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Escola Superior de Hotelaria e Turismo de Inhambane Tema de pesquisa: Gestão de estoque Cadeira de: Contabilidade de custos Discentes: Edson Matsimbe; Julia Musseia ; Maida Arone; Zuneid Ustá. Docente: dr. Leide Inhambane, Maio 2019 Índice 1.Introdução .............................................................................................................................. 1 2.Objectivos .............................................................................................................................. 2 2.1 Objectivos geral .............................................................................................................. 2 2.2 Objectivos específico....................................................................................................... 2 3. Metodologia de pesquisa ....................................................................................................... 2 4. Gestão de Estoque ................................................................................................................. 3 4.1 Objectivo da gestão de estoque ........................................................................................ 4 4.2 Tarefas basicas de gestao de estoque. ............................................................................... 5 5. Tipos de Estoque ................................................................................................................... 6 Gestão administrativa de estoque .............................................................................................. 8 6. Gestão económica do estoque .............................................................................................. 10 7. Controle de estoque. ............................................................................................................ 11 8. A analise e classificação ABC ............................................................................................. 12 8.1 Classificação ABC ........................................................................................................ 13 9. Contabilidade de materiais .................................................................................................. 18 10. Métodos de Custeio ........................................................................................................... 19 11. Conclusão ......................................................................................................................... 27 12. Referencias bibliografia..................................................................................................... 29 1 1.Introdução Neste artigo apresentaremos o fato da importância da gestão de estoque no processo de planejamento do controle do estoque. Para bem mostrarmos a importância do mesmo, começamos definindo o estoque, que apesar de ser uma definição bem ampla, simplificamos trazendo o pensamento e definição de autores para o seu esclarecimento. Os resultados positivos de uma empresa estão relacionados à gestão de estoque eficiente. Por isso os estoques sempre foram alvos da atenção dos grandes gerentes. Segundo Petrônio Garcia Marttins e Paulo Renato Campos Alt. 2003, um item em estoque é definido como qualquer tipo de produto acabado, de parte fabricada ou comprada, ou de matéria prima que: integram o fluxo de materiais da empresa e devem ser identificados para fins de controle. As organizações necessitam de um considerável esforço de controle em suas várias operações e atividades. O controle constitui a última das funções administrativas, vindo depois do planejamento, da organização e da direção. Controlar significa garantir que o planejamento seja bem executado e que os objetivos estabelecidos sejam alcançados adequadamente. No trabalho iremos apresentar várias definições de estoque para que a compreensão seja boa e falaremos também dos tipos de estoque proposto por Ballou (2006). Abordaremos também sobre os custeios de estoque e os sistemas ABC que classifica os produtos de acordo com a sua importância. Hoje as empresas procuram a obtenção de uma vantagem competitiva em relação a seus concorrentes, e a oportunidade de atendê-los prontamente, no momento e na quantidade desejada, é grandemente facilitada com a administração eficaz dos estoques. 2 2.Objectivos 2.1 Objectivos geral • Compreender como como funciona a gestão de estoque. 2.2 Objectivos específico • Estabelecer os conceitos básicos e fundamentos da gestão de estoque; • Compreender a distinção dos tipos de estoque; • Compreender como funciona o sistema ABC na gestão de estoque; • Distinguir os tipos de custeio; • Compreender como a administração deve le dar com a gestão de estoque. 3. Metodologia de pesquisa Para elaborar este trabalho examinou-se textos e obras e compilou-se através da associação de palavras, ou seja, fez se um levantamento bibliográfico e compilou-se. 3 4. Gestão de Estoque Segundo Dias (2012), um a empresa bem estruturada precisa ter uma gestão de estoques clara e bem definida, uma das funções dos administradores de armazéns e/ou almoxarifados é manter todas as movimentações registradas em suas tecnologias de controle. De acordo com Chiavenato (2005), estoque é a composição de materiais (matérias- primas, materiais em processamento, materiais semiacabados, materiais acabados, produtos acabados), que em determinado momento não é utilizado na empresa, mas que será utilizado futuramente. Slack, Chambers e Johnston (2009) definem o estoque como sendo, “a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação, ou também pode ser usado para descrever qualquer recurso armazenado”. Para Arnold (1999) a administração de estoques deve ser responsável pelo planejamento e controle do estoque, desde a matéria-prima até o produto final. Sendo o estoque resultante da fabricação de produtos acabados ou em processos, entendendo que os dois devem ser administrados de maneira conjunta. Desta forma pode se entender que estoque é a quantidade de um determinado item para atender determinado nível de demanda, inclui toda a variedade de materiais que a empresa possui e utiliza no processo de produção de seus produtos e/ou serviços. De forma generalizada, pode ser entendido como itens mantidos em disponibilidade constante e renovados, o que nos leva a crer que sempre haverá estoque, sendo ele grande, médio, como se fosse uma garantia, onde em qua lquer empresa o foco é o cliente, assim não deixando o produto em falta, entendendo isso podemos perceber, que o estoque tem várias utilidades como: melhorar o nível de serviço; incentivam economias na produção, sazonalidade no suprimento; neutraliza os efeitos de atrasos nos fornecimentos de materiais, riscos de