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Atividade AV1

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
 
PROJETO INTEGRADO DE ENGENHARIA CIVIL
        	UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
                Turma: 6 B          	     	 Unidade: Vergueiro
	
	LUIZ FERNANDO RIBEIRO DA SILVA
	414110544
 ATIVIDADE COMPLEMENTAR PARA AV1
        	
Trabalho apresentado para cumprir as exigências da disciplina Projeto Integrado I, sob orientação da Profª Carolina Aquino Bonilha, do curso de Engenharia Civil – 6º Semestre.
SÃO PAULO
2017
Construtoras buscam opções para destinar resíduos de obras em meio à falta de soluções nos municípios
Saiba onde obter informações para realizar o descarte de maneira correta
Por Evelyn Oliveira
Edição 173 - Dezembro/2015
A destinação de resíduos da construção civil tem sido cada vez mais respaldada por regulamentações normativas no País, mas lacunas no âmbito municipal, como especificações dos locais adequados para o recebimento dos detritos, ainda criam dificuldades para as empresas realizarem o correto gerenciamento dos materiais fora dos canteiros. Ainda assim, o arcabouço jurídico em consolidação vem incentivando a movimentação das empresas brasileiras.
O setor é um grande gerador de resíduos sólidos. Produz 84 milhões de metros cúbicos anualmente, o equivalente a 7 mil prédios de dez andares, de acordo com o estudo Panorama de Reciclagem de Resíduos da Construção no Brasil - Pesquisa Setorial 2014-2015, realizado pela Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon).
A Resolução no 307/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) foi um marco em âmbito nacional para a regulamentação da gestão dos materiais no setor - suas determinações foram, inclusive, ratificadas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) em 2010. Entre outras coisas, a resolução categorizou os tipos de material e tornou obrigatória a implantação, pelo poder público, de planos integrados de gerenciamento de resíduos da construção em todos os municípios do País. Esses planos envolvem programas voltados para os pequenos geradores e projetos para os grandes, que definem um conjunto de áreas de manejo para as sobras e especificam como deve ser feita a destinação nesses locais.
No entanto, poucos foram os municípios que implantaram esses instrumentos previstos, o que é apontado como o principal desafio para a indústria da construção, conforme relata o vice-presidente de Meio Ambiente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Francisco Vasconcellos. "Antes de começar a fazer fiscalização, o governo deveria estar extremamente preocupado em criar condições para os municípios terem suas diretrizes de gestão de resíduos da construção, porque sem isso, como se faz gestão?", questiona. Vanconcellos explica que, na falta de especificações e por falta de infraestrutura proporcionada pelas administrações municipais, muitas empresas não conseguem garantir a destinação totalmente adequada, ainda que mantenham ações internas. Outra consequência da ausência de regras é o incentivo às destinações clandestinas.
Isso não quer dizer que os empreendedores estão, de todo, desassistidos. Há pelo menos quatro normas técnicas disciplinando a gestão de resíduos do setor no País (veja mais no quadro) e, em agosto, o SindusCon-SP lançou um manual sobre o assunto reunindo tabelas com a caracterização das sobras da construção civil, práticas para redução da geração e reciclagem em obra, ações de organização dos canteiros e práticas para logística, transporte e destinação dos detritos. O documento, chamado Gestão Ambiental de Resíduos da Construção, está disponível para download no site da entidade (http://www.portalsinduscon.com.br/portal/ biblioteca-de-documentos).
Iniciativa
A Toctao Engenharia não esperou que a Prefeitura de Goiânia (GO) criasse um plano integrado de gestão para agir - um comitê foi instituído no ano passado na cidade para elaborar o instrumento legal, mas, até o início de novembro, ele seguia em discussão interna. A empresa destina boa parte dos entulhos, restos de concreto e blocos (materiais classe A) para usinas de reciclagem quando não é possível reciclar dentro do próprio canteiro, com a utilização de brita móvel, que evita gastos com transporte, fluxos de caminhão, geração de gás carbônico e economiza na compra dos agregados.
A coordenadora de Meio Ambiente da companhia, Cinthia Martins, conta que a Toctao também adotou a política de logística reversa dos resíduos, que é caracterizada pela PNRS como "um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo, em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada".
No mês de setembro, por exemplo, a construtora destinou sobras de sacarias para uma empresa que fornece cimento das obras do América Shopping, na capital do Estado. "Nós também fazemos o reaproveitamento de resíduos no canteiro para construção das instalações, como a área de vivência ecológica", diz Cinthia. Também são utilizados restos de demolição das edificações que existiam no terreno para fazer a estrutura do canteiro de obras.
NORMAS TÉCNICAS
- NBR 15.112: 2004 - Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos - Áreas de transbordo e triagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação
- NBR 15.113: 2004 - Resíduos Sólidos da Construção Civil e Resíduos Inertes - Aterros - Diretrizes para projeto, implantação e operação
- NBR 15.114: 2004 - Resíduos Sólidos da Construção civil - Áreas de reciclagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação.
- NBR 15.115: 2004 - Agregados Reciclados de Resíduos Sólidos da Construção Civil - Execução de camadas de pavimentação - Procedimentos
- NBR 15.116: 2004 - Agregados Reciclados de Resíduos Sólidos da Construção Civil - Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos.
Gestão online
