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Caracterização das principais espécies usadas no Brasil Dendrocalamus ? D. asper Phyllostachys P. aurea Guadua G. angustifolia Bambusa B. vulgaris Dendrocalamus giganteus - bambu gigante ou bambu balde. É nativo da Malásia e devido a seu grande porte é serrado para que partes de seus colmos sejam usadas como baldes e vasos. Grande porte - mais de 35 metros de altura, Crescimento extraordinariamente rápido - quase 1 metro por dia. Esta espécie é bastante resistente e por isso, além de outras aplicações, é muito usada na construção civil. (Vasconcellos, 2000). Dendrocalamus asper - também é conhecido como bambu balde. Altura de 25 metros, diâmetros próximo aos 25 centímetros. Bambu que se desenvolve em touceiras mais concentradas, porém não tão densas como o Dendrocalamus giganteus (Vasconcellos, 2000). Estas duas espécies e outras do mesmo gênero, enquanto jovens, apresentam quase a mesma configuração sendo quase impossível sua identificação a não ser por métodos taxonômicos específicos e orientados por botânicos experimentados. As características taxonômicas que as diferem: estão nas folhas, nas bainhas caulinares, nas ramificações, nas texturas e tonalidades dos colmos, nos brotos e outras formas e depois nos colmos em suas formas adultas. Dendrocalamus giganteus com colmos lisos no primeiro terço, verde claro com textura suave. D.asper com colmos ásperos (como o próprio nome sugere) cobertos com penugem dourada/amarronzada. José Ene – Agrobambu CF&T– Eldorado do Sul,RS. agrobambu.blogspot.com Diferenças entre D. giganteus/ D. asper D. giganteus com colmos verdes e lisos x D. asper ásperos e amarronzados. as diferentes colorações dos brotos – mais arroxeados no caso do D. asper. E, a seguir, os colmos jovens dessa espécie são recobertos por uma penugem marrom-dourada. Também, pode-se intuir que sejam mais “ásperos” do que os colmos de D. giganteus. Dendrocalamus asper Dendrocalamus giganteus Diferenças entre D. giganteus/ D. asper Dendrocalamus asper Dendrocalamus giganteus Diferenças entre D. giganteus/ D. asper Dendrocalamus asper Dendrocalamus giganteus Diferenças entre D. giganteus/ D. asper Dendrocalamus asper Diferenças entre D. giganteus/ D. asper Dendrocalamus giganteus Diferenças entre D. giganteus/ D. asper Dendrocalamus asper Dendrocalamus giganteus Guadua angustifolia ou taquaruçu. Na América do Sul de maneira geral, os bambus do gênero Guadua são mais abundantes e têm grande importância comercial em alguns países como Venezuela, Colômbia e Equador, onde são bastante usados. Guadua é um gênero encontrado em grande parte do território brasileiro e chama a atenção por suas medidas, similares ao do bambu balde e de alta resistência mecânica, principalmente a espécie Guadua angustifolia. Diâmetro do colmo que seguramente tem mais de 25 centímetros de diâmetro. Detalhe característico desta espécie, uma faixa esbranquiçada na região dos nós contornando todo o perímetro (Vasconcellos, 2000). G. angustifolia é o terceiro bambu mais alto, em excelentes condições alcança alturas de 35 m e 25 cm de diâmetro; Espécie de bambu reconhecida a nível mundial como uma das mais importantes para a construção, graças a sua capacidade para absorver energia e admitir uma maior flexão, tornasse assim um excelente material para construções sismo-resistentes e com altíssimas qualidades para a industrialização; tem se convertido no bambu economicamente mais importante de América latina; Guadua angustifolia Guadua angustifolia Guadua angustifolia Guadua sp. Acre. Foto: Dalva Graciano-Ribeiro Drª Dalva Graciano Ribeiro Universidade de Brasília Vista geral da touceira D. Graciano-Ribeiro nº 322 - Material vegetativo (estéril) Local: Seringal Silêncio (Sr. Albano). Sena Madureira. Coordenadas: 19 L 0535949 9020770. Alt. 136m. Mata ciliar nativa. Data: 14/11/2011. Drª Dalva Graciano Ribeiro Universidade de Brasília Detalhe do meio do colmo maduro Detalhe do ápice do colmo maduro D. Graciano-Ribeiro nº 322 - Material vegetativo (estéril) Local: Seringal Silêncio (Sr. Albano). Sena Madureira. Coordenadas: 19 L 0535949 9020770. Alt. 136m. Mata ciliar nativa. Data: 14/11/2011. Drª