dificuldade no fornecimento, flexibilidade do processo produtivo, entre outros. Assim sendo a gestao de estoque vai ser o ato de gerir recursos ociosos de um valor econômico e destinado ao suprimento das necessidades futuras de material. A gerência de um estoque implica lidar com dois fatores básicos, que segundo o autor Corrêa (1975) são: 4 a) O controle físico e contábil da movimentação das peças e artigos; b) O seu ressuprimento periódico, a fim de que haja, em tempo hábil, disponibilidade de material. A gestão de estoques é um conceito que está presente em praticamente todo o tipo de empresas, assim comona vida cotidiana das pessoas. Desde o início da sua história que a humanidade tem usado estoques de variados recursos, de modo a suportar o seu desenvolvimento e sobrevivência (GARCIA 2006). Um papel importante na flexibilidade operacional da empresa em qualquer ponto do processo formado por etapas de estoque e é preciso que a empresa esteja focada nos níveis do estoque, tanto para otimizar seus custos como para a satisfação do cliente na produção de suas necessidades de materiais, e da própria empresa, de acordo com Pozo (2007), a previsão deve levar sempre em consideração os fatores que mais afetam o ambiente e que tendem a mobilizar os clientes. Informações básicas e confiáveis de toda dinâmica de mercado deverão ser utilizadas para decidirmos quais as quantidades e prazos a serem estabelecidos. 4.1 Objectivo da gestão de estoque Segundo Viana (2002) seu objetivo consiste essencialmente na busca pelo equilíbrio entre estoque e consumo, o que será obtido mediante as seguintes atribuições, regras e critérios: • Impedir entrada de materiais desnecessários; • Centralizar as informações para que se tenha um melhor acompanhamento e planejamento; • Definir parâmetros de cada material; • Determinar a quantidade de compra para cada material; • Analisar e acompanhar a evolução do estoque na empresa; • Desenvolver e implantar uma padronização de materiais; • Ativar o setor de compras; • Decidir sobre a regularização de materiais • Realizar estudos frequentes para que materiais obsoletos e inservíveis sejam retirados do estoque. O objetivo do estoque é melhorar o investimento, aumentando de uso eficiente dos meios internos da empresa, minimizando as necessidades de capital investido em estoques. Seu objetivo no custo é equilibrar os custos de pedir e manter, conseguindo o mínimo de custo. Quanto maior o estoque, maior o custo de manutenção, porém, serão menores a aquisição e falta. Vemos que no nível de serviço muitas empresas têm dificuldade em estimar seus custos de falta, levando a investir mais do que o programado em estoque. 4.2 Tarefas básicas de gestão de estoque. Martins e Alt (2004) salientam que os estoques têm a função de reguladores do fluxo de negócios. Dessa forma, torna-se imprescindível que a empresa tenha bem definida sua política de estoques, ou seja, os princípios pelos quais o abastecimento e a saída de produtos, sejam acabados ou não, seguem. Para Accioly (2008) os estoques têm algumas funções principais dentro da organização para garantir o abastecimento da produção. • Melhorar suprimento de materiais da organização; • Diminuir a atraso e a falta de componentes para produção; • Garantir a produção programada da empresa; • Redução de valores em estoques por meio de compras em lotes menores; • Flexibilidades na alteração de mix de produção; • Rapidez e eficiência no atendimento de pedidos dos clientes. Resumidamente pode se assumir que as principais funções ou razões para manutenção dos estoques são: Garantir o abastecimento de matérias a em presa, neutralizando os efeitos de: Demora ou atraso no fornecimento de materiais; Sazonalidade no suprimento; Riscos de dificuldade no fornecimento. Proporcionar economias de escala: Através Da compra ou produção em lotes econômicos; Pela flexibilidade do processo produtivo; Pela rapidez e eficiência no atendimento ás necessidades. A gestão de estoques constitui-se em gerir recursos detentores de valor econômico e destinado ao fornecimento das necessidades futuras de materiais numa organização. (GURGEL, 2000) “O controle de estoques envolve as tarefas de coordenação dos fornecedores, condições físicas, armazenamento e registro das existências de todas as mercadorias”. Ching (2001) referencia que a gestão de estoque auxilia a controlar a quantidade adicional do estoque, necessária como proteção contra oscilação na demanda e no tempo de ressuprimento”. Por isso o gerenciamento de estoques é muito importante no que se refere a uma estimativa organizacional, já que estoques em excesso incidem em custos elevados de mão-de-obra e várias outras consequências que não colaboram com o objetivo principal que é minimizar o desperdício e aumentar o lucro. 5. Tipos de Estoque Vieira (2009) descreve que os estoques podem ser classificados em diversas categorias de materiais acumulados, o que vai de encontro ao que Caxito (2011) que complementa dizendo que nos tipos de estoques é possível classificarmos todos a ponto de conseguir um a forma melhor de gerencia-los, sendo cada tipo com ferramentas ideais para cada grupo, segundo Ballou (2006), existem 5 categorias de estoques, que sao: Estoque de matéria prima; Estoque de Material semi -acabado (produto em processo); Estoque de produtos acabados; Estoque em trânsito; Estoque de segurança. Para Krajewski, Ritzman e Malhotra (2009), é possível definir os diferentes tipos de estoques como de ciclos, de segurança, de antecipação e em trânsito. Já Slack, Chambers e Johnston (2009) ainda enumeram os estoques de desacoplamento e no canal. Arnold (1999) também cita o estoque hegde. Estoque de Ciclo Consiste - De acordo com Slack, Chambers e Johnston (2009) estoque de ciclo consiste em acumular os diferentes itens uma vez que não é possível produzir todos simultaneamente, então este tipo de estoque serve para manter o estoque do produto até o próximo ciclo de produção do mesmo. Ou seja, de acordo com Krajewski, Ritzman e Malhotra (2009), é quando tamanho do lote varia diretamente com a porção total do estoque. Estoque de Segurança - Também conhecido como estoque regulador, segundo Slack, Chambers e Johnston (2009), tem como propósito compensar as incertezas quanto ao 7 fornecimento e a demanda. O objetivo é proteger a empresa contra o excesso de demanda sobre as quantidades previstas e espera no ciclo produção/operação. De acordo com (Chiavenato, 2005) A variação da demanda representa um desvio-padrão ao redor da média de demanda e flutua de acordo com as circunstâncias do mercado. Para o cálculo do estoque de segurança considera-se os fatores que influenciam as incertezas, como nível de serviço, variabilidade da demanda, erros de previsão, tempo de entrega e intervalo de