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CCE1053 – Refrigeração e Climatização Aula 7 : Compressores Refrigeração e Climatização COMPRESSORES Funções: O Compressor toma o vapor do refrigerante a uma baixa pressão e temperatura, eleva-o a uma alta pressão e temperatura. Assim pode-se afirmar que ele : 2) Aumenta a pressão e a temperatura do refrigerante no condensador o suficiente p/ permitir que dissipe calor para o ar ou água a temperatura existente; 3) Movimenta o fluido refrigerante através da tubulação e componentes do sistema. 1) Reduz a pressão e a temperatura do refrigerante no evaporador, permitindo absorver calor das redondezas; Refrigeração e Climatização Tipos de compressores • Compressores Alternativos • Compressores de Palhetas • Compressores de Lóbulos • Compressores de Parafuso • Compressores Centrífugos • Compressores Scroll Compressor Alternativo Hermético Refrigeração e Climatização Compressor Alternativo Semi-hermético Refrigeração e Climatização Compressor Alternativo Aberto Refrigeração e Climatização Compressor Scroll Refrigeração e Climatização Compressor de parafuso Refrigeração e Climatização Compressor Centrífugo Refrigeração e Climatização Compressores Alternativos Os compressores alternativos são os mais utilizados, abrangendo a maioria das aplicações de refrigeração e ar condicionado. São especialmente recomendados para sistemas com refrigerantes que requerem pequena vazão e com condensação e pressão relativamente altas. Os compressores Alternativos podem ser mono ou multicilindros. Durante a descida do êmbolo o refrigerante é aspirado pela válvula de aspiração, e durante a subida o pistão comprime o refrigerante e posteriormente o empurra para fora através da válvula de descarga. Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização A - vapor de sucção ➔ azul A - vapor de descarga ➔ vermelho B- pistão desce – pressão no cilindro diminui, quando a pressão cilindro é menor do que a linha de sucção : válvula abre e enche de vapor de sucção C - pressão no cilindro diminui e acima da válvula são iguais. A válvula é fechada por ação da mola. D – compressão do vapor = aumento de pressão. pressão no cilindro acima da pressão no condensador; válvula de descarga abre e o gás a alta pressão é descarregado no condensador curso de sucção curso de compressão Refrigeração e Climatização E- pistão do cilindro = pressão no condensador ; válvula permanece fechada pela mola, quando a válvula de descarga está fechada permanece uma pequena área de gás a alta pressão entre o topo do pistão e o fundo da válvula como mostrado na flecha. Esse espaço é conhecido como espaço (volume) nocivo. F – quanto mais alta a pressão no volume nocivo , mais o pistão tem que descer antes que possa receber o vapor de sucção. Quanto mais o pistão descer antes que a válvula de sucção se abra, menos volume de vapor de sucção ele poderá atingir. Isso afeta contrariamente a eficiência volumétrica do compressor. Refrigeração e Climatização De acordo com o Ciclo Reverso de Carnot Refrigeração e Climatização Compressores Eficiência volumétrica do espaço nocivo Seja considerada a Figura 3.2. O volume máximo ocorre quando o êmbolo se encontra na posição 3 e o volume mínimo. denominado "volume de espaço nocivo” Vn ocorre quando o êmbolo se encontra na posição n. Seja considerada a pressão de descarga igual a pd e a pressão de aspiração igual a p1. O gás retido no espaço morto se expande até o volume V1, antes que a pressão no interior do cilindro seja pequena o suficiente para permitir a abertura da válvula de admissão e a admissão de gás. O volume de gás admitido no cilindro é dado por V3 – V1 e a eficiência volumétrica de espaço nocivo é definida como: 𝐯𝐧 = 𝐕𝟑 − 𝐕𝟏 𝐕𝟑 − 𝐕𝐧 𝐱 𝟏𝟎𝟎 Refrigeração e Climatização Gráficos de Compressores Vn Refrigeração e Climatização Definindo a fração do espaço nocivo , rn , como : 𝐫𝐧 = 𝐕𝐧 𝐕𝟑 − 𝐕𝐧 𝐱 𝟏𝟎𝟎 após algum algebrismo, tem-se : 𝐯,𝐧 = 𝟏𝟎𝟎 − 𝐫𝐧 𝐕𝐚𝐬𝐩 𝐕𝐝𝐞𝐬 − 𝟏 (equação 3.4) em que Vasp é o volume específico do vapor admitido no compressor e Vdes é o volume específico do vapor após a compressão isentrópica até pd. Esses volumes podem ser obtidos nas tabelas de propriedade dos fluidos ou nos diagramas. Refrigeração e Climatização Considerando-se a expansão politrópica, em que: 𝐕𝐚𝐬𝐩 𝐕𝐝𝐞𝐬 = 𝐩𝐝 𝐩𝟏 Τ 𝟏 𝐧 Resulta : 𝐯,𝐧 = 𝟏𝟎𝟎 − 𝐫𝐧 𝐩𝐝 𝐩𝟏 Τ 𝟏 𝐧 − 𝟏 O expoente n pode assumir valores entre 1, para expansão isotérmica, e k (Cp/Cv) para expansão adiabática, sendo k a razão de calores específicos, Cp o calor específico à pressão constante e Cv o calor específico a volume constante. No compressor ideal, considera-se a compressão e a expansão do gás retido no espaço morto como isentrópica. O único fator que afeta eficiência volumétrica do compressor ideal é expansão do gás retido no espaço nocivo. Refrigeração e Climatização 𝐦 = 𝐐 ( 𝐦3 𝐬 ) 𝐕 𝐚𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚çã𝐨 (𝐦³/𝐬) vazão do refrigerante da def. de rendimento volumétrico do espaço nocivo 𝐐 = 𝐫𝐞𝐧𝐝.