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* Filo Arthropoda há 400 milhões de anos * Era: Paleozóica Período: Cambriano Eurypterids Fóssil vivo Limulus * Filo Arthropoda Insecta (Hexapoda) Arachnida Ordem Classe Diptera Anoplura Siphonaptera Hemiptera Ixodida = Acari Mosca Mosquito Piolho Pulga Barbeiro Percevejo Carrapato Ácaro CLASSIFICAÇÃO * Arthron = articulações podos = pés Animais metazoários Simetria bilateral Corpo segmentado - cabeça + tórax + abdome - cefalotórax + abdome - fusão: cabeça, tórax e abdome Revestimento quitinoso: cutícula (exosqueleto) quitina (polissacarídeo); artropodina (proteína) e cuticulina (lipoproteína) CARACTERÍSTICAS GERAIS * ARTRÓPODES CAUSADORES OU PRODUTORES DE DOENÇAS moscas – Miíases; piolho – Pediculose e ácaros – Sarna e Escabiose ARTRÓPODES TRANSMISSORES OU VETORES participação ativa – multiplicação e evolução mosquito – malária e triatomíneos – Doença de Chagas ARTRÓPODES VEICULADORES mosca doméstica e baratas ARTRÓPODES HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS participação passiva – ciclo do parasito pulgas – cestódeos (Dypilidium caninum e Hymenolepis nana) ARTRÓPODES PEÇONHENTOS – aranhas e escorpiões IMPORTÂNCIA * Holometabólicos – metamorfose completa ovo – larva – pupa – adulto(imago) Hemimetabólicos ou paurometabólicos – metamorfose incompleta ovo – ninfa – adulto Muda, ecdise ou Exúvia CICLO EVOLUTIVO dos Artrópodes * CLASSE INSECTA São artrópodes com cabeça, tórax e abdome diferenciados, que têm os sexos separados e desenvolvimento pós-ovular com várias mudas (ecdises). Das ordens que interessam são: – Hemiptera – Diptera – Siphonaptera – Anoplura * ORDEM Hemíptera Insetos grandes, aparelho bucal picador e sugador que ficam guardadas em uma bainha dobrada sob a cabeça e o tórax ((22.000). 2 pares de asas, o primeiro é parcialmente coriáceo (hemiélitros) e o outro, membranoso. subordens: Gymnoceratae 21.000 Cryptocerata 1.000 * Insetos do Brasil 2 TOMO, Cap XXII - Hemípteros COSTA LIMA, 1940 Fitófago 1 buccula 2 labrum 3 estiletes 4 tylus 5 juga 6 tubérculo antenífero fora do labium, que é dividido em 4 segmentos * Insetos do Brasil 2 TOMO, Cap XXII - Hemípteros COSTA LIMA, 1940 Fig. 221 – Zelus leucogrammus (Petry, 1834) (Reduviidae). Linhas pontilhadas vêm-se os estiletes bucais e adiante do olho a bomba salivar (seringa) Predador * Costa Lima, 1940. Insetos do Brasil, 2 TOMO; Cap XXII - Hemípteros HEMATÒFAGO * Triatoma brasiliensis por Castro Silva * Gêneros * * * Trypanosoma cruzi Tripomastigota Epimastigota * Insetos que possuem apenas um par de asas membranosas, o segundo par tendo sido transformado em balancins. As peças bucais são do tipo picador-sugador ou lambedor. 3 subordens: Nematocera, Brachycera e Ciclorrapha. Mais que 100 Famílias: Psycodidae Culicidae Simuliidae Ceratopogonidae ORDEM DIPTERA Transmissores de: Vírus Protozoários Helmintos Vetores mecânicos Lesões (Miíases) 75 mil sp * Culicidae – Mosquitos que transmitem malária (gênero Anopheles), febre amarela e dengue (Aëdes), assim com filaríase linfática e várias arboviroses (Culex e os outros gêneros). Simuliidae – Insetos que parecem pequenas moscas. São hematófagos e transmitem a oncocercíase (várias espécies de Simulium). Ceratopogonidae – Os pequenos dípteros (com 1-2 mm) do gênero Culicoides transmitem várias filárias, entre as quais a Onchocerca volvulus e a Mansonella ozzardi e