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05/07/2015 Estácio http://bquestoes.estacio.br/entrada.asp?p0=28576800&p1=201502430266&p2=2264518&p3=CEL0465&p4=101870&p5=AV&p6=20/06/2015&p10=24745526 1/2 Avaliação: CEL0465_AV_201502430266 (AG) » ANÁLISE TEXTUAL Tipo de Avaliação: AV Aluno: 201502430266 GILSON SILVA REIS Professor: MARIA DE LOURDES DE MELO PINTO Turma: 9083/AC Nota da Prova: 5,5 Nota de Partic.: 1,5 Data: 20/06/2015 09:31:35 1 a Questão (Ref.: 201503103207) Em vários momentos de nossa vida pessoal, profissional e acadêmica nos deparamos com a necessidade de adequar a forma como falamos e escrevemos, visto que nos comunicamos de formas diferentes, seja de modo formal ou informal, de acordo com o meio em que estamos. Logo, leia o trecho a seguir, retirado do conto 'A terceira margem do rio', de João Guimarães Rosa, e justifique o emprego da linguagem segundo sua circunstância. "Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta, tanta culpa? Se o meu pai, sempre fazendo ausência: e o rioriorio, o rio pondo perpétuo. Eu sofria já o começo de velhice esta vida era só o demoramento. Eu mesmo tinha achaques, ânsias, cá de baixo, cansaços, perrenguice de reumatismo. E ele? Por quê? Devia de padecer demais. De tão idoso, não ia, mais dia menos dia, fraquejar do vigor, deixar que a canoa emborcasse, ou que bubuiasse sem pulso, na levada do rio, para se despenhar horas abaixo, em tororoma e no tombo da cachoeira, brava, com o fervimento e morte. Apertava o coração. Ele estava lá, sem a minha tranqüilidade. Sou o culpado do que nem sei, de dor em aberto, no meu foro. Soubesse se as coisas fossem outras. E fui tomando ideia." Resposta: O autor utilizase de linguagem emotiva informal, empregada no gênero textual, conto. Ele descreve em tom melancólico sua tristeza. Gabarito: O emprego é de informalidade, devido ao fato de se estar contando'umaestória informalidade adequada à expressão oral. 2 a Questão (Ref.: 201502741018) A lei Lima Barreto Este caso da parteira merece sérias reflexões que tendem a interrogar sobre a serventia da lei. Uma senhora, separada do marido, muito naturalmente quer conservar em sua companhia a filha; e muito naturalmente também não quer viver isolada e cede, por isto ou aquilo, a uma inclinação amorosa. O caso se complica com uma gravidez e para que a lei, baseada em uma moral que já se findou, não lhe tire a filha, procura uma conhecida, sua amiga, a fim de provocar um aborto de forma a não se comprometer. Vê‐se bem que na intromissão da nenhuma espécie de interesse subalterno, não foi questão de dinheiro. O que houve foi simplesmente camaradagem, amizade, vontade de servir a uma amiga, de livrá‐la de uma terrível situação. Aos olhos de todos, é um ato digno, porque, mais do que o amor, a amizade se impõe. Acontece que a sua intervenção foi desastrosa e lá vem a lei, os regulamentos, a polícia, os inquéritos, os peritos, a faculdade e berram: você é uma criminosa! você quis impedir que nascesse mais um homem para aborrecer‐se com a vida! Berram e levam a pobre mulher para os autos, para a justiça, para a chicana, para os depoimentos, para essa via‐sacra da justiça, que talvez o próprio Cristo não percorresse com resignação. A parteira, mulher humilde, temerosa das leis, que não conhecia, amedrontada com a prisão, onde nunca esperava parar, mata‐se. Reflitamos, agora; não é estúpida a lei que, para proteger uma vida provável, sacrifica duas? Sim, duas porque a outra procurou a morte 05/07/2015 Estácio http://bquestoes.estacio.br/entrada.asp?p0=28576800&p1=201502430266&p2=2264518&p3=CEL0465&p4=101870&p5=AV&p6=20/06/2015&p10=24745526 2/2
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