𝐯𝐨𝐥𝐮𝐦é𝐭𝐫𝐢𝐜𝐨 𝟏𝟎𝟎 x taxa deslocamento 𝐦 = (𝐭𝐚𝐱𝐚 𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐥𝐨𝐜𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐫𝐨) 𝒆𝒏 (𝟏𝟎𝟎)𝐕 𝐚𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚çã𝐨 Refrigeração e Climatização Ciclo de compressão: Pressão x volume Volume Deslocado = . 𝐃𝟐. 𝐒 .𝐙 .𝐍 𝟒 D ➔ diâmetro do cilindro S ➔ curso do pistão Z ➔ quantidade de pistões N ➔ rotação do compressor Há perdas Eficiência Volumétrica Efetiva = 𝐕𝐚𝐳ã𝐨 𝐑𝐞𝐚𝐥 𝐕𝐨𝐥𝐮𝐦𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐥𝐨𝐜𝐚𝐝𝐨 𝐭𝐞ó𝐫𝐢𝐜𝐨 𝐱 𝟏𝟎𝟎 Refrigeração e Climatização A Figura 3.3 apresenta o efeito da temperatura de evaporação sobre a eficiência de espaço nocivo de um compressor ideal. Para determinar a eficiência volumétrica do compressor com fração de espaço nocivo de 4,5%, operando a uma temperatura de condensação de 35ºC, com refrigerante R22 e uma taxa de deslocamento de 0,05 m³/s. utilizou-se a equação 3.4. 𝐯,𝐧 = 𝟏𝟎𝟎 − 𝐫𝐧 𝐕𝐚𝐬𝐩 𝐕𝐝𝐞𝐬 − 𝟏 De acordo com a figura, a eficiência de espaço morto é nula para uma temperatura de vaporização de -61ºC, cuja pressão de evaporação corresponde à p3 da Figura 3.2. Para a pressão de aspiração igual pressão de descarga, a eficiência volumétrica é de 100%. Vn Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização Potência Para um compressor ideal, a potência é dada pelo produto da vazão pela variação da entalpia na compressão isentrópica. como segue: ሶ𝐖 = ሶ𝐦 𝐡𝐢 em que: W é a potência, ሶ𝒎 é a vazão e hi é a variação de entalpia na compressão isentrópica. Gráficos de Compressores A Figura 3.4 apresenta a variação da potência P e do trabalho de compressão hi em função da temperatura de evaporação. Para temperaturas de evaporação baixas, hi é grande. À medida que a temperatura de evaporação vai aumentando, hi vai diminuindo, até atingir zero, quando então a pressão de aspiração se iguala à de descarga. Refrigeração e Climatização Gráficos de Compressores A curva de potência apresenta valor nulo em dois pontos. O primeiro ponto corresponde à vazão nula; o segundo, corresponde à condição de temperatura de evaporação igual à de condensação. Entre esses dois pontos a curva de potência atinge um valor máximo. Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização A Figura 3.4 apresenta a variação da potência P e do trabalho de compressão hi em função da temperatura de evaporação. Para temperaturasde evaporação baixas, hi é grande. À medida que a temperatura de evaporação vai aumentando, hi vai diminuindo, até atingir zero, quando então a pressão de aspiração se iguala à de descarga. A curva de potência apresenta valor nulo em dois pontos. O primeiro ponto corresponde à vazão nula; o segundo, corresponde à condição de temperatura de evaporação igual à de condensação. Entre esses dois pontos a curva de potência atinge um valor máximo. A maioria dos sistemas frigoríficos trabalha à esquerda do pico da curva de potência. Refrigeração e Climatização A maioria dos sistemas frigoríficos trabalha à esquerda do pico da curva de potência. Durante a partida, a temperatura no evaporador é alta, e a potência passa pelo pico. Muitas vezes, os motores são superdimensionados para suportar este pico, o que não é adequado em termos de uso eficiente de energia. O superdimensionamento, no entanto, pode ser evitado reduzindo-se artificialmente a pressão de evaporação por meio de um dispositivo de estrangulamento. Durante a operação normal, cargas térmicas elevadas aumentam a temperatura de evaporação e, consequentemente, a potência do compressor, podendo sobrecarregar o motor. Refrigeração e Climatização Capacidade de refrigeração A capacidade de refrigeração é dada por: q = ሶ𝒎( h1 – h4) em que h1 e h4 são as entalpias do refrigerante na saída e na entrada do evaporador, respectivamente. A capacidade de refrigeração em função da temperatura de evaporação é apresentada na Figura 3.5. A capacidade de refrigeração aumenta com o aumento da temperatura de evaporação. Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização Coeficiente de eficácia O coeficiente de eficácia, definido pela relação entre a capacidade de refrigeração e a potência, em função da temperatura de evaporação, é apresentado na Figura 3.6. O coeficiente de eficácia aumenta com o aumento da temperatura de evaporação. À medida que a temperatura de evaporação diminui, o volume específico aumenta e a vazão em massa no compressor diminui, reduzindo a capacidade de refrigeração e, consequentemente, o coeficiente de eficácia. Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização Efeito da temperatura de condensação Instalações frigoríficas normalmente rejeitam calor através do condensador para a atmosfera, cujas condições variam ao longo do ano. A Figura 3.7 apresenta eficiência volumétrica de espaço nocivo de um compressor operando a uma temperatura de evaporação de -20ºC em função da temperatura de condensação. À medida que temperatura de condensação aumenta, a eficiência volumétrica diminui. O mesmo ocorre com a capacidade de refrigeração, apresentada na Figura 3.8. A potência em função da temperatura de condensação é apresentada na Figura 3.9. A curva de potência apresenta valor máximo do mesmo modo que a variação da potência com a temperatura de evaporação. Apesar de não apresentado, o coeficiente de eficácia diminui com o aumento temperatura de condensação. Refrigeração e Climatização Considerando a potência e a eficiência, é interessante que a temperatura de condensação seja a menor possível. Assim, é importante manter o condensador limpo, trabalhando com o agente de resfriamento (ar ou água) o mais frio possível. Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização Eficiência volumétrica efetiva Além da expansão do gás residual do espaço morto, outros fatores, tais como perda de carga e fugas através das válvulas de admissão e descarga, fugas pelos anéis dos êmbolos e aquecimento do gás aspirado pelo cilindro, afetam a eficiência volumétrica. Todos esses fatores contribuem para a diminuição da eficiência volumétrica. A Figura 3.10 apresenta eficiência volumétrica efetiva comparada com a eficiência volumétrica de espaço nocivo, em função da razão entre a pressão de descarga e a de aspiração. Para o cálculo da eficiência volumétrica de espaço morto, foi admitida uma fração de espaço morto de 4,5%. Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização Eficiência de compressão A eficiência de compressão c , em porcentagem, é dada por: c = Trabalho de compressão isoentrópica, [kJ/kg] x 100 Trabalho real de compressão, [kJ /kg] em que os trabalhos de compressão referem-se às mesmas pressões de aspiração e descarga. Para compressores alternativos abertos, essas eficiências variam entre 65 e 70%. Refrigeração e Climatização Temperatura de descarga do compressor Temperaturas de descarga do compressor excessivamente altas podem deteriorar o óleo de lubrificação, resultando em desgaste excessivo e redução da vida útil das válvulas, especialmente das válvulas de descarga. De maneira geral. quanto maior a razão de pressões maior a temperatura de descarga. O refrigerante utilizado também influencia a temperatura de descarga do compressor. A amónia. por exemplo, apresenta altas temperaturas de descarga, exigindo compressores com cabeçotes refrigerados a água. Refrigeração e Climatização Controle de capacidade Os sistemas frigoríficos em operação estão sujeitos a variações de carga térmica. O aumento de carga térmica sem uma resposta do compressor pode provocar aumento na temperatura de evaporação e comprometer a qualidade dos produtos armazenados. Por outro lado, o funcionamento contínuo do compressor para uma condição de carga térmica reduzida pode baixar demasiadamente a temperatura de evaporação, o que pode ser indesejável, por exemplo, na conservação de alimentos frescos, cuja temperatura é controlada. Refrigeração e Climatização Entre os vários métodos empregados no controle de capacidade do compressor estão: • atuação no compressor, ligando-o ou desligando-o; • estrangulamento do gás de aspiração entre o evaporador e o compressor por meio uso de uma válvula reguladora de pressão de sucção; • desvio do gás na descarga do compressor para a linha de aspiração ou para o evaporador; • funcionamento a vazio de um ou mais cilindros, através da abertura contínua da válvula de descarga. Refrigeração e Climatização Compressor alternativo ideal volume de gás admitido = v3 – v1 volume de gás espaço nocivo = vc eficiência