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Acústica de Edificações: Pisos e Desempenho Acústico

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E-book – Acústica de Edificações 
Pisos 
Desempenho Acústico 
 
1ª Revisão 
 
 
 
 
 
Vítor Litwinczik 
engenharia@animacustica.com.br 
(48) 3028.9662 
 
Florianópolis, SC, junho de 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anima Acústica – Engenharia Acústica 
www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 3028.9662 
 
 
 
SOBRE A EMPRESA 
Anima Acústica – Tecnologia e Conhecimento Ltda. ME, é uma empresa de engenharia 
especializada em soluções de acústica, situada em Florianópolis/SC, que atua nos seguintes 
setores: 
 Construção civil: por meio de projetos acústicos de edificações e ensaios de 
desempenho acústico de ambientes construídos. Essas atividades vêm sendo 
realizadas com foco na nova norma de desempenho de construções ABNT NBR 15575. 
 Arquitetura: por meio de projetos acústicos de ambientes especiais para música ou 
oratória como auditórios, salas de projeção, teatros e outros. 
 Ambientes industriais: desenvolvendo serviço de mapeamento de ruído, análise e 
controle de ruído e vibrações. 
 Meio ambiente: realizando laudo de ruído comunitário, mapeamento de ruído e estudos 
de impacto de ruído ambiental. 
 
 
Clientes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anima Acústica – Engenharia Acústica 
www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 3028.9662 
 
 
SUMÁRIO 
 
SOBRE A EMPRESA ................................................................................ 1 
Clientes ................................................................................................. 1 
OBJETIVOS ............................................................................................ 3 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................... 3 
1.1. O RUÍDO EM NOSSOS LARES ........................................................ 4 
1.2. ENTENDENDO A TRANSMISSÃO DE RUÍDOS ................................... 5 
1.3. PRINCÍPIO BÁSICO DE ISOLAMENTO ACÚSTICO .............................. 5 
2. SISTEMAS DE PISOS INTERNOS .................................................... 6 
2.1. TIPOS DE LAGES .......................................................................... 7 
2.2. APLICABILIDADE QUANTO A NORMA .............................................. 8 
2.3. CONSIDERAÇÕES NO DESEMPENHO ACÚSTICO DE LAJES ............10 
PARA SABER MAIS ...............................................................................18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anima Acústica – Engenharia Acústica 
www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 3028.9662 
 
 
OBJETIVOS 
O objetivo deste guia é apresentar conceitos técnicos sobre o desempenho 
acústico de sistemas construtivos de pisos e servir como um material de consulta para 
novos projetos de construções e avaliações de soluções para isolamento de pisos, 
visando o enquadramento quanto à norma ABNT NBR 15575:2013. 
 
1. INTRODUÇÃO 
A seleção da solução construtiva correta para uma determinada situação assume 
grande relevância a partir do momento em que a tranquilidade e o bem estar dos 
usuários estão em questão. 
Costuma-se dizer que ruído é todo som indesejável. Entretanto esse conceito é 
muito subjetivo, uma vez que o que é considerado ruído para algumas pessoas pode ser 
entendido como som para outras, por exemplo, uma música. 
Chama-se de ruído aéreo aos sons transmitidos através do ar como o gerado 
pelo tráfego rodoviário, ferroviário ou aéreo, o funcionamento de equipamentos coletivos 
e/ou individuais, a própria conversação, atividades quotidianas, etc. 
Dá-se o nome de ruído estrutural ao ruído que é, primeiramente propagado pela 
estrutura da construção e então transmitido pelo ar, como o ruído do caminhar, do 
impacto da queda de objetos no chão, do recalque de água pelas tubulações embutidas, 
do movimento do elevador, etc. 
 