Entidades setoriais também se movimentam para suprir a deficiência no âmbito municipal. O SindusCon-SP colaborou com o Governo do Estado de São Paulo para a criação de um módulo voltado à construção civil no Sistema Estadual de Gerenciamento Online de Resíduos Sólidos (Sigor), o primeiro desse tipo no País. Instituído pelo Decreto Estadual no 60.520/2014, a ferramenta tem o objetivo de auxiliar o gerenciamento das informações referentes aos fluxos de resíduos sólidos em São Paulo, desde a geração até a destinação final, incluindo o transporte e as destinações intermediárias.
De acordo com Vasconcellos, mesmo em cidades onde não existe um plano municipal de gestão, a construtora pode documentar na plataforma online as ações que foram tomadas internamente. O compartilhamento de informações no Sigor, diz ele, contribui para a maior transparência dos procedimentos empresariais e para dar respaldo às companhias que já tenham processos adequados às normas e leis. Por outro lado, a ferramenta contribuirá para que áreas específicas para transbordo, triagem e reciclagem sejam criadas nos municípios, na avaliação do especialista.
O sistema envolve, além dos órgãos estaduais, os municípios, os geradores, os transportadores e as áreas de destino de materiais. O site da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) tem uma área dedicada ao Sigor, com informações sobre todos esses agentes, além de legislações e publicações: http:// cetesb.sp.gov.br/sigor.
"A proposta do módulo de construção do Sigor é a rastreabilidade, e isso pode auxiliar a combater as disposições inadequadas", diz o advogado especializado em direito dos resíduos e direito ambiental Fabrício Soler, do escritório Felsberg Advogados. Ele destaca que o descarte irregular pode trazer às construtoras multas de R$ 5 mil a R$ 50 milhões, de acordo com determinações dos artigos 61 e 62 do Decreto Federal 6.514/2008, que trata das infrações e sanções administrativas ao meio ambiente.
A ferramenta ainda está em fase de testes. De acordo com JoãoLuiz Potenza, gerente do Departamento de Políticas Públicas de Resíduos Sólidos e Eficiência dos Recursos Naturais da Cetesb, a companhia está na etapa final de cadastro de parte dos usuários do Sigor em Santos, São José do Rio Preto, Sorocaba, Catanduva e Assis para preparar as prefeituras para o uso da plataforma. "Esta fase representa 50% de implantação nestes municípios." Para as demais cidades do Estado, ele diz que a implantação deve ser gradual a partir de 2016.
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
Classe A - Solos e rochas; alvenaria, concreto, argamassas e cerâmicos; lama bentonítica; lodos de dragagem (não perigosos); areia e brita; resíduos de pavimentação 
Classe B - Madeira, gesso, metal, papel, plástico, vidro, tecidos, asfalto, lã mineral, borracha; outros resíduos recicláveis da construção civil 
Classe C - Outros resíduos não recicláveis e não perigosos; lixas, forros etc. 
Classe D - Tintas, vernizes, colas e vedantes contendo substâncias perigosas; RCC diversos contaminados por substâncias perigosas; soluções asfálticas e misturas betuminosas; solos contaminados; amianto; outros resíduos perigosos
OBS.: "Consulte os órgãos responsáveis pela limpeza urbana e pelo meio ambiente de seu município e o órgão ambiental estadual para verificar as áreas de destinação e reciclagem licenciadas e os transportadores cadastrados"
Com plano
	A Marques Construtora, com atuação na capital paulista, destina os resíduos para diferentes destinos, a julgar pela composição dos materiais e seguindo as diretrizes do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no Município de São Paulo, de 2014. O diretor técnico da empresa, Flávio Braga, ressalta que as empreiteiras que recebem as sobras oriundas da construtora têm suas documentações verificadas e são escolhidas somente se credenciadas por órgãos como a Cetesb e a prefeitura.
Após enviar os materiais para essas empresas, a construtora recebe um comprovante de destinação, composto por documentos que fazem o controle de transporte de resíduos, por exemplo. No certificado emitido, poderá haver informações referentes ao volume de materiais e ao período de geração, coleta e destinação. O monitoramento desses processos é feito mensalmente, a cada fechamento de período, para levantamento quantitativo do que foi descartado e desperdiçado na obra. Caso os indicadores excedam as metas de sustentabilidade estabelecidas com relação ao desperdício, é disparada uma campanha para conscientização dos funcionários.
Os restos de gesso, por exemplo, são enviados para uma usina de reciclagem que os transforma em gesso acartonado (drywall), depois reutilizado em obras da construtora. "Esse gesso é oriundo do revestimento das paredes, e, por ser um processo bem arcaico, boa parte é desperdiçada", explica Braga.
A reciclagem é uma alternativa ao descarte ilegal. De acordo com a Abrecon, 310 usinas de reciclagem estão em atividade no País, pelo menos 83% delas são de iniciativa privada, e mais da metade está no Estado de São Paulo. "A PNRS foi uma grande catalisadora para que novos empreendedores começassem a entrar na área", diz o presidente da associação, Hewerton Bertoli.
Segundo ele, as usinas públicas tiveram forte crescimento em 2002, com a aprovação da resolução do Conama, mas, em 2010, boa parte já se encontrava inoperante e ineficaz. Bertoli diz que, nos últimos cinco anos, o setor da reciclagem vem expandindo em média 30% ao ano graças à iniciativa privada. O aumento só não é maior devido à cultura de reciclar ainda ser vista como uma novidade no setor da construção, e ainda há uma grande gama de terrenos e locais com destinação irregulares e clandestinas. "Ainda falta legislação, incentivo e fiscalização", afirma Bertoli.
Fonte: < http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/173/construtoras-buscam-opcoes-para-destinar-residuos-de-obras-em-meio-366225-1.aspx >
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