volumétrica do espaço nocivo = vn = 𝐯𝟑 − 𝐯𝟏 𝐯𝟑 − 𝐯𝐜 𝐱 𝟏𝟎𝟎 Eficiência volumétrica é a expressão empregada para descrever a operação de um compressor quando comparado à sua capacidade prevista no projeto. A capacidade do compressor pode ser afetada pelas variações na pressão de sucção e na pressão de descarga, assim como pela condição de suas válvulas e seus anéis. Refrigeração e Climatização Rendimento volumétrico de espaço nocivo vn = 𝒗𝒂𝒛ã𝒐 𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎é𝒕𝒓𝒊𝒄𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂 𝒏𝒐 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔𝒐𝒓 ( 𝒎𝟑 𝒔 ) 𝒕𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝒅𝒆𝒔𝒍𝒐𝒄𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 ( 𝒎𝟑 𝒔 ) 𝐟𝐫𝐚çã𝐨 𝐝𝐞 𝐞𝐬𝐩𝐚ç𝐨 𝐧𝐨𝐜𝐢𝐯𝐨 = % = 𝐕𝐞𝐧 𝐕𝟑 −𝐕𝐞𝐧 . 100 en = 𝐯𝟑 − 𝐯𝟏 𝐯𝟑 − 𝐯𝐧 𝐱 𝟏𝟎𝟎 massa constante durante expansão do gás do en 𝐕𝟏 𝐕𝐞𝐧 = 𝐕𝐚𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚çã𝐨 𝐕𝐝𝐞𝐬𝐜𝐚𝐫𝐠𝐚 vn = 100 - [ ( 𝐩 𝐝𝐞𝐬𝐜𝐚𝐫𝐠𝐚 𝐩 𝐚𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚çã𝐨 ) 𝟏 𝐧 −𝟏 Refrigeração e Climatização Efeito da temperatura de evaporação sobre a capacidade de refrigeração (amônia) = 4,0% ; d= 0,146 m3/s T cond. cte = 35º C 𝐂𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐟𝐫𝐢𝐠𝐞𝐫𝐚çã𝐨 = (vazão) (efeito de refrigeração) efeito de refrigeração = incremento de entalpia do refrigerante através do evaporador em cuja saída é admitido como vapor saturado o conhecimentodo efeito da temperatura de evaporação ou da pressão de aspiração é muito importante para os engenheiros, uma vez que frequentemente se defrontam com situações onde é necessário decidir que parâmetro deve ser afetado a fim de elevar a capacidadedo sistema. Tevap afeta pouco Erefr. ➔ Capacidade frigorífica (comp) é determinada pela vazão (gráf. anterior) Refrigeração e Climatização Efeito da temperatura de evaporação sobre a potência de compressão potência de compressão = (vazão) . ( trabalho de compressão) (amônia) = 4,0% ; d= 0,146 m3/s T cond. cte = 35º C Importante : seleção do compressor ➔ consumo de energia Observar condições de partida do motor : Superdimensionar o compressor ou estrangular o gás na aspiração (válvula) ou desativar alguns cilindros Tcondensação➔ compressor não comprime o gás isoentrópico Refrigeração e Climatização Efeito da temperatura de condensação sobre a vazão de refrigerante e a capacidade de refrigeração (amônia) = 4,0% ; d= 0,146 m3/s T evaporação= -40º C Compressor ideal : compressão isoentrópica e rendimento volumétrico de ação exclusiva do espaço nocivo V aspiração = constante ➔ pela manutenção da mesma Tevaporação Refrigeração e Climatização Efeito da temperatura de condensação sobre a vazão de refrigerante e a capacidade de refrigeração Ocorrências idênticas às do gráfico anterior Refrigeração e Climatização Exemplo : Rendimento volumétrico real Determine o rendimento volumétrico real do compressor da tabela de desempenho de compressor de amônia para temperaturas de evaporação e condensação de -20º C e 25º C respectivamente. da Tabela da Vilter : capacidade de refrigeração = 186,7 kW vapor que deixa o evaporador saturado a -20º C : entalpia na saída = 1.437,7 kJ/kg líquido que entra do dispositivo expansão, saturado : entalpia = 317,67 kJ/kg volume específico do vapor que deixa o evaporador e entra no compressor = 0,6237 L/kg = 0,624 m³ / kg 𝐦 = 𝟏𝟖𝟔,𝟕 (𝟏𝟒𝟑𝟕,𝟕 −𝟑𝟏𝟕,𝟔𝟕) = 0,167 kg/s Refrigeração e Climatização Rendimento volumétrico real vazão volumétrica real : Q = 0,167 . 0,624 = 0,104 m³/s taxa de deslocamento volumétrico do compressor 8 cil . 20 rps . 0,089 m . ((3,1416. 0,114²)/4) = 0,146 m³/s rendimento volumétrico nr = 100 . (0,104 /0,146) = 71,2 % a relação entre as pressões de descarga e de aspiração (na tabela) são : 1.003 kPa/190,1 kPa = 5,27 ➔ o ponto está dentro da faixa coberta pelo gráfico 4.10 Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização da tabela da Vilter :se obtém a capacidade de refrigeração de 290,1 kW e uma potência de compressão de 64,9 kW assumindo que o refrigerante entra no compressor como vapor saturado a -12º C potência de compressão isoentrópica. nas tabelas de propriedades da amônia as seguintes entalpias : vapor saturado a -12º C = 1.448,2 kJ/kg liquido saturado a 25º C = 317,7 kJ/kg o efeito de refrigeração = 1.448,2 – 317,7 = 1.131 kJ/kg Determine a eficiência de compressão adiabática do compressor da tabela quando o mesmo opera entre as temperaturas de evaporação e de condensação de -12 C e 25º C