arboviroses. Psychodidae – Transmissores das leishmaníases. As espécies de interesse pertencem aos gêneros: Lutzomyia e Phlebotomus. * 100-300 ovos por postura (2 a 8) e após o repasto sanguíneo. Sangue-maturação dos ovários e alimentação. Larvas (ápodas) algumas são terrestres e outras aquáticas Cabeça, tórax e abdome Apresentam metamorfose completa (HOLOMETÁBOLO) Características Gerais * Aëdes aegypty (detalhe) Peças bucais do tipo picador sugador Simulium sp * NOVO MUNDO Lutzomyia sp Psychodidae: Flebotomíneos Leishmaniose VELHO MUNDO Phlebotomus sp * Simulium sp Transmissor de filárias: Oncocercíase (Nematódeo) Simuliidae * Cullicidae No Brasil o A. aegypti foi o único vetor da febre amarela urbana; hoje ele é quem transmite o dengue, cujo vírus pode passar por via trans-ovariana. * Transmissor da Filariose Linfática Wuchereria bancrofti * * Nessas asas transparentes veem-se as nervuras recobertas de escamas claras e escuras, formando manchas que permitem identificar várias espécies. TRIBOS Uma franja evidente de escamas na margem posterior das asas Culicini Anophelini Escamas nas nervuras ou veias das asas * Anopheles sp Plasmodium sp Esporozoíta * Tanzânia Chikungunya (Vírus (CHIKV) Aedes aegypti e A. albopictus http://www.sbmt.org.br/site/corpo_texto/3427 No Brasil (3 casos , em 2010), foram de pessoas que se infectaram no exterior: dois homens que estiveram na Indonésia, um de 41 anos, do Rio de Janeiro, e outro de 55 anos, de São Paulo; e uma mulher de 25 anos, também de São Paulo, que esteve na Índia. As pessoas atingidas já se recuperaram. Até o momento não há transmissão autóctone no País. * Subordem CYCLORRAPHA Nas famílias Calliphoridae, Sarcophagidae e Cuterebridae encontram-se moscas produtoras de miíases. Na família Glossinidae, o gênero Glossina compreende espécies hematófagas que transmitem, na África, a doença do sono. * * As miíases humanas Paciente com perfuração do palato devido a miíase por Cochliomyia hominivorax. Doc. do Dr. H. Frahia Neto, Inst. Evandro Chagas, Belém. Mais frequentes são as miíases do tubo digestivo, MIÍASE facultativas, devidas a alimentos contaminados pelas moscas de várias espécies, mas há casos do conduto auditivo, das vias urinárias e outras. Sintomas (nº de larvas) ora são discretos, ora produzem náuseas, vômitos e diarréia. Diagnóstico é feito pelo reconhe-cimento das larvas. O exame das placas espiraculares, nas larvas de 3o estádio, permite identificar o gênero ou a espécie. Tratamento remoção das larvas e, no caso das miíases intestinais, pela administração de um anti-helmíntico. * (larva ou Berne) Calliphoridae Cochliomyia hominivorax “Mosca das bicheiras” larvas biontófogas MIÍASE obrigatórias Cochliomyia macellaria Larvas necrobiontófogas MIÍASE facultativas * Cuterebridae Dermatobia hominis = Mosca berneira A. Penca de ovos (P) de Dermatobia hominis colados ao abdome de uma mosca hematófoga (Neivamyia), vendo-se alguns (e) com o opérculo aberto e a larva projetando-se para fora. B. Larvas de Dermatobia de primeiro e último estádios, que correspondem ao berne * Trypanosoma brucei Gênero GLOSSINA Tsé Tsé * Muscidae Poliomielite, Gastroenterite, Febre tifóide, Ovos de helmintos Cistos de ameba Stomoxys Musca domestica * Siphonaptera * 2,5 a 3 mm, exceto o bicho-de-pé (1,5 mm) Achatados lateralmente Cerdas em todo o corpo voltadas para trás Machos e fêmeas com aparelho bucal picador-sugador