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Apostila de Agressão e Defesa

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SISTEMA IMUNOLÓGICO
1. Introdução à Imunologia
O sistema imune é o conjunto de células, tecidos, órgãos e moléculas que os humanos e outros seres vivos usam para a eliminação de agentes ou moléculas estranhas, inclusive o câncer, com a finalidade de se manter a homeostasia do organismo. Os mecanismos fisiológicos do sistema imune consistem numa resposta coordenada dessas células e moléculas diante dos organismos infecciosos e dos demais ativadores, o que leva ao aparecimento de respostas específicas e seletivas, inclusive com memória imunitária, que também pode ser criada artificialmente, através das vacinas. Na ausência de um sistema imune funcional, infecções leves podem sobrepujar o hospedeiro e levá-lo à morte. Porém, mesmo com um sistema imune funcional, o homem, por exemplo, pode adquirir uma doença infecciosa ou um câncer, pois a resposta imune específica, diante de um agente agressor, leva tempo para se desenvolver e, além disso, tanto organismos estranhos, como células neoplásicas, desenvolvem mecanismos de evasão para fugir da resposta imune.
O sistema imune é dividido em dois tipos de imunidade que caracterizam dois tipos de respostas: a imunidade inata ou inespecífica e a imunidade adquirida ou adaptativa ou específica.
Imunidade inata é a primeira linha de defesa do organismo, com a qual ele já nasce. É uma resposta rápida e não específica. É representada por barreiras físicas, químicas e biológicas, células e moléculas, presentes em todos os indivíduos. As células do sistema imune inato desempenham um papel crucial na iniciação e posterior direcionamento das respostas imunes adaptativas, principalmente devido ao fato de que as respostas adaptativas demoram certo período de tempo (da ordem de dias) para exercer seus efeitos. Portanto, a resposta inata apresenta um papel muito importante no controle das infecções durante esse tempo;
• Barreiras físicas: a pele funciona como uma espécie de escudo protetor contra os invasores, sejam estes maléficos ou não. O sistema respiratório também ajuda na manutenção dos antígenos distantes. Seus mecanismos de defesa incluem a apreensão de pequenas partículas nos pelos e mucosas nasais e a remoção de elementos via tosse e espirros. A pele e as membranas que fazem parte do sistema respiratório e digestório também contém macrófagos e anticorpos;
• Barreiras químicas: fluidos como a saliva, o suor e as lágrimas contêm enzimas como a lisozima. Os ácidos estomacais eliminam grande parte dos micro-organismos ingeridos junto com a comida e a água. O pH e a temperatura corporais podem apresentar condições de vida desfavoráveis para alguns micro-organismos invasores;
• Barreira biológica: microbiota normal
• Células: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, macrófagos e Natural Killers
• Moléculas: sistema complemento (proteínas)
Sistema imune adaptativo: é mediada pelos linfócitos e produção de anticorpos a um determinado agente infeccioso. Os anticorpos são produzidos pelos linfócitos B (ou células B) em resposta a infecções, e sua presença em um indivíduo reflete as infecções às quais o mesmo já foi exposto. Os linfócitos são capazes de desenvolver uma memória imunológica, ou seja, reconhecer o mesmo estímulo antigênico caso ele entre novamente em contato com o organismo, evitando assim o restabelecimento da doença. Assim, a resposta imune adaptativa aperfeiçoa-se a cada encontro com um antígeno.
• Células: linfócitos T e B
• Moléculas: anticorpos
2. Os órgãos linfoides e a rede linfática
Os órgãos linfoides são tecidos organizados que contêm grandes quantidades de linfócitos em um ambiente de células não linfoides. Nesses órgãos, as interações que os linfócitos têm com as células não linfoides são importantes, tanto para o desenvolvimento dos linfócitos e o início da resposta imune adaptativa, como para a manutenção dos mesmos. Tais órgãos podem ser divididos em órgãos linfoides centrais ou primários, produtores de linfócitos, e órgãos linfoides periféricos ou secundários, que desempenham a função de maximizar o encontro entre os linfócitos e os produtos processados pelas células apresentadoras de antígenos, dando início à resposta imune. 
A. Órgãos linfoides primários:
• Medula óssea: é o local da hemocitopoese, ou seja, a geração dos elementos celulares do sangue, incluindo as hemácias, os monócitos, os leucócitos polimorfonucleares (granulócitos), os linfócitos B e as plaquetas. Nos mamíferos, a medula óssea é também o sítio de desenvolvimento das células B e a fonte de células-tronco que dão origem aos linfócitos T após a migração para o timo;
• Timo: órgão localizado na porção superior do tórax onde ocorre o desenvolvimento das células T. Algumas células migram para o timo a partir da medula óssea, e lá se multiplicam e amadurecem, transformando-se em células T.
B. Órgãos linfoides secundários:
• Adenoides: constituem grandes agregados de células linfoides organizadas como parte do sistema imune associado a mucosas ou ao intestino;
• Linfonodos: atuam como regiões de convergência de um extenso sistema de vasos que coletam o fluido extracelular dos tecidos, fazendo-o retornar para o sangue. Este fluido celular é produzido continuamente por filtragem do sangue e é denominado de linfa. É também o ambiente onde ocorre a resposta imune adaptativa;
• Baço: é o maior órgão linfoides secundário. É também o único órgão linfoide entreposto na corrente sanguínea constituindo-se, portanto, no local onde os linfócitos combatem os organismos que invadem a corrente sanguínea. Contém uma polpa vermelha responsável pela remoção de células sanguíneas envelhecidas, e uma polpa branca de células linfoides que responde aos antígenos levados ao baço pelo sangue;
• Vasos linfáticos: rede de canais que transporta a linfa para o sangue e órgãos linfoides. Os vasos aferentes drenam o líquido dos tecidos e carregam as células portadoras dos antígenos dos locais de infecção para os órgãos linfáticos (linfonodos). Nos linfonodos, as células apresentam o antígeno aos linfócitos que estão recirculando, os quais elas ajudam a ativar. Uma vez que estes linfócitos específicos passaram por um processo de proliferação e diferenciação, eles deixam os linfonodos como células efetoras através dos vasos linfáticos eferentes.
Tecido linfoide associado à mucosa: a expressão tecido linfoide associado à mucosa (MALT = mucosalassociated lymphoid tissue) é uma descrição geral para os tecidos linfoides não encapsulados, que existem nas regiões subjacentes às mucosas. Os MALTs se distribuem anatomicamente e seus componentes individuais incluem:
* Anel de Waldeyer - Anel de estruturas linfoides que circunda a faringe. É formado pelas tonsilas e adenoides.
* Tecido linfoide associado aos brônquios (BALT = bronchial-associated lymphoid tissue) agregados linfocitários semelhantes, mas organizados difusamente, que protegem o epitélio respiratório.
* Tecidos linfoides associados ao intestino (GALT = gut-associated lymphoid tissues) incluem folículos linfoides isolados e o apêndice cecal, além de estruturas especializadas do intestino delgado, as placas de Peyer.
