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A (in) eficácia da tutela penal do ECA, e o perfil do adolescente em conflito com a lei hoje no Brasil. A constituição de 1988 estabelece a condição inimputável do menor, vez que a lei não pode ser aplicada as penas. A lei especifica n° 8.069/1990, Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê vários direitos conferidos ao menor, ela prevê a apuração de atos infracionais, providencias e sócio-educativas contra o infrator. Podem ser advertências, liberdade assistida, semi-liberdade, entre outras. Atos esses conceituados em seu artigo 103, senão vejamos: “Art. 103 da Lei n° 8069/1990 “Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal’’.” Com as medidas sócio-educativas que sabemos não são tão eficazes, invés de tratar de reintegrar os jovens e adolescentes do mundo do crime, tais medidas, ultimamente, não tem sido um a boa escolha. Podemos acompanhar, pela mídia, o quanto o mundo do crime tem alcançado nossos adolescentes e crianças. Nem mesmo as crianças têm deixado de serem vitimas desses cometimentos de crime e, infelizmente, sabemos que isso não vai acabar hoje nem amanhã. A lei nº 8.069/90, que instituiu o Estatuto da Criança e do Adolescente, criou normas para ser aplicadas aos jovens em conflito com a lei, aplicando medidas sócio-educativas. Andrea Rodrigues e Ângela Maria explicam que: “O estatuto da criança e do adolescente contém preceitos de caráter eminentemente protetivo, que visam a reeducar o adolescente autor de ato infracional e a implementar a doutrina da proteção integral”. Essas medidas sócio-educativas são aplicadas nos menores de 18 anos e maiores de 12 anos que cometem delitos oferecendo risco à sociedade. Gonçalves afirma que: a legislação que regulamenta as sanções aplicáveis aos menores inimputáveis é o Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê a aplicação de medidas sócio-educativas aos adolescentes, consistentes em advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços a comunidade, liberdade assistida, semi-liberdade ou internação, e a aplicação de medidas de proteção às crianças menores de 12 anos que venham a praticar fatos definidos como infração penal. (http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=19022&revista_caderno=12) Diante posto, a adolescência é uma fase na vida no qual se precisa de atenção, de acompanhamento e de cuidado. As amizades, nessa fase, devem ser acompanhadas, algumas devem ser afastadas, porque querendo ou não o adolescente ainda não tem a visão ou maturidade para discernir o certo do errado, ele necessita de um guia e/ou uma ajuda. A nossa Constituição Brasileira, no seu artigo 227, faz ressalva que é de responsabilidade da família, do Estado e da sociedade o cuidado para com os adolescentes e crianças. (Sobre o tema dissertação de mestrado “O Direito Penal Juvenil no Estatuto da Criança e do Adolescente”, p. 106, Karyna Batista Sposato, Faculdade de Direito da USP, 2003)
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