respectivamente Exemplo 4.2. Refrigeração e Climatização 25º C 290,1 kW = Cap refrig 64,9 kW = Pot compressão Tabela 4.1 - 12º C Temp. Evaporação Refrigeração e Climatização vazão do refrigerante : m = 290,1 kW / 1.131 kJ/kg = 0,257 kg/s trabalho de compressão real : hr = 64,9 / 0,257 = 252,5, kJ/kg o trabalho de compressão isoentrópica hi , é determinado pelo diagrama a seguir; através da entalpia de descarga, acompanhando a linha isoentrópica que tem origem na linha de vapor saturado a -12º C até a pressão de 1.03 KPa, correspondente à temperatura de saturação de 25º C. A entalpia do gás de descarga será de 1.635 KJ/Kg e o trabalho de compressão isoentrópica será : h1 = 1635 – 1448,2 = 187 kJ/kg A eficiência de compressão adiabática será : a = 100 x 𝟏𝟖𝟕 𝟐𝟓𝟐,𝟓 = 74,0 % Refrigeração e Climatização Eficiência de compressão adiabática 𝐚(%) = 𝟏𝟎𝟎 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐫𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐢𝐬𝐨𝐞𝐧𝐭𝐫ó𝐩𝐢𝐜𝐨 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐫𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐫𝐞𝐚𝐥 Figura 4.11 - Variação da eficiência de compressão adiabática com a temperatura de evaporação para o compressor de amônia cujo desempenho foi apresentado na Tabela 4.1. Refrigeração e Climatização -12º C 103 kPa 1635 kJ/kg Refrigeração e Climatização Compressores de Palheta Existem dois tipos básicos de compressores de palhetas: o de palhetas simples e o de múltiplas palhetas. No compressor de palheta simples. A linha de centro do eixo de acionamento coincide com a do cilindro mas é excêntrica com relação ao rotor. De modo que este compressor apresenta um divisor atuado por mola, dividindo as câmaras de aspiração e descarga. Refrigeração e Climatização No compressor de múltiplas palhetas o rotor gira em torno do seu próprio eixo, que não coincide com o do cilindro. O rotor é provido de palhetas que se mantém permanentemente em contato com a superfície do cilindro pela força centrífuga. Nestes compressores não há necessidade de válvulas de aspiração. São utilizados principalmente em geladeiras, congeladores, condicionadores de ar, competindo com os compressores Alternativos. Refrigeração e Climatização Compressor de lóbulos Refrigeração e Climatização Compressores de Parafuso No compressor de parafuso a compressão á obtida pelo engrenamento de 2 rotores conjugados, dispostos em um cilindro apropriado, equipado com orifício de entrada e saída. O rotor macho normalmente é o rotor de acionamento e consiste de uma série de ressaltos ao longo do seu comprimento que se engrenam com os sulcos helicoidais correspondentes, formado de modo semelhante no rotor fêmea, comprimindo o refrigerante. Na região de aspiração do compressor é produzido vácuo, induzindo a entrada do vapor de refrigerante. Refrigeração e Climatização A utilização deste tipo de compressor se dá na faixa de 300 à 500 KW de refrigeração, normalmente para resfriamento da água. O centro de capacidade é realizado pelo uso de uma válvula corrediça que é localizada na carcaça do compressor. Quando a válvula está aberta, ocorre um retardamento do início de compressão. A capacidade pode ser modulada até 10% da capacidade máxima. Refrigeração e Climatização Compressores Centrífugos No compressor centrífugo o fluido penetra pela abertura central do rotor e pela ação da força centrífuga desloca-se para a periferia. Assim, os pás imprimem uma grande velocidade ao gás e elevam sua pressão. O gás se dirige para o invólucro da pá ou voluta que converte a pressão dinâmica do vapor que sai do rotor em pressão estática. Refrigeração e Climatização Os compressores centrífugos podem ser de um ou múltiplos estágios ou seja com um ou vários rotores. Refrigeração e Climatização A eficiência de compressão adiabática dos compressores frigoríficos com capacidade de refrigeração acima de 500 kW. Relação entre a velocidade periférica e a pressão: O momento torsor que o motor exerce sobre o gás é: T= m(v2.r2 - v1.r1) T ➔ momento torsor, N.m m ➔ vazão, kg/s v2 ➔ velocidade tangencial do refrigerante na m/s r2 ➔ raio externo do rotor, m. v1 ➔ velocidade tangencial do refrigerante na entrada do rotor (m/s) r1 ➔raio médio da seção de entrada do rotor, m. Como o refrigerante entra no rotor na direção radial. V1=0 T= m.v2.r2 A potência no eixo é o produto do momento torsor pela rotação. P= T.w= m.v2.r2.w P ➔ potência em w w ➔ rotação em,rad/s Refrigeração e Climatização Lembrando : Momento Torsor Potência