Coletivamente, estima-se que o sistema imune de mucosa contenha tantos linfócitos quanto o resto do corpo. Esses linfócitos formam um grupo especial de células que seguem leis um tanto diferentes. Embora notavelmente diferentes em sua aparência, os nódulos linfáticos, o baço e os tecidos linfoides associados à mucosa demonstram a mesma arquitetura básica. Cada um deles opera segundo o mesmo princípio, capturando o antígeno nos locais de infecção e apresentando-o a pequenos linfócitos migratórios para, assim, induzirem as respostas imunes adaptativas. Os tecidos linfoides periféricos também provêm sinais de sobrevivência aos linfócitos que não encontram seu antígeno específico.
Isto é importante para manter o número correto de linfócitos T e B circulantes, e assegura que somente os linfócitos com o potencial de responder ao antígeno estranho sejam mantidos.Tanto os linfócitos B como as células T surgem na medula óssea, mas apenas os linfócitos B ali se diferenciam. Os linfócitos T migram para o timo para sofrer seu processo de diferenciação. Uma vez completada sua maturação celular, os dois tipos de linfócitos entram na corrente sanguínea, migrando para os órgãos linfoides periféricos. Durante a vida intrauterina, o fígado fetal desempenha o papel que a medula óssea vermelha passa a desenvolver plenamente após o nascimento.
Os órgãos linfoides periféricos são especializados na captura do antígeno para possibilitar o início das respostas imunes adaptativas. Os microrganismos patogênicos podem penetrar no hospedeiro por muitas portas de entrada, instalando o processo infeccioso em qualquer sítio, mas o encontro do antígeno com os linfócitos acontecerá nos órgãos linfoides periféricos: os nódulos linfáticos, o baço e vários tecidos linfoides associados às superfícies das mucosas. Os linfócitos estão em contínua recirculação entre esses tecidos, para os quais o antígeno também é carreado, vindo de todos os locais de infecção, primariamente dentro de macrófagos e células dendríticas. Dentro dos órgãos linfoides, células especializadas, como as células dendríticas maduras, apresentam o antígeno para os linfócitos.
A rede linfática consiste em um extenso sistema de vasos que coletam o líquido intersticial, fazendo-o retornar para o sangue. Esse líquido intersticial é produzido continuamente pela passagem de água e solutos de baixo peso molecular através das paredes vasculares que penetram no espaço intersticial, pela secreção celular e outros fatores de excreção. Ao ser parcialmente drenado para os vasos linfáticos, passa a ser chamado de linfa. A linfa flui lentamente pelos vasos linfáticos primários, deságua em vasos linfáticos de calibre progressivamente maior, que convergem para o ducto torácico, e desemboca na veia cava superior, que, por sua vez, devolve todo o volume para a corrente sanguínea, num fenômeno denominado recirculação.
Localizados em pontos de convergência da rede vascular, os nódulos linfáticos constituem uma série de órgãos encapsulados em forma de caroço de feijão, que se distribuem ao longo dos vasos linfáticos. Os vasos linfáticos aferentes drenam o fluido dos tecidos e carregam antígenos e células infectadas aos seios dos nódulos linfáticos, onde os antígenos são capturados. Os seios são revestidos por orifícios minúsculos, que permitem a linfa e seu conteúdo atravessarem o nódulo linfático e entrarem em contato com os linfócitos. Nos nódulos linfáticos, os linfócitos B se localizam em folículos nas áreas corticais, também denominadas áreas timo-independentes; as células T são mais difusamente distribuídas em torno das áreas paracorticais, também conhecidas como zonas de células T ou áreas timo-dependentes. Alguns dos folículos de células B contêm áreas centrais, denominadas centros germinativos, onde ocorre intensa proliferação dos linfócitos B, após seu encontro com o antígeno específico e células T auxiliares. Por fim, a linfa sai por um vaso linfático eferente no lado oposto do nódulo linfático, numa região conhecida como hilo. O baço encontra-se situado atrás do estômago e filtra o sangue da mesma forma como os nódulos linfáticos filtram a linfa e coletam antígenos.
Também captura e se desfaz de células vermelhas senescentes. A massa principal deste órgão é composta pela polpa vermelha e os linfócitos circundam as arteríolas que o penetram, formando áreas da polpa branca, cuja região mais interna é dividida em uma camada linfoide periarteriolar, contendo principalmente células T e revestidas por uma coroa de células B.
3. Células que participam do sistema imunitário
As respostas imunes são mediadas por uma variedade de células e por moléculas que estas células expressam. Os leucócitos são as células que desempenham as principais ações, mas outras células, que se encontram nos tecidos, também participam da resposta imunitária, enviando sinais e recebendo estímulos dos leucócitos. As células que participam do sistema imunitário se originam na medula óssea, onde muitas evoluem para a fase adulta. A partir da medula, e por meio de vasos sanguíneos, elas migram junto com todos os elementos celulares do sangue. Inclusive as hemácias, que transportam o oxigênio, e as plaquetas que participam da coagulação, uma vez que estes elementos se originam das células-tronco progenitoras da medula. As células que derivam do progenitor mieloide e do progenitor linfoide são as que mais interessam para o entendimento das ações do sistema imunitário, de modo que, neste texto, não serão considerados os megacariócitos (plaquetas) e os eritrócitos (glóbulos vermelhos ou hemácias).
O progenitor mieloide é o precursor dos granulócitos polimorfonucleares, fagócitos mononucleares (macrófagos), células dendríticas e mastócitos do sistema imune. Os macrófagos são as células fagocitárias mais relevantes. Estas células são a forma diferenciada dos monócitos sanguíneos, que se encontram estrategicamente distribuídos em vários tecidos para dar origem ao sistema fagocitário mononuclear:
microgliócitos são os macrófagos do cérebro
células de Kupffer são os macrófagos do fígado, 
macrófagos alveolares fazem parte do tecido pulmonar
células dendríticas ficam na região subcortical dos linfonofodos
células de langerhans na pele
osteoclastos nos ossos
As funções dos macrófagos se caracterizam pela neutralização, ingestão e destruição de partículas, incluindo os biopatógenos, além de processar e apresentar antígenos para os linfócitos T. Neste contexto, são as células dendríticas as mais especializadas na captura e na apresentação de antígenos para os linfócitos T. As células dendríticas imaturas migram do sangue para residirem nos tecidos e realizam tanto a fagocitose quanto a micropinocitose. Após o encontro com um patógeno, maturam rapidamente e migram para os nódulos linfáticos, onde encontram o ambiente adequado para a apresentação de antígenos.
Os granulócitos recebem essa denominação por possuírem grânulos em seu citoplasma que se coram densamente por corantes hematológicos tradicionais. São também chamados de leucócitos polimorfonucleares (PMN), devido às formas de seus núcleos. Existem três tipos de granulócitos, sendo eles os neutrófilos, os eosinófilos e os basófilos; todos com um tempo de vida relativamente curto e produzido em grande número durante as respostas inflamatórias.
