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TEORIA GERAL DO PROCESSO - NORMAS E PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 1. Constituem o devido processo constitucional, pós Constituição de 1988 Contraditório, isonomia e ampla defesa Processo, procedimento e preclusão despacho, sentença e decisão interlocutória sentença, liminar, distribuição petição inicial, conclusão, sentença Explicação: O processo constitucional se apoia, necessariamente, nas garantias fundamentais previstas no art. 5 da Constituição da República. Vários desses princípios são reproduzidos nos arts. 1 a 12 do CPC/2015. 2. Sobre os princípios aplicáveis ao Direito Processual Civil, analise as proposições a seguir. I. É vedada a adoção, pelo juiz, da técnica de fundamentação per relationem, por não restar atendida, nessa hipótese, a exigência constitucional de motivação das decisões. II. O princípio da eventualidade, contrário à regra da preclusão, possibilita às partes o mais amplo exercício das faculdades processuais em todas as fases do procedimento. III. A inobservância, pelo juiz, do princípio da adstrição, tem o condão de gerar ofensa aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. IV. A legislação brasileira contempla situações em que o juiz está autorizado a agir de ofício, mitigando-se, nessas hipóteses, o princípio dispositivo. Estão CORRETAS as proposições: d) I e III apenas. a) I e II apenas. b) II, III e IV apenas. c) III e IV apenas. Explicação: Princípio da congruência ou adstrição refere-se à necessidade do magistrado decidir a lide dentro dos limites objetivados pelas partes, não podendo proferir sentença de forma extra , ultra ou infra petita . É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. Ao princípio dispositivo costuma-se contrapor o princípio inquisitivo, segundo o qual compete ao juiz o poder de iniciativa probatória para a determinação dos fatos postos pela parte como fundamento de sua demanda. Mesmo nos sistemas mais comprometidos com o princípio dispositivo, a lei confere ao juiz amplos poderes para a investigação dos fatos da causa, especialmente nas demandas que versem sobre direitos indisponíveis - tais como nas ações matrimoniais -, tornando-se sensivelmente atenuado o princípio da disponibilidade do material probatório pelas partes. A marca da inquisitoriedade de um processo é dada, segundo a doutrina tradicional e corrente, em aderência ao significado literal do termo (inquirir = indagar, investigar). Daí que o juiz, não vinculado a julgar secundum allegata et probata a partibus, pode livremente buscar os fatos ou indagar sobre a verdade dos fatos colocados na base do seu provimento. Portanto, o Juiz, mesmo de ofício, está autorizado a investigar o fundamento dos fatos surgidos no processo e, tanto quanto necessário, trazê-los à luz para a correta aplicação da lei. 3. Tatiana promove ação de investigação de paternidade, cumulada com pedido de alimentos, em face de Manoel, seu suposto pai. O réu foi citado e ofereceu contestação tempestivamente. O feito correu regularmente rumo à sentença. Na decisão, o juiz julgou procedente o pedido de alimentos feito pela autora, não apreciando o de investigação de paternidade. Diante deste caso, assinale a opção correta: c) Está incorreta a decisão do magistrado, por ter sido omisso em relação a um dos pedidos; b) Está correta a decisão do magistrado, tendo em vista que basta se pronunciar acerca de um dos pedidos do autor; a)Está correta a decisão do magistrado ,tendo em vista ter acolhido um dos pedidos. d) Está incorreta a decisão do magistrado,pois deveria ter condenado o réu ao pagamento de danos morais. Explicação: Na sentença, segundo perspectiva do CPC (art. 203, §1º), o juiz põe fim à fase cognitiva do procedimento comum. O juiz deverá enfrentar em suas decisões todos os argumentos trazidos pelas partes, e não somente os argumentos da parte que lhe interessar. Nos termos do art. 1022, cabem embargos de declaração contra QUALQUER decisão judicial (sentença, acórdão ou decisão interlocutória) para: - esclarecer obscuridade; - eliminar contradição; - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento. 4. "A jurisdição é uma das funções do Estado, que visa a resolver um litígio posto à sua apreciação, a partir da aplicação da vontade objetiva do direito". No que tange aos princípios inerentes à jurisdição, aquele segundo o qual ninguém será processado nem sentenciado, senão pela autoridade competente, sendo proibida a criação de juízo