Dalva Graciano Ribeiro Universidade de Brasília Detalhe dos espinhos D. Graciano-Ribeiro nº 322 - Material vegetativo (estéril) Local: Seringal Silêncio (Sr. Albano). Sena Madureira. Coordenadas: 19 L 0535949 9020770. Alt. 136m. Mata ciliar nativa. Data: 14/11/2011. Drª Dalva Graciano Ribeiro Universidade Federal de Goiás Detalhe da folha do colmo D. Graciano-Ribeiro nº 323, 324 e 325 - Material vegetativo (estéril) D. Graciano-Ribeiro nº 326 – Material fértil Local: Resex Chico Mendes (Sr. Dande) - Assis Brasil. Coordenadas: 19L0455975 8815222. Alt. 238m. Mata nativa. Data: 16 a 18/11/2011 Phyllostachys aurea Origens geográficas: Originário das províncias costeiras do sudeste da China, Zhejiang e Fujian. Dimensões em adulto: Entre 5m e 7 m de altura. Diâmetro da cana: 1,5 a 5,5 cm. Folhagem: Persistente. Tipo de solo: Fresco e profundo. Evitar o excesso de calcário. Exposição: Meia-sombra / sol. Rusticidade: -25°C. Desenvolvimento radicular: Variedade invasiva. Características e utilizações: A sua folhagem verde clara, bastante densa, adorna os caules desde a base até ao topo. Os nós de algumas canas estão bastante comprimidos e aglomeram-se na base: esta particularidade facilita o seu reconhecimento. Dá bem em qualquer lugar graças à sua rusticidade, e também porque suporta bem os períodos de seca. Sendo utilizado em sebes, em corta-ventos ou como planta isolada, também se desenvolve muito bem em vaso ou em floreira. Trata-se do bambu mais corrente de todos os bambus médios. Bambusa vulgaris e Bambusa vulgaris var. vitatta -são os dois exemplos mais comuns de taquara. Tem colmos que ultrapassam os 6 metros de altura e 5 centímetro de diâmetro e a Bambusa vulgaris var. vitatta tem medidas similares, mas apresenta uma coloração diferenciada típica, o amarelo e é mais utilizada em reflorestamentos. Originário da China, este bambu é paquimorfo, ou seja, forma touceiras e não se alastra pelo terreno. Possui a cor dos colmos amarelo brilhante com listras verdes-escuras. Pode chegar até 15 m de altura e o diâmetro pode chegar até 15 cm. Suporta temperaturas de até -2°C. Por possuir alto teor de amido, é bastante susceptível ao ataque do caruncho (Dinoderusminutus) e não é recomendado para construções permanentes sem passar por tratamento preservativo. É muito utilizado no paisagismo, para proteção visual, barreira sonora e contra poeira nas bordas de estradas. Maturidade Segundo Ghavami e Marinho (2005), para que o bambu tenha um bom desempenho quanto à resistência mecânica, ele deve ser cortado assim que atingir sua maturidade, no mínimo, e isto ocorre geralmente entre 40 a 45 meses de idade. O bambu de pouca idade ainda não atingiu a maturidade e possui grande quantidade de celulose e amido, e baixas taxas de lignina, fatores que diminuem sua durabilidade e resistência, respectivamente. Na figura 25 pode se ver de forma ampliada um colmo de bambu jovem cortado no sentido perpendicular às suas fibras. Por não estar amadurecido ainda, o bambu jovem, além das características mencionadas, apresenta alta concentração de água em seu interior. Com cerca de 80 a 85 meses, aproximadamente sete anos, o bambuzal manejado de forma correta está nas condições ideais para produção em escala e vai evoluindo até quase se estabilizar com 140 meses, aproximadamente. Conforme mencionado anteriormente, há espécies que já apresentam indivíduos em seus bambuzais em condições de corte com cerca de trinta e seis meses de idade. A figura 26 é de um bambuzal com indivíduos maduros (colmos com galhos e folhas) e outros novos. E dentre as espécies estudadas, as que reuniram mais adjetivos direcionados ao uso naconstrução civil no Brasil, foram a Guadua angustifólia e a Dendrocalamus giganteus tanto por suas características de dimensões avantajadas quanto pela resistência especifica à esforços mecânicos e a grande durabilidade dos mesmos. VASCONCELLOS, R. M.; Bambu Brasileiro. Rio de Janeiro, julho de 2000 – Conteúdo disponível em www.bambubrasileiro.com. Acessado entre junho de 2011 a janeiro de 2013. (Conteúdo desenvolvido: Raphael Moras de Vasconcellos - Rio de Janeiro, 2000).
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