reabastecimento. Estoque de Antecipação - De acordo com Slack, Chambers e Johnston (2009) tem o propósito de atender a demanda sazonal, ou seja, com ele é possível compensar a diferença de ritmo de fornecimento e demanda, demanda esta relativamente previsível. Também usado para o fornecimento variável de insumos. Estoque em Trânsito - segundo Slack, Chambers e Johnston (2009) e Arnold (1999), estoque em trânsito refere se ao produto que está se movimentando de um ponto a outro do sistema de fluxo de materiais. Estes pontos podem ser entre processos de transformação dos quais o produto passará ou então entre a planta e o centro de distribuição, ou do centro de distribuição ao cliente. Logo, este tipo de estoque consiste em pedidos que foram realizados, mas ainda não recebidos, pois estão sendo transportados. Para reduzir este estoque é necessário reduzir o tempo em trânsito. Estoque de Desacoplamento - de acordo com Slack, Chambers e Johnston (2009), estoque de desacoplamento possibilita a criação de oportunidade para que seja efetuada a programação e a velocidade de processamentos independentes entre os estágios do processo produtivo. Ou seja, é o estoque que é formado quando um processo trabalha de forma independente, visando maximizar a utilização do local e eficiência dos equipamentos e dos funcionários. Estoque no Canal de Distribuição- Slack, Chambers e Johnston (2009), defendem que o estoque no canal de distribuição ocorre quando um produto está aguardando o transporte. O estoque existe, uma vez que não é possível realizar o transporte imediatamente após a produção para o ponto de demanda. Estoque Hedge - Para Arnold (1999), estoque hedge serve para amortecer os impactos da flutuação dos preços. Por exemplo, minerais ou grãos, que têm sua comercialização no mercado mundial e consequentemente tem preços flutuantes, de acordo com a oferta 8 e com a procura no mercado internacional. Se os compradores têm a expectativa de aumento dos preços desses itens, podem adquirir um estoque hedge quando os preços estão baixos. A principal diferença deste tipo de estoque para o de segurança é que este é utilizado como uma ação compensatória para cobrir possíveis prejuízos em uma transação. Para Chiavenato (2005) os estoques podem ser classificados de acordo com a classificação de seus materiais. Então, para cada item ou para cada estágio em que ele se encontra, o mesmo é classificado de acordo. Estoques de Matérias-Primas - é o estoque dos insumos e materiais básicos para a produção. Estoques de Materiais em Processamento ou em Vias - também conhecido como Work in Process (WIP), este tipo de estoque é constituído por materiais que estão passando pelo processo produtivo, ou em vias de serem processados. Estoque de Materiais Semiacabados - tem o conceito semelhante ao estoque de materiais em processamento, porém os itens estão em um estágio mais avançado no processo produtivo ou esperando apenas o acabamento, faltando poucas etapas para serem transformados em produtos finais. Estoque de Materiais Acabados (ou componentes) - é o estoque dos componentes acabados isolados que serão montados em outros componentes para se transformar em produto acabado. Estoque de Produtos Acabados - é o estoque que armazena o produto final, ou seja, o item que já passou por todo processo produtivo e encontra-se acabado e pronto. 6. Gestão administrativa de estoque Esta atividade funciona como centro de processamento de informações das demais atividades. Nela concentram-se as análises dos dados, sua planificação e a definição de quais técnicas serão utilizadas para obter o melhor resultado, lembrando sempre que a acuracidade dos dados é um dos pontos relevantes deste contexto, que a considera como um pressuposto em todo processo analítico. Por isso também a organização de inventários é uma das suas atribuições, Moura (1997), menciona que: dimensionar e controlar estoques é um tema importante e preocupante. Descobrir fórmulas para reduzir estoques sem afetar o processo produtivo e sem o crescimento dos custos é um dos maiores desafios 9 que os empresários encontram em época de escassez de recursos. Entre as diversas análises possíveis de se realizar, destacam-se: • Valor total dos estoques por almoxarifados; • Curva ABC; • Giro de material em estoque; • Entrada de materiais em estoque • Requisição de materiais; • Itens zerados no estoque ou itens críticos; • Kardex; • Itens inventariados. Segundo Pozo (2007), cabe a administração de estoques, o controle da disponibilidade e das necessidades totais do processo produtivo, envolvendo não só os almoxarifados de matéria-prima e auxiliares, como também os intermediários e os de produtos acabados. Seu objetivo é não deixar faltar material ao processo de fabricação, evitando alta imobilização aos recursos financeiros. Conforme autor Pozo (2007), controle de níveis de estoque evita uma série de problemas. É notório que toda a organização de transformação deve-se preocupar com o controle de estoque, visto que desempenham e afetam de maneira bem definida o resultado da empresa. De acordo com o mesmo, a função principal da administração de estoques é maximizar o uso dos recursos envolvidos na área logística da empresa, e com grande efeito dentro dos estoques. Segundo Bolsonaro (1972), as seguranças nos transportes devem ser mais enfatizadas, porém é a área que mais tem ocorrido acidentes, razão pela qual é muito importante a segurança neste tipo de trabalho, portanto é preciso observar as regras: • Manter limpo e em bom estado onde transporta os materiais; • Usar equipamentos necessários para sua proteção pessoal, como luvas, óculos, botas, etc; • não levantar sozinho materiais em peso excessivo, para não correr o risco de derrubar; • não andar em velocidade dentro da fábrica, com os veículos destinados a movimentação de carga. 10 Conforme Martins (2006), a manutenção de estoques trás vantagens e desvantagens para a empresa. Vantagens no que se refere ao pronto atendimento de clientes e desvantagens no que se refere aos custos decorrentes de sua manutenção. Compete ao administrador encontrar um ponto de equilíbrio. Segundo ele, estoque custa dinheiro e essa afirmativa é bem verdadeira, pois a necessidade de manter estoques acarreta uma série de custos, tais como: • Armazenagem: quanto mais estoque, mais área necessita, mais custo de aluguel; • Manuseio: quanto mais estoque, mais pessoas e equipamentos necessários para Manusear os estoques, mais custo de mão-de-obra e equipamentos; • Perdas: quanto mais estoque, maiores as chances de perdas, mais custos decorrentes de perdas. 