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Verificar site : https://ecivilufes.wordpress.com/2011/06/14/2-usina-hidreletrica-de-itaipu/ O início A ditadura militar, regime de governo que vigorava no período da construção da Usina de Itaipu, foi singular, se comparada a todas as outras formas seguintes desenvolvidas no Brasil. Seu governo militar visava à organização da nação que, segundo eles, encontrava-se numa situação crítica, tanto política quanto econômica. Nesse contexto, Itaipu foi planejada e construída objetivando a concretização da política de potência e desenvolvimento nacional (além do fato do Brasil querer fazer frente militar à Argentina). Vários estudos, de maior ou menor significado, foram realizados até os anos 1960 para avaliar o potencial energético da região das Sete Quedas/PR. Antes de Itaipu Binacional, o único empreendimento a se tornar realidade foi uma pequena usina que aproveitava as águas de um dos saltos para iluminar a cidade de Guaíra e uma companhia militar. A proposta inicial de construção, datada de 1962, que nunca foi levada adiante, previa uma usina com capacidade de 10 mil megawatts, para produzir 67 milhões de megawatts-hora por ano, o equivalente a três vezes o consumo do Brasil na época. Em 1973, as Sete Quedas foram escolhidas após a realização de estudos com o apoio de uma balsa. No coração da América do Sul, brasileiros e paraguaios indicam um trecho do rio conhecido como Itaipu, que, em tupi quer dizer “a pedra que canta”. Vídeo Engº Corrado Piasentin A construção As construções iniciadas em 1975 fizeram com que, entre 75 e 78 mais de 9 mil moradias fossem construídas nas duas margens para abrigar os homens que atuaram na obra. Até um hospital foi construído para atender os trabalhadores. À época, Foz do Iguaçu era uma cidade com apenas duas ruas asfaltadas e cerca de 20 mil habitantes. Em dez anos, a população passou para 101.447 habitantes. Nos canteiros de obra, a primeira tarefa é alterar o curso do Rio Paraná, removendo 55 milhões de metros cúbicos de terra e rocha para escavar um desvio de 2 km. O engenheiro Gomurka Sarkaria é o responsável pelo modelo da barragem, do tipo gravidade aliviada, formando aberturas que lembram a estrutura de uma catedral. Vídeo desvio Já em 1978, a Itaipu Binacional passa a ser uma realidade irreversível. A escavação do desvio do Rio Paraná termina dentro do prazo. Em 20 de outubro de 1978, 58 toneladas de dinamite explodem as duas ensecadeiras que protegiam a construção do novo curso. Vídeo implosão Um prédio de dez andares por hora, o ritmo de Itaipu Começa uma nova e fervilhante etapa da construção de Itaipu Binacional: a concretagem da barragem. Num único dia, 14 de novembro de 1978, são lançados na obra 7.207 metros cúbicos de concreto, um recorde sul-americano, o equivalente a um prédio de dez andares a cada hora. Ou 24 edifícios no mesmo dia. A façanha só foi alcançada devido ao uso de sete cabos aéreos para o lançamento de concreto. Todos os caminhos levam a Itaipu Com a concretagem quase pronta, a fase seguinte é a montagem das unidades geradoras. O transporte de peças inteiras dos fabricantes até a usina torna-se um desafio. A primeira roda da turbina, com 300 toneladas, saiu de São Paulo em 4 de dezembro de 1981 e chegou ao canteiro de obras somente em 3 de março de 1982. Como a rede viária e algumas pontes existentes em diversas alternativas de trajeto não tinham condições de suportar o peso, a carreta que levava a peça teve de percorrer o caminho mais longo, com 1.350 km. O transporte das rodas de turbina ganharia agilidade posteriormente. O recorde foi de 26 dias de viagem entre a fábrica e a usina. O sonho transforma-se em energia. A 5 de novembro de 1982, com o reservatório já formado, os presidentes do Brasil, João Figueiredo, e do Paraguai, Alfredo Stroessner, acionam o mecanismo que levanta automaticamente as 14 comportas do vertedouro, liberam a água represada do Rio Paraná e, assim, inauguram oficialmente a maior hidrelétrica do mundo, após mais de 50 mil horas de trabalho. Itaipu em números No primeiro ano de atividade, 1984, foram gerados 277 megawatts. Conforme o cronograma, de duas a três unidades eram instaladas por ano. A venda de energia começa em 1º de março de 1985. O ápice da participação de Itaipu Binacional no mercado brasileiro foi alcançado em 1997, com o atendimento de 26% da demanda do setor elétrico do país. Com a totalização do seu projeto, Itaipu Binacional supera em 4 mil megawatts a potência instalada da segunda maior hidrelétrica do mundo, a Usina de