Neutrófilos, assim como os macrófagos são representantes do grupo de células fagocitárias do sistema imunitário, mas, diferentemente destas células, não apresentam antígenos para os linfócitos T. Os neutrófilos são os elementos celulares mais numerosos e importantes da resposta inata. Constituem uma linha de defesa celular contra a invasão de microrganismos, sendo fagócitos ativos de partículas de pequenas dimensões. A partícula a ser fagocitada pelo neutrófilo é rodeada por pseudópodes, que se fundem em torno dela. Assim a partícula finalmente ocupa um vacúolo (fagossoma) delimitado por uma membrana. Logo a seguir, os grânulos específicos situados nas proximidades fundem suas membranas com as do fagossomas e esvaziam seu conteúdo no interior destes. Durante a fagocitose há um aumento brusco e acentuado no consumo de oxigênio, havendo produção de peróxido de hidrogênio responsáveis pela morte das bactérias. A lisozima ataca as peptideoglicanas que constituem a parede das bactérias gram +, causando sua morte. 
Eosinófilos importantes principalmente na resposta diante de infecções parasitárias ou processos alérgicos, já que seu número aumenta no curso destas reações. Os grânulos específicos são lisossomas com as principais seguintes enzimas, fosfatase ácida e peroxidas.
Basófilos provavelmente é similar e complementar à dos eosinófilos e mastócitos. Na membrana plasmática possui receptores para a imunoglobulina E (IgE). Liberam seus grânulos e as substâncias ativas neles contida, como: heparina e histamina para o meio extracelular,sob a ação dos mesmos estímulos que promovem a expulsão dos grânulos dos mastócitos
Os mastócitos, cujo precursor parece ser comum aos basófilos, devido a semelhanças funcionais, também se diferenciam ao chegar aos tecidos onde residem. Eles se localizam principalmente à margem dos vasos sanguíneos e liberam mediadores que agem nas paredes vasculares quando ativados.
O progenitor linfoide comum dá origem aos linfócitos. Os linfócitos são as células que reconhecem, especificamente, os antígenos. Sua morfologia típica consiste em uma pequena célula redonda com núcleo esférico. Apesar da aparência uniforme à microscopia ótica, vários tipos de linfócitos podem ser distinguidos com base nas suas propriedades funcionais e proteínas específicas que expressam. A distinção mais fundamental consiste na classificação destas células em duas linhagens principais, conhecidas como linfócitos B e linfócitos T. Porém ainda existe os linfócitos grandes granulares chamados de natural killer (assassinas naturais), pois destroem células tumorais e infectadas por vírus sem que estas expressem antígenos ativadores da resposta imune específica. 
Os linfócitos T são derivados da medula óssea e do timo. Da medula óssea saem ainda imaturos e migram para o timo, onde se desenvolvem, amadurecem e adquirem funções que os diferenciam em linfócitos T auxiliares (T helper), linfócitos T supressores, linfócitos T citotóxicos e os linfócitos T de memória. 
Os linfócitos T helper estimulam os outros linfócitos T e também transformação dos linfócitos B em plasmócitos. 
Os linfócitos T supressores são responsáveis por limitar a resposta imnunológica, seja a resposta humoral e celular. Produzem citocinas que servem como fatores de supressão sobre os linfócitos T helper e linfócitos B, regulando a ativação dos mesmos.
Os linfócitos T citotóxicos agem diretamente sobre as células estranhas, pela produção de proteínas chamadas de perforinas, que abrem orifícios na membrana plasmáticas provocando a lise das células. Matam as células infectadas, reconhecem e destroem as células tumorais. 
Os linfócitos T de memória reagem com muita rapidez à reintrodução do antígeno e estimulam o aparecimento dos linfócitos T citotóxicos.
Os linfócitos B, também chamados de células B (de bursa ou bolsa de Fabricius, nas aves, e derivadas da medula óssea, nos mamíferos), quando ativados, proliferam e se diferenciam em células plasmáticas ou plasmócitos, que são as células efetoras da linhagem B, cuja função principal é a secreção de anticorpos. 
O receptor de antígeno da célula B (BCR) é uma forma de anticorpo ligada à membrana que a célula B passa a produzir, após sua ativação e diferenciação em célula plasmática. Os anticorpos são moléculas agrupadas em uma classe de substâncias denominadas imunoglobulinas, e o receptor de antígeno do linfócito B é também conhecido como imunoglobulina de membrana. Na espécie humana há cinco classes principais de imunoglobulinas (IgG, IgA, IgM, IgD e IgE).
IgG: sua configuração espacial permite que a molécula atravesse a barreira placentária humana e penetre no sangue fetal, contribuindo para a defesa imunitária do recém-nascido.
IgA: aparece em pequena quantidade no sangue. É o principal anticorpo encontrado no leite, lágrima, saliva, secreção nasal, bronquial, do intestino delgado e da próstata e no líquido que umedece a vagina.
IgM: constitui 10% das imunoglobulinas no plasma sanguíneo. É a imunoglobulina que predomina no início das respostas imunitárias. Junto com a IgD, constituem os receptores da membrana dos linfócitos B.
IgE: tem grande afinidade para receptores localizados na membrana dos mastócitos e basófilos. A reação alérgica é mediada pela atividade da IgE e dos antígenos (alérgenos) que estimulam sua produção.
A imunidade humoral é a principal função das células B e dos plasmócitos, e consiste em secretar anticorpos no sangue e em outros líquidos orgânicos, resultando efeitos protetores, mediados por líquidos teciduais. 
Os linfócitos B são células apresentadoras de antígenos (APC) que possuem como principal marcador de superfície o anticorpo IgM. A apresentação dos linfócitos B aos antígenos pode se dar diretamente ou pela intermediação de macrófagos.
O receptor de antígeno da célula T constitui uma classe heterogênea de proteínas de membrana que, embora estejam relacionadas evolutivamente com as imunoglobulinas, são diferentes delas, já que estão adaptadas para detectar antígenos derivados de proteínas estranhas ou patógenos que entram nas células hospedeiras. Todavia, em contraste com as imunoglobulinas, os receptores nunca são secretados, de modo que a célula T precisa migrar até as áreas de lesão para exercer seus efeitos protetores, por meio de contato direto com a célula alvo ou para influenciar as atividades de outras células do sistema imunitário. Juntamente com os macrófagos, as células T desenvolvem uma categoria de resposta imune denominada imunidade mediada por células.
A maioria dos linfócitos virgens possui uma sobrevida muito curta, sendo programada para morrer em poucos dias após ter saído da medula óssea ou do timo. No entanto, se uma dessas células receber sinais indicando a presença de um imunógeno (antígeno que estimula uma resposta imune específica), ela poderá responder por meio de um fenômeno conhecido como ativação, durante o qual pode sofrer vários ciclos de divisão celular. Algumas das células-filhas retomam ao estado de repouso, tornando-se células de memória, que podem sobreviver por vários anos. Estes linfócitos de memória representam uma grande proporção das células do sistema imunitário.
4. Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC)
O complexo principal de histocompatibilidade é a região cromossômica que compreende um conjunto de genes interligados e interdependentes, localizados no cromossomo 06, responsáveis pela codificação de proteínas cuja principal função é a apresentação de antígenos aos linfócitos T.
Todas as espécies possuem um conjunto de genes denominado MHC, cujos produtos são de importância para o reconhecimento intercelular e a discriminação do que é próprio e não-próprio. Um anticorpo pode reconhecer um antígeno na sua forma livre, as células T só o reconhecem quando associado a moléculas MHC: MHC influencia o repertório de resposta celular T helper (CD 4) e T (CD 8) citotóxico. 
Há duas classes distintas de moléculas MHC: 
MHC classe I: presente em todas as células (exceto as hemácias) e estimula os linfócitos T citotóxicos (CD 8)
MHC classe II: presente em células especializadas (apresentadoras de Ag= APC) e estimula os linfócitos T helper (CD 4).
5. Sistema complemento: 
	É um importante mecanismo de defesa da imunidade inata do organismo de vertebrados e invertebrados formado por um conjunto de cerca de 30 proteínas termolábeis, presentes em grande concentração no plasma e nos tecidos. Tais proteínas são produzidas principalmente por hepatócitos e macrófagos, sob forma inativa, até que são ativados e exercem suas funções. 
Três vias iniciam a cascata de ativação do sistema complemento: via clássica, via alternativa e via das lecitinas. 
Podemos dizer que ao serem ativadas, enzimas do sistema complemento promovem clivagens proteolíticas (quebra de proteínas) sequenciais (em cascata), ativando outras proteínas do sistema, culminando na formação de um complexo de ataque à membrana, que ao se ligar na membrana plasmática das células alvo, causa lise osmótica das mesmas. 
Ao mesmo tempo, alguns dos fragmentos produzidos pelo sistema complemento, levam à amplificação da resposta imunológica, ao induzir: desgranulação de mediadores inflamatórios (mastócitos e basófilos), opsonização de fagócitos (facilitação do processo fagocítico), quimiotaxia (atração de células imunocompetentes para o foco inflamatório) e formação de células imunocompetentes (leucocitopoiese). 
6. Inflamação
	É uma resposta do organismo a uma lesão, invasão ou agressão sofrida, quepermite a chegada de componentes de defesa, como células imunológicas, proteínas do sistema complemento e anticorpos ao foco inflamatório. Deste modo, a inflamação não é uma doença, mas sim um mecanismo importante de nossas defesas. 
	Origem dos mediadores da resposta inflamatória:
Tecidos lesados e vasos rompidos fazem extravasar substancias que ativam enzimas que promovem o reparo do tecido lesado, opsoninas, mediadores vasoativos, fatores quimiotáxicos e fatores algogênicos (que produzem dor).
Fagócitos liberam mediadores vasoativos que promovem vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, além de fatores quimiotáxicos, que promovem diapedese de células imunológicas em direção ao foco da inflamação.
O sistema complemento, que produz fragmentos peptídicos vasoativos, quimiotáxicos e opsonizantes, além dos fragmentos peptídicos que atuam sobre granulócitos, que por sua vez, liberam mais mediadores quimiotáxicos e vasoativos, amplificando a resposta inflamatória.
A formação de imunocomplexos entre antígenos e anticorpos presentes na superfície de mastócitos e basófilos (IgE), que induz a desgranulação de mediadores inflamatórios e quimiotáxicos.
A lesão no tecido produz 4 sinais principais: rubor, calor, tumor e dor.
Rubor (vermelhidão) e calor produzidos pela dilatação de capilares e arteríolas aumenta o fluxo de sangue para o foco inflamatório (hiperemia). Além disso, o aumento no metabolismo celular local também contribui para o aumento da temperatura no local.
Tumor (edema) pelo aumento da permeabilidade das vênulas pós capilares, que deixa extravasar exudato ou exsudato com as proteínas do sistema complemento e os anticorpos para o foco da inflamação. Frequentemente, essa saída de plasma concentra o sangue venoso local, fazendo com que o fluxo do sangue diminua (estase), facilitando a saída de leucócitos do vaso para o local agredido.
Dor causada pela pressão do edema sobre terminações nervosas e pelo distendimento dos tecidos no local e intensificada pela ação de mediadores químicos algogênicos, que diminuem o limiar da dor, tornando os neurônios locais muito mais sensíveis e excitáveis (hiperalgesia) do que normalmente.
7. Hipersensibilidade 
Se refere às reações excessivas, indesejáveis (danosas, desconfortáveis e às vezes fatais) produzidas pelo sistema imune normal. Reações de hipersensibilidade requerem um estado pré-sensibilizado (imune) do hospedeiro. Reações de hipersensibilidade podem ser divididas em quatro tipos: tipo I, tipo II, tipo III e tipo IV, baseados nos mecanismos envolvidos e tempo levado para a reação.
Hipersensibilidade tipo I é também conhecida como imediata ou hipersensibilidade anafilática. A reação pode envolver pele (urticária e eczema), olhos (conjuntivite), nasofaringe (rinorréia, rinite), tecidos broncopulmonares (asma) e trato gastrointestinal (gastroenterite). A reação pode causar uma variedade de sintomas desde inconveniências mínimas até a morte. A reação normalmente leva 15 - 30 minutos para o período de exposição ao antígeno, embora às vezes possa ter início mais demorado (10 - 12 horas). Hipersensibilidade imediata é mediada por IgE. O componente primário celular nessa hipersensibilidade é o mastócito ou basófilo. 
Hipersinsibilidade tipo II também é conhecida como hipersensibilidade citotóxica e pode afetar uma variedade de órgãos e tecidos. Os antígenos são normalmente endógenos, embora agentes químicos exógenos (haptenos) que podem se ligar a membranas celulares podem também levar a hipersensibilidade tipo II. Anemia hemolítica induzida por drogas, granulocitopenia e trombocitopenia são exemplos. O tempo de reação é minutos a horas. A hipersensibilidade tipo II é primariamente mediada por anticorpos das classes IgM ou IgG e complemento.
Hipersensibilidade tipo III é também conhecida como hipersensibilidade imune complexa. A reação pode ser geral (ex. doença do soro) ou envolve órgãos individuais incluingo pele (ex. lupus eritematoso sistêmico, reação de Arthus), rins (ex. nefrite do lupus), pulmões (ex. aspergilose), vasos sanguíneos (ex. poliarterite), juntas (ex. artrite reumatóide) ou outros órgãos. Esta reação pode ser o mecanismo patogênico de doenças causadas por muitos microrganismos. A reação deve levar 3 - 10 horas após exposição ao antígeno (como na reação de Arthus). É mediada por complexos imunes solúveis. São na maioria de classe IgG, embora IgM possa estar também envolvida. O antígeno pode ser exógeno (bacteriano crônico, viral ou infecções parasitárias), ou endógeno (autoimunidade não órgão específica: ex. lupus eritematoso sistêmico, LES). O antígeno é solúvel e não ligado ao órgão envolvido.