6.1. Gestão económica do estoque O Estoque nas Organizações é uma ferramenta de estratégias competitivas auxiliando a Gestão de Marketing quando oferecem produtos com descontos, com quantidades, vantagens para os clientes que precisam de fornecimento imediato ou de períodos curtos de reabastecimento. O Estoque representa maior vantagem competitiva reduzindo custos, ma maximizando lucros as vendas. Isso porque o custo unitário de produção advém, na maioria das vezes, para grandes lotes de produção. Considerando que os estoques agem como reguladores entre oferta e demanda/procura, permitindo produção constante, não oscilando com as flutuações nas vendas. Além disso, a força de trabalho pode ser conservada em lotes constantes e os custos de elaboração de lotes podem ser minimizados. O custo do estoque aumenta quando ocorre a produção ou compra de pequenos lotes de atender às necessidades de produção ou atender a clientes provocando o aumento dos custos de fretes, uma vez que não há volume suficiente descontos oferecidos aos lotes maiores. Outra redução de custo de estoque é o desconto no transporte de grandes lotes compatível com a capacidade dos veículos de transporte, gerando, assim, fretes mais baratos. Dentre os diversos custos destacam- se segundo Ching (2001): • Custos de Manutenção de Estoque: Custo da capital imobilização relativo à manutenção da quantidade de itens por um período de tempo, custos com impostos e seguros e custos de armazenagem. O capital imobilizado nos estoques poderia ser investido no mercado financeiro, aplicações financeiras, dentre outros. • Custos de compras: custos das quantidades de reposição do estoque, que incluiu: custo de se processar pedidos, custo de envio do pedido até o fornecedor, custo de preparação da produção, custo de manuseio e custo do preço da mercadoria; - Custos de Falta: custos de vendas perdidas ou de atraso, ou seja demanda/procura por produtos em falta no estoque (CHING, 2001): 6.1.1. Lote Econômico de Compra (LEC) Conforme Lustosa (2008), o modelo do lote econômico foi originalmente concebido por Ford Harris, em 1913, nos primórdios da Engenharia de Produção. Muitas variantes do modelo básico surgiram desde então, procurando uma maior generalização de suas fórmulas, para incluir alguns casos de demanda e suprimentosvariáveis. Bowersox e Closs (2001) definem o LEC da seguinte forma: "é a quantidade de pedido de ressuprimento que minimiza a soma do custo de manutenção de estoque e emissão e colocação de pedido”. O modelo de cálculo do LEC considera alguns pressupostos: • A demanda é constante e contínua; • O lead-time é zero; • Não é permitido faltar itens no estoque; • O custo do produto comprado e o custo de manutenção de estoque não dependem da quantidade; • O item do estoque pode ser suprido em qualquer quantidade. LEC = Lec = lote econômico de compra Co = custo de preparação de um pedido D = demanda Cc = custo de manter uma unidade no estoque 7. Controle de estoque. Para Slack, Chambers e Johnston (2002) este planejamento e controle referem-se a gerenciar a alocação de recursos e atividades existentes para assegurar que os processos da operação sejam eficientes e reflitam a demanda do cliente por produtos e serviços. O objetivo básico do controle de estoques é evitar a falta de material sem que esta diligência resulte em estoque excessivos às reais necessidades da empresa. O controle 12 procura manter os níveis estabelecidos em equilíbrio com as necessidades de consumo ou das vendas e os custos daí decorrentes. Ainda utilizando o exemplo da figura 1, para se manter o nível de água, no tanque, é preciso que a abertura ou o diâmetro do ralo permita vazão proporcional ao volume de água que sai pela torneira. Se a torneira for fechada com o ralo destampado, interrompendo, assim, o fornecimento de água, o nível, em unidades volumétricas, chegará, após algum tempo, a zero. Por outro lado, se a ela for mantida aberta e o ralo fechado, impedindo a vazão, o nível subirá até o ponto de transbordar. Ou, se o diâmetro do raio permite a saída da água, em volume maior que a entrada no tanque, será preciso abrir mais a torneira, permitindo o fluxo maior para compensar o excesso de escapamento e evitar o esvaziamento do tanque. De forma semelhante, os níveis dos estoques estão sujeitos à velocidade da demanda. Se a constância da procura sobre o material for maior que o tempo de ressuprimento, ou estas providências não forem tomadas em tempo oportuno, a fim de evitar a interrupção do fluxo de reabastecimento, haverá uma situação de ruptura ou de esvaziamento do seu estoque, com prejuízos visíveis para a produção, manutenção, vendas etc. Se, em outro caso, não forem bem dimensionadas as necessidades do estoque, poderá chegar ao ponto de excesso de material ou ao transbordamento dos seus níveis em relação à demanda real, com prejuízos para a circulação de capital. O equilíbrio entre a demanda e a obtenção de material, onde atua, sobretudo, o controle de estoque, é um dos objetivos da gestão. 8. A analise e classificação ABC Segundo Ballou (2006), o problema logístico de qualquer empresa é a soma dos problemas decada um dos seus produtos. A linha de artigos de uma empresa típica é composta por produtos variados em diferentes estágios de seus respectivos ciclos de vida, e com diferentes graus de sucesso em matéria de vendas. Para Lustosa (2008), as grandes organizações costumam manter centenas ou milhares de tipos de itens em estoque para seu funcionamento. Em épocas passadas, sem a disponibilidade do computador, uma das grandes restrições da gestão era a escassez de tempo e mão de obra para a tomada de decisões e controle dos diferentes itens em estoque. As revisões periódicas de estoque e a concentração de esforços nos itens de maior importância foram ferramentas importantes de gestão nessas épocas, permanecendo até hoje como boas práticas de controle de estoque. 13 Conforme Slack (2007), em qualquer estoque que contenha mais de um item em estoque, alguns serão mais importantes para a organização do que outros. Alguns itens por exemplo, podem ter uma taxa de uso muito alta, de modo que, se faltassem, muitos consumidores ficariam desapontados. Outros itens podem ter valores particularmente altos, de modo que níveis de estoque excessivos seriam particularmente caros. Uma das ferramentas utilizadas para a gestão de estoque, é a Curva ABC, também conhecida como lei 80/20, a lei de Pareto que estabelece a importância de cada item no estoque de a cordo com sua movimentação de valor. Atualmente, a curva ABC é um dos sistemas de análise de estoques mais utilizados pelas empresas devido à facilidade, praticidade e eficiência além de poder ser utilizada em qualquer empresa de qualquer segmento. A curva ABC busca o relacionamento entre o consumo do estoque, o investimento aplicado e a quantidade de itens que formam o estoque. Segundo Cunha; Oliveira; Vignoli (1983), o ponto principal a visualizar no sistema de análise ABC, é que em verdade os itens que representam o mais alto consumo são os itens que fazem parte do menor percentual de valor do estoque e o contrário disso, ou seja, os itens que fazem parte do maior percentual de valor do estoque são justamente os que representam a menor parte desse estoque. A curva ABC consiste em fazer uma análise do consumo dos materiais em um determinado espaço de tempo que normalmente varia entre 6 meses a 1 ano, levando em consideração o valor monetário e quantidade de itens do estoque, a fim de avaliar as condições e necessidades, planejando a partir desse ponto melhorias que possibilitem aos administradores atingirem os resultados desejados pela empresa. 