Figura 1 – Níveis aproximados de ruídos do cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
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1.1. O RUÍDO EM NOSSOS LARES 
Em um edifício o ruído é transmitido pela sua estrutura e pelo ar antes de chegar 
aos nossos ouvidos. Dentre eles distinguem-se três tipos de ruídos: 
I. Ruídos aéreos externos – são os ruídos provenientes do meio exterior, da rua, o 
tráfego urbano, uma fábrica, um aeroporto, as pessoas na rua. 
II. Ruídos aéreos internos e ruídos de impacto – são constituídos principalmente 
da conversação, dos aparelhos de TV, dos aparelhos de som, eletrodomésticos 
em geral. Os ruídos de impacto são os ruídos de passos, de quedas de objetos 
e outros. 
III. Ruídos de equipamentos – são provenientes dos equipamentos de uso coletivo 
da edificação como bombas de recalque, ventilação mecânica, equipamentos 
de aquecimento de água, elevadores, tubulações em geral, porta de garagens 
de entrada dos edifícios. 
 
Figura 2 – Fontes de ruído em uma edificação. 
 
 
 
 
 
 
 
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1.2. ENTENDENDO A TRANSMISSÃO DE RUÍDOS 
Podemos classificar as transmissões sonoras em três tipos principais: 
I. Transmissões diretas – são aquelas onde o som passa diretamente pelas 
paredes divisórias. 
II. Transmissões indiretas ou laterais – ocorrem quando o som passa para outro 
ambiente por estruturas da edificação que não a parede divisória. 
III. Transmissões parasitas – são as transmissões sonoras ocorridas por 
falhas/defeitos localizados e que ocorrem geralmente por falta de vedação 
correta ao ar (fissuras nas paredes, falha na instalação de janelas, caixas 
elétricas…). 
 
 
Figura 3 – Tipos de transmissão de ruído. 
 
 
1.3. PRINCÍPIO BÁSICO DE ISOLAMENTO ACÚSTICO 
Para fazer um isolamento acústico de um ambiente, devemos ter em mente um 
princípio básico do isolamento acústico, conhecido como: 
Lei da Massa – quanto mais pesado, mais denso o material, melhor o isolamento. Para 
uma mesma espessura, uma partição de concreto isolará mais que uma de gesso, pois 
para um mesmo volume o concreto é mais pesado que o gesso. Essa lei pode ser 
expressa matematicamente como: 
I 
II 
III 
 
 
 
 
 
 
 
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Rw ≈ 10 log(f.m)² [dB] 
Rw = índice de redução sonora, f = frequência e m = massa por unid. área. 
 
 
Figura 4 – Representação gráfica da Lei da Massa. 
De forma objetiva ela nos diz que para uma frequência constante o isolamento 
aumenta 6 decibéis (dB) quando se duplica a massa de uma partição. Analogamente, 
para uma massa fixa, o isolamento cresce 6 dB ao duplicar a frequência do som. 
Na prática observa-se que o isolamento é um pouco inferior por considerar as 
imperfeições das construções e outros mecanismos de transmissão existentes em 
situações reais. Dessa forma, recomenda-se considerar 4 dB de redução. 
 
 
 
2. SISTEMAS DE PISOS INTERNOS 
De uma forma objetiva, os sistemas de pisos internos, ou lajes, são elementos de 
superfície plana e horizontal que estão sujeitos a ações em seu plano. 
A norma de desempenho define sistema de piso como: 
“Sistema horizontal ou inclinado composto por um conjunto parcial ou total de 
camadas (por exemplo, camada estrutural, camada de contrapiso, camada de 
fixação, camada de acabamento) destinado a atender a função de estrutura, vedação 
e tráfego, conforme os critérios definidos nesta Norma.”Anima Acústica – Engenharia Acústica 
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Figura 5 - Exemplo genérico de um sistema de piso e seus elementos. 
 
2.1. TIPOS DE LAGES 
 Existem vários tipos de lajes utilizadas no mercado, sendo as mais comuns a 
pré-moldada, que pode ser do tipo convencional, treliçada ou protendida, a maciça e a 
nervurada. 
 
 
Figura 6 – Esquema de laje pré-moldada 
treliçada. 
 
Figura 7 – Esquema de laje pré-moldada 
protendida. 
 
 
Figura 8 – Esquema de laje maciça. 
 