transmitida, diagrama de momento e ângulo de torção P = T ω Onde P: potência em watts. T: torque em N m. ω: rotação em radianos por segundo. A Figura dá o exemplo de uma barra cilíndrica com aplicação de dois esforços de torção em locais distintos. É suposto que a barra está engastada na extremidade C. Na parte inferior da figura são dados diagramas aproximados dos esforços de torção e ângulos de distorção ao longo do comprimento da barra. Refrigeração e Climatização Em baixas rotações e velocidade periférica do rotor e a velocidade tangencial do refrigerante na saída do rotor são praticamente iguais, então: r2.w = v2 P = m.v2 2 A potência ideal também pode ser dado pelo produto da vazão pelo trabalho de compressão. P = m hi (1000) comparando as duas equações de potência temos : v2 2 = 1000 hi Refrigeração e Climatização Compressores Scroll O conceito básico do compressor scroll (espiral) existe desde 1886, quando uma patente italiana foi requerida. Devido a problemas de estanqueidade, a aplicação do mesmo foi retardada. Hoje, a nova tecnologia de máquinas operadoras e processos de manufatura tornou possível a solução deste problema. A partir da última década, o compressor scroll passou a participar das linhas de produção seriada sendo instalado em condicionadores de ar e resfriadores de líquido Refrigeração e Climatização O compressor scroll oferece muitos benefícios aos usuários de sistemas de ar condicionado: • em média é 5% a 10% mais eficiente que um compressor recíproco de igual capacidade; • não possui válvulas. sendo extremamente resistente a golpes de liquido; • possui 64% menos partes móveis que um compressor recíproco de igual capacidade; • operação extremamente suave e silenciosa, comparável à de um compressor centrífugo; • baixa variação de torque, o que propicia um aumento na vida útil do motor, reduzindo a sua vibração; • O resfriamento do motor feito pelo refrigerante na forma gasosa resulta em baixa temperatura dos enrolamentos do motor, o que aumenta a sua eficiência e confiabilidade. Refrigeração e Climatização O compressor scroll utiliza duas peças em forma de espiral para realizar o trabalho da compressão do gás Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização abertura de vedação das pontas Refrigeração e Climatização COP – Coeficiente de Desempenho (Coeficient Of Performance) Um ciclo de refrigeração pode ser analisado em termos de sua eficiência energética através do coeficiente de performance (COP), uma grandeza adimemsional. Figura 6.1 - Ilustração de um ciclo de compressão mecânica Onde QE é a potência de refrigeração [kW] e Wc é a potência de compressão [kW] e podem ser calculados conforme os pontos inseridos no diagrama pressão versus entalpia ilustrado na figura 6.1 (6.1) 𝐂𝐎𝐏 = ሶ𝐐𝐄 ሶ𝐖𝐂 =(m . (𝒉𝟏 - 𝒉𝟒))/(m . (𝒉𝟐- 𝒉𝟏)) COP é comumente utilizado par avaliar a relação entre a capacidade de refrigeraçào obtida e o trabalho gasto para tanto, podendo se definido como: Refrigeração e Climatização Coeficiente de performance do ciclo (Coeficient Of Performance) O coeficiente de performance, COP, é um parâmetro importante na análise das instalações frigoríficas. Embora o COP do ciclo real seja sempre menor que o do ciclo teórico, para as mesmas condições de operação, pode-se, com o ciclo teórico, verificar que parâmetros influenciam no desempenho do sistema. Assim, o COP é definido por: 𝐂𝐎𝐏 = 𝐄𝐧𝐞𝐫𝐠𝐢𝐚 Ú𝐭𝐢𝐥 𝐄𝐧𝐞𝐫𝐠𝐢𝐚 𝐆𝐚𝐬𝐭𝐚 = ሶ𝐐𝟎 ሶ𝐖𝐜 = 𝐡𝟏 −𝐡𝟒 𝐡𝟐 − 𝐡𝟏 Pode-se inferir da equação acima que para ciclo teórico, o COP é função somente das propriedades do refrigerante. Consequentemente, depende das temperaturas de condensação e vaporização. Para o ciclo real, entretanto, o desempenho dependerá muito das propriedades na sucção do compressor, do próprio compressor e dos demais equipamentos do sistema. Refrigeração e Climatização Parâmetros que influenciam o COP do ciclo de refrigeração Vários parâmetros influenciam o desempenho do ciclo de refrigeração por compressão de vapor. Será analisada a influência de cada um deles separadamente. a) Influência da temperatura de evaporação no COP do ciclo teórico Para ilustrar o efeito que a temperatura de evaporação tem sobre a eficiência do ciclo, será considerado um conjunto de ciclos em que somente a temperatura de evaporação (T0) é alterada. Estes ciclos estão mostrados na Figura 2.16. Nesta análise, utilizou-se R22 como refrigerante, o qual é típico de sistemas de ar condicionado. Como pode ser observado, uma redução na temperatura de evaporação resulta