8.1 Classificação ABC Segundo o autor Martins; Alt (2005) a classificação dos materiais em grau de importância é necessária para avaliar os percentuais de itens que determinam a movimentação do estoque. A classificação dos itens é feita na ordem decrescente de importância. Aos materiais que compõem o estoque e estão em alto nível de valor de consumo e quantidade denomina-se itens classe A. Aos materiais que compõem o estoque e estão em nível intermediário de valor de consumo e quantidade denomina-se itens de classe B. 14 Aos materiais que compõem o estoque e estão em nível baixo de valor de consumo e quantidade denomina-se itens de classe C. De acordo com Martins; Alt (2005), os itens da classe A são mais significativos em termos de valor e de consumo, e podem representar algo entre 35% e 70% do valor movimentado no estoque, os itens da classe B variam de 10% a 45%, e os itens da classe C representam o restante. Uma experiência realizada pelos autores demonstra que cerca 10% a 20% do total dos itens do estoque pertencem à classe A, enquanto que uma quantidade entre 30% a 40% dos itens pertencem à classe B, e em torno de 50% dos itens do estoque pertencem à classe C. Segundo a metodologia utilizada por Dixie, pode-se comprovar que a maior parte em percentual de um estoque é representada pelos itens de menor valor e de mais baixo consumo, e a menor parte em percentual de um estoque é representada pelos itens de maior valor de mais alto consumo. Isso comprova a eficiência da filosofia desenvolvida por Pareto na gestão dos estoques. A classificação ABC, permite identificar os materiais de acordo com à proporção que eles representam no consumo e relacionar com o seu valor de aquisição e quantidade disponível em estoque. Uma vez classificados os materiais seguindo o sistema ABC, é importante a aplicação de graus de controles apropriados para as diferentes classes de produtos já que um determinado padrão de controle pode ser suficiente para um produto x e ao mesmo tempo insuficiente para um produto y. É necessário avaliar as diferenças existentes no estoque para determinar os melhores padrões de controle levando em consideração a necessidade de cada produto existente. Pode-se apartir daí estender a análise do estoque levando em consideração outras variáveis que podem impactar nos resultados como: a tendência, a perecividade, o espaço de armazenamento disponível, descontos oferecidos, etc. 15 • Classe A: Itens de maior valor de demanda ou consumo anual; • Classe B: Itens de valor de demanda ou consumo anual intermediário; • Classe C: Itens de menor valor de demanda ou consumo anual Embora reconheça-se que o percentual das classes de itens possa variar entre diferentes ramos ou diferentes atividades empresariais, o importante é observar que independente dessas diferenças, o princípio ABC onde o menor percentual de itens é o que representa o maior percentual de demanda ou do consumo anual, sempre ocorrerá da mesma forma para todas as empresas. A análise do sistema ABC de estoques, através da multiplicação do custo unitário pelo volume comprado, permite que cada classe tenha esse tratamento diferenciado. Por outro lado, essa análise pode ser prejudicial para a empresa, pois ela não considera a importância dos materiais como um todo no estoque e não permite ver o sistema integrado onde todos os itens são importantes para o bom funcionamento, pois ter-se-á situações distintas na empresa onde ambas podem impactar diretamente nos resultados das cadeias produtivas como itens de alto valor e consumo essenciais para o seu funcionamento e também itens de baixo valor e consumo mais que em um determinado momento a sua falta no estoque pode paralisar toda uma produção. Para resolver essa questão um tanto ineficaz das análises que envolvem o custo unitário e o volume adquirido, muitas empresas utilizam um conceito chamado criticidade dos itens de estoque. A criticidade é a avaliação dos itens quanto ao impacto que sua falta representa nas atividades da empresa, na imagem da empresa perante os clientes e na facilidade de reposição. Dentro do conceito de criticidade, os itens também podem ser classificados em ABC, segundo os autores Martins; Alt (2005) são: a) classe A: os itens da classe A são imprescindíveis, e sua falta pode ocasionar a ruptura da cadeia produtiva da empresa já que se trata de itens cuja à substituição ou reposição é difícil ou demanda muito tempo. b) classe B: os itens da classe B são importantes, porém sua falta em um período de curto prazo não impacta fortemente na cadeia produtiva. c) classe C: os itens da classe C não afetam diretamente as cadeias produtivas, porém são necessários e contribuem para o funcionamento das cadeias de forma indireta. 16 Através da Curva ABC pode-se analisar os estoques da empresa, bem como planejar as atividades de compras seguindo as necessidades em função da demanda dos itens. 8.1.2 Aplicação e Montagem da Curva ABC Para ilustrar as etapas de confecção da curva ABC, apresentar-se-á um caso simplificado de apenas 15 itens sendo que todos os valores utilizados são fictícios. Esse procedimento pode ser utilizado para qualquer volume de itens. Na tabela 1 há coleta dos dados (preço unitário x consumo anual). Nessa etapa é necessário relacionar todos os itens que formaram o estoque no período determinado. Para cada item registra-se o valor unitário, o consumo no período determinado. Com esses valores em mãos será possível calcular o valor do consumo do período sendo que este é o produto da quantidade consumida pelo valor unitário de cada item. Itens Consumo(unidades/ano) Custo (unidades) Valor do consumo ($/Ano) 1010 450 2,35 1.057,50 1020 23.590 0,45 10.615,50 1030 12.025 2,05 24.651,25 1045 670 3,60 2.412,00 1060 25 150,00 3.750,00 2015 6.540 0,80 5.232,00 2035 2.460 12,00 29.520,00 2050 3.480 2,60 9.048,00 3010 1.250 0,08 100,00 3025 4.020 0,50 2.010,00 3055 1.890 2,75 5.197,50 5050 680 3,90 2.652,00 5070 345 6,80 2.346,00 6070 9.870 0,75 7.402,50 7080 5.680 0,35 1.988,00 Total 72.975 188,98 107.982,25 17 Na tabela 2 há ordenação dos dados (ordem decrescente segundo diagrama de Pareto). Nessa etapa, ordenam-se todos os itens, calcula-se o percentual distribuído e o percentual acumulado. Itens Valor consumido Percentual de consumo Percentual consumo acumulado Ordenação 2035 29.520,00 27,34 24,34 1 1030 24.651,25 22,83 50,17 2 1020 10.615,50 9,83 60,00 3 2050 9.048,00 8,38 68,38 4 6070 7.402,50 6,86 75,23 5 2015 5.232,00 4,85 80,08 6 3055 5.197,50 4,81 84,89 7 1060 3.750,00 3,47 88,36 8 5050 2.652,00 2,46 90,82 9 1045 2.412,00 2,23 93,05 10 5070 2.346,00 2,17 95,23 11 3025 2.010,00 1,86 97,09 12 7080 1.988,00 1,84 98,93 13 1010 1.057,50 0,98 99,91 14 3010 100,00 0,09 100,00 15 Total 107.982,25 100,00 Com os dados ordenados pode-se construir a curva ABC, que é formada em um eixo cartesiano onde na abscissa são registrados os números de itens do estoque, e nas ordenadas, são registrados as somas dos valores de consumo acumulado. 