Figura 9 – Esquema de laje nervurada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.2. APLICABILIDADE QUANTO A NORMA 
A norma ABNT NBR 15575:2008 dizia que: “O projeto para isolamento acústico 
de um piso visa assegurar conforto acústico, em termos do ruído de fundo transmitido 
via aérea e estrutural, bem como privacidade acústica assegurando a inteligibilidade da 
comunicação em ambientes adjacentes”. 
As tabelas a seguir sumarizam as recomendações quanto à atenuação de ruído a 
ser proporcionada pelos pisos internos, quanto ao ruído aéreo, D
nT,w
, e ruído de impacto, 
L’
nT,w
, respectivamente. 
Tabela 1 – Níveis de Redução Sonora de ruídos aéreos para sistemas de lajes internas. 
Elemento D
nT,w
 [dB] 
Nível de 
desempenho 
Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas 
de áreas em que um dos recintos seja dormitório 
45 a 49 M 
50 a 54 I 
≥ 55 S 
Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas 
de áreas comuns de trânsito eventual, como corredores e 
escadaria nos pavimentos, bem como em pavimentos 
distintos 
40 a 44 M 
45 a 49 I 
≥ 50 S 
Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas 
de áreas comuns de uso coletivo, para atividades de lazer e 
esportivas, como home theater, salas de ginástica, salão de 
festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, 
cozinhas e lavanderias coletivas 
45 a 49 M 
50 a 54 I 
≥ 55 S 
Tabela 2 – Atenuação sonora quanto ao ruído de impacto para sistemas de lajes internas. 
Elemento L’
nT,w
 [dB] 
Nível de 
Desempenho 
Sistema de piso separando unidades habitacionais 
autônomas posicionadas em pavimentos distintos 
66 a 80 M 
56 a 65 I 
≤ 55 S 
Sistema de piso de áreas de uso coletivo (atividades de 
lazer e esportivas, tais como home theater, salas de 
ginástica, salão de festas, salão de jogos, banheiros e 
51 a 55 M 
46 a 50 I 
 
 
 
 
 
 
 
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vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas) 
sobre unidades habitacionais autônomas 
≤ 45 S 
A norma brasileira salienta que os valores Mínimos devem ser atendidos e caso 
o sistema apresente níveis de desempenho intermediário ou superior, recomenda que 
sejam divulgados os valores. 
Deve-se observar que, para o isolamento de ruído aéreo, quanto maior o índice 
de isolamento apresentado pelo sistema melhor o desempenho obtido em termos de 
isolamento acústico. Neste caso mede-se o quanto a partição é capaz de isolar, ou seja, 
o valor apresentado é relativo ao sistema. 
Para o ruído de impacto, quanto menor o valor apresentado como índice de 
isolamento melhor o desempenho. Aqui, o resultado apresentado indica o nível de 
pressão sonora que está sendo propagado pela construção como um todo, ou seja, o 
valor é referente ao ruído gerado pelo sistema construtivo como um todo, considerando 
as propagações diretas e indiretas. 
Considerando a composição mista das lajes, as camadas de concreto 
regularizado sobrepostas tornam esses elementos bons isoladores de ruído aéreos. 
Assim, desde que corretamente construídos e que os usuários tenham “hábitos 
cotidianos convencionais”, não é necessária tanta preocupação com a atenuação sonora 
de ruídos aéreos para lajes. 
Quanto ao ruído de impacto, alguns estudos já foram realizados para avaliar o 
isolamento acústico de diferentes tipos de lajes, porém os dados obtidos não são 
conclusivos quanto qual tipo de laje é acusticamente mais eficiente. Entretanto, tais 
estudos mostram que, de uma forma geral, lajes maciças apresentam índices de 
isolamento melhores do que as treliçadas. Poucos estudos apresentam resultados 
referentes às lajes nervuradas, no entanto, devido a presença dos espaços deixados 
pelas cubetas é necessário um acabamento superficial, geralmente em gesso 
acartonado, que pode melhorar o desempenho desses sistemas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.3. CONSIDERAÇÕES NO DESEMPENHO ACÚSTICO DE LAJES 
 
Poderíamos reduzir os efeitos 
do ruído de impacto por meio do 
aumento da espessura da laje, porém 
este método se torna inviável visto 
que o ganho de isolamento é de 
apenas 1 dB a cada aumento de 1 cm 
na espessura da laje. 
 
