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MATERIAIS II AULA 5 Materiais II – Ensaio de Compressão Um dos ensaios mecânicos realizado em materiais, para conhecer o seu comportamento e suas propriedades em determinadas situações, é o teste de compressão, em que se avalia como o material reage quando pressionado. Este teste é usualmente aplicado em concreto, cerâmicas, metais, plásticos e compostos. INTRODUÇÃO: Materiais II – Ensaio de Compressão Podemos observar o esforço de compressão na construção mecânica, principalmente em estruturas e em equipamentos como suportes, bases de máquinas, barramentos etc. Às vezes, a grande exigência requerida para um projeto é a resistência à compressão. Nesses casos, o projetista deve especificar um material que possua boa resistência à compressão, que não se deforme facilmente e que assegure boa precisão dimensional quando solicitado por esforços de compressão. INTRODUÇÃO: Materiais II – Ensaio de Compressão O ensaio de compressão é o mais indicado para avaliar algumas características, principalmente quando se trata de materiais frágeis, como ferro fundido, madeira, pedra e concreto. É também recomendado para produtos acabados, como molas e tubos. INTRODUÇÃO: Materiais II – Ensaio de Compressão As máquinas de teste mais comuns para os ensaios de resistência são máquinas universais , que são capazes de realizar testes de tração, compressão e flexão. A diferença entre elas é a forma como a carga é aplicada e as condições de fixação do corpo de prova na máquina. A função básica destas máquinas é criar um diagrama de carga x deslocamento. Quanto ao tipo de operação, as máquinas de ensaio podem ser eletromecânicas ou hidráulicas. Materiais II – Ensaio de Compressão No teste de compressão o corpo de prova é testado pela aplicação de uma carga axial compressiva, e construído o diagrama tensão–deformação, semelhantemente ao procedimento do ensaio de tração. Teste: Materiais II – Ensaio de Compressão O corpo de prova tem usualmente a forma cilíndrica , com relação comprimento/diâmetro (L/D) entre 2 e 8 (em casos excepcionais a relação pode ser 1 – caso de teste de metal para mancais). O comprimento não deve ser muito grande para evitar flambagem, nem muito pequeno pois o atrito nas superfícies de contato com a máquina de ensaio poderá prejudicar a validade dos resultados. A apresentação dos resultados dos testes deve sempre especificar a relação L/D. CORPO DE PROVA Materiais II – Ensaio de Compressão As relações matemáticas que valem para a tração valem também para a compressão. Isso significa que um corpo submetido a compressão também sofre uma deformação elástica e a seguir uma deformação plástica. Na fase de deformação elástica, o corpo volta ao tamanho original quando se retira a carga de compressão. TESTE: Materiais II – Ensaio de Compressão O comprimento útil, sobre os quais se fazem as medições, deve estar afastado das superfícies de contato com a máquina de ensaio em pelo menos um valor do diâmetro do corpo de prova. É recomendável que o comprimento útil esteja centrado em relação ao centro geométrico do corpo de prova. Para evitar danos na superfície das placas da máquina de ensaio é indicada a colocação de chapas finas de aço entre as placas e o corpo de prova. TESTE CORPO DE PROVA: Materiais II – Ensaio de Compressão Materiais dúcteis e materiais frágeis, especificamente metais, comportam-se diferentemente no ensaio de compressão. Enquanto os metais frágeis rompem praticamente sem fase elástica, os metais dúcteis sofrem grande deformação na fase plástica, às vezes sem atingir a ruptura. TESTE CORPO DE PROVA: Materiais II – Ensaio de Compressão Para os metais dúcteis é possível determinar com precisão as propriedades para a zona elástica. Já na zona plástica a deformação aumenta a área da seção transversal (com redução do comprimento), aumentando a resistência do corpo de prova, isto é, a tensão real instantânea diminui e o corpo pode ser achatado até o formato de um disco, sem que ocorra ruptura. Medir o comportamento do fluxo plástico e o limite de fratura requer condições de teste livres de atrito (compressão homogênea). Para a medição do limite da fratura dúctil entretanto, tira-se vantagem da formação do “barril” e das deformações e tensões controladas