18 A curva dessa forma construída é subdividida nas três classes A, B e C. Segundo Dias (1993), para se definir as classes deve-se adotar os critérios abaixo: • Classe A: 20% dos itens; • Classe B: 30% dos itens; • Classe C: 50% dos itens. Portanto, através da curva ABC, é possível identificar qual tratamento deve ser dado a cada classe de itens. Os itens B e C necessitam de um tratamento diferenciado, pois representam os materiais com o maior consumo, porém não são parte do maior percentual de investimento ou facturamento da empresa, possivelmente, ao se tratar esses itens deve- se levar em consideração que o custo desse tratamento pode não ser válido já que eles não representam um valor alto de investimento, já os itens da classe A, representam o maior percentual de investimento ou facturamento da empresa, sendo válido a empresa investir em análises mais sofisticadas para gerenciar esses itens, pois é onde se concentram materiais de baixo consumo no estoque, porém que necessitam de maior investimento para mantê-los. Seguindo a ordenação dos itens proporcionalmente a suas respectivas classes, é possível determinar o grau de importância de cada item e determinar como serão efetuadas as reposições. 9. Contabilidade de materiais Todo material que chega à empresa deve ser recebido, conferido qualitativamente e quantitativamente, identificado e caso necessário deve ser submetido a testes de recebimento. Moura (1997) menciona que o recebimento inclui todas as atividades envolvidas no fato de aceitar materiais para serem adotados. Esta atividade é fundamental, pois quase sempre é nela que se inicia processo de rastreabilidade do material através da identificação dos lotes de fornecimento (quando aplicável), e a denominação do local onde o material iniciará seu processo de movimentação dentro da empresa. Em muitas empresas, a atividade de recebimento é realizada simultaneamente com a atividade de registro fiscal, que processa os dados das notas fiscais. Qualquer equívoco nesta etapa inicial ocasionará uma sucessão de erros nas demais etapas e tornará sua identificação mais difícil na medida em que os dados equivocados são utilizados no dia- a-dia. 19 Esta atividade também tem como característica, uma intensa movimentação de materiais, por conta dos descarregamentos de veículos, cargas, palletes, e os deslocamentos necessários entre as áreas da empresa. 10. Métodos de Custeio Com o intuito de entender as relações das práticas de custeio de produto em empresas inglesas de manufatura, Drury e Tales (1994) apontam em sua pesquisa propósitos de uso dos métodos de custeio como avaliação de estoques,analise de lucratividade e formação de preços. Porem, Drury e Tales (1994) acabam se concentrando somente na discussão do propósito de utilização de métodos de custeio para a formação de preços. A contabilidade, de acordo com Frezatti (2001) apresenta em sua proposta em situar-se como banco de dados empresarial estruturado para permitir respostas de demandas ligadas aos vários processos de decisão no qual se encontra a organização. Desta maneira a contabilidade, com sua pretensão, estrutura se na metodologia que permite dispor de métodos, instrumentos que fomentam e tornam os processos decisórios estruturados sob várias perspetivas para diversos propósitos, (Christensen, 2010). Para responder as diferentes demandas de informação de custos frente aos diversos propósitos, a contabilidade de custos mensura custos por meio de métodos de custeio. Desde modo, cabe aos métodos definir quais elementos devem ser considerados, incluídos como custos de produtos e não oque deve ser produzido no resultado. Martins; Rocha, (2010) Computar ou não elementos na mensuração de custos torna os métodos de custeio diferentes entre si, possibilitando assim diversas alternativas de decisão, dependendo desta maneira fundamentalmente das necessidades dos usuários. GUERREIRO, (2011) De acordo com Charles; Srikante; George (2003) Há três tipos de custeio de estoque que são: • Custeio por absorção; • Custeio marginal e • Custeio variável. Custeio Marginal: é o método de custeio do produto em que toos os custos variáveis são incluídos como custos do produto. Todos os custos fixos são excluídos do produto; em vez disso, os custos fixos são tratados como custos do período no qual são incorridos. De referencial que o custo de estoque são todos os custos de um produto considerados ativos 20 (estoque de produto acabado) quando incorridos e contabilizados como custo de produtos vendidos no momento emque os produtos são vendidos. Custeio por absorção é um método de custeio do produto no qual todos os custos fixos de produção são incluídos como custos do produto. Ou seja, o produto absorve todos os custos de produção. Sob ambos- custeio marginal e por absorção- todos os custos variáveis de produção são custos do produto e todas não-produção na cadeia de valores (como pesquisa e desenvolvimento e marketing), seja fixa ou variável, são gastos do período e registrados como despesas quando incorridas. Vamos prosseguir com um exemplo para perceber melhor os dois tipos de custeio. Dados do exemplo A companhia Stassen fabrica e comercializa produto óticos de consumo. A stassen usa um sistema de custeio padrão. Em que a. Custos directos são propriados aos produtos usando preços e entradas padrao necessárias para quantidades reais produzidas b. Custos indirectos (gastos gerais) são alocados usando taxas indirectas padrao vezes as quantidades padrao permitidas para quantidades reais produzidas. A base de alocação para todos os custos indirectos de produção são unidades orçadas produzidas e para todos os custos indirectos de marketing unidades orçadas A Stassen quer que você prepare uma demostração de resultados para 2003 da linha de produtos telescópicos. As informações operacionais para o ano são: Estoque