Figura 10 – Curvas típicas de isolamento de ruído de 
impacto. 
Com essa limitação é possível conceber métodos alternativos de isolamento ao 
ruído de impacto em lajes estruturais como: 
 
 Utilizar forrações com materiais 
macios como tapetes espessos e 
carpetes em cima da laje, porém 
tem o inconveniente de depender do 
gosto particular do morador e por 
vezes impossibilitar o controle do 
ruído. 
 
Figura 11 – Esquema de piso com 
forração. 
Tabela 3 – Atenuação sonora de pisos revestidos. 
Revestimento de piso Atenuação Sonora 
Borracha 2 a 13 dB 
Laminado sintético 1 a 3 dB 
Carpete 7 a 27 dB 
Carpete com base isolante 33 a 39 dB 
* Dados obtidos para uso em laje de concreto armado com 12 cm de espessura. 
 
 
 
 
 
 
 
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 A utilização de forro falso no 
ambiente de recepção do ruído 
funciona como um método 
eficiente para barreira ao ruído 
aéreo, porém não tão efetivo 
quanto ao ruído estrutural, pois 
não impede a transmissão in-
direta pelas paredes verticais. 
 
Figura 12 – Caminhos de propagação do ruído 
de impacto. 
 
 A adição de material resiliente entre o contrapiso e a laje, conhecido como 
piso flutuante, é o método mais eficiente, pois controla o ruído na fonte do 
ruído (piso superior) independente do uso ou não de tapetes e carpetes além 
de barrar a transmissão indireta do ruído estrutural pelas paredes. 
 
O QUE SÃO PISOS, OU LAJES, FLUTUANTES? 
Trata-se de uma laje estruturalmente apoiada na edificação com o contrapiso 
apoiado sobre um material resiliente, sem contato direto com nenhuma parte da 
estrutura. Isto é, são duas superfícies construídas uma sobre a outra, porém com 
material resiliente aplicado entre elas para amortecer a vibração gerada pelo contrapiso. 
 
Figura 13 – Esquema de composição do piso flutuante e elementos principais. 
 
 
 
 
 
 
 
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A ideia principal da laje flutuante é isolar a estrutura do edifício das vibrações 
geradas pelo impacto no piso. Para isso a execução do sistema deve ser bastante 
criteriosa de maneira a evitar a formação de uniões rígidas entre o piso flutuante e a 
estrutura. 
Além disso, o material usado para 
isolamento precisa atender determinadas 
características como resistências mecâ-
nica, química, à perfuração e à com-
bustão, mas, sobretudo deveser elástico 
que é o que lhe garantirá o bom desem-
penho como isolante acústico. 
 
Figura 14 – Esquema simplificado de piso 
flutuante. 
 
A quantidade de tipos e formas de materiais para montagem de pisos flutuantes 
no mercado é vasta. A Tabela 4 mostra uma rápida comparação dos valores médios de 
isolamento de ruído de impacto obtido com diferentes tipos de materiais comerciais. 
 
Tabela 4 – Atenuação sonora de ruído de impacto de diferentes materiais elásticos. 
Tipo de material Espessura Desempenho 
Lã de vidro 15 a 20 mm 20 a 25 dB 
Borracha reciclada (EVA) 4 a 8 mm 8 a 11 dB 
Poliestireno expandido (isopor) 25 mm 9 a 12 dB 
Espuma de polietileno 5 mm 8 dB 
Obs.: Essa tabela apresenta valores de referência encontrados na literatura. Para dados mais 
precisos deve-se preferencialmente realizar avaliações de desempenho ou consultar os 
fornecedores dos materiais. 
 
 
OBSERVAÇÕES SOBRE O DESEMPENHO DOS PISOS: 
 
 
 
 
 
 
 
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I. Natureza e espessura da camada elástica – em média, para cada duplicação 
de espessura do material resiliente ganha-se 4 dB no isolamento do ruído de 
impacto, considerando um intervalo de variação entre 5 mm e 40 mm. 
 
Figura 15 – Variação do desempenho acústico com alteração de espessura da laje. 
II. Carga na laje – carregamentos extras acrescidos em certas partes da laje 
flutuante podem produzir um efeito favorável, com limites, como 
consequência da redução da frequência de ressonância do sistema. 
 
