Buscar

Material de direito 7

Prévia do material em texto

Estatuto da Criança e do Adolescente 
Dos Crimes 
Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública incondicionada. 
 
Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de estabelecimento de atenção à 
saúde de gestante de manter registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo 
referidos no art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à parturiente ou a seu responsável, por 
ocasião da alta médica, declaração de nascimento, onde constem as intercorrências do parto 
e do desenvolvimento do neonato. 
 
Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à saúde 
de gestante de identificar corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto, 
bem como deixar de proceder aos exames referidos no art. 10 desta Lei. 
 Art. 228 e 229 – ainda que não haja dolo. Podem ser por dolo ou culpa. 
 
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de liberdade, sem estar em flagrante ou com 
ordem judiciária. 
 
Art. 231. Deixar de comunicar imediatamente a apreensão de criança ou adolescente. 
 
Art. 232. Submeter a criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a 
vexame ou constrangimento. 
 
Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata liberação 
de criança ou adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão. 
 
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta Lei em benefício de adolescente 
privado de liberdade. 
 
Commented [LMV1]: Lei de TORTURA REVOGOU esse 
artigo do ECA 
Tortura contra criança ou adolescente é uma causa de 
aumento de pena prevista na lei de tortura. 
Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, membro do Conselho 
Tutelar ou representante do Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei. 
 
Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude 
de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto. 
 
Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou 
recompensa. 
 
Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou 
adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter 
lucro. 
 
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena 
de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente. 
 § 1o Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer 
modo intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas 
no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena. 
 § 2o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime 
I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la 
II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; 
III – prevalecendo-se de relações de parentesco consanguíneo ou afim até o terceiro 
grau, ou por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, a 
qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, ou com seu consentimento. 
 
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de 
sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. 
 
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por 
qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo 
ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança 
ou adolescente. 
Commented [LV2]: Para caracterização do tipo penal 
previsto neste dispositivo é necessária a presença de dolo 
específico, ou seja, a subtração da criança ou adolescente 
deve ter por objetivo a colocação em lar substituto. 
Commented [LV3]: O STJ já decidiu que o conceito de 
“filho”, para fins de tipificação do disposto no art. 238, do 
ECA, abrange o nascituro, sendo necessário, no entanto, que 
a 327 Parte Especial oferta ou promessa seja efetuada a 
pessoa determinada, e não de maneira genérica 
Commented [LV4]: O simples ato de fotografar criança ou 
adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica já 
caracteriza o crime neste artigo tipificado 
Commented [LV5]: No caso de PRODUÇÃO de pornografia 
envolvendo C/A há hipóteses de aumento de pena! 
Commented [LV6]: Não há hipóteses de aumento de pena 
nesses casos! ATENÇÃO! Divulgar, distribuir, é DIFERENTE DE 
PRODUZIR (Artigo 140, no qual há hipóteses de aumento de 
pena) 
Commented [LV7]: Se os recorridos trocaram fotos 
pornográficas envolvendo crianças e adolescentes através da 
internet, resta caracterizada a conduta descrita no tipo penal 
previsto no art. 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente, 
uma vez que permitiram a difusão da imagem para um 
número indeterminado de pessoas, tornando-as públicas, 
portanto. VII. Para a caracterização do disposto no art. 241 
do Estatuto da Criança e do Adolescente, ‘não se exige dano 
individual efetivo, bastando o potencial. Significa não se 
exigir que, em face da publicação, haja dano real à imagem, 
respeito à dignidade etc. de alguma criança ou adolescente, 
individualmente lesados. O tipo se contenta com o dano à 
imagem abstratamente considerada.’. VIII. O Estatuto da 
Criança e do Adolescente garante a proteção integral a todas 
as crianças e adolescentes, acima de qualquer 
individualização. (STJ. 5ª T. R.Esp. nº 617221/RJ. Rel. Min. 
Gilson Dipp. J. em 19/10/2004) 
Commented [LV8]: Em se tratando de divulgação de 
imagem em site de relacionamento, no entanto, dada 
abrangência da divulgação, que potencialmente extrapola o 
âmbito do território nacional, a competência para processar 
e julgar o crime em questão passa a ser da Justiça Federal. 
Commented [LV9]: A conduta de divulgar constitui crime 
formal (não é necessário resultado naturalístico) 
 § 1o Nas mesmas penas incorre quem: 
 I – assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou 
imagens de que trata o caput deste artigo. 
 II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias, 
cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo. 
 § 2o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1o deste artigo são puníveis quando 
o responsável legal pela prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa de desabilitar 
o acesso ao conteúdo ilícito de que trata o caput deste artigo. 
 