inicial----------------------------------------------------------------------------------0 Produção----------------------------------------------------------------------------------------800 Vendas ------------------------------------------------------------------------------------------600 Estoque final------------------------------------------------------------------------------------200 Dados de preços e custos reais para 2003 são: Preços de venda --------------------------------------------------------------------------------$ 100 Custos variáveis por unidade produzida 21 Custo de material directo------------------------------------------------------------------$11 Custos de mao-de-obra-directa-----------------------------------------------------------$4 Custos indirectos----------------------------------------------------------------------------$5 Custo variável total por unidade produzidas----------------------------------------$20 Custos variáveis de marketing por unidade vendida (todos indirectos)-----------------$19 Custos fixos (todos indirectos) ---------------------------------------------------------------$1200 Custos fixos de marketing (todos indirectos) ----------------------------------------------$10 800 1) O direcionador de custo para todos os custos variáveis de produção são unidades produzidas; o direcionador de custo para os custos variáveis de marketing são unidades vendidas. Não há custos no nível de lote e não há nenhum custo de apoio ao produto. 2) O estoque de produto em processamento e zero. 3) O nível orçado de produto para 2003 é de 800 unidades, usando para calcular o custo fixo orçado por unidade a produção real para 2003 é de 800 unidades. 4) A Stassen orçou vendas de 600 unidades para 2003, o mesmo que as vendas reais para 2003. 5) Não há variação no preço na eficiência, nem do dispêndio. Assim o preço orçado (padrão) e os dados de custos para 2003 são os mesmos que o preço real e os dados de custos reais. Nosso primeiro exemplo (2003) não tem variação no volume de produção para os custos de produção. Exemplos posteriores (para 2004 e 2005) tem variações no volume de produção. 6) Todas as variações são apropriadas ao custo de produtos vendidos no período (ano) em que ocorrem A contabilização dos custos fixos de produção é a principal diferença entre o custeio marginal e por absorção. • Sob o custeio marginal, os custos fixos são tratados como uma despesa do periodo. • Sob o custeio por absorção, os custos fixos são custos do produto. No nosso exemplo, o custo fixo-padrao indirecto $15 por unidade (12000/800Unidades) Descrição Custeio Marginal Custeio por absorção Custo variável por unidade 22 Materiais directos $11,00 $11,00 Mao-de-obra-directa 4,00 4,00 Custo indirecto 5,00 $20,00 5,00 $20,00 Custos fixos directo por unidade produzida -------------- ------------- 15,00 Total dos custos de produção $20,00 $35,00 Custeio Marginal Descrição Receitas: $100X600 $60 000 Custos variáveis Estoque inicial $0 Custos variáveis de produção: $20 X 800 unidades 16 000 ________ Custo de produção disponíveis para vendas 16 000 Deduzirnestoque final:$ 20 x 200 unidades (4 000) ________ Custos variáveis de produtos vendidos 12 000 Custos variáveis de marketing: $19X600unidades 11 400 Ajuste para variações no custo variável 0 ________ Total de custos variáveis (23 400) Margem de contribuição 36 600 Custos fixos Custos fixos de produção 12 000 Custos fixos de marketing 10 800 Ajuste para variação no custo fixo 0 Total dos custos fixos 22 800 Lucro operacional $13 800 A demostração de resultados do custeio marginal usa formato da margem de contribuição. Custeio por absorção 23 Receitas: $100X600 Custos de produtos vendidos Estoque inicial $0 Custos variáveis de produção: $20 X 800 unidades 16 000 Custo fixos de produção $15X800 unidades 12 000 ______ Custos de produtos disponíveis para vendas 28 000 Deduzir estoque final : ($20+ $15) X 2000 (7000) Ajuste para variações da produção 0 Custos de produtos vendidos 21 000 _______Margem bruta 39 000 Despesas operacionais Despesas variáveis de marketing (19 X 600) 11 400 Despesas fixas de marketing ( 10 800 Ajuste para variação na despesa operacional 0 Total de custos operacionais 22200 Lucro operacional A demostração de resultados pelo custeio por absorção usa o formato de margem bruta. A distinção entre custos marginais e fixos é central ao custeio marginal e destacada pelo formato da margem de contribuição. Da mesma forma, a distinção entre o custo de produção e de não produção e central ao custeio por absorção e destacada pelo formato da margem bruta. As demostrações de resultados no custeio por absorção não precisam diferenciar entre custos variáveis e fixos. No entanto, os quadros relativos a companhia stassen, mostram a distinção entre os custos variáveis e fixos para destacar como componentes da demostração são classificadas de formas diferentes sob custeio marginal e custeio por absorção. Sob o custeio de absorção, o custo inventariável é de $35 por unidade porque os custos fixos de produção, de $15 por unidade, assim como variável, de $20 por unidade, são distribuídos para cada unidade do produto. 24 Os custos fixos de $12 000 são contabilizados sob custeio marginal e o custeio por absorção. A demostração de resultado no custeio direto considera 2003, os $12 000 como despesas. Em contrapartida, a demostração de resultados sob custeio por absorção considera cada unidade acabada como absorvendo $15 do custo fixo. Sob o custeio por absorção, os $12 000 ($15 por unidade X 800unidades) são, em 2003 inicialmente tratados como custo de produto. Em função dos dados anteriores, para a Stassen, os $9 000 ($15 por unidade X 600unidade) se tornam, subsequentemente parte do custo de produtos vendidos em 2003, e $3000 ( $15 por unidade X 200unidades) permanecem como ativo. Parte do estoque final de produtos acabados em 31 de dezembro de 2003. O lucro operacional é $3000 mais alto sob custeio por absorção comparando com o custeio marginal, somente porque os $9000 de custos fixos de produção ao contabilizados como custo de produto medido sob o custeio por absorção, enquanto $12 000 de custos fixos de produção são contabilizados como despesas sob o custeio marginal. O custo variável, de $20 por unidade é contabilizado da mesma forma em ambas as demostrações de resultados. A diferença entre os dois métodos reside na forma como tratam os seus custos fixos de produção. Se os níveis de estoque do produto mudarem, o lucro operacional será diferente entre os dois métodos devido a diferença como os custos fixos são contabilizados. Para isso vamos comparar as vendas de 600, 700 e 800 unidades de telescópio, da Stassen, em 2003, quando 800 unidades forem produzidas. Dos $12 000 em custos fixos de produção, a quantia contabilizada como despesas