no equador da superfície barril quando o teste é conduzido com fricção (sem lubrificação). Materiais II – Ensaio de Compressão As propriedades mais medidas nos ensaios comuns são os limites de proporcionalidade e escoamento (ou 0,2%) e o módulo de elasticidade. A tensão de ruptura depende da geometria do corpo de prova e das condições de lubrificação, portanto não é comparável com resultados obtidos de outra forma. Em conseqüência, o limite de resistência não pode ser especificado como propriedade do material testado. TESTE CORPO DE PROVA: Materiais II – Ensaio de Compressão Valores típicos obtidos nos ensaios de tração e de compressão são mostrados na tabela abaixo, para alguns aços. Vale observar que os valores das tensões LP e LC na compressão são em geral maiores do que as correspondentes na tração. Lp-tensão limite de proporcionalidade ; Lr- tensão limite de resistencia; Lc- tensão de escoamento convencional; E -módulo de elasticidade TESTE CORPO DE PROVA: Materiais II – Ensaio de Compressão O teste axial de compressão também e útil para a medição das propriedades elásticas e de fratura compressiva de materiais frágeis ou de baixa ductilidade. Para os metais frágeis a fase elástica é muito pequena, comprometendo a determinação precisa das propriedades para esta fase. A fratura é influenciada pelas dimensões do corpo de prova. Como no caso de materiais dúcteis a relação L/D usada nos testes deve acompanhar o relatório de resultados. Para ferros fundidos a relação L/D fica entre 2 e 3. TESTE CORPO DE PROVA: Materiais II – Ensaio de Compressão A propriedade mais importante para os metais de baixa ductilidade – como o ferro fundido – é o limite de resistência. O limite de resistência à compressão é calculado pela relação entre a carga máxima no teste e a área da seção transversal original do corpo. O limite de resistência á compressão para materiais frágeis é aproximadamente 8 vezes maior do que o limite correspondente obtido no ensaio de tração. OBS: Em qualquer um dos casos – metais dúcteis ou frágeis - é importante que os corpos de prova tenham uma relação adequada entre comprimento e diâmetro (L/D) para evitar o aparecimento de flambagem e modos de deformação por cisalhamento TESTE CORPO DE PROVA: Materiais II – Ensaio de Compressão A figura abaixo ilustra os possíveis modos de deformação no teste de compressão, a saber: Flambagem, quando L/D > 5 Cisalhamento, quando L/D > 2.5 Barril duplo, quando L/D > 2.0 Barril , quando L/D > 2.0 e há fricção nas superfícies de contato Compressão homogênea, quando L/D < 2.0 e não existe fricção nas superfícies de contato Instabilidade compressiva devido ao amolecimento do material por efeito de carga. Materiais II – Ensaio de Compressão Em geral procura-se um modo de deformação próximo ao ideal, ou seja, sem fricção. Porém, na prática, o atrito sempre estará presente. Neste caso a ocorrência do efeito barril deve ser esperada para materiais dúcteis. A flambagem, o cisalhamento e a instabilidade devem ser evitados. TESTE CORPO DE PROVA: Materiais II – Ensaio de Compressão No teste de compressão o corpo de prova tem seu comprimento reduzido e conseqüentemente aumentadas as dimensões da seção transversal. A carga compressiva é transmitida através do contato do corpo de prova com a superfície dos cabeçotes da máquina de ensaio. Portanto nas superfícies de contato o aumento da seção transversal do corpo de prova fica parcialmente restrito pelo efeito do atrito. Este atrito gera tensões na superfície de contato, impedindo o movimento dos elementos situados nesta superfície, e provocando a alteração do formato original cilíndrico do corpo de prova durante o processo. TESTE CORPO DE PROVA: Materiais II – Ensaio de Compressão O abaulamento pode ser evitado ou minimizado pelo uso de lubrificação nas superfícies de contato. Para testes conduzidos à temperatura ambiente é recomendado o uso de teflon ou óleo de alta viscosidade. Para altas temperaturas indica-se grafite dissolvido em óleo (ligas de alumínio) e vidro moído (para aços e titânio). Para reter o material de lubrificação usinam-se sulcos rasos em ambas as faces do corpo de prova . Este procedimento garante a lubrificação durante o teste, minimizando o atrito.
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