Guri, na Venezuela. O rendimento de Itaipu Binacional é excepcional, mesmo se comparado a usinas do futuro. A hidrelétrica chinesa “Três Gargantas” terá uma geração da ordem de 85 bilhões de quilowatts-hora, 8,4 bilhões de quilowatts-hora a menos que a capacidade máxima já atingida por Itaipu Binacional. O comprimento total da barragem é 7.919 metros. A elevação da crista é de 225 metros. Itaipu é, na verdade quatro barragens juntas – da extrema esquerda, uma barragem de terra de preenchimento, uma barragem de enrocamento, uma barragem de concreto principal, e uma barragem de concreto para a ala direita. A vazão máxima do vertedouro de Itaipu (62,2 mil metros cúbicos por segundo) corresponde a 40 vezes a vazão média das Cataratas do Iguaçu. A vazão de duas turbinas de Itaipu (700 metros cúbicos de água por segundo cada), corresponde a toda a vazão média das Cataratas (1500 metros cúbicos por segundo). O Brasil teria que queimar 536 mil barris de petróleo por dia para gerar em usinas termelétricas a potência de Itaipu. A barragem principal tem 196 metros de altura, o que é equivalente a um prédio de 65 andares. Obs.: Até hoje os argentinos temem pela abertura das comportas de Itaipu. Inauguração e expansão[editar | editar código-fonte] Construção na usina em setembro de 2003. O reservatório da usina começou a ser formado em 13 de outubro de 1982[19], quando foram concluídas as obras da barragem e as comportas do canal de desvio foram fechadas. Nesse período, as águas subiram 100 metros e chegaram às comportas do vertedouro às 10 horas do dia 27 de outubro, devido às chuvas fortes e enchentes que ocorreram na época. Em 5 de maio de 1984, entrou em operação a primeira unidade geradora de Itaipu. As 20 unidades geradoras foram sendo instaladas ao ritmo de duas a três por ano. As duas últimas das 20 unidades geradoras projetadas entraram em operação entre setembro de 2006 e março de 2007, elevando a capacidade instalada de Itaipu para 14.000 MW, concluindo a execução da obra. Este aumento da capacidade permite que 18 unidades geradoras permaneçam gerando energia o tempo todo, enquanto duas permanecem em manutenção[20]. A potência nominal de cada unidade geradora (turbina e gerador) é de 700 MW. No entanto, devido ao fato de a queda bruta real ser um pouco maior do que a queda bruta projetada, a potência disponível em cada unidade geradora é de aproximadamente 750 MW na maior parte do tempo, aumentando a capacidade de geração de energia da usina. Para efeito de comparação, a vazão média das Cataratas do Iguaçu teria capacidade para alimentar pouco mais de duas unidades geradoras. A Itaipu produz uma média de 90 milhões de megawatts-hora (MWh) por ano. Com o aumento da capacidade e em condições favoráveis do rio Paraná (chuvas em níveis normais em toda a bacia) a geração poderá chegar a 100 milhões de MWh em um ano. https://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_Hidrel%C3%A9trica_de_Itaipu Construção[editar | editar código-fonte] O curso do rio Paraná, sétimo maior do mundo foi deslocado; com 50 milhões de toneladas de terra e rocha.[2] A quantidade de concreto usado para construir a Usina de Itaipu seria suficiente para construir 210 estádios de futebol do tamanho do Estádio do Maracanã.[2] O ferro e o aço utilizados permitiriam a construção de 380 Torres Eiffel.[2] O volume de escavação de terra e rocha em Itaipu é 8,5 vezes maior que o do Eurotúnel e o volume de concreto é 15 vezes maior.[2] A suaconstrução envolveu o trabalho direto de 40 mil pessoas.[2] Construída no final dos anos 70 pela Andrade Gutierrez.[28] Geração e barragem[editar | editar código-fonte] O comprimento total da barragem é 7919 metros. A elevação da crista é de 225 metros. A barragem de Itaipu é constituída basicamente por seis seções: barragem lateral direita, barragem principal, estrutura de desvio, barragem de terra direita, barragem de enrocamento e barragem de terra esquerda[29]. A vazão máxima do vertedouro de Itaipu é de 62,2 mil metros cúbicos de água por segundo, o que corresponde a 40 vezes a vazão média das Cataratas do Iguaçu. A vazão de duas turbinas de Itaipu (700 metros cúbicos de água por segundo cada) corresponde aproximadamente à vazão média das Cataratas do Iguaçu (cerca de 1500 metros cúbicos de água por segundo).[30] O Brasil teria que queimar 536 mil barris de petróleo por dia para gerar em usinas termelétricas a potência de Itaipu.[2] A barragem principal tem 196 metros de altura, o que é equivalente a um prédio de 65 andares.[2]
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