em redução do COP; isto é, o sistema se torna menos eficiente. Refrigeração e Climatização Tevap COP Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização Influência da temperatura de condensação no COP do ciclo teórico Como no caso da temperatura de vaporização, a influência da temperatura de condensação é mostrada em um conjunto de ciclos em que apenas se altera a temperatura de condensação (Tc). Esta análise está mostrada na Figura 2.17. Observe-se que uma variação de 15ºC na temperatura de condensação resultou em menor variação do COP, se comparado com a mesma faixa de variação da temperatura de evaporação. Refrigeração e Climatização TcondCOP Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização Influência do sub-resfriamento do líquido no COP do ciclo teórico De forma idêntica aos dois casos anteriores, a Figura 2.18 mostra a influência do sub-resfriamento do líquido na saída do condensador sobre a eficiência do ciclo. Embora haja aumento no COP do ciclo com o aumento do sub-resfriamento, o que é ótimo para o sistema, na prática se utiliza um sub-resfriamento para garantir que se tenha somente líquido na entrada do dispositivo de expansão, o que mantém a capacidade frigorífica do sistema, e não para se obter ganho de eficiência. Refrigeração e Climatização Tsubr COP Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização Influência do superaquecimento útil no COP do ciclo teórico Quando o superaquecimento do refrigerante ocorre retirando calor do meio que se quer resfriar, chama-se a este superaquecimento de "superaquecimento útil': Tsupa COP Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização A Figura 2.19 mostra a influência desse superaquecimento na performance do ciclo de refrigeração. Como se pode observar no último "quadro" desta figura, a variação do COP com o superaquecimento depende do refrigerante. Nos casos mostrados, para o R717 o COP sempre diminui; para R134a o COP sempre aumenta; e para o R22, o caso mais complexo, há um aumento inicial e, depois, uma diminuição. Para outras condições do ciclo, isto é, Tc e Te. poderá ocorrer comportamento diferente do mostrado. Refrigeração e Climatização Mesmo para os casos em que o superaquecimento melhora o COP, ele diminui a capacidade frigorífica do sistema de refrigeração. Assim, só se justifica o superaquecimento do fluido por motivos de segurança, para evitar a entrada de líquido no compressor. Este aspecto da influência do superaquecimento na capacidade frigorífica do sistema será estudado com mais detalhes quando da análise operacional dos compressores alternativos e de sua eficiência volumétrica. Refrigeração e Climatização Interpolação As tabelas apresentam seus valores de entradacom espaçamentos variáveis, o que pode trazer ocasionalmente problemas, pois os valores desejados não são diretamente obtidos. A solução é, naturalmente, o uso da interpolação, pelo comum, a linear que é a mais fácil e traz bons resultados. Refrigeração e Climatização Interpolação Simples Vamos supor que seja necessário conhecer o volume específico da água à 198 C e título 50%. Como a informação diz respeito ao título, a conclusão automática é que estamos lidando com mistura de líquido vapor. Para continuar, precisa-se das informações sobre os volumes específicos do líquido saturado e do vapor saturado seco naquela temperatura. Entretanto, consultando uma tabela como a seguir, nota-se que se tem informações na temperatura de 195º C e também à 200º C, mas não a 198ºC. Assim, dever se proceder à uma interpolação que será linear. Refrigeração e Climatização O primeiro passo é montar a tabela: Refrigeração e Climatização montada com informações de temperaturas imediatamente superior e imediatamente inferior. Deseja-se calcular os valores de x (pressão de saturação a 198º C), y (volume específico do líquido saturado a 198º C) e z (volume específico do vapor saturado seco a 198º C). É razoável que se espere que os valores a 198º C para x, y e de z devam estar entre os valores correspondentes a 195º e 200º C. Refrigeração e Climatização Como resultado da interpolação linear, podemos escrever: obtendo-se os resultados: Refrigeração e Climatização Regra Geral da Interpolação Simples 𝑴 −𝒎 𝑴 − 𝒅𝒆𝒔𝒆𝒋𝒂𝒅𝒐 = 𝑴′ −𝒎′ 𝑴′ − 𝒅𝒆𝒔𝒆𝒋𝒂𝒅𝒐′ Refrigeração e Climatização Exemplo Dados de catálogo para um compressor de 5 cilindros, operando com refrigerante 22 a 29 rps, indicam uma capacidade de refrigeração de 96,4 kW e potência de 28,9 kW para uma temperatura de evaporação