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra 
forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança 
ou adolescente: 
 § 1o A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de pequena quantidade o 
material a que se refere o caput deste artigo. 
 2o Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a finalidade de comunicar às 
autoridades competentes a ocorrência das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A e 
241-C desta Lei. 
 
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou 
pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou 
qualquer outra forma de representação visual. 
 Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica 
ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material produzido na forma 
do caput deste artigo. 
 
 Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, 
criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso. 
 Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: 
 I – facilita ou induz o acesso à criança de material contendo cena de sexo explícito ou 
pornográfica com o fim de com ela praticar ato libidinoso; 
 II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo com o fim de induzir criança a 
se exibir de forma pornográfica ou sexualmente explícita. 
 
Commented [LV10]: Nessecaso, há hipótese de 
DIMINUIÇÃO de pena. 
Commented [LV11]: Vale notar que, para caracterização 
do crime tipificado neste artigo, sequer é necessário a 
prática real de sexo com criança ou adolescente. Basta a 
simples simulação de tal prática, ainda que por intermédio 
de montagem ou edição de cenas e imagens. O objetivo da 
norma é desestimular toda e qualquer produção de imagens 
pornográficas envolvendo crianças ou adolescentes. 
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou 
pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em 
atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma 
criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais. 
 
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança 
ou adolescente arma, munição ou explosivo. 
 
Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de 
qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros 
produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica. 
 
Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança 
ou adolescente fogos de estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu reduzido 
potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida. 
 
Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2o desta 
Lei, à prostituição ou à exploração sexual: 
 § 1o Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local 
em que se verifique a submissão de criança ou adolescente às práticas referidas 
no caput deste artigo. 
 § 2o Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e 
de funcionamento do estabelecimento. 
 
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele 
praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: 
 § 1o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali 
tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da 
internet. 
 § 2o As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso 
de a infração cometida ou induzida estar incluída no rol dos CRIMES HEDIONDOS. 
 
Commented [LMV12]: ARMA BRANCA APENAS! Esse 
artigo foi tacitamente revogado pelo Estatuto do 
Desarmamento: 
Art. 16, V - Vender, entregar ou fornecer, ainda que 
gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou 
explosivo a criança ou adolescente 
Commented [LMV13]: Uma pessoa que entregue droga, 
sob qualquer pretexto, ao menor de 18 anos, estará incursa 
no artigo 33, da lei 11.343/06 – crime de tráfico de drogas. 
Por outro lado, uma pessoa que entregue (ou pratique as 
condutas constantes no novo artigo 243, ECA) qualquer 
substância que não seja considerada droga (não está, 
portanto, relacionada na portaria 344/98 da ANVISA) estará 
incursa no crime do ECA (cola de sapateiro e outras 
substâncias congêneres). 
 
Commented [LV14]: Súmula 500 (STJ) - a configuração do 
crime do art. 244-B do Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA) independe da prova da efetiva corrupção do menor, 
por se tratar de delito formal 
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/talidomida/legis/Portaria_344_98.pdf
Das Infrações Administrativas 
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde 
e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os 
casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos 
contra criança ou adolescente. 
 
Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de entidade de atendimento o exercício dos 
direitos constantes nos incisos II, III, VII, VIII e XI do art. 124 desta Lei. 
 
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer meio de 
comunicação, nome, ato ou documento de procedimento policial, administrativo ou judicial 
relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato infracional: 
 § 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou parcialmente, fotografia de criança 
ou adolescente envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração que lhe diga respeito ou 
se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a permitir sua identificação, direta ou 
indiretamente. 
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou emissora de rádio ou televisão, 
além da pena prevista neste artigo, a autoridade judiciária poderá determinar a apreensão 
da publicação. 
 
Art. 248. Deixar de apresentar à autoridade judiciária de seu domicílio, no prazo de cinco dias, 
com o fim de regularizar a guarda, adolescente trazido de outra comarca para a prestação de 
serviço doméstico, mesmo que autorizado pelos pais ou responsável. 
 
Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres inerentes ao poder familiar ou 
decorrente de tutela ou guarda, bem assim determinação da autoridade judiciária ou 
Conselho Tutelar. 
 
Art. 250. Hospedar criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsável, ou 
sem autorização escrita desses ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel ou 
congênere. 
 § 1º Em caso de reincidência, sem prejuízo da pena de multa, a autoridade judiciária 
poderá determinar o fechamento do estabelecimento por até 15 (quinze) dias. 
Commented [LV15]: CUIDADO! 
A prescrição de multa aplicada por infração administrativa 
prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) 
segue regras de direito administrativo, sendo portanto, de 
cinco anos. Esse entendimento foi firmado pela Segunda 
Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no julgamento de 
um recurso especial interposto contra decisão da segunda 
instância da Justiça do Rio Grande do Norte. 
 
Prescrição da multa em CRIMES do ECA – segue o código 
penal, sendo de 2 anos. 
 § 2º Se comprovada a reincidência em período inferior a 30 (trinta) dias, o 
estabelecimento será definitivamente fechado e terá sua licença cassada. 
 
Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por qualquer meio, com inobservância do 
disposto nos arts. 83, 84 e 85 desta Lei. 
 
Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetáculo público de afixar, em lugar visível 
e de fácil acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada sobre a natureza da 
diversão ou espetáculo e a faixa etária especificada no certificado de classificação. 
 
Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer representações ou espetáculos, sem 
indicar os limites de idade a que não se recomendem. 
 
Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão, espetáculo em horário diverso do 
autorizado ou sem aviso de sua classificação. 
 
Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congênere classificado pelo órgão competente 
como inadequado às crianças ou adolescentes admitidos ao espetáculo. 
 
Art. 256. Vender ou locar a criança ou adolescente fita de programação em vídeo, em 
desacordo com a classificação atribuída pelo órgão competente. 
 
Art. 257. Descumprir obrigação constante dos arts. 78 e 79 desta Lei. 
 
Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento ou o empresário de observar o que 
dispõe esta Lei sobre o acesso de criança ou adolescente aos locais de diversão, ou sobre sua 
participação no espetáculo. 
 
Art. 258-A. Deixar a autoridade competente de providenciar a instalação e operacionalização 
dos cadastros previstos no art. 50 e no § 11 do art. 101 desta Lei. 
 Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas a autoridade que deixa de efetuar o 
cadastramento de crianças e de adolescentes em condições de serem adotadas, de pessoas 
ou casais habilitados à adoção e de crianças e adolescentes em regime de acolhimento 
institucional ou familiar. 
 
 Art. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimentode atenção à saúde 
de gestante de efetuar imediato encaminhamento à autoridade judiciária de caso de que 
tenha conhecimento de mãe ou gestante interessada em entregar seu filho para adoção. 
 Parágrafo único. Incorre na mesma pena o funcionário de programa oficial ou 
comunitário destinado à garantia do direito à convivência familiar que deixa de efetuar a 
comunicação referida no caput deste artigo. 
 
Art. 258-C. Descumprir a proibição estabelecida no inciso II do art. 81 
 
Questões 
1) Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: PC-PE Prova: Agente de Polícia 
Com relação a imputabilidade penal, assinale a opção correta. Nesse sentido, considere que 
a sigla ECA, sempre que empregada, se refere ao Estatuto da Criança e do Adolescente. 
a) A embriaguez, quando culposa, é causa excludente de imputabilidade. 
b) A emoção e a paixão são causas excludentes de imputabilidade, como pode ocorrer nos 
chamados crimes passionais. 
c) A embriaguez não exclui a imputabilidade, mesmo quando o agente se embriaga 
completamente em razão de caso fortuito ou força maior. 
d) São inimputáveis os menores de dezoito anos de idade, ficando eles, no entanto, sujeitos 
ao cumprimento de medidas socioeducativas e(ou) outras medidas previstas no ECA. 
e) São inimputáveis os menores de vinte e um anos de idade, ficando eles, no entanto, 
sujeitos ao cumprimento de medidas socioeducativas e(ou) outras medidas previstas no ECA. 
 
02) Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA Órgão: PC-GO Prova: Papiloscopista 
No que se refere à medida socioeducativa de internação, segundo o Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA) e o entendimento do STJ, assinale a alternativa correta. 
a) A liberação do interno será compulsória aos 21 anos de idade. 
b) Pode ser aplicada mesmo que haja outra medida menos onerosa à liberdade do 
adolescente. 
c) Deve ser aplicada em caso de ato infracional análogo ao crime de tráfico de drogas. 
d) A internação não possui função protetiva e pedagógica, contrariamente às demais medidas 
socioeducativas. 
e) O prazo máximo para internação é de 4 anos. 
 
3) Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: Inspetor de Polícia 
Sobre a Lei n o 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), está correto afirmar: 
a) Segundo o artigo 82 do ECA, somente será admitida a hospedagem de criança ou 
adolescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere, se acompanhado pelos 
pais ou responsável. 
b) A apreensão de criança ou adolescente de sua liberdade, sem que ela esteja em flagrante 
de ato infracional ou sem ordem escrita da autoridade judiciária competente, constitui crime 
punido com pena de seis meses a dois anos de detenção. 
c) A venda de produtos que podem causar dependência física ou psíquica para criança ou 
adolescente somente configura crime se houver a ingestão do produto. 
d) Tanto à criança como ao adolescente pode ser aplicada medida socioeducativa consistente 
na internação 
e) Considera-se criança a pessoa até 12 anos de idade incompletos e adolescente aquela 
entre 12 e 18 anos de idade, não se aplicando, em nenhuma hipótese o ECA às pessoas entre 
dezoito e vinte e um anos de idade 
 
4) Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia 
A respeito de aspectos penais e processuais penais do Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA) e da Lei dos Crimes Ambientais (Lei n.° 9.605/1998), julgue o seguinte item. 
Considere que Sílvio, de vinte e cinco anos de idade, integrante de uma organização 
criminosa, com a intenção de aliciar menores para a prática de delitos, tenha acessado a sala 
de bate-papo em uma rede social na Internet e, após longa conversa, tenha induzido um 
menor a subtrair veículo de terceiro. Nessa situação hipotética, segundo entendimento do 
Superior Tribunal de Justiça, para que Sílvio possa responder por crime tipificado no ECA, é 
necessário que seja provada a efetiva corrupção do menor. 
 
5) Ano: 2014 Banca: ACAFE Órgão: PC-SC Prova: Delegado de Polícia 
Com base na Lei 8.069/90 e suas alterações, é correto afirmar, exceto: 
a) A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de quarenta e 
cinco dias. 
b) É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da medida 
socioeducativa. 
c) A medida aplicada por força de remissão poderá ser revista expressa e judicialmente, a 
qualquer tempo. 
d) A competência para processar e julgar as ações conexas de interesse do menor é, em 
princípio, do foro do detentor de sua guarda. 
e) Não é vedado o repasse de recursos provenientes de organismos estrangeiros 
encarregados de intermediar pedidos de adoção internacional a organismos nacionais ou a 
pessoas físicas. 
6) Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: Investigador de Polícia 
Fulano, maior de idade, forneceu, gratuitamente, a Sicrano, adolescente, seis projéteis de 
revólver, sem saber que Sicrano já possuía uma arma e pretendia utilizá-la em um assalto. 
Nessa situação, e considerando o que dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é 
correto afirmar que Fulano 
a) cometeu um crime previsto no ECA, mas terá sua pena reduzida em razão de não saber 
que Sicrano já possuía uma arma. 
b) cometeu um crime previsto no ECA e terá sua pena aumentada porque forneceu a munição 
de forma gratuita a Sicrano. 
c) não cometeu crime algum, uma vez que forneceu a Sicrano somente a munição, mas não 
a arma. 
d) não cometeu crime algum, uma vez que essa conduta não é prevista em lei como delito. 
e) cometeu um crime previsto no ECA apenado com reclusão. 
 
7) Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: Escrivão de Polícia 
Assinale a alternativa cujo argumento encontra fundamento no Estatuto da Criança e do 
Adolescente, no tocante ao direito à convivência familiar e comunitária; 
a) A colocação em família substituta estrangeira constitui medida ordinária, admissível nas 
modalidades de guarda, tutela ou adoção. 
b) O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e 
imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer 
restrição, independentemente do segredo de justiça. 
c) Entende-se por família natural aquela que se estende além da unidade pais e filhos ou 
unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente 
convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. 
d) Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou 
separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou 
outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação, podendo o reconhecimento 
preceder ao nascimento do filho ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar descendentes. 
e) A falta ou a carência de recursos materiais constitui motivo suficiente para a perda ou a 
suspensão do poder familiar 
 
8) Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: PC-DF Prova: Agente de Polícia 
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, julgue o seguinte item. 
Em qualquer fase do procedimento relativo à prática de ato infracional, o adolescente possui 
o direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável. 
 
9) Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: PC-DF Prova: Agente de Polícia 
Para efeito de confrontação, mesmo que não haja dúvida fundada, o adolescente civilmente 
identificado será submetido a identificação compulsória pelos órgãos policiais. 
 
10) Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: PC-DF Prova: Escrivão de Polícia 
A respeito do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. o 8.069/1990) e dos crimes contra 
o meio ambiente (Lei n. o 9.605/1998), julgue os itens a seguir. 
 
Considere a seguinte situação hipotética. 
Afonso, que tem mais de vinte e um anos de idade, é primo da adolescente Z e, prevalecendo-
se de sua relação de parentesco, embora não tenha autoridade sobre Z, divulgou na Internet 
cenas pornográficas de que a adolescente participou, sem que ela consentisse com adivulgação. 
Nessa situação, devido à relação de parentesco existente, caso seja condenado pelo ato 
praticado, Afonso deverá ter sua pena aumentada. 
 
11) Ano: 2013 Banca: UEG Órgão: PC-GO Prova: Escrivão de Polícia 
Segundo a Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), são asseguradas aos 
adolescentes as seguintes garantias: 
a) ter conhecimento formal da atribuição de ato infracional, por meio da notificação de seus 
pais ou responsáveis, mas não por citação pessoal, para evitar constrangimento. 
b) direito de serem ouvidos por meio de seus pais ou responsáveis, mas não pessoalmente, 
em razão da inimputabilidade. 
c) igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas e 
produzir todas as provas necessárias a sua defesa. 
d) direito de solicitar a presença dos pais ou responsáveis na primeira fase do procedimento 
criminal, enquanto não estiverem na presença do juiz ou promotor de justiça. 
 
12) Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: Investigador de Polícia 
Conforme o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/1990), o 
adolescente apreendido por força de ordem judicial e o adolescente apreendido em flagrante 
de ato infracional serão, respectivamente, desde logo, encaminhados 
a) à Defensoria Pública e ao Ministério Público. 
b) à autoridade judiciária e à autoridade policial competente. 
c) à Procuradoria do Estado e à autoridade judiciária competente. 
d) ao Conselho Tutelar local e à autoridade policial competente. 
e) à autoridade policial competente e ao Ministério Público. 
 
13) Ano: 2011 Banca: CESPE Órgão: PC-ES Prova: Escrivão de Polícia 
O regime de semiliberdade imposto a adolescente infrator, a ser cumprido no prazo 
determinado pelo juízo, pode ser estabelecido desde o início, ou como forma de transição 
para o meio aberto, e possibilita a realização de atividades externas mediante autorização 
judicial. 
 
14 ) Ano: 2011 Banca: CESPE Órgão: PC-ESProva: Escrivão de Polícia 
Aplica-se a prescrição penal às medidas socioeducativas. 
 
GABARITO 
1 – D 
2 – A 
3 – B 
4 – ERRADA 
5 – E 
6 – E 
7 – D 
8 – CERTA 
9 – ERRADA 
10 – ERRADA 
11 – C 
12 – B 
13 – ERRADA 
14 – CERTA

Continue navegando