Figura 16 – Piso flutuante com carregamento pontual. 
III. Espessura da laje suporte – ensaios demonstraram que uma laje de 16 cm de 
espessura, ao ter esta espessura aumentada em 1 cm terá uma melhoria de 1 
dB no desempenho global de isolamento ao ruído de impacto. 
 
Figura 17 – Ganho no isolamento com espessura da laje de suporte. 
 
BOAS PRÁTICAS EM PISOS FLUTUANTES: 
 
 
 
 
 
 
 
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O essencial na execução de um 
sistema de piso flutuante é garantir o 
máximo de estanqueidade possível e 
evitar que se formem pontes acústicas 
entre o piso flutuante e a laje suporte e 
também entre o piso e as paredes. 
 
Figura 18 – Ponte acústica entre contrapiso e 
laje. 
 
A existência de ligação rígida entre o acabamento do piso flutuante e a laje 
suporte faz com que as ondas de vibração atravessem o material elástico, prejudicando 
o isolamento de todo o sistema. 
 
Para que haja uma boa execução do piso flutuante é importante observar: 
 A laje suporte tenha sua face superior perfeitamente regularizada e alisada. 
 As bordas da argamassa de regularização ou contrapiso e as bordas do 
revestimento final não podem, em hipótese alguma, entrar em contato com 
as paredes divisórias ou quaisquer equipamentos que possam transmitir 
vibrações. O material resiliente deve ter na borda alguns centímetros acima 
do nível do piso e os rodapés devem ser cuidadosamente colocados sobre 
uma junta elástica ou serem interpostos com mastique. 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 19 – Elementos de um sistema de piso flutuante. 
 O sistema de piso flutuante não deve cobrir inteiramente a laje suporte entre 
cômodos contíguos. Deve haver interrupção do piso flutuante no limite da 
parede. 
 
 
Figura 20 – Caminhos de propagação sonora em sistemas de piso flutuante. 
 
 
 
 
 
 
 
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 As eventuais emendas do material resiliente devem ser feitas sem que sejam 
deixados espaços entre uma porção e a outra. Este procedimento evita a 
formação de pontes acústicas entre o piso flutuante e a laje. 
 
Figura 21 – Exemplo de emenda entre mantas de material resiliente. 
 
 A colocação de tubulações na laje suporte deve ser feita sem que haja 
interrupções ou possibilidade de futuras quebras no material resiliente. Para 
isso é preciso que as tubulações sejam inseridas na própria laje ou tenham a 
suas saliências regularizadas com argamassa antes da colocação do material 
resiliente. 
 
Figura 22 – Esquema de passagem de tubulações em pisos flutuantes. 
 As tubulações que cruzam o piso flutuante devem ser recobertas com 
proteções e ambas recobertas com material resiliente. 
 
Figura 23 – Esquema de passagem de tubulações através de lajes flutuantes. 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 24 – Esquema de material resiliente aplicado em tubulações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PARA SABER MAIS 
 
ABNT NBR 15575:2013 – Edifícios habitacionais – Desempenho. Parte 3: Requisitos para os 
sistemas de pisos. 
Combattre une nuisance quotidienne, la lutte contre le bruit; L’Habitat, Agence de 
l’Environnement et de la Maîtrise de l’Energie, Angers, França, 2008. 
Cornacchia, G.M.M.; Investigação in-situ do isolamento sonoro ao ruído de impacto em edifícios 
residenciais, Dissertação, UFSC, Florianópolis, SC, Brasil, 2009. 
Ferreira, A. R. P. C.; Soluções técnicas para isolamento sonoro de edifícios de habitação, 
Dissertação, Instituto Superior Técnico, Lisboa, Portugal, 2007. 
Pedroso, M.A.T.; Estudo comparativo entre as modernas composições de pisos flutuantes quanto 
ao desempenho no isolamento ao ruído de impacto. Dissertação, UFSM, Santa Maria, RS, 
Brasil, 2007. 
Pereyron, D.; Estudo de tipologias de lajes quanto ao isolamento ao ruído de impacto, 
Dissertação, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil, 2008. 
Warnock, A.C.C.; L'acoustique en pratique. [online] Disponível na Internet via URL: 
https://www.nrc-cnrc.gc.ca/fra/idp/irc/rsb/85-acoustique.html. Arquivo consultado em 3 de 
novembro de 2009.

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