de 5º C e uma temperatura de condensação de 50º C. O desempenho é baseado em 3º C de sub-resfriamento do líquido e 8º C de superaquecimento do gás de aspiração no compressor. O diâmetro do cilindro é de 67 mm e o percurso é de 57 mm. Calcule : a) a eficiência volumétrica do espaço nocivo, se a fração deste espaço é de 4,8 %; b) a eficiência volumétrica efetiva; c) a eficiência de compressão. Dados para cálculo : para 5º C e para 50º C Refrigeração e Climatização Solução O estado do valor na aspiração do compressor é de 13ºC (5ºC + 8ºC) superaquecido a uma pressão correspondente a uma temperatura de evaporação de 5ºC (pressão de 583,6 kPa), os valores das propriedades termodinâmicas são : Tab. A.6a - Refrigerante R-22 saturado - livro Stoecker /Jabardo pag. 331 – para 5º C p = 583,6 kPa Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização Tab. A.6b - Refrigerante R-22 superaquecido - livro Stoecker /Jabardo pag. 333 – para tempsat = 5º C e psat = 583,6 kPa hv = 413,06 kJ/kg vv = 42,11 litros/kg sv = 1,7656 kJ/kg ºK 𝟏𝟓 − 𝟏𝟎 𝟏𝟓 − 𝟏𝟑 = 𝟒𝟏𝟒, 𝟓 − 𝟒𝟏𝟎, 𝟗 𝟒𝟏𝟒, 𝟓 − 𝐱 𝟏𝟓 − 𝟏𝟎 𝟏𝟓 − 𝟏𝟑 = 𝟒𝟐, 𝟓𝟒 − 𝟒𝟏, 𝟒𝟔 𝟒𝟐, 𝟓𝟒 − 𝒚 𝟏𝟓 − 𝟏𝟎 𝟏𝟓 − 𝟏𝟑 = 𝟏, 𝟕𝟕𝟎𝟖 − 𝟏, 𝟕𝟓𝟕𝟗 𝟏, 𝟕𝟕𝟎𝟖 − 𝒛 x = h1 = 413,06 kJ/kg Y = vv = 42,11 l/kg z = sv = 1,7656 kJ/kg ºK isoentrópica Refrigeração e Climatização As propriedades do refrigerante após uma compressão isoentrópica até uma temperatura de condensação de 50ºC (pressão de 1.942 kPa), são : p = 1.942 kPa A entalpia do líquido que entra no evaporador à temperatura de (50 – 3)ºC =47º C é de 259,1 kJ/kg Tab. A.6a - Refrigerante R-22 saturado - livro Stoecker /Jabardo pag. 332 – para 50ºC Refrigeração e Climatização Refrigeração e Climatização Isoentrópica – 1,7656 Refrigeração e Climatização Tab. A.6b - Refrigerante R-22 superaquecido - livro Stoecker /Jabardo pag. 333 – para tempsat = 50ºC e psat = 1.942 kPa entrando na tabela com isoentrópica s = 1,745 (fazer a média aritmética) x = h4 = 444,5 kJ/kg y = vv = 14,13 l/s 𝐱 = 𝟒𝟒𝟐, 𝟐𝟔 + 𝟒𝟒𝟔, 𝟖𝟑 𝟐 = 𝟒𝟒𝟒, 𝟓 𝐤𝐉/𝐤𝐠 y= 𝟏𝟑,𝟗𝟑+𝟏𝟒,𝟑𝟑 𝟐 = 𝟏𝟒, 𝟏𝟑 𝐥/𝐬 Refrigeração e Climatização Válvula Expansão 3 t = 8+5 = 13ºC Comp. 1 t = 5ºC t = 8+5 = 13º Evaporador 4 t = 50 – 3 = 47ºC Condensador 2 t = 50ºC h4 = 413,06 kJ/kg h1 = 444,5 kJ/kg Refrigeração e Climatização Refrigerante : R-22 Compressor : nº de cilindros = 5 rotação = 29 rps Potência = 28,9 kW Capacidaderefrigeração = 96,4 kW Diâmetro cilindro = 67 mm = 0,067 m Deslocamento cilindro = 57 mm = 0,057 m Tevaporação = 5º C Tcondensação = 50º C Tsub-resfriamento = 3º C Tsuperaquecimentoaspiração = 8º C Entalpia do líquido na entrada do evaporador à T = 50 – 3 = 47ºC Refrigeração e Climatização a) eficiência volumétrica do espaço nocivo fração do espaço nocivo = 4,8% % vn = 100 – ሶ𝒎 . [(vasp vdesc )-1] = 100 - 0,048(42,11114,13– 1) = 90,4 % b) taxa de deslocamento do compressor há a necessidade de conhecermos a taxa de deslocamento em l/s. nºcil x rot x A x percurso = 5 x 29 x ((3,1416 x 0,067²) 4) x 0,057 = = 0,02914 m³s = 29,14 Lls vasp = volume específico do vapor admitido no compressor vdesc = volume específico do vapor após compressão isoentrópica Refrigeração e Climatização em seguida temos que calcular a vazão do refrigerante vazão do refrigerante = ሶ𝐦 = 𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐟𝐫𝐢𝐠𝐞𝐫𝐚çã𝐨 𝐞𝐟𝐞𝐢𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐟𝐫𝐢𝐠𝐞𝐫𝐚çã𝐨 (𝐡𝟏−𝐡𝟒) = = 𝟏𝟏𝟎 𝐊𝐖 𝟒𝟏𝟑,𝟏− 𝟐𝟓𝟗,𝟏 = 0,6260 kgs calcular a vazão medida na aspiração do compressor (em l/s) vazão em volume = vvol = ሶ𝐦. 𝐯𝐚𝐬𝐩 = 𝟎, 𝟔𝟐𝟔𝟎 𝐱 𝟒𝟐, 𝟏𝟏 = 26,36 litross finalmente a eficiência volumétrica efetiva = vef = 𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 𝒅𝒆 𝒂𝒔𝒑𝒊𝒓𝒂çã𝒐 𝒕𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝒅𝒆𝒔𝒍𝒐𝒄𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒐 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔𝒐𝒓 x 100 = 𝟐𝟔,𝟑𝟔 𝟐𝟗,𝟏𝟒 x 100 = 90.45% Refrigeração e Climatização c = 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐫𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐢𝐬𝐨𝐞𝐧𝐭𝐫ó𝐩𝐢𝐜𝐚 𝐡𝟒−𝐡𝟏 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐨 𝐫𝐞𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐫𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐱 𝟏𝟎𝟎 = c = 𝐡𝟒−𝐡𝟏 𝐏 𝐱 𝟏𝟎𝟎 = 𝟒𝟒𝟒, 𝟓 − 𝟒𝟏𝟑, 𝟏 𝟒𝟔, 𝟐 𝐱 𝟏𝟎𝟎 = 𝟔𝟕, 𝟗 % c) eficiência de compressão é necessário que conheçamos o trabalho real de compressão P = m . W ➔ W = P m ➔ W = 28,9 / 0,6260 = 46,2 kJkg = W vazão do refrigerante potência Assuntos da próxima aula: Aula 8. Condensadores e Dispositivos de Expansão