a 160 km/h, mas é capaz de chegar a mais 320 km/h para pegar sua presa! Por que a lâmpada se acende tão rápido se os elétrons se movem tão – devagar? e-Tec BrasilAula 3 | Grandezas elétricas básicas 65 A resposta é simples: Quando ligamos o interruptor do circuito, o campo elétrico que surge no condutor é estabelecido quase que instantaneamente em todo o fio, pois a velocidade de propagação desse campo é praticamente igual à velocidade da luz (300.000 km/s). Então, em um tempo muito curto (cerca de 10-9s), todos os elétrons
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