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Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.412.872 - CE (2013/0353330-3) RELATOR : MINISTRO ARI PARGENDLER AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS ADVOGADO : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL - PGF AGRAVADO : PEDRO NEUDO BRITO ADVOGADO : GERALDO DE HOLANDA GONÇALVES FILHO E OUTRO(S) EMENTA PREVIDÊNCIA SOCIAL. Aposentadoria por invalidez. Cumulação com o exercício de mandato eletivo. Possibilidade. Agravo regimental desprovido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da PRIMEIRA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia Filho (Presidente), Benedito Gonçalves e Sérgio Kukina votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília, 03 de dezembro de 2013 (data do julgamento). MINISTRO ARI PARGENDLER Relator Documento: 1286673 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 18/12/2013 Página 1 de 5 Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.412.872 - CE (2013/0353330-3) RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO ARI PARGENDLER (Relator): O agravo regimental ataca a seguinte decisão: "O thema decidendum diz respeito à possibilidade de cumulação de aposentadoria por invalidez com subsídio decorrente do exercício de mandato eletivo. As instâncias ordinárias proclamaram a legalidade dessa cumulação, e o estado atual da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça conforta esse entendimento, de que é exemplo o acórdão proferido pela Primeira Turma, no REsp nº 1.377.728, CE, relator Ministro Benedito Gonçalves, de cuja ementa se extrai o seguinte trecho: 'É possível a percepção conjunta do subsídio decorrente do exercício de mandato eletivo (...), com o provento de aposentadoria por invalidez, por se tratarem de vínculos de natureza diversa, uma vez que a incapacidade para o trabalho não significa, necessariamente, invalidez para os atos da vida política' (DJe de 08.08.2013). Nessa linha, recente julgado da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça: AgRg no REsp nº 1.307.425, SC, relator o Ministro Castro Meira, DJe de 02.10.2013. De resto, perícia médica oficial designada judicialmente concluiu que o recorrido é 'portador de insuficência coronariana grave, enfermidade que o incapacita de forma definitiva e para toda atividade laborativa' (e-stj, fl. 193)" (e-stj, fl. 228). Em suas razões de recurso o agravante alega que: "A decisão, entretanto, deve ser reformada uma vez que a jurisprudência não está pacificada e há precedente em sentido contrário ao decidido monocraticamente. (...) Ora, se ele estava incapacitado para qualquer trabalho, não conseguiria assumir o cargo de vice-prefeito. Contudo, voluntariamente, voltou ao labor para exercer o mandato eletivo. (...) Documento: 1286673 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 18/12/2013 Página 2 de 5 Superior Tribunal de Justiça Assim, se o beneficiário é portador de doença que o incapacita definitivamente para toda atividade laborativa, ele certamente não poderia assumir um cargo que demande tanta dedicação e tenha tantas responsabilidade como o de vice-prefeito " (e-stj, fl. 232/235). Documento: 1286673 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 18/12/2013 Página 3 de 5 Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.412.872 - CE (2013/0353330-3) VOTO O EXMO. SR. MINISTRO ARI PARGENDLER (Relator): A decisão agravada está a salvo de censura. Com efeito, o estado atual da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que é possível cumulação de aposentadoria por invalidez com subsídio decorrente do exercício de mandato eletivo. Confira-se o que decidiu a Primeira Turma, no julgamento do REsp nº 1.377.728, CE, relator Ministro Benedito Gonçalves, de cuja ementa se extrai o seguinte trecho: "É possível a percepção conjunta do subsídio decorrente do exercício de mandato eletivo (...), com o provento de aposentadoria por invalidez, por se tratarem de vínculos de natureza diversa, uma vez que a incapacidade para o trabalho não significa, necessariamente, invalidez para os atos da vida política " (DJe de 08.08.2013). Nessa linha, recente julgado da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça: AgRg no REsp nº 1.307.425, SC, relator o Ministro Castro Meira, DJe de 02.10.2013. O acórdão colacionado pelo agravante como divergente é anterior aos precedentes supracitados. De resto, a perícia médica oficial designada judicialmente concluiu que o agravado é incapaz de forma definitiva e para toda atividade laborativa (e-stj, fl. 193). Voto, por isso, no sentido de negar provimento ao agravo regimental. Documento: 1286673 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 18/12/2013 Página 4 de 5 Superior Tribunal de Justiça CERTIDÃO DE JULGAMENTO PRIMEIRA TURMA AgRg no Número Registro: 2013/0353330-3 REsp 1.412.872 / CE Números Origem: 00012788720124058100 100132742012 12788720124058100 26785 EM MESA JULGADO: 03/12/2013 Relator Exmo. Sr. Ministro ARI PARGENDLER Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO Subprocuradora-Geral da República Exma. Sra. Dra. GILDA PEREIRA DE CARVALHO Secretária Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA AUTUAÇÃO RECORRENTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS ADVOGADO : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL - PGF RECORRIDO : PEDRO NEUDO BRITO ADVOGADO : GERALDO DE HOLANDA GONÇALVES FILHO E OUTRO(S) ASSUNTO: DIREITO PREVIDENCIÁRIO - Pedidos Genéricos Relativos aos Benefícios em Espécie - Conversão AGRAVO REGIMENTAL AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS ADVOGADO : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL - PGF AGRAVADO : PEDRO NEUDO BRITO ADVOGADO : GERALDO DE HOLANDA GONÇALVES FILHO E OUTRO(S) CERTIDÃO Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia Filho (Presidente), Benedito Gonçalves e Sérgio Kukina votaram com o Sr. Ministro Relator. Documento: 1286673 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 18/12/2013 Página 5 de 5
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