Hipersensibilidade tipo IV é também conhecida como mediada por células ou hipersensibilidade tardia. O exemplo clássico dessa hipersensibilidade é a reação (Mantoux) tuberculínica que atinge um pico em 48 horas após a injeção do antígeno (PPD ou antiga tuberculina). A lesão é caracterizada por calosidade e eritema. A hipersensibilidade tipo IV está envolvida na patogênese de muitas doenças autoimunes e infecciosas (tuberculose, lepra, blastomicose, histoplasmose, toxoplasmose, leishmaniose, etc.) e granulomas devido a infecções e antígenos estranhos. Uma outra forma de hipersensibilidade tardia é a dermatite de contato (hera venenosa), agentes químicos, metais pesados, etc.) nos quais as lesões são mais papulares.
8. Doenças Autoimunes
A doença autoimune ocorre quando o sistema de defesa perde a capacidade de reconhecer o que é “original de fábrica”, levando à produção de anticorpos contra células, tecidos ou órgãos do próprio corpo.
No diabetes tipo 1 ocorre uma produção inapropriada de anticorpos contra as células do pâncreas que produzem insulina, levando a sua destruição e ao aparecimento do diabetes.
Na esclerose múltipla, o sistema imunológico começa a produzir anticorpos contra componentes dos neurônios, causando destruição dos mesmos e graves problemas neurológicos.
Na tireoidite de Hashimoto, o corpo passa a produzir anticorpos contra a nossa própria glândula tireoide, destruindo-a, levando o paciente a desenvolver hipotireoidismo.
A gravidade de uma doença autoimune depende dos órgãos afetados. Por exemplo, a tireoidite de Hashimoto é uma doença praticamente restrita à glândula tireoide, que é um órgão importante, mas não é vital. Os pacientes com essa doença autoimune conseguem levar uma vida normal apenas tomando um comprimido por dia de hormônio tireoidiano.
Outras doenças autoimunes, porém, são mais graves, principalmente aquelas que atacam órgãos e estruturas nobres do corpo, como o sistema nervoso central, coração, pulmões e/ou os vasos sanguíneos.
Não sabemos exatamente por que as doenças autoimunes surgem. A teoria mais aceita atualmente é de que o sistema imunológico, após ser exposto a um antígeno, escolhe como alvo para a produção de anticorpos uma proteína semelhante a outra já existente em nosso organismo.
O tratamento da maioria das doenças autoimunes consiste na inibição do sistema imunológico através de drogas imunossupressoras, como corticoides. 
O problema do tratamento das doenças autoimunes com drogas imunossupressoras é o fato de não conseguimos realizar uma imunossupressão seletiva aos anticorpos indesejáveis. Ou seja, não conseguimos inibir o funcionamento apenas dos anticorpos danosos e acabamos por criar um estado de imunossupressão geral que predispõe esses pacientes a infecções por bactérias, vírus e fungos.
Geralmente cada doença autoimune tem seu esquema próprio de tratamento. Algumas delas, inclusive, como diabetes tipo 1 e tireoidite de Hashimoto, não são nem tratadas com drogas imunossupressoras. Não existe um tratamento único que sirva para qualquer doença autoimune.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBAS, A. K. ; LICHTMAN, A. H. ; PILLAI, S. Imunologia celular e molecular. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
JANEWAY, C. A. J.; et al. Imunobiologia: o sistema imunológico na saúde e na doença. 6. ed. Porto Alegre: Artmed,2006.
KINDT, T. J. ; GOLDSBY, R. A. ; OSBORNE, B. A. ; Imunologia de Kuby. 6.ed. Bookman, 2008.
mICROBIOLOGIA 
Conceito de microbiologia: ciência que estuda os seres vivos pequenos. Micro significa pequeno e biologia é a ciência que estuda os seres vivos.
Conceito de microrganismos: são seres vivos pequenos, não podendo na maioria das vezes, serem visto a olho nu.
Quem estuda os microrganismos?
São os microbiologistas, ou seja, quem se dedica ao estudo da microbiologia. A microbiologia pode ser dividida em: Microbiologia Ambiental, Microbiologia Médica, Microbiologia Veterinária, Microbiologia de Alimentos, Microbiologia Industrial, Microbiologia dos Vegetais, Microbiologia Oral, Microbiologia de Cosméticos, Microbiologia Espacial.
Dos tipos de microbiologia existentes, as mais interessantes para o nosso estudo serão:
Microbiologia ambiental: estuda a contaminação do ambiente pelos microrganismos, pesquisando solo, água, ar, etc
Microbiologia dos alimentos: estuda todos os microrganismos que contaminam o alimento (toxinfecções e deteriorações alimentares) e também aqueles que são importantes na produção de alimentos e bebidas, ou seja, fazem o bem e não contaminam.
Microbiologia Médica: estuda o homem como transmissor de microrganismos, o quadro clínico resultante, o tratamento, a prevenção e diagnóstico laboratorial.
De acordo com Whittaker (1969), a classificação dos Reinos, além dos já conhecidos como animal, vegetal e mineral, outros seres vivos são agrupados de acordo com seu modo de nutrição e constituição celular.
Seres Vivos unicelulares: uma célula
Seres vivos multicelulares: mais de uma célula
Procariontes: seres vivos que não possuem a membrana nuclear, ou seja, não apresenta o citoplasma organizado.
Eucariontes: seres vivos que possuem a membrana nuclear (possuem núcleo e citoplasma organizado)
Observações: 
Todos os procariontes são unicelulares, porém nem todos os seres vivos unicelulares são procariontes. Exemplo: ameba e levedura.
Todos os eucariontes são multicelulares, exceto a ameba e a levedura que são unicelulares e eucariontes.
Classificação dos Reinos: 	Monera (bactérias e algas azuis)
 					Protista (protozoários)
					Plantae (vegetais superiores)
					Fungi (fungos)
					Animalia (animais)
Quem são os microrganismos? bactérias, fungos (bolores e leveduras), vírus, parasitas.
Onde os microrganismos se encontram?
Encontram-se: na terra, ar, água, homem, superfícies animadas e inanimadas, matérias-
primas cruas, animais.
�BACTÉRIAS
Unicelurares
 Procariontes
Amplamente distribuído na natureza
 Causa doença no homem, plantas e animais
 Causa deterioração de alimentos e materiais diversos
 Constituem a microbiota normal do homem
 São utilizados na produção de alimentos
 Simbiontes na agricultura e na medicina
 Possuem vida própria (metabolismo próprio)
 Visualização ao microscópio óptico comum
 Visualização macroscópica: colônias 
 Material genético: DNA e RNA
Componentes Celulares das Bactérias:
Cápsula: Envelope, não é obrigatório, defesa e aumento do poder infectante, aderência em tecidos, viscosidade em alimentos, formam Biofilme (são bactérias que produzem substâncias extracelulares compostas principalmente de polissacarídeos (açúcares) e formam o que se conhece por biofilme bacteriano. O acúmulo dessas substâncias podem causar o entupimento de um meio poroso e influenciar o fluxo de água e o transporte de substâncias através deste meio poroso.