na demostração de resultados de 2003 seria: Sob o custo marginal, se as vendas forem de 600, 700 ou 800 unidades serão contabilizados $12 000 como despesas. Sob custeio por absorção quando as vendas forem de 600 unidades, estoque de 200 unidades e $3000 ($15 X 200) são incluídas no estoque. Então serão contabilizados $9 000 como despesas (custos de produção vendida) ($12 000 - $3 000). Observe também que o custeio marginal é um termo impreciso para descrever o método de custeio do produto porque nem todos os custos variáveis são de produto, apenas os custos variáveis de produção são do produto. Custeio Variável 25 Alguns administradores consideram que mesmo o custeio marginal provoca uma quantia excessiva de custos do produto. Eles argumentam que apenas materiais directos são verdadeiramente variáveis. O custeio variável é um método de custeio em que apenas os custos de matérias directos são incluídos como custos do produto. Todos os outos custos são considerados como de período em que foram incorridos. Em especial, os custos variáveis de mão-de-obra-directa e os custos variáveis indirectos são considerados custos do período deduzidos como despesas do período. Exemplo do custeio variável baseado no exemplo da companhia Stassen acima descrito Descrição 2003 2004 2005 Receita: $100x600; 650; 750 unidades. $60.000,00 $65.000,00 $75.000,00 Custo de materiais directos dos produtos vendidos Estoque inicial:$11x0; 200; 50 unidades 0 2200 550 Material directo: $11x800; 500; 1000 Unidades 8 800 _______ 5500 _______ 11000 _______ Custos de produtos disponíveis para venda 8800 7700 11550 Deduzir estoque final:$11x200; 50; 300 unidades (2200) _______ (550) ________ (3300) ________ Total do custo de materiais directos dos produtos vendidos 6 600 7150 8250 Ajuste para variação 0 _______ 0 ________ 0 ________ Total dos custos de materiais directos 6 600 7 150 8 250 Contribuição do processamento 53 400 57 850 66 750 Outros custos Produção 19 200 16 500 21 000 marketing 22 200 _______ 23 150 ________ 25 050 _______ Total dos outros custos 41 400 39 650 46 050 26 Lucro operacional $12 000 $18 200 $20 700 a) A contribuição do custo variável é igual as receitas, menos todos os custos de materiais diretos dos produtos vendidos; b) Custos fixos + (custos variáveis por unidade X unidades produzidas): $12000 + ($4 + $5) X 800; 500; 1 000 unidades c) Custos fixos + (custos variáveis por unidade X unidades vendidas) $10 800 + $19 X 600; 650; 750 unidades. Este quadro acima é uma demostração de resultados do custeio variável de uma companhia para 2003, 2004, 2005. A margem de contribuição do custo variável é igual a receita menos todos os custos de materiais diretos dos protos vendidos. Somente os custos de $11, de materiais directos por unidade, é do produto sob custeio variável, comparando com $35 por unidade para custeio por absorção e 20 por unidade para o custeio marginal. Quando a quantidade de produção excede as vendas, como em 2003 e 2005, o custeio variável resulta em quantia maior de despesas na demostração de resultados do periodo atual. Os defensores do custeio variável dizem que ele proporciona menos incentivos de produção para o estoque do que o custeio marginal ou especialmente o custeio por absorção. 27 11. Conclusão Neste trabalho buscamos identificar as necessidades de uma boa gestão de estoque visto que nos dias atuais é tratado com muita importância, pois é através dela que se obtém retorno dentro da empresa e diminui atrasos de entregas de produtos acabados e de materiais para a produção. os estoques agirão como amortecedores entre a demanda e o suprimento; podendo proporcionar economia de escala nas compras e consecutivamente agindo como protetor contra aumento de preços e contingências. Existem diversos tipos de estoques onde cada um tem a maneira correta de ser trabalhado, organizado e controlado, conforme o ramo de atividade da organização. Dessa forma, é obrigação da empresa buscar a forma correta de operacionalizar o controle do estoque no método mais adequado. É necessário a todo administrador de materiais e recursos patrimoniais, a habilidade em realizar análises detalhadas dos estoques, não somente pelo simples fato do volume de capital empregado em materiais mais também pelas vantagens competitivas que a empresa pode ter em relação aos seus concorrentes dispondo de mais velocidade na execução das atividadesde armazenamento e no atendimento aos clientes, além de reduzir os custos com movimentação e armazenamento. Na busca da melhoria contínua e no crescimento da empresa o administrador dispõe hoje de uma série de ferramentas que podem ajudá-lo a se superar cada vez mais, e a galgar um posto cada vez mais à frente de seus concorrentes. Através deste estudo realizado, foi possível comprovar que o sistema de análise de estoque ABC, ou mais conhecido como Curva ABC de estoque é uma das ferramentas que podem estar auxiliando os administradores de materiais a controlar melhor suas atividades e analisar com mais precisão a condição dos itens em estoque. Pelo que foi possível avaliar com estes estudos, o ponto chave para o sistema de análise ABC é justamente a obtenção de informações sobre o consumo dos materiais e o investimento neles empregado. A partir dessas informações o sistema ABC poderá resultar em uma série de melhorias interessantes para o crescimento da empresa como: redução dos investimentos em estoques, melhoria do nível de serviço, redução do espaço necessário para armazenamento dos materiais e redução dos gastos com a movimentação dos materiais. As escolhas dos custos de estoque relacionam se a quais custos de produção são tratados como custo de estoque. Existem 3 maneiras de realizar o cueteio de estoque que são 28 custeio por absorção custeio variável e custeio de matérias e a diferença entre eles e a maneira que se trata os custos fixos e variáveis. A escolha de um bom método que se adequa com o tipo de empresa vai proporcionar melhor resultados e detalhes dos relatórios de custos. 29 12. Referencias bibliografia ACCIOLY, Felipe et al. Gestão de estoques. 1. edição. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2008; ARNOLD, J.R.T. Administração de Materiais, uma introdução São Paulo, Atlas, 1999; BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Planejamento, organização e logística empresarial. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006; CAXITO, F. Logística: Um enfoque prático. São Paulo: Saraiva, 2011; CORRÊA. Gerência Econômica de estoques e compras. FGV,1975; CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação a Administração de Materiais. São Paulo: Makron,McGraw-Hill, 1991; CHIAVENATO, Idalberto. Administração financeira: uma abordagem introdutória. 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