Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SANTOS, Ana Caroline (Aluna, Enfermeira, Uninter, Metodologia do Ensino na Educação Superior) AMARAL, Maria do Carmo (Orientadora, Uninter) ENFERMEIRO COMO EDUCADOR SANTOS, Ana Caroline AMARAL, Maria do Carmo RESUMO Objetivo: avaliar e refletir sobre a importância e o impacto do curso de especialização em metodologia do ensino na educação superior, gerado no processo de trabalho dos enfermeiros, ministrado pela instituição Uninter. Metodologia: pesquisa analítica e interpretativa, pelo fato de tratar de percepções, através de um método exploratório, definindo um estudo mais profundo sobre o impacto gerado no processo de trabalho dos enfermeiros em relação a especialização em metodologia no ensino da educação superior. Resultados: a docência em enfermagem passa a assumir realmente seu significado, tais como; inteirar, coordenar e liderar, por conta disso, o enfermeiro como educador vem atuando em diferentes áreas de ensino, sejam eles nas instituições de saúde pública ou privada, cursos profissionalizantes, dentro de uma sala de aula e perante a sociedade. Considerações finais: um novo modelo assistencial de um profissional de saúde passa a exigir uma qualificação mais ampla, que além da competência técnica, também dê conta das dimensões políticas e educacionais do trabalho no setor de saúde. Não podemos perder de vista um dos mais valiosos atributos da enfermagem que é o cuidado; o relacionamento interpessoal e a maneira de se conseguir a satisfação do cliente e de toda a equipe. Palavras Chave: Educador. Docência. Enfermeiro. 2 1 INTRODUÇÃO Este estudo visa refletir a relação do enfermeiro como educador mediante a necessidade de atrelar teoria e prática, no caso da educação em saúde, os conhecimentos incorporam tecnologia e pesquisa, buscando trazer benefícios para a população como também melhorias na qualidade de vida, salientando as situações de ansiedade e tensões causadas no momento na execução da técnica e didática do procedimento. Ressaltando que além de habilidades e competências que deverão ser desenvolvidas pela referida profissão, ainda sim, exige sistematização de aspectos éticos para tratar das questões que envolvem a comunicação e o acolhimento aos pacientes acometidos de afecções e para tanto, tendo em vista o embasamento teórico para subsidiar o trabalho, o método eleito consiste no estudo bibliográfico, com pesquisa em literatura, de forma analítica e interpretativa, sendo os dados sistematizados e desenvolvidos na busca da compreensão quanto à relação pessoal entre o enfermeiro como educador, onde o resultado permitiu entender a importância da realização da pós- graduação em metodologia do ensino superior para complementar e preparar o enfermeiro como educador, no entanto depende de uma relação com o professor-aluno baseada na confiabilidade e na capacidade pertinente aos aspectos técnico-científicos e éticos que permeiam o ato de cuidar que norteia os preceitos de enfermagem. A educação tem um papel essencial na construção do futuro da enfermagem, sendo primordial na preparação de profissionais, desse modo, enfermeiros educadores devem examinar e desenvolver constantemente o conteúdo programático já existente e aplicar novas metas, onde conteúdo e método de ensino alcancem as necessidades dos clientes a que servem. (ZANOTTI,1996; SILVA, 2004). A enfermagem é uma ciência cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente ou na coletividade de modo integral e holístico, desenvolvendo de forma autônoma ou em equipe atividades de promoção, proteção, prevenção, reabilitação e recuperação à saúde. A equipe de enfermagem desenvolve ações assistenciais nas diversas áreas das 3 instituições de saúde e da comunidade, agindo como um educador e construindo uma relação de quem cuida e quem é cuidado. (MENDES, 2012). A profissão enfermagem desenvolve-se muito nas últimas décadas, adequando às necessidades do mercado de trabalho e os avanços tecnológicos, que por sua vez, fez com que os profissionais pautassem a sua assistência em conhecimento técnico cientifico e levassem para a sala de aula e campo de estágio. Os profissionais devem ser capazes de aprender continuamente, tanto na sua formação, quanto na sua prática. Desta forma, os profissionais de saúde devem aprender a aprender e ter responsabilidade e compromisso com a sua educação e treinamento das futuras gerações profissionais, mas proporcionando condições para que haja benefício mútuo entre os futuros profissionais e os profissionais dos serviços, inclusive, estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadêmica profissional, a formação e a cooperação por meio de redes nacionais e internacionais. (PERES, A.M.; CIAMPONE, M.T. 2010) Segundo (KURCGANTET al. 2010 p.138) Compreende-se a educação continuada como um processo que impulsiona a transformação da organização, criando oportunidades de capacitação e desenvolvimento pessoal e profissional, dentro de uma visão crítica e responsável da realidade, resultando na construção de conhecimentos importantes para a organização, para o profissional e para a sociedade. O objetivo desse trabalho se consolida em demonstrar a necessidade de formação de enfermeiros educadores, aliando a prática e o conhecimento, ao enfermeiro cabe estar à frente da educação em saúde, sendo importante no enriquecimento no processo de educação, motivando o crescimento pessoal da equipe, alunos e melhorando a qualidade na assistência e cuidado com o paciente. 4 2 A POSIÇÃO DO ENFERMEIRO COMO EDUCADOR A posição do enfermeiro dentro de uma instituição é de gestor líder, educador, orientador e responsável pela sua equipe e pela organização na prestação de serviços à saúde, contudo o profissional deve ser preparado para ensinar e educar em saúde, desde o início da sua formação acadêmica, a fim de promover conhecimento técnico-cientifico para a execução das seguintes competências e habilidades gerais, tais como; atenção à saúde, tomada de decisão, comunicação, liderança, educação permanente, administração e gerenciamento (SANTOS et al. 2013). A formação do profissional de enfermagem, seja ele nível técnico ou superior faz-se necessário o cumprimento da carga horaria, tanto para as aulas teóricas, como para as aulas práticas, para a obtenção do título profissional. Tal fato está relacionado a atrelar o desenvolvimento, habilidades e competências indispensáveis ao processo ensino-aprendizagem do acadêmico (SANTOS et al. 2013). A figura do docente, estimulador é aquele que se faça compreender que o aluno é capaz, pois a expectativa do aluno é que a figura do docente seja um bom transmissor de conhecimento, caráter humanista imparcial, justo e competente sobre o aspecto técnico-cientifico (SUHR e SILVA, 2012). Para tanto, discutir a relação interpessoal entre o docente e o acadêmico em enfermagem, determina uma formação mais sólida, caracterizado pela compreensão e empatia, proporcionada nos alunos pela ausência de convivência constante de situações que representam dor, sofrimento e perda. Ainda assim, cabe ressaltar o receio de provocar prejuízos aos pacientes sobre seus cuidados (SUHR e SILVA, 2012). A atuação do docente em enfermagem preconiza o atendimento humanizado, posteriormente desenvolvido pelos acadêmicos no contexto hospitalar, onde deverá observar as condições da equipe de enfermagem e o ambiente em que serão inseridos, para assim vivenciar e enfrentar diversas situações na vida profissional (COFEN, 2017). 5 Segundo (COFEN, 2017)o código de ética dos profissionais de enfermagem leva em consideração através do capítulo I, das relações profissionais. Direitos e deveres; Art. 1º - Exercer a Enfermagem com liberdade, autonomia e ser tratado segundo os pressupostos e princípios legais, éticos e dos direitos humanos. Art. 2º – Aprimorar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais que dão sustentação a sua prática profissional. Art. 3º - Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional e à defesa dos direitos e interesses da categoria e da sociedade. Art. 4º - Obter desagravo público por ofensa que atinja a profissão, por meio do Conselho Regional de Enfermagem. A educação e saúde no Brasil tem sofrido uma serie de transformação de cunho político e social, onde a Constituição Federal programou a saúde como direito de todos e dever do estado, antes oferecido pelo estado para quem tinha trabalho com carteira assinada e outros apenas como um favor. Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), todos os cidadãos passam a ter acesso a atendimento básico de saúde, partindo do princípio de universalidade, equidade, integralidade, hierarquização e controle social, apresentando uma característica de atuação inter e multidisciplinar. (OLIVEIRA, ANDRADE, RIBEIRO, 2009). A educação tem um papel essencial na construção do futuro da enfermagem, sendo primordial na preparação de profissionais, desse modo enfermeiros educador devem continuamente examinar e desenvolver o conteúdo já existente e introduzir novas metas, conteúdos e métodos de ensino que alcancem as necessidades das pessoas a quem servem. (ZANOTTI, 1996; SILVA, 2004). O docente enfermeiro como integrante de uma equipe multidisciplinar, em uma ação educativa seja ela individual, em grupo ou em massa deve se programar e preparar recursos diversos, tal como uma abordagem unificada e coerente para que se sintam respeitados e participativos nas ações de melhoria da qualidade de vida. (ZANOTTI, 1996; SILVA, 2004). 6 A atividade docente apresenta aspectos comuns a todos os profissionais, pois o trabalho docente, além das exigências de atualizações constantes, impõe ao profissional da educação a capacidade de identificar os condicionantes histórico-sociais de seu trabalho, tais como a necessidade de planejamento de atividades, o entendimento do contexto do aluno e as práticas avaliativas, que conferem a identidade à profissão e ao processo de profissionalização e exigem do professor o domínio pleno das dimensões do ensino e da aprendizagem. (Melo, Alessandro; Urbanetz, Sandra Terezinha, 2015). A relação pessoal professor/aluno neste contexto será de suma importância, o docente como articulador de aprendizagem deverá conduzir a situação, de forma pontual, contudo, sem proceder de forma pejorativa à situação (CARVALHO et al., 1999). Ao professor-supervisor atribui-se responsabilidades que se iniciam pela necessidade do acompanhamento da realização de procedimentos técnicos, bem como, a preparação do aluno para vivenciar o processo morte-morrer (BERNIERI e HIRDES, 2007). No entanto, cabe ressaltar que gerir conflitos nas relações interpessoais que se apresentam no cotidiano do profissional de enfermagem, precedidos por sentimentos de ansiedade e medo denotam a importante relação do professor/aluno, importante para a formação de profissionais competentes que ingressam na área da saúde para cuidar do outro (CARVALHO et al., 1999). Na formação do profissional de enfermagem, tal condição se salienta pela necessidade de profissionais que no exercício da profissão estejam preparados tecnicamente, psicologicamente para lidar com imprevistos, ou ainda, limitações observando foco do trabalho que consiste no ser humano e no cuidado de seu maior bem, a vida (PAIVA & MARTINS, 2011). Diante de tal fato, o ensino se deparou em 1996, com a publicação de Lei nº 9.394 que dispõe sobre as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) para uma educação não mais voltada à aprendizagem de conteúdos, 7 mas sim, que todos os currículos tivessem como finalidade a formação de competências (PAIVA & MARTINS, 2011). Ferreira (2000) define competência como “capacidade, aptidão”, portanto, o conceito extrapola os conhecimentos técnicos para aprimorar a capacidade de atuar no cotidiano com situações que dependem estritamente de um conjunto de habilidades. Para tanto, Fleury & Fleury apud Paiva & Martins (2011) definem o termo competência em seu sentido mais amplo: [...] circunscreve-se a um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que levam a um alto desempenho, ligados à inteligência e personalidade do indivíduo; sendo assim, a competência é o resultado de um estoque de recursos que o indivíduo detém. Essa competência individual é demonstrada no conjunto de tarefas do cargo ou na posição ocupada pelo sujeito (FLEURY & FLEURY apud PAIVA & MARTINS, 2011, p. 228). Portanto, competência é saber articular ações dentro de um determinado contexto, tendo em vista, as condições predispostas, ou ainda, em caráter de emergência/urgência mediante as situações como se apresentam alicerçados em conhecimentos técnico-científicos, bem como, éticos e sociais (PAIVA & MARTINS, 2011). Sendo assim, Fleury & Fleury apud Paiva & Martins (2011) elencam seis competências básicas que devem se fazer presentes no profissional de enfermagem docente. TABELA 1 – COMPETÊNCIAS PARA O PROFISSIONAL Competências Significados Saber agir Saber o que é por que faz, saber julgar, escolher, decidir. Saber mobilizar Saber mobilizar recursos de pessoas, financeiros, materiais, criando sinergia entre eles. 8 Saber aprender Trabalhar o conhecimento e a experiência rever modelos mentais. Saber desenvolver-se e comprometer-se com os objetivos dos outros. Saber comprometer- se Saber engajar-se e comprometer-se com os objetivos da organização. Saber assumir responsabilidades Ser responsável, assumindo os riscos e as consequências de suas ações, e ser, por isso, reconhecido. Ter visão estratégica Conhecer e entender o negócio da organização, seu ambiente, identificando oportunidades, alternativas. Fonte: FLEURY & FLEURY apud PAIVA & MARTINS (2011, p. 229). De acordo com a LBD a formação do profissional de enfermagem apresenta como objetivo: [...] dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício de competências e habilidades gerais e específicas. As gerais relacionam-se à atenção à saúde, à tomada de decisões, à comunicação, à liderança, à administração e ao gerenciamento, à educação permanente (PAIVA & MARTINS, 2011, p.229). O Conselho Nacional de Educação em 2001 a Resolução CNE/CES Nº 3, de 07 de novembro de 2001, institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem, que compreende um rol composto de 33 competências que devem contemplar a formação acadêmica, externando os princípios e habilidades inerentes ao processo educativo, sendo aqui demonstrados os incisos pertinentes ao conteúdo deste estudo: 9 Art. 5º A formação do enfermeiro tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades específicas: II – incorporar a ciência/arte do cuidar como instrumento de interpretação profissional; IV – desenvolver formação técnico-científica que confira qualidade ao exercício profissional; XIII – assumir o compromisso ético, humanístico e social com o trabalho multiprofissional em saúde;XX – prestar cuidados de enfermagem compatíveis com as diferentes necessidades apresentadas pelo indivíduo, pela família e pelos diferentes grupos da comunidade; XXI – compatibilizar as características profissionais dos agentes da equipe de enfermagem às diferentes demandas dos usuários; XXVII – respeitar os princípios éticos, legais e humanísticos da profissão; XXIII – interferir na dinâmica de trabalho institucional, reconhecendo- se como agente desse processo; XXXIII - reconhecer o papel social do enfermeiro para atuar em atividades de política e planejamento. (BRASIL, 2001). Sendo assim, no estágio supervisionado liderado pelo professor- supervisor sua atribuição é permeada de complexidade na observância das competências acima relacionadas. No entanto, o estágio serve de recurso do prático do exercício da profissão, sendo necessário ao professor apontar possíveis erros e falhas, dentro de uma conduta ética em que a crítica possa ser considerada construtiva ao aprendizado do estagiário (PAIVA & MARTINS, 2011). As primeiras práticas gerenciais e educacionais introduzidas na organização do trabalho de enfermagem foram feitas por Florence Nightingale na segunda metade do século XIX durante a Guerra da Criméia dada à necessidade de organizar os hospitais militares. Florence também criou a divisão técnica de ensino do trabalho, através de duas categorias profissionais: as nurses e as lady-nurses. As lady-nurses eram preparadas para o ensino e supervisão de pessoal e foram responsáveis pela difusão do sistema Nightingale na Europa e no mundo (FORMIGA; GERMANO, 2005 apud Nascimento,2013), ela também demonstrou a necessidade de aplicação das 10 funções administrativas nas instituições hospitalares, comprovando, através de atos, as suas convicções, de tal forma que seus repetidos sucessos levaram-na a ser considerada como pioneira de administração e ensino hospitalar (TREVISAN, 1988 apud NASCIMENTO,2013). O enfermeiro por sua vez deve estar preparado para gerenciar, educar, e coordenar espaços físicos, materiais e de informação, onde o profissional possa desencadear no conjunto de trabalhadores um processo de reflexão e revisão de sua prática, que encaminhe para o comprometimento a um processo de dedicação e respeito na qualidade de prestação de cuidados à saúde. Os conhecimentos favorecem ao enfermeiro na adoção de uma metodologia de ensino capaz de tornar o processo de trabalho operacionalmente racional, além de contribuírem na adoção de posturas que podem ser identificadas nas diferentes abordagens administrativas (COSTA, 2009 apud NASCIMENTO, 2013). A teoria e a prática, desde os primórdios de enfermagem no Brasil, tem merecido reflexão na formação dos profissionais em enfermagem, desde a implantação do sistema Nightingale de ensino de enfermagem no país, na década de 1920, os princípios preconizados para a educação de enfermeiras, tais como a direção da escola por uma profissional da enfermagem, a rigorosa seleção de candidatas e o ensino teórico e prático metódico, foram considerados com um curso de três anos de duração, as alunas recebiam instruções teóricas e práticas em oito horas de serviço diário, o que poderia parecer um período longo, mas em menos tempo não seria possível a aquisição de prática, destreza manual, poder de observação, iniciativa de julgamento. Desse modo para a formação da enfermeira, tornava-se imprescindível a conjugação de um estudo teórico fundamentado em bases cientificas, pois sem instrução sólida, não haveria poder de iniciativa, espirito de observação ou noção de responsabilidade (NASCIMENTO, Estelina Souto; SANTOS, Geralda Fortina; CALDEIRA, Valda da Penha; TEIXEIRA, Virgínia Mascarenhas Nascimento, 2003). Segundo Perrenoud, falando para enfermeiros, assistentes sociais e educadores, diz que a alternância é condição necessária para uma articulação 11 entre teoria e prática. Segundo o autor, ela designa o vaivém de um futuro profissional entre dois locais de formação, de um lado, um instituto de formação inicial, de outro lado, um ou vários locais de estágio. Para ele, tais momentos não são mera justaposição. Nesta, o que se aprende em campo tem pouca relação com o que se aprende na escola, e os estágios funcionam como mais uma disciplina denominada formação prática. Segundo Libâneo (1990, p.30; SUHR, Inge Renate Frose; SILVA, Zampier da Silva, p.34; Livro Relação Professor Aluno Conhecimentos). Sob essa concepção, as relações entre professor e aluno são estruturadas e objetivas, com papéis bem definidos; o professor administra as condições de transmissões da matéria, conforme um sistema instrucional eficiente e efetivo em termos de resultados da aprendizagem; o aluno recebe, aprende e fixa as informações. 12 3 METODOLOGIA De acordo com a abordagem do tema o estudo caracteriza-se pela pesquisa analítica e interpretativa, pelo fato de tratar de percepções, onde não apresenta condições de fornecer dados quantitativos, tendo em vista o objetivo proposto, O estudo pode ser considerado exploratório definindo um estudo mais profundo sobre o impacto gerado no processo de trabalho dos enfermeiros em relação a especialização em metodologia no ensino da educação superior, ministrado pela instituição Uninter. Para refinar a pesquisa na Biblioteca Virtual de Saúde foram utilizadas palavras-chave que contemplam os objetivos do referido estudo, que assim se apresentam: enfermeiro como educador, enfermagem e docência e educação em enfermagem, consolidação das leis do trabalho (CLT), conselho regional de enfermagem (COREN) e conselho federal de enfermagem (COFEN). O procedimento técnico utilizado para direcionar o estudo eleito foi a levantamento bibliográfico, utilizando-se da publicação de autores de importância relevante na área da saúde, artigos científicos e revistas técnicas do ramo. A biblioteca eletrônica também foi utilizada, além de periódicos publicados nos sites do Portal LILACS e SCIELO, com o objetivo de identificar competências gerenciais essenciais ao exercício de enfermagem, onde o conhecimento teórico necessário para o desenvolvimento das ações em relação ao ensino em saúde são habilidades para desenvolver o processo, relacionamento inter e intrapessoal, leis trabalhistas, educação continuada, coordenação, liderança e comunicação. Os livros utilizados não se referem à área da saúde, mas sim, a área educacional que norteia as ações do professor, que dentro da atuação docente torna-se o responsável pelo acompanhamento da parte prática pertinente a profissão almejada determina objetivos que deverão ser observados no futuro profissional de enfermagem. A realização da pesquisa ocorreu no mês de setembro/outubro de 2017 e janeiro/fevereiro de 2019, onde os critérios de exclusão dos artigos foram através de estudos que tratavam de temas referentes a educação em saúde e enfermeiros como educadores, foram pesquisados para o desenvolvimento da 13 pesquisa 44 (quarenta e quatro) artigos dos quais somente 17 (dezessete) artigos atendiam aos critérios esperados. 14 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo expressa a demasiada necessidade de reflexão e discussão do processo de formação do profissional de enfermagem, visto a necessidade da realização da especialização em metodologia na educação do ensino superior, para que assim possa de forma significativa educar edemostrar domínio em seu saber para formar novos profissionais na área da saúde que atuem de forma competente suas atividades, onde suas vertentes alicerçadas por sentimentos diversos desenvolvidos pelos acadêmicos no momento de colocar em prática as técnicas aprendidas teoricamente. Para tanto, observa-se neste contexto como principal responsável por este processo o docente em enfermagem, que também será um profissional que deverá obter um perfil diferenciado para atuar neste contexto. Portanto, a relação interpessoal entre docente em enfermagem e o acadêmico representarão um diferencial para o processo ensino- aprendizagem, contemplado para a formação de profissionais eficientes em seu campo de atuação, exímios no “cuidar”. Trata-se da necessidade de observar e analisar as aulas ministradas, de suma importância para a formação do enfermeiro, tendo em vista as relações interpessoais que demonstram que o teórico-científico são relevantes, mas que também deverá nortear esta relação preceitos éticos, embasados no respeito e na compreensão do árduo momento, pressupondo as várias situações de dor e sofrimentos constantes destes ambientes. Tais ações presumem a formação de um profissional pleno que além de conhecimentos teóricos provenientes da formação acadêmica, também desenvolveu a ética que pressupõe o respeito ao cliente diante de uma visão holística que determina a humanização da profissão. 15 REFERÊNCIAS ANTUNES. A. V.; TREVIZAN. M.A. Gerenciamento da Qualidade: Utilização no Serviço de Enfermagem. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v8n1/12432.pdf>. Acesso em: 09.04.2018. BALSANELLI. A. P.; JERICÓ. M. C. Os Reflexos da Gestão pela Qualidade Total em Instituições Hospitalares. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ape/v18n4/a08v18n4>. Acesso em: 03.03.2018. BERNARDINO, E.; FELLI, V.E.A.; PERES, A.M. Competências Gerais para o Gerenciamento em Enfermagem de Hospitais. Disponível em: < https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/download/17875/11665>. Acesso em: 21.03.2018. BERNARDY, K. TEIXEIRA, D. M. Importância do estágio supervisionado para a formação de professores. XV Mostra de Iniciação Científica, 2012. UNICRUZ. BERNIERT, J. HIRDES, A. O preparo dos acadêmicos de enfermagem brasileiros para vivenciarem o processo morte-morrer. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, p.89-96. Jan-Mar. 2007. BORGES, A. G. et al. Caracterização e expectativas de estudantes ingressantes de um curso de graduação em enfermagem. Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v. 12, n. 1, p. 01-06, dez. 2010 BORGES, J. W. P. et al. Estratégia saúde da família: experiência de acadêmicos de enfermagem em estágio curricular. Rev Rene, Fortaleza, 2011 abr/jun, p. 409-416. BRASIL. Resolução CNE/CES Nº 3, de 07 de novembro de 2001. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. Conselho Nacional de Educação: Brasília, 2001. BURGATTI, J. C. et al. Problemas éticos vivenciados no estágio curricular supervisionado em Enfermagem de um currículo integrado. Rev. Esc. Enferm. USP 2013, p. 937-42. 16 CARVALHO, M. D. de B. et al. Expectativas dos alunos de enfermagem frente ao primeiro estágio em hospital. Rev.Esc.Enf.USP,v.33, n.2. p. 200-6, jun. 1999. COFEN. Resolução 564/2017. Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Brasília, 2017. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-5642017_59145.html>. Acesso em: 11.03.2018. GERVÁSIO, S. M. D. et al. Análise do estresse em acadêmicos de Enfermagem frente ao primeiro estágio da grade curricular. J. Health Sci. Inst. 2012, p.331-335. GRECO.R.M. Relato de Experiência: Ensinando a Administração em Enfermagem através da Educação em Saúde. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v57n4/v57n4a26.pdf>. Acesso em: 11.06.2018. JORGE M.S.B.;FREITAS C.H.A.;NÓBREGA M.F.B.;QUEIROZ M.V.O. Gerenciamento em Enfermagem: um olhar critico sobre o conhecimento produzido em periódicos brasileiros (2000-2004). Disponível em: <https://www.redalyc.org/html/2670/267019615015/>. Acesso em: 05.06.2018. JUNIOR, J.A.B.; MATSUDA, L.M. O Enfermeiro no Gerenciamento à Qualidade no Serviço Hospitalar de Emergência: Revisão Integrativa da Literatura. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v32n4/v32n4a22.pdf>. Acesso em: 29.06.2018. KARINO, M. E. GUARIENT, M. H. D. M. O aprendizado no primeiro estágio da enfermagem: a visão do aluno. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, 33-39, 2001. KURCGANT,P.; CIAMPONE,M.H.T.;FELLI,V.E. Avaliação de desempenho docente, discente e de resultados na disciplina administração em enfermagem nas escolas de enfermagem no Brasil. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080- 62342001000400010>. Acesso em: 17.06.2018. KURCGANT.P.;PERES.A.M.; JERICÓ.M.C. Estrutura Organizacional do Serviço de Enfermagem: Reflexões sobre a Influência do poder e da 17 Cultura Organizacional. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-623420>. Acesso em: 19.05.2018. LIBERALI J.;DALL`AGNOL C. M. Supervisão de Enfermagem: Um instrumento de Gestão. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/5592>. Acesso em: 09.06.2018. LOPES.M.M.B.;CARVALHO.J.N.;BACKES.M.T.S.;ERDMANN.A.L.;MEIRELLE S.B.S. Políticas e Tecnologias de Gestão em Serviços de Súde e de Enfermagem. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ape/v22n6/a15v22n6.pdf>. Acesso em: 27.06.2018. LOURENÇO.M.R.;SHINYASHIKI.G.T.; TREVIZAN.M.A. Gerenciamento e Liderança: Análise do Conhecimento dos Enfermeiros Gerentes. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v13n4/pt_v13n4a02.pdf>. Acesso em: 10.06.2018. MAGALHÃES,A.M.M.; DUARTE,Ê.R.M. Tendências gerenciais que podem levar a enfermagem a percorrer novos caminhos. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v57n4/v57n4a04>. Acesso em: 15.05.2018. MARTA C.B.; LACERDA A.C.; CARVALHO A.C.; STIPP M.A.C.,LEITE J.L. Gestão de Conflito Competências Gerencial do Enfermeiro. Disponível em: <http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view>. Acesso em: 22.05.2018. MELLEIRO.M.M.;TRONCHIN.D.M.R.; CIAMPONE.M.H.T. O Planejamento Estratégico Situacional no Ensino do Gerenciamento em Enfermagem. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ape/v18n2/a08v18n2.pdf>. Acesso em: 25.04.2018. MENDES.I.A.C.;TREVIZAN.M.A.;FERRAZ.C.A.; HAYASHHIDA.M. Liderança da Enfermeira na Perspectiva da Ética Pós-Moderna. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-71672000000300008>. Acesso em: 30.03.2018. 18 MUNARI.D.B.;BEZERRA.A.L.Q. Inclusão da Competência Interpessoal na Formação do Enfermeiro como Gestor. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v57n4/v57n4a20.pdf>. Acesso em: 28.04.2018. OLIVEIRA, I. C. dos S. A visão do estudante de enfermagem sobre o desenvolvimento do estágio curricular no período noturno. Rev.Esc.Enf. USP, v.30, n. 1, p.73-81, abr. 1996. PAIVA, K. C. M. MARTINS, V. L. V. Contribuições do estágio extracurricular para as competências profissionais: percepções de enfermeiros de um hospital público. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2011 abr/jun, p.227-238. PERBONE, J. G. CARVALHO, E. C. Sentimentos do estudante de enfermagem em seu primeiro contato com pacientes. Rev. Bras. Enferm, Brasília, 2011 mar/abr, p. 343-347. PERES.A.M.; CIAMPONE.M.T. Gerencia e Competências Gerais do Enfermeiro. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v15n3/v15n3a15>. Acesso em: 23.06.2018. PERRENOUD, P; THURLER, M.G; MACHADOL.M.N.J; Alessandrini C.D. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Tradução de: Claudia Schilling e Fatima Murad – Porto Alegre: Artmed Editora, 2002. PETERLINI.O.L.G.;ZAGONEL.I.P.S. O Sistema de Informação Utilizado pelo Enfermeiro no Gerenciamento do Processo de Cuidar. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 07072006000300005>. Acesso em: 13.04.2018. PRADO,C.;PEREIRA,I.M.;FUGULIN,F.M.T.;PERES,H.H.C.;CASTILHO,V. Seminários na perspectiva dialética: Experiência na Disciplina Administração em Enfermagem. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103>. Acesso em: 15.03.2018. RUTHES.R.M.; CUNHA.I.C.K.O. Contribuições para o Conhecimento em Gerenciamento de Enfermagem sobre Gestão por Competência. 19 Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/viewFile/3154/1727>. Acesso em: 22.03.2018. SANTOS JLG, et al. Práticas de enfermeiros na gerência do cuidado em enfermagem e saúde: revisão integrativa. Rev Bras Enferm, Brasília 2013 mar-abr; 66(2): 257-63. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v66n2/16.pdf>. Acesso em: 02.04.2018. SCHAURICH, D. Compreensões de acadêmicos de enfermagem sobre famílias: algumas reflexões. Esc Anna Nery Rev Enferm, 2009, abr-jun, p. 415-420. SCHERER, Z. A. P. et al. Reflexões sobre o ensino da enfermagem e os primeiros contatos do aluno com a profissão. Rev Latino-Am Enfermagem 2006, março-abril, p. 285-291. SERVO.M.L.S.; CORREIA.V.S. Supervisão e a Educação Permanente da Força de Trabalho em Enfermagem. Disponível em: <http://dialogos.ftc.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid =53&Itemid=15>. Acesso em: 25.02.2018. SILVA A.M. Competências para gerenciamento em enfermagem: revisão literária. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/24328>. Acesso em: 39.03.2018. SILVA, E. L. MENEZES, E. M. Metodologia de Pesquisa e Elaboração de Dissertação. 3 ed. rev. atual. – Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, 2001. 121p. Disponível em: < http://cursos.unipampa.edu.br/cursos/ppgcb/files/2011/03/Metodologia-da- Pesquisa-3a-edicao.pdf>. Acesso em: 10.05.2018. SILVA.E.M.;GOMES.E.L.R.; ANSELMI.M.L. Enfermagem: Realidade e Perspectiva na Assistência e no Gerenciamento. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104>. Acesso em: 18.04.2018. SOUZA, C.J.; VALENTE, G.S.C. Perfil do Enfermeiro Coordenador Neófito no Gerenciamento em Unidade de Terapia Intensiva. Disponível em: 20 <https://www.academia.edu/26906468/Perfil_Do_Enfermeiro_Coordenador_Ne %C3%B3fito_No_Gerenciamento_Em_Unidade_De_Terapia_Intensiva>. Acesso em: 15.04.2018. SUHR, I.R.F; SILVA, S.Z. Relação Professor-Aluno-Conhecimento. 1 ed. Curitiba: Editora Intersaberes, 2012. TRONCHIN, D. M. R. et al. Instrumentos de avaliação do aluno com base nas competências gerenciais do enfermeiro. Acta Paul Enferm, 2008; p. 356-360. VALSECCHI, E. A. S. S. NOGUEIRA, M. S. Comunicação professor-aluno: aspectos relacionados ao estágio supervisionado. Revista Ciência, Cuidado e Saúde Maringá, v. 1, n. 1, p. 137-143, 2002.
Compartilhar