Parede Celular: possui estrutura rígida, prevenindo a expansão, e eventual rompimento devido a entrada de água. Ela é essencial para a multiplicação e divisão celular. Serve também de barreira, prevenindo entrada de substâncias químicas e enzimas que possam danificar a célula. Variam de acordo com o tipo de bactéria, as diferenças ajudam na classificação e identificação, como na resposta à coloração de Gram. Espécies gram positivas (G+): as paredes são mais espessas (20 a 25 nm), se deformam em ação de algumas enzimas. Espécies gram negativas (G-): as paredes são mais finas (10 a 15 nm), resistentes à ação de algumas enzimas.
Parede Celular de Bactérias Gram positivas
Membrana Celular: estruturalmente, as bactérias ainda possuem a membrana citoplasmática ou celular, constituída de lipídios, proteínas e carboidratos; serve como barreira osmótica, transporta nutrientes e é o suporte para a formação de energia da bactéria.
Citoplasma: material genético disperso (não possuem núcleo), ribossomos (sintetizam proteínas) e plasmídeo (não obrigatório). 
Plasmídeo: material genético de algumas bactérias que confere resistência em alguns antibióticos.
Esporos: microrganismos podem formar células de resistência capazes de tolerar condições incompatíveis para a vida vegetativa daquela célula. Exemplo: Bacillus aeróbicos e Clostri​dium anaeróbicos (ambos desenvolvem endosporo ou esporo).O esporo tem enorme resistência e pode sobreviver em condições desfavoráveis por longos anos. É formado na parte central ou polar da célula da bactéria e a bactéria pode se desintegrar depois. O estágio de dormência se rompe quando o meio torna‑se adequado à germinação. Ocorre o crescimento da célula e cria‑se uma nova bactéria. 
 Flagelos: algumas bactérias podem ter flagelos para se moverem. Nem todas as bactérias têm a mesma mobilidade. 
Quimiotaxia: é o movimento das bactérias em resposta às substâncias químicas existentes em seu meio, ou seja, outra forma de locomoção. Exemplo: As bactérias se movimentam em busca de nutrientes e se afastam na presença de elevados níveis de substâncias químicas inibitórias.
Pili ou Fímbrias: são estruturas mais finas, não helicoidais e mais numerosas que os flagelos, somente vistos por microscopia eletrônica. Suas funções estão associadas à reprodução (células doadoras reconhecem os receptores aderem e repassam o material genético). Aderência às superfícies: auxiliam na fixação das bactérias no meio, evitando serem retiradas pelos fluídos corporais. 
Formas das Bactérias
Arredondadas:
Uma só bactéria: Cocos
Em pares: Diplococos
Em cadeias: Streptococos
Em cachos: Staphylococos
Em grupos de 4 ou 8: Sarcinas ou Tetracocos
Modificados:
Reniforme
Elipsoidal
Neisseria (diplococos amendoados)
Bastonete: Bastão ou Bacilar (isolados ou em cadeias curtas ou filamen​tosas):
Cilíndrica
Pontas rombudas ou arredondadas
Espiralada:
Sacarrolha: Spirilum
Spiroqueta:	
Borrelia
Treponema
Leptospira
Vírgula: Vibrio
Reprodução Assexuada Bacteriana
A multiplicação das bactérias é assexuada e por divisão direta (fissão) da célula, em duas partes (divisão binária). Há algumas exceções como reprodução sexuada. A célula mãe cresce de tamanho até seu diâmetro máximo (chega ao dobro do seu volume anterior). Aí ela se parte. A cada 20 minutos há uma nova geração de bactérias. 
Reprodução Sexuada Bacteriana
Para as bactérias considera-se reprodução sexuada qualquer processo de transferência de fragmentos de DNA de uma célula para outra. Depois de transferido, o DNA da bactéria doadora se recombina com o da receptora, produzindo cromossomos com novas misturas de genes. Esses cromossomos recombinados serão transmitidos às células-filhas quando a bactéria se dividir. A transferência de DNA de uma bactéria para outra pode ocorrer de três maneiras: por transformação, transdução e por conjugação.
Transformação: a bactéria absorve moléculas de DNA dispersas no meio e são incorporados à cromatina. Esse DNA pode ser proveniente, por exemplo, de bactérias mortas. Esse processo ocorre espontaneamente na natureza. 
Transdução: moléculas de DNAsão transferidas de uma bactéria a outra usando vírus como vetores (bactériófagos). Estes, ao se montar dentro das bactérias, podem eventualmente incluir pedaços de DNA da bactéria que lhes serviu de hospedeira. Ao infectar outra bactéria, o vírus que leva o DNA bacteriano o transfere junto com o seu. Se a bactéria sobreviver à infecção viral, pode passar a incluir os genes de outra bactéria em seu genoma.
Conjugação: pedaços de DNA passam diretamente de uma bactéria doadora, o "macho", para uma receptora, a "fêmea". Isso acontece através de microscópicos tubos protéicos, chamados pili, que as bactérias "macho" possuem em sua superfície. O fragmento de DNA transferido se recombina com o cromossomo da bactéria "fêmea", produzindo novas misturas genéticas, que serão transmitidas às células-filhas na próxima divisão celular.
Virulência: grau de habilidade de um microrganismo causar doença.
Fatores de Virulência: estruturas, produtos ou estratégias, que as bactérias utilizam para driblar o sistema defesa do hospedeiro e causar doenças.
Adesão
Invasão
Toxinas
CURVA DE MULTIPLICAÇÃO MICROBIANA:
1) Fase LAG
2) Fase LOG
3) Fase Estacionária
4) Fase de Declínio
Controle Microbiano:
Inibir propagação de bactérias patogênicas
Conservar alimentos
Prevenir contaminação da Água e ambiente
Aumentar da validade de produtos alimentícios
Definições:
Higienização
Limpeza
Desinfeção
Esterilização
Antissepsia
Necessidade de oxigênio:
Aeróbios: necessitam de oxigênio para a multiplicação. São exemplos: bolores, bactérias como a Pseudomonas, Acinetobacter, Moraxella, Micrococcus, algumas espécies de Bacillus, e as leveduras oxidativas.
Anaeróbios: necessitam da falta de oxigênio para a multiplicação. Exemplo: bactérias do gênero Clostridium.
Facultativos: tanto faz a existência ou não de oxigênio para a multiplicação. Exemplos: leveduras (fermentativas), enterobactérias (bactérias proveniente do intestino) e Bacillus.
Microaerófilos: necessitam de pouca concentração de O2 para a multiplicação. Exemplo: bactérias láticas. 
FUNGOS
 Eucariontes
 Amplamente distribuídos na natureza
 Possuem vida própria
 Material genético: DNA e RNA
 Dividi-se em: Leveduras e Bolores
São organismos sem clorofila, alguns microscópicos, e outros unicelulares ou multicelulares (Ex.: Cogumelos). Desenvolvem-se em lugares úmidos, pouco iluminados e que contém matéria orgânica. Preferem alimentos mais secos, frescos, ácidos e quantidades maiores de açúcar. Muitas espécies são úteis. A ação dos fungos pode ser patogênica ou não. Os patogênicos provocam doenças em seres humanos, nos animais e vegetais. Os não patogênicos são:
Participantes de transformações da matéria orgânica do solo;
Deterioradores de alimentos e de outros produtos;
Agentes de processamentos industriais (produção de antibióticos e enzimas, maturação e mais sabor dos queijos etc.)
Localização: Espalhados intensamente no solo, em terrenos úmidos, no estrume, na poeira do ar, em alimentos e nos utensílios mal higienizados. A presença de fungos pode ser comprovada a olho nu nos alimentos e culturas pelo tamanho das colônias.
As colônias parecem massas, pontos como algodão, penugens ou aveludados, e às vezes gelatinosos, secos ou pulvurulentos. Às vezes são esbranquiçados e depois podem ter pigmentos com diferentes cores: amarelo, laranja, marrom, rosa, cinza e negro.
Os fungos surgem em maior variedade nos alimentos do que as bactérias e levedu​ras. Crescem em: doces, pães, frutas cítricas, presunto, toucinho defumado, compotas de frutas e em alimentos guardados a baixas temperaturas, até no leite, como também nas carnes e frutas em geral.
Bolores: 
* multicelulares (micélio – hifas)
* causam doenças no homem
* provocam deterioração nos alimentos
* são utilizados na produção de alimentos e medicamentos
* visualização macroscópica com auxílio de uma lupa
São multicelulares, com células cilíndricas, ligadas nas extremidades por Hifas (filamentos) que podem apresentar esporos. Individualmente são microscópicas. Com grande quantidade de hifas são visíveis, por exemplo, quando se acumulam em um pedaço de pão, essa massa fúngica visível ao olho nú é chamada Micélio.
O micélio possui duas funções:
Micélio vegetativo - promove a aderência do bolor ao substrato. 
Micélio reprodutor - realiza a reprodução através da produção de esporos. (Esporos são corpúsculos reprodutores, quando encontram condições favoráveis, germinam e dão origem as hifas). Os esporos: dão coloração aos bolores e disseminam-se facilmente no ambiente levados pelo vento.
 Multiplicam-se mais lentamente do que as bactérias (levam mais de 3 horas para duplicar a massa de células). São aeróbios (raros anaeróbios). Multiplicação ótima em temperatura ambiente. Sobrevivem a temperatura de refrigeração. Proliferam em uma ampla faixa de pH. São utilizados na produção de antibióticos (penicilina), queijos, molho de soja, dentre outros. Além de causarem deterioração em madeiras e matéria têxtil.
Reprodução dos Bolores:
Reprodução Assexuada					Reprodução Sexuada
										
Estruturas dos bolores:
 
 
Leveduras:
* unicelulares (fermentos)
* causam doenças no homem
* causam deterioração de alimentos e bebidas 
* são utilizados na produção de alimentos
* visualização ao microscópio óptico comum
* visualização macroscópica: colônias 
São unicelulares. Podem ser esféricas, ovóides, triangulares ou cilíndricas. Em alguns casos formam pseudomicélios (fase de transição entre leveduras e fungos filamentosos). Caracterizam-se pela alta capacidade de fermentar (decompõem hidratos de carbono em álcool e CO2 ).
As leveduras podem ser úteis ao homem, quando usadas como alimentos ou na elaboração de vinhos, cervejas, pães e na maturação de queijos.
Leveduras úteis: "bouquets" de vinhos; "olhos" no queijo suíço (CO2 que produzem); produzem vitaminas B1, K, ácido fólico, biotina; produzem enzimas para fins farmacêuticos e indústrias de alimentos.
Leveduras prejudiciais: podem alterar sucos de frutas, xaropes, carnes e outros alimentos.
As leveduras são amplamente difundidas na Natureza: solo, vegetais, frutas, no leite e perto de vinhas e pomares. Encontrados em maior número nas frutas e verduras.
 Através de poeira e insetos as leveduras atingem os alimentos expostos. 
Condições de crescimento:	.
Temperatura ideal entre 25 a 30(C.
Necessitam de menos água disponível do que as bactérias e mais do que os bolores
pH ácido entre 4 a 4,5.
Crescem em aerobiose. 
Reprodução de Leveduras: multiplicam-se por brotamento. São mais lentas que as bactérias e mais rápidas que os bolores (levam de 30 minutos a 2 horas para duplicarem a massa celular).
Micoses superficiais da pele
As micoses superficiais da pele, em alguns casos chamadas de "tineas", são infecções causadas por fungos que atingem a pele, as unhas e os cabelos.  Os fungos estão em toda parte podendo ser encontrados no solo e em animais.  Até mesmo na nossa pele existem fungosconvivendo "pacificamente" conosco, sem causar doença.  A queratina, substância encontrada na superfície cutânea, unhas e cabelos, é o "alimento" para estes fungos. Quando encontram condições favoráveis ao seu crescimento, como: calor, umidade, baixa de imunidade ou uso de antibióticos sistêmicos por longo prazo (alteram o equilíbrio da pele), estes fungos se reproduzem e passam então a causar a doença.  
Manifestações clínicas:
Existem várias formas de manifestação das micoses cutâneas superficiais, dependendo do local afetado e também do tipo de fungo causador da micose.  Veja, abaixo, alguns dos tipos mais frequentes:   
Tinea do corpo ("impingem"): forma lesões arredondadas, que coçam e se iniciam por ponto avermelhado que se abre em anel de bordas avermelhadas e descamativas com o centro da lesão tendendo à cura. 
	
Tinea da cabeça: mais frequente em crianças, forma áreas arredondadas com falhas nos cabelos, que se apresentam cortados rente ao couro cabeludo nestes locais.  É muito contagiosa. 
Tinea dos pés: causa descamação e coceira na planta dos pés que sobe pelas laterais para a pele mais fina. 
	
Tinea interdigital ("frieira"): causa descamação, maceração (pele esbranquiçada e mole), fissuras e coceira entre os dedos dos pés.  Bastante frequente nos pés, devido ao uso constante de calçados fechados que retém a umidade, também pode ocorrer nas mãos, principalmente naquelas pessoas que trabalham muito com água e sabão.
Tinea inguinal ("micose da virilha, jererê"): forma áreas avermelhadas e descamativas com bordas bem limitadas, que se expandem para as coxas e nádegas, acompanhadas de muita coceira. 
	
Micose das unhas (onicomicose): apresenta-se de várias formas: descolamento da borda livre da unha, espessamento, manchas brancas na superfície ou deformação da unha.  Quando a micose atinge a pele ao redor da unha, causa a paroníquia ("unheiro").  O contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado e avermelhado e, por consequência, altera a formação da unha, que cresce ondulada. 
Intertrigo candidiásico: provocado pela levedura Candida albicans, forma área avermelhada, úmida que se expande por pontos satélites ao redor da região mais afetada e, geralmente, provoca muita coceira. 
	
Pitiríase versicolor ("micose de praia, pano branco"): forma manchas claras recobertas por fina descamação, facilmente demonstrável pelo esticamento da pele.  Atinge principalmente áreas de maior produção de oleosidade como o tronco, a face, pescoço e couro cabeludo.
Tinea negra: manifesta-se pela formação de manchas escuras na palma das mãos ou plantas dos pés. É assintomática.
Piedra preta: esta micose forma nódulos ou placas de cor escura grudados aos cabelos. É assintomática.
Piedra branca: manifesta-se por concreções de cor branca ou clara aderidas aos pêlos. Atinge principalmente os pêlos pubianos, genitais e axilares e as lesões podem ser removidas com facilidade puxando-as em direção à ponta dos fios. 
Medidas preventivas:
Hábitos higiênicos são importantes para se evitar as micoses.  Previna-se seguindo as dicas abaixo:   
Seque-se sempre muito bem após o banho, principalmente as dobras de pele como as axilas, as virilhas e os dedos dos pés. 
Evite ficar com roupas molhadas por muito tempo. 
Evite o contato prolongado com água e sabão. 
Não use objetos pessoais (roupas, calçados, pentes, toalhas, bonés) de outras pessoas. 
Não ande descalço em pisos constantemente úmidos (lava pés, vestiários, saunas). 
Observe a pele e o pelo de seus animais de estimação (cães e gatos).  Qualquer alteração como descamação ou falhas no pelo procure o veterinário. 
Evite mexer com a terra sem usar luvas. 
Use somente o seu material de manicure. 
Evite usar calçados fechados o máximo possível.  Opte pelos mais largos e ventilados. 
Evite roupas quentes e justas.  Evite os tecidos sintéticos, principalmente nas roupas de baixo. Prefira sempre tecidos leves como o algodão. 
Tratamento:
O tratamento vai depender do tipo de micose e deve ser determinado por um médico dermatologista.  Evite usar medicamentos indicados por outras pessoas, pois podem mascarar características importantes para o diagnóstico correto da sua micose, dificultando o tratamento. 
O tratamento das micoses é sempre prolongado, variando de cerca de 30 a 60 dias.  Não o  interrompa assim que terminarem os sintomas, pois o fungo nas camadas mais profundas pode resistir.  Continue o uso da medicação pelo tempo indicado pelo seu médico.  
As micoses das unhas são as de mais difícil tratamento e também de maior duração, podendo ser necessário manter a medicação por mais de doze meses.  A persistência é fundamental para se obter sucesso nestes casos. 
VÍRUS
Não possuem estrutura celular (partícula)
São incapazes de produzir ATP
Parasita intracelular obrigatório
Não possuem vida própria
São hospedeiros específicos
Visualização ao microscópio eletrônico
Causam doenças no homem, plantas e animais
material genético: DNA ou RNA
Seres de tamanho microscópio (80.000 cabem na cabeça de um alfinete; caberiam apenas 2.000 bactérias nesse mesmo espaço). Biologicamente, os vírus são organismos vivos, parasitas obrigatórios, que se des​envolvem em células vivas animais, vegetais ou bacterianas. Possuem duas características geralmente associadas aos seres vivos: capacidade de reprodução e capacidade de sofrer modificações. Mas esta reprodução não é uma verda​deira reprodução, pois eles só podem produzir cópias de si mesmos, quando no interior de al​gum organismo vivo.
Os vírus não possuem partes típicas de uma célula (não têm núcleo nem parede celular). É composto por proteína e ácido nucleico (DNA ou RNA), sendo assim uma nú​cleo‑proteína circundada por um capsídeo proteico ou por revestimentos chamados invólucros. Tem diferentes formatos.
Estrutura Geral dos Vírus:
 Cerne: RNA ou DNA 
 Capsídio 
 Capsômeros 
 Nucleocapsídio 
 Invólucro 
 Vírion 
Os vírus podem ser a forma mais resistente de doenças. Exemplos de vírus patogênicos: Doenças Generalizadas: sarampo, rubéola, varicela
Doenças que acometem órgãos específicos: 
• Sistema Nervoso: poliomielite, meningite, meningoencefalite (caxumba, Sarampo), raiva
• Trato Respiratório: influenza, pneumonia, bronquielite, faringite
• Pele e mucosas: herpes tipo 1 (oral), herpes tipo 2 (genital), verrugas, herpes zoster
• Olhos: conjuntivite
• Fígado: hepatite tipo A e B, vírus da rubéola
• Glândulas Salivares: caxumba
• Trato Gastrointestinal: rotavírus, Vírus de Norwalk, Adenovírus entérico
• Doenças Sexualmente Transmissíveis: vírus da hepatite B, vírus papiloma, herpes tipo 2, retrovírus (SIDA), citomegalovírus
	
Do ponto de vista dos alimentos, eles têm importância reduzida, porque além de não terem capacidade de se multiplicarem fora do tecido vivo, também necessitam de condi​ções de umidade adequada para sua sobrevivência.
Assim, os vírus não se reproduzem em alimentos, os alimentos agem assim como vetores.
O homem adquire esses microrganismos através da ingestão de água, leite, ou ou​tro alimento contaminado e também pelo ar ou junto a pessoas doentes, através de contato di​reto, ou da manipulação dos alimentos.
Fases da Replicação Viral
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Após invadir uma célula ou um microrganismo, um vírus tem a habilidade de induzir a maquinaria genética da célula hospedeira a fazer muitas cópias do vírus.
1) RECONHECIMENTO DA CÉLULA ALVO
2) LIGAÇÃO DO VÍRUS À CÉLULA POR ABSORÇÃO 
3) PENETRAÇÃO (fusão ou vacúolo)
4) DESNUDAMENTO OU DECAPSIDAÇÃO 
5) REPLICAÇÃO
6) MONTAGEM 
7) LIBERAÇÃO (brotamento ou rompimento celular)
Tratamento:
• Repouso total
• Em geral as viroses evoluem espontaneamente para a cura
• Beber muito líquido para manter o equilíbrio hidroeletrolítico
• Não se recomenda o uso de antibióticos
• Não se recomenda o uso de antidiarreicos 
• Medidas terapêuticas• No caso das hepatites restringir alimentos gordurosos, bebida alcoólica e drogas
2.3. Medidas de Controle:
• Notificação de surtos
• Cuidados com o paciente
• Desinfecção
• Imunização
• Educação da população
• Saneamento básico
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BROOKS, F.G., CAROLL, C.K., BUTEL, S.J., MORSE, A.S., MIETZNER, A.T. (2014). Microbiologia Médica de Jawetz, Melnick e Adelberg (Lange). 26ª edição. Rio de Janeiro: AMGH. * FERREIRA, M.U. (2012). Parasitologia Contemporânea. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
MADIGAN, T.M., MARTINKO, M.J., BENDER, S.K., BUCKLEY, H.D., STAHL, A.D. (2016). Microbiologia de
Brock. 14ª edição. Porto Alegre: Artmed.
* TORTORA, J.G., FUNKE, R., CASE, L.C. (2012). Microbiologia. 8ª edição. Porto Alegre: Artmed.
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