Fêmea com extremidade posterior arredondada Macho com extremidade posterior voltada para cima 3 segmentos torácicos bem diferenciados, exceto o bicho-de-pé (imbricados) Terceiro par de pernas mais desenvolvido * * Pulex irritans – homem Xenopsylla cheopis – rato doméstico Tunga penetrans – suíno, cão e homem * Picada com inoculação da saliva – reações alérgicas (prurigo de Hebra) Ação inflamatória por pulgas penetrantes (T. penetrans) dando acesso para agentes oportunistas como Clostridium perfrigens (gangrena gasosa) e o C. tetani (tétano). Tungíase – infestação por T. penetrans Vetor da peste bubônica (Yersinia pestis) – X. cheopis Hospedeiros intermediários do cestoda Dypilidium caninum – cão e acidentalmente o homem Hospedeiros intermediários do cestoda Hymenolepis nana – principalmente homem e roedores * Pulex irritans Pulicidae PULGAS * Dermatite alérgica * Xenopsylla cheopis Yersinia pestis Bacilo gram-negativo * Hymenolepis nana Cestódeos * Bicho de pé Tunga penetrans Bactérias associadas * * Anopluras Piolhos sugadores Gêneros Pediculus e Phthirus * Pequenos insetos sem asas, com o corpo achatado dorso-ventralmente. São ectoparasitos do homem (pediculose) e de outros mamíferos. Família Pediculidae 3 sp que infestam os humanos: Pediculus humanus (capitis e corporis) (Linnaeus, 1758) é o piolho do corpo ou cabeça (muquirana). Phthirus pubis (Linnaeus, 1758) é o piolho do pubis (chato). Causam dermatite localizada. E transmite tifo exantemático, febre recurrente e das trincheiras e outras rickettsioses ORDEM: ANOPLURA * Pediculus humanus Keilin & Nuttall,1930 clypeus; linha correspondente a sutura epI craneana; pro-torax; mesotorax; metatorax; anus; dilator; tarso; polex; tibia; femur; trochanter; coxa; estigma; costela; cova esternal; faixas transversais; placapleural; 1-6 estigmas abdominais (De, est. 3) * Pediculus humanus (Keilin & Nuttall, 1930, est. 11) 1 esofago 2 aorta 3 diverticulos anteriores 4 mesenteron 5 discoventral do mesenteron 6 tubo de Malpighi 7 e 8 testiculos 9 tubo de Malpighi 10 aorta 11 coração 12 recto 13 anus 14 canal excretor da glandula salivar 15 gânglios nervosos 16 glândulas salivares anteriores 17 glândulas salivares posteriores 18 canais deferentes 19 tubo de Malpighi 20 canal ejaculador 21 canais deferentes 22 ampola rectal 23,placa basal, vesícula do penis 24 dilator Fig. 186 - Linnaeus, macho. * No Brasil atinge 30% das crianças 2-3 semanas 30 dias de vida * Ovos “LÊNDEAS” vinagre água salgada xampus feitos a base de ervas: Deltametrina e Permetrina Boldo (Plectrantus barbatus) Melão de São Caetano (Momordica charantia) Arruda (Ruta graveolens) * Phthirus pubis 1-2 mm Cabeça quadrangular Tórax mais largo que o abdome Primeiro par de pernas mais delgado com processo digitiforme mais discreto Presença de quatro pares de metapódios nas laterais da região abdominal * Phthirus pubis 1 clipeo 2 olho I-V segmentos antenais 3 coxa 4 trocanter 5 fêmur 6 tíbia 7 tarso com um só articulo 8 garra ou unha 9 estigma respiratório 10 traqueia 11 metapodio 12 espermateca 13 ovo preso ao cabelo 14 cabelo 15 gonapofise ou gonopodio * Pelos da região pubiana, cílios, sobrancelhas, pestanas, barbas e axilas. Phthirus pubis * Sarcopitidae Demodicidae Ixodidae Artrópodes CLASSE : ARACHNIDA ORDEM: Acarina FAMÍLIAS * Os ácaros constituem um grupo heterogêneo, possuem cefalotórax e o abdome fundidos (formando o idiossomