Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 APS “Atividades Práticas Supervisionadas” 2° Semestre São Jose do Rio Preto Novembro - 2020 2 GERAÇÃO DE ENERGIA HIDRÁULICA: APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA Alunos: Ana Clara Borges Cattâneo RA: F247694 Caio Henrique Cardoso RA: N661AF5 David Deliberto Marques RA: N549GD8 Ítalo Oliveira RA: F215EG7 Joice Elisa Alves de Matos RA: F3289A6 Ludmila Nascimento Dourado RA: G140AH0 Mateus Guilherme Nogueira Santos RA: F328CC9 Mathias Santos Silva RA: N5596A5 Victor Hugo Felício RA: F23JGB0 Wiglyson Barcelos RA: N445HD5 3 Sumario 1 Introdução.............................................................................................................4 2 Biografia...............................................................................................................5 2.1 Hidrelétrica de Itaipu..............................................................................................5 2.2 Hidrelétrica de Furnas...........................................................................................8 3 Desenvolvimento................................................................................................12 3.1 Componentes Principais da Usina de Furnas......................................................12 3.2 Turbinas tipo Francis............................................................................................13 3.3 Componentes Principais da Usina de Itaipu.........................................................16 4 Analise da Função................................................................................................17 5 Impactos Produzidos............................................................................................20 6 Dissertação...........................................................................................................22 7 Referências Bibliográficas...................................................................................23 4 Introdução Esta tese visa buscar não somente a biografia, as principais ideias, leis elaboradas e os impactos produzidos na sociedade, mas mostrar toda importância em sua época até hoje, em uma conexão do pensamento cientifico antigo, moderno e obter conhecimentos dos processos utilizados para o funcionamento das usinas. No decorrer deste trabalho iremos mostrar e demonstrar a criação e o funcionamento da Usina de Furnas e da Itaipu, e sua importante para o mundo da engenharia. 5 BIOGRAFIA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU Em 1973, técnicos percorrem o rio de barco em busca do ponto mais indicado para a construção da Itaipu Binacional. O local é escolhido após a realização de estudos com o apoio de uma balsa. No coração da América do Sul, brasileiros e paraguaios indicam um trecho do rio conhecido como Itaipu, que, em tupi, quer dizer "a pedra que canta", é a usina hidrelétrica que mais gera energia em todo o mundo. A usina possui 20 unidades geradoras, o que significa que, em condições de climas favoráveis (chuvas em níveis normais), a produção pode chegar a 100 bilhões de quilowatts-hora. Utilizando o potencial do rio Paraná no trecho em que o rio passa pelo estado do Paraná, a Usina de Itaipu é uma empresa internacional, e não estatal como pode parecer. Segundo informações da própria empresa, 19,3% da energia consumida no Brasil e 87,3% da energia consumida pelo Paraguai são fornecidas pela Itaipu. PRIMEIRO PASSO DE UMA EPOPÉIA A construção da Itaipu Binacional foi considerada um trabalho de Hércules, pela revista ‘’ Popular Mechanics’’ dos Estados Unidos. A obra se iniciou em 1974, assim que as primeiras máquinas foram chegando. Figura 1- Usina hidrelétrica Itaipu 6 No segundo semestre daquele mesmo ano, foi construído o acampamento pioneiro, com as primeiras edificações para escritório, refeitórios, almoxarifados, alojamentos, postos de combustíveis, que existem até hoje. RIO PARANÁ SE DESPEDE DO LEITO A Itaipu passa a ser uma realidade irreversível, a escavação do desvio do Rio Paraná ficou pronta dentro do prazo estipulado (20 de outubro de 1978), mais de 50 toneladas de dinamite explodem as enceradeiras que protegiam a construção do novo curso. O desvio tinha mais de 2km de extensão, 90 metros de profundidade e 150 metros de largura. No mesmo dia, um contrato de US$ 800 milhões foi assinado, que garantia a compra de turbinas e dos turbo-geradores. O novo canal permitiria que o trecho do leito original do rio fosse secado, para construir a barragem principal, de concreto. A Itaipu Binacional foi a única grande obra nacional que sobreviveu a fase mais aguda da crise econômica no final dos anos de 1970, sendo prioridade absoluta. Figura 2 - Chegada das máquinas 7 NO ANO DE 2020 - ITAIPU PRODUZ 35 MILHÕES DE MWH EM 2020, ENERGIA SUFICIENTE PARA ILUMINAR O MUNDO POR 13 HORAS E MEIA Essa produção seria suficiente para atender ao consumo do planeta por 13 horas e meia; o Brasil, por mais de 26 dias; a cidade de São Paulo, por 15 meses; o Paraguai, por dois anos e cinco meses; o Estado do Paraná, por 13 meses e 12 dias. Ou ainda, por um ano, 60 cidades do porte de Foz do Iguaçu, com uma população estimada em 253 mil habitantes. Figura 3 - Desvio do rio Paraná Figura 4 – Barragens 8 HIDRELÉTRICA DE FURNAS A Usina Hidrelétrica de Furnas foi a primeira usina construída pela Empresa, da qual herdou o nome. A barragem está localizada no curso médio do rio Grande, no trecho denominado "Corredeiras das Furnas", entre os municípios de São José da Barra e São João Batista do Glória, em Minas Gerais. Sua construção começou em julho de 1958, tendo a primeira unidade entrado em operação em setembro de 1963 e a sexta, em julho de 1965. No início da década de 70, foi iniciada sua ampliação para a instalação da sétima e oitavas unidades, totalizando 1.216 MW, o que colocou a obra entre uma das maiores da América Latina. A Usina de Furnas, além de se constituir em um marco de instalação de grandes hidrelétricas no Brasil, possibilitou a regularização do rio Grande e a construção de mais oito usinas, aproveitando, integralmente, um potencial de mais de 6.000 MW instalados. SURGIMENTO DE FURNAS FURNAS nasceu com a missão de evitar o colapso energético que ameaçava o processo de industrialização do Brasil, na década de 50, construindo a primeira hidrelétrica de grande porte do país: a Usina de Furnas (MG). Desde então, a empresa tem tido papel fundamental no desenvolvimento da sociedade brasileira. Criada em 28 de fevereiro de 1957, a empresa conta com instalações nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Tocantins, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Ceará e Bahia e no Distrito Federal. Figura 5 - Usina Hidrelétrica Furnas 9 Integram seu sistema 21 usinas hidrelétricas, 2 termelétricas e 1 complexo eólico, próprios ou em parceria com a iniciativa privada, mais de 29 mil km de linhas de transmissão e 69 subestações. Figura 6 - Presidente Ernesto Geisel com os presidentes de FURNAS DESAFIOS ENFRENTADOS Construir a maior usina hidrelétrica do país daquele tempo, com capacidade de gerar 1.216 MW de potência, exigiu a contratação de profissionais estrangeiros, principalmenteingleses, e a importação de equipamentos da Itália, Suécia, Estados Unidos, Suíça, Canadá e Japão, mas também contou com a criatividade de operários brasileiros que ajudaram na resolução de muitos problemas técnicos. Fábio Carvalho Alves, na época empregado de uma pequena empreiteira chamada Mendes Júnior, trabalhou no núcleo de argila da barragem da usina e conta que não foram poucos os problemas enfrentados. “Deslocar equipamentos pesando cerca de 30 toneladas em balsas era muito difícil. Lembro do dia em que uma afundou com uma carreta de combustível. Eu tive que usar escafandro sem nunca antes ter mergulhado”, recorda. “Estávamos construindo uma obra que iria mudar o Brasil”. A frase de Fábio Carvalho reflete o sentimento geral de mais de 4 mil homens que, como ele, trabalharam de 1958 a 1963 para construir a Central Elétrica de Furnas. Empreendedorismo, argila, pedra mineira, muita água, suor e lágrimas, serviram de matéria-prima desta obra, considerada como a maior em andamento na América Latina. 10 NO ANO DE 2020 - LAGO DE FURNAS ATINGE 763,7 METRO, MAIOR NÍVEL REGISTRADO EM 4 ANOS O Lago de Furnas atingiu o seu maior nível em quase quatro anos. A represa atingiu 763,7 metros acima do nível do mar e superou a marca de agosto de 2016, que foi de 763,4 metros. De acordo com informações do Operador Nacional do Sistema (ONS), o nível que Furnas se encontra hoje perde apenas para o nível de julho de 2016, quando a represa atingiu a marca de 764,6 metros. O lago possui hoje um volume útil de 66,95%, que também foi superado apenas em julho de 2016. A situação atual é digna de comemoração, já que Furnas passou por maus momentos. 11 Usina Hidrelétrica de Furnas Componentes principais de uma Usina Hidrelétrica Todas as Usinas Hidrelétricas possuem seus principais componentes, esses que permitem o seu funcionamento. • Barragem • Reservatório • Tomada D’Agua (comportas) • Vertedouros • Turbinas • Geradores • Rede de Transmissão Componentes Detalhados • Barragem A barragem da Usina de Furnas tem uma altura de aproximadamente 127 m, desenvolvimento no Coroamento de 554 m, e uma largura de 15 m, com elevação de 772 m, e um volume de 9.450,00. • Reservatório Atualmente a hidrelétrica de Furnas atua em solo mineiro, 34 municípios. A criação do reservatório fez com que houvesse muita desocupação de terras, pois foi necessário fazer uma inundação de uma grande área de terras férteis. Assim o projeto da usina 12 se tornou mal visto e trouxe uma grande perda para os agricultores locais. Porem criaram o “Lago de Furnas “que se transformou em um importante local turístico, para superar as perdas iniciais. Assim criaram vários empreendimentos para aproveitar desta área que cresceu muito com o turismo da região. Além de promover atividades turísticas, o lago também fornece potencial na produção de peixes, assim ajudando na economia local. Além de Eletrobrás fornecer meios de transporte em quinze balsas pelo lago. • Tomadas D’ Água As Tomadas D’Agua possui 8 comportas do tivo vagão, a altura d’agua até a soleira é de 33,5 m, uma largura e altura de 4,7 M e 9,7 respectivamente • Vertedouros Os Vertedouros descarga no máximo 13 mil m3/s, 7 comportas do tipo segmento, com uma largura de 11,5 m, altura de 15,8 m e um raio de 14 m, fabricação de uma empresa Japonesa. • Turbina A usina de Furnas é composta por 8 turbinas do tipo Francis, de eixo vertical, sendo 6 de fabricação sueca e 2 alemães, todas com diâmetros de rotor de 4,485 m. Turbinas Francis, conforme estabelece a NBR 6445, turbinas Francis são turbinas de reação, na qual o fluxo d’agua penetra radialmente no distribuidor e no rotor, no qual as pás são fixas. Turbinas tipo Francis Historicamente, muitos tipos de turbinas têm sido usados fabricas e usinas, mas a maioria delas tem problemas com eficiência. No século 19, a melhoria da turbina hidráulica avançou e finalmente, o ombro foi alinhado com o motor a vapor com o motor principal. Em 1826, o engenheiro francês Benoit Fourneyron desenvolveu a primeira turbina hidráulica, que tinha com muita utilização (ate 80%). Na turbina hidráulica Fourneyron, a água flui através das pás do estator, do eixo para a periferia e o impacto nas pás do rotor, convertendo a energia potencial da água em energia cinética. Em 1848, o engenheiro americano J.B. Francis introduziu uma revolução no projeto de uma turbina hidráulica com a construção de uma turbina de reação. 13 Turbinas de reação ou compressão são chamadas de turbinas de água, onde a pressão na entrada do rotor é a maior do que na saída. Em turbinas de pré-tratamento, parte da energia potencial é convertida em energia cinética no estator e parte no rotor. Girar a torneira causa uma mudança na quantidade de movimento e força reativa (diferença de pressão, efeito Coriolis). No Brasil grande parte da energia gerada é por meio de turbinas deste tipo. A turbina hidráulica usada em instalações de energia hidráulica com uma altura considerável de queda. Sua concepção atribui-se ao engenheiro britânico- americano James Bicheno Francis. A função da turbina Francis é principalmente gerar eletricidade com a ajuda de um gerador. As turbinas Francis possuem uma alta capacidade de utilização de mais de 90% e uma ampla gama de atividades em comparação com a altura (queda de construção) do fluido que flui através da turbina. Isto é particularmente enfatizado na água, onde alcança um desempenho ótimo em uma queda de construção de 20 metros a 700 metros e a potência de saída varia de alguns kilowatts a 750 MW. O diâmetro do rotor pode ser de 1 a 10 m e a velocidade de rotação é de 83 a 1000 rpm. A turbina Francis é o tipo mais comum de turbina instalada em usinas de geração de energia que operam com base no fluxo de massa de água através de uma planta de produção. Na maioria dos casos, são usinas de energia renovável de origem hidrelétrica. As turbinas Francis têm a características de terem alta eficiência. Além disso, este tipo de turbinas hidráulicas pode ser projetado com uma gama variada de cabeças e fluxos. Atualmente, a turbina tipo Francis cobre uma faixa de cabeça de 40 a 600 m (130 a 2000 pés) e a potência de saída de seu gerador conectado varia de alguns quilowatts a 800MW. 14 Parâmetros Hidráulico Potencia Maior altura de queda: Usina Hausling (Áustria) H = 744 m 180 MW Maior Potencia: Usina Grand Coulee (EUA) Q = 1000,0 m3/s 825 MW Limites extremos de aplicação de turbinas Francis As grandes turbinas Francis são projetadas individualmente para que cada local trabalhe com o fornecimento de água e a altura da água fornecida com a maior eficiência possível. Geralmente, as turbinas Francis trabalham com uma eficiência de mais de 90%. Em contraste com a turbina Pelton, a turbina Francis Funciona no seu melhor, completamente cheia de água em todos os momentos. A turbina e o canal de saída podem ser colocados abaixo do nível do lago ou do mar, o que reduz a tendência a cavitação. Além da produção d energia elétrica, os caminhões Francis também podem ser usados para o armazenamento de bombas. Neste caso um tanque é preenchido pela turbina de executa a função de bomba acionada pelo gerador. O gerador, neste caso, atua como um grande motor elétrico durante períodos de baixa demanda de energia. Quando a demanda de energia é alta, o gerador é invertido e usados para gerar energia durante a demanda de pico. Esses tanques de armazenamento de bombas agem como grandes fontes de armazenamento de energia para armazenar “excesso” de energia elétrica na forma de água em altos depósitos. Este é um dos poucos modos que permitem armazenar um excesso temporário de capacidade elétrica para uso posterior. A parte de entrada da turbina é um involucro (câmaraespiral) formado em forma de espiral, e varias pás-guia (palhetas guia) fazem com que a agua flua tangencialmente em direção ao corredor, fluindo a agua, para girar os corredores; o grau de abertura da aleta guia pode ser ajustado para executar uma operação eficiente de acordo com a quantidade de agua usada. A água que passa pelo corredor também atua no corredor quando vai em direção ao centro axial. Além da pressão da água, essa propriedade suporta o uso de energia hidráulica da água que flui para o interior. Depois de agir no corredor na forma de uma xícara de café, a água sai com a energia cinética e com a energia potencial minimizada e o vórtice também desaparece. Na saída da turbina hidráulica, um tubo de sucção formado em conexão com a redução da velocidade da água e a restauração da energia cinética é conectada. • Geradores Os geradores possuem uma frequência de 60 Hertz, uma tensão nos terminais de 15 Kv. A usina de Furnas opera com 26 transportadores do tipo monofásico. • Transmissão e Distribuição de Energia As usinas geradoras (hidrelétricas, termelétricas, termonucleares, solares e eólicas) se localizam, em geral, longe dos grandes centros. Para a energia elétrica ser entregue ao consumidor final, incialmente tem que ser lavada através de longas distancias por linhas de alta tensão. Isso é o que chamamos de transmissão. Já a 15 distribuição é a última etapa no fornecimento de energia elétrica, através do qual se faz a entrega ao consumidor final. Na pratica é possível observar através de ramificações de cabos elétricos ao longo de ruas, transmitindo energia as casas, escritórios e industrias, por exemplo. Usina hidrelétrica de Itaipu • Geração da Barragem O comprimento total da barragem é 7.919 metros. A elevação da crista é de 225 metros. Itaipu é, na verdade quatro barragens juntas – da extrema esquerda, uma barragem de terra de preenchimento, uma barragem de enrolamento, uma barragem de concreto principal, e uma barragem de concreto para a ala direita. A vazão máxima do vertedouro de Itaipu (62,2 mil metros cúbicos por segundo) corresponde a 40 vezes a vazão média das cataratas do Iguaçu. A vazão de duas turbinas de Itaipu (700 metros cúbicos de água por segundo cada), corresponde a toda vazão média das cataratas (1500 metros cúbicos por segundo). O Brasil teria que queimar 536 mil barris de petróleo por dia para gerar em usinas termelétricas a potência de Itaipu. A barragem principal tem 196 metros de altura, o que é equivalente a um prédio de 65 andares. • Barragem A barragem de 7.919, é feita de concreto, enrolamento e terra. • Unidades geradores Existem 20 unidades geradoras, sendo dez na frequência da rede elétrica paraguaia (50 Hz) e dez na frequência da rede elétrica brasileira (60 Hz). As unidades de 50 Hz têm potência nominal de 823,6 MVA, fator de potência de 0,85 e peso de 3.343 toneladas. As unidades de 60 Hz têm potência nominal de 737,0 MVA, fator de potência de 0,95 e peso de 3.242 toneladas. Toda a unidade tem tensão nominal de 18kV. 16 As turbinas são do tipo Francis, com potência nominal de 715 MW e vazão nominal de 645 metros cúbicos por segundo. • Subestação A subestação da usina é blindada em gás de hexafluoreto de enxofre (SF6), que permite uma grande compactação do projeto. Para cada grupo gerador existe um banco de transformadores monofásicos, elevando a tensão de 18kV para 500kV. • O Reservatório Embora seja apenas o sétimo do Brasil em tamanho, o reservatório de Itaipu tem o aproveitamento em relação a área inunda. Para a potência instalada de 14.000 MW, foram alagados 1.350 Km quilômetros quadrados. Analise da Função Conservação da energia mecânica Quando um sistema encontra-se completamente livre de forças de atrito ou forças de arraste, a energia mecânica desse sistema será constante. Isso quer dizer que um pêndulo livre de forças de atrito, por exemplo, deverá oscilar por tempo indefinido, do contrário, em um tempo finito, esse pêndulo terá a sua energia dissipada em outras formas de energia, como energia térmica, vibrações, sons etc. Observe a figura a seguir, nela temos um móvel que se desloca com velocidade constante, livre das forças de atrito com o solo, com o ar e livre das forças de atrito entre suas componentes. Nesse caso, dizemos que a energia mecânica associada a esse corpo será igual nos pontos A, B e C. No ponto A o carro apresenta tanta energia cinética como potencial, graças à sua pequena altura em relação ao nível mais baixo do solo. Já no ponto B, o carro aproxima-se de uma situação em que toda a sua energia cinética torna-se energia potencial gravitacional, em outras palavras, conforme a energia cinética do veículo diminui, a sua energia potencial gravitacional aumenta, assim como escrevemos na fórmula a seguir, que relaciona as energias mecânicas dos pontos A e B: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/forca-atrito.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/pendulo-simples.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/movimento-uniforme.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/movimento-uniforme.htm 17 Ema = Emb Mva 2 2 + mgha = mvb 2 2 + mghb va – velocidade do corpo na posição A (m/s) vb - velocidade do corpo na posição B (m/s) g – Gravidade (m/s²) ha – altura do ponto A (m) hb – altura do ponto B (m) Como esse tema aborda diversos tipos de energia, nos tópicos seguintes, trazemos breves definições das que são consideradas mais comuns no ensino médio, a fim de revisar esse conteúdo e proporcionar uma aprendizagem mais completa. Na montanha-russa, a energia mecânica apresenta-se na forma de energia cinética e potencial. Energia mecânica A energia mecânica de um sistema é definida como a soma da energia cinética com as diferentes energias potenciais ali presentes, como a energia potencial gravitacional ou energia potencial elástica (sendo essas as mais comuns nos exercícios realizados no ensino médio), entre outras. Em = Ec + Ep EM – energia mecânica (J) EC – Energia cinética (J) EP – Energia potencial (J) Quando há atrito, uma parte da energia mecânica do sistema é “perdida”, sendo convertida em uma agitação térmica dos átomos e moléculas. Esse tipo de energia decorrente da ação da força de atrito é a energia térmica do corpo, e a sua correspondência com o calor foi explicado por James Prescott Joule, por meio de seu experimento sobre a equivalência mecânica do calor. https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/energia-potencial-gravitacional-elastica.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/energia-potencial-gravitacional-elastica.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/energia-potencial-elastica.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/energia-termica.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/calor.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/james-prescott-joule.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/experiencia-joule.htm 18 Energia cinética Energia cinética é a forma de energia relacionada ao movimento de um corpo. Trata- se de uma grandeza escalar, proporcional à massa do corpo e ao quadrado de sua velocidade, em unidades do Sistema Internacional de Unidades (SI), é medida em joules (J) e pode ser calculada por meio da seguinte fórmula: Ec = mv2 2 ou EC = p2 2m (p = mv) p – quantidade de movimento (kg/s) m – Massa (kg) Energia potencial Energia potencial é o nome genérico dado a qualquer forma de energia que pode ser armazenada. Essas energias só surgem quando há aplicação de forças conservativas. São exemplos de energia potencial: Energia potencial gravitacional: forma de energia gerada quando algum corpo apresenta certa altura em relação à superfície da Terra. Ep = mgh Energia potencial elástica: forma de energia relacionada à deformação de corpos elásticos, que tendem a voltar à sua forma original depois de deformados. EP =Kx2 2 k – constante elástica (N/m) x – deformação (m) Energia potencial elétrica: é a energia que surge mediante a interação atrativa ou repulsiva entre cargas elétricas. Exercícios resolvidos Questão 1) Um corpo é abandonado do alto de um plano inclinado, conforme a figura abaixo. Considerando as superfícies polidas ideais, a resistência do ar nula e 10 m/s2 como a aceleração da gravidade local, determine o valor aproximado da velocidade com que o corpo atinge o solo: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/grandezas-escalares-grandezas-vetoriais.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/sistema-internacional-unidades.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/forcas-conservativas.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/forcas-conservativas.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/energia-potencial-eletrica.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/carga-eletrica.htm 19 a) v = 84 m/s b) v = 45 m/s c) v = 25 m/s d) v = 10 m/s e) v = 5 m/s Solução: Alternativa d. Para determinarmos a velocidade aproximada com que o corpo chega ao solo, devemos aplicar o princípio da conservação da energia mecânica. Para tanto, dizemos que a energia potencial gravitacional no topo do plano inclinado é igual à energia cinética desse corpo na base do plano. Mv2 2 = mgh → v2 = 2gh → v = √2gh = √2.10.5 = 10 m/s Na resolução, as massas presentes nos dois lados da equação cancelam-se. Em seguida, substituímos os valores informados pelo enunciado e fizemos algumas operações algébricas até encontrarmos a velocidade de 10 m/s. Questão 2) Em um experimento que valida a conservação da energia mecânica, um objeto de 4,0 kg colide horizontalmente com uma mola relaxada, de constante elástica de 100 N/m. Esse choque a comprime 1,6 cm. Qual é a velocidade, em m/s desse objeto, antes de se chocar com a mola? a) 0,02 b) 0,40 c) 0,08 d) 0,13 Solução Alternativa c. Nesse exercício, dizemos que a energia cinética do corpo é integralmente convertida em energia potencial elástica, dessa forma, devemos fazer o seguinte cálculo: Mv2 2 = Kx2 2 → v2 = Kx2 m → v = √ Kx2 m v = √ 100. (0,016)2 4 = 0,08 m/s 20 Impactos Produzidos Vantagens da energia Elétrica Cada meio de geração energética possui seus prós e contras e não é diferente para a energia hidrelétrica. Este tipo de usina não produz dióxido de carbono (CO2), ao contrário de outros tipos, como a usina termelétrica, que emitem inúmeros gases poluentes e subprodutos tóxicos. A água é uma fonte limpa e renovável e, embora os custos com a manutenção da usina sejam muito altos, o custo com a água é nulo. A construção de uma usina hidrelétrica pode ser cara, mas sua durabilidade é alta. Dessa forma, após serem pagos os custos, a energia hídrica se torna uma fonte relativamente barata de eletricidade. Desta forma, ela traz é financeiramente benéfica para o consumidor final. As usinas podem ser construídas em rios sujeitos a enchentes e nesses casos, elas ajudam a controlá-las. As usinas hidrelétricas podem ainda ser impactantes na economia da região em que se encontram, ao tornarem-se pontos turísticos. Inúmeras delas possuem este como um de seus fins, melhorando a qualidade de vida dos habitantes locais. Em suma, algumas das vantagens da energia hidrelétrica são que ela: -Utiliza uma fonte limpa e renovável: a água; -Não emite dióxido de carbono; -É uma fonte barata de eletricidade; -Gera um custo relativamente baixo para o consumidor final; -Controla rios propensos a enchentes; -Reforçam a economia com o turismo. Desvantagens da energia hidrelétrica Nem tudo poderia ser perfeito, principalmente quando se trata de geração de energia. Existem vários problemas associados à geração de energia hidrelétrica. Toda a área escolhida para a construção da usina precisa ser alagada, desapropriando os habitantes e acabando com a vegetação. O rio que provocará o alagamento tem seu fluxo modificado, o que pode alterar os níveis de oxigênio na água. Dito isso, a vegetação que cresce perto de suas margens é prejudicada. Embora a usina por si só não produza gases poluentes, a vegetação submersa após o alagamento gera um alto nível de metano enquanto decompõe. A concentração de água no reservatório provoca mudanças climáticas, alterando os regimes de chuva. Ademais, nos períodos de seca, ou seja, de baixo nível de água no reservatório, a produção energética cai, aumentando o preço pago pelo consumidor final. Durante tempestades, a quantidade de matéria inorgânica em suspensão na água aumenta. Isso diminui a entrada de luz na água e altera a produção de fito plâncton e a sobrevivência das macrófitas. Como consequência a quantidade de oxigênio dissolvido na água pode diminuir muito, comprometendo toda a vida aquática. O desmatamento causado pela instalação das usinas hidrelétricas pode gerar desequilíbrios ecológicos, prejudicando a vida animal da região. O nível do reservatório pode variar não só com as épocas de chuva, mas também com a demanda energética. Assim, não apenas a vida terrestre é prejudicada, como também a vida aquática, de forma que as espécies de peixes e de plantas aquáticas do local são perdidas. Resumindo, dentre as principais desvantagens da energia hidrelétrica, temos: 21 -A realocação da comunidade local; -O desmatamento; -A produção de metano pela vegetação submersa que entra em decomposição; -As mudanças climáticas e no regime de chuvas; -A alteração do curso e do nível dos rios, prejudicando a vida aquática; -O aumento do preço para o consumidor final em períodos de seca; -A instabilidade no ecossistema, podendo destruir a fauna e a flora regional. -Destruição da vegetação natural; -Assoreamento do leito dos rios; -Desmoronamento de barreiras; -Extinção de espécies de peixes, por interferência nos processos migratórios e reprodutivos (piracema); -Acidificação da água quando não ocorre desmatamento prévio em escala adequada; -Ocorrência de atividades sísmicas devido ao peso da água sobre o substrato rochoso subjacente; -Alterações na água do reservatório relativas à temperatura, oxigenação (oxigênio dissolvido) e pH (ocorrência de acidificações); -Poluição das águas, contaminações e introdução de substâncias tóxicas nos reservatórios pela lixiviação de pesticidas, herbicidas e fungicidas provenientes das plantações pré-existentes na região alagada; -Introdução de espécies exóticas nos reservatórios, em desequilíbrio com os ecossistemas da bacia hidrográfica; -Remoção de mata ciliar; -Aumento da pesca predatória, por pescadores profissionais ou em atividades de lazer; -Implantação de barreira física que impedem migrações sazonais de espécies animais, perturbando o equilíbrio do ecossistema; -Diminuição do sequestro de carbono pela vegetação inundada, contribuindo para aumentar o efeito estufa Os principais problemas sociais gerados pela construção das hidrelétricas são: Deslocamento de populações em escalas variáveis conforme a topologia; Inundação de áreas agricultáveis ou utilizáveis para pecuária ou reflorestamento; Sempre são registrados casos de aumento da distribuição geográfica de doenças de veiculação hídrica como, por exemplo, a malária e a esquistossomose; Danos ao patrimônio histórico e cultural; Efeitos sociais intangíveis da relocação indiscriminada de grandes populações, especialmente agrupamentos indígenas, quilombolas ou comunidades tradicionais; Incremento de navegação e transporte na bacia de acumulação causando alterações relevantes dentro da bacia hidrográfica; Intensificação de atividade extrativistas no interior da bacia hidrográfica do reservatório; 22 Dissertação Tendo assim ,o Brasil possui um projeto político econômico de produção de energia, datado, podemos dizer, desde o decreto de criação da Usina Hidrelétrica de Furnas em 1957, que traz no seu discurso a melhoriada qualidade de vida da população, assim como, o desenvolvimento econômico do país .Contudo , ultimamente , face à participação da iniciativa privada neste projeto, os interesses da nação são, na maioria das vezes, superados pelos interesses das organizações privadas que geram ou produzem energia elétrica com o objetivo de vendê-la, ou seja, como empreendimento capitalista. Não obstante, devemos considerar que a construção de uma hidrelétrica significa uma forma de reestruturação do território, do mesmo modo, “significa de fato organizar a sociedade, planejando-se seu conjunto e inserindo-o em molde preestabelecido. Assim, a reestruturação do território proveniente da construção de “grandes obras” trata-se de uma necessidade do próprio capitalismo e visa mais atender ao poder do sistema capitalista do que ao sistema social. A construção de barragens, deste modo, objetos tanto técnicos como geográficos, são uma forma de materialização no espaço de políticas estatais e privadas que tem por objetivo a adequação e reestruturação do território num dado momento econômico. Diante do exposto, não temos dúvida de que a implantação de uma barragem é a criação de um novo território. Contudo, a sociedade precisa ter consciência de que pode e deve exercer seu poder de participação no processo. Organizar e lutar contra as lógicas vigentes faz, por exemplo, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)50, um foco de resistência e um modelo de organização social politizada, necessária para que não deixemos livre o caminho para aqueles que fazem da política a ampliação do poder dos grandes capitalistas. A construção da Hidrelétrica de Itaipu expressou um cenário político novo no Brasil, suscitando várias formas de análise, com perspectivas e diferentes interpretações, mostrando contradições e conflitos. Para entender o processo pelo qual o Estado atua e como ocorre a apropriação e a produção do espaço foram analisados os conteúdos dos Planos Nacionais de Desenvolvimento, com destaque para os enfoques setoriais. O período analisado compreende desde o projeto até a criação do Lago de Itaipu. O espaço é incorporado para a produção de energia elétrica provocando sua alteração e sua continua reprodução. O trabalho apontou também as controversas políticas entre os países cujos territórios são banhados pela bacia hidrográfica do rio Paraná e o s em bates políticos com o Brasil que projeta e executa as obras para geração de hidroeletricidade. Mostra como se dá a mediação política de cunho internacional tendo como base a exploração do território. O embate político entre o Brasil e o Paraguai é antigo, no entanto, a possibilidade da utilização de um maior volume de energia de Itaipu, condição fundamental para a industrialização do país, m arca o início de um novo tempo entre Brasil e Paraguai, assim como equaliza a distorção histórica da distribuição de energia da Itaipu Binacional entre os dois países. A análise aponta a importância do território e como as relações internacionais são mediadas pelas características do território das nações que assinaram o Tratado de Itaipu. Ou seja, o território é a base das negociações realizadas entre os países mediados pelas normas da política internacional. Embora o território e o espaço fiquem ocultos pelo 23 debate da geração de energia, é importante ressaltar que, mesmo ocultado pelo embate sobre o aproveitamento de energia, é o espaço que está sendo objeto de disputa. Para compreender o processo pelo qual o Estado redefine continuamente o território, ao produzir espaço, assim hoje é considerado o território como base para as atividades econômicas Referências Bibliográficas https://www.furnas.com.br https://www.itaipu.gov.br https://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/energia3.php
Compartilhar