ou tribunal de exceção, chama-se Princípio: da indelegabilidade. da investidura. da territorialidade. do juiz natural. da inevitabilidade. Explicação: Tratando-se de imparcialidade, e segurança jurídica contra as possíveis arbitrariedades impostas pelo Estado, o principio do JUIZ NATURAL, previsto em nossa CRFB/88, em seu artigo 5º, incisos XXXVII e LIII, traz consigo a possibilidade de um judiciário mais justo e seguro para os jurisdicionados. Reza nossa Carta Magna, em seu Artigo 5º, incisos , XXXVII e LII: XXXVII- Não haverá juízo ou tribunal de exceção; LIII- Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; Assim, podemos entender que Juiz Natural é aquele previamente constituído, como competente para julgar determinadas causas abstratamente previstas. 5. Analisando o princípio constitucional da inafastabilidade do controle jurisdicional, marque o item correto: não se aplica ao processo civil, por ser de direito substancial constitucional. não se aplica ao processo civil, por ser próprio do Direito Material. aplica-se ao processo civil e significa que ninguém pode alegar o desconhecimento da lei para impedir a prestação jurisdicional. aplica-se ao processo civil e significa que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão ou ameaça a direito. aplica-se ao processo civil e significa a obrigatoriedade de o Juiz decidir as demandas propostas, quaisquer que sejam. 6. (FCC - 2010 - TJ-MS - Juiz) - É princípio informativo do processo civil o princípio: da instrumentalidade das formas, significando que o ato deve ser considerado em si mesmo, sem preocupações teleológicas. dispositivo, significando que o juiz não pode conhecer de matéria a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte. da inércia, significando que o processo se origina por impulso oficial, mas se desenvolve por iniciativa da parte. da eventualidade, significando que as partes devem comparecer em todos os atos do processo, manifestando- se eventualmente. da congruência, significando que o juiz deve ser coerente na exposição de suas razões de decidir. Explicação: O princípio dispositivo também é denominado de inércia, trazendo a ideia de que a parte é quem provoca o Poder Judiciário, levando ao mesmo os fatos e fundamentos jurídicos, bem como formulando os pedidos. O Juiz não pode julgar aquilo que não foi levado pelo autor, sob pena de ferir o princípio dispositivo. Se a lei impõe a iniciativa da parte, como sendo o princípio dispositivo, caso o Juiz conheça de questões não suscitadas, não alegadas pela parte, estará ferindo o referido princípio. 7. Em ação de conhecimentoproposta por Cristina em face do Município de Friburgo, objetivando a condenação do réu ao pagamento de pensão.O magistrado que julgou procedente o pedido, sem contudo fundamentar a sua sentença.Diante desta situação podemos afirmar que restou violado o princípio: c) da motivação das decisões judiciais; d) da isonomia. b) do juiz natural; a) da duração razoável do processo; Explicação: A motivação da sentença deve ser analisada como exercício de lógica da atividade jurisdicional e a submissão, como ato processual, ao Estado de Direito e às garantias constitucionais previstas no art. 5º da CF/1988, trazendo consequentemente a imparcialidade do juiz, a publicidade das decisões judiciais passando pelo princípio constitucional da independência jurídica do magistrado que pode decidir com sua livre convicção, desde que motive as razões de seu convencimento. 8. Sobre a vigência do novo CPC (Lei n. 13.105/15), assinale a alternativa correta: o NCPC entra em vigor no dia 17 de março de 2016 e revoga grande parte do CPC/73. O NCPC entra em vigor no dia 18 de março de 2016 e só se aplica aos processos instaurados a partir dessa data. O NCPC entra em vigor no dia 17 de março de 2016 e revoga integralmente o CPC/73. O NCPC entra em vigor no dia 18 de março de 2016 e se aplica aos processos já em curso, salvo as exceções previstas no texto do próprio Código. O NCPC entra em vigor no dia 16 de março de 2016 e revoga integralmente o CPC/73. Explicação: O Código entra em vigor no dia 18 de março de 2016, como aliás já decidiram o STJ e o CNJ. Como toda lei processual, ao entrar em vigor já regula os processos instaurados, salvo quando o próprio texto legal excepcionar essa regra, como ocorre, por exemplo com as normas relativas ao ônus da prova e à preclusão dinâmica (arts. 373 e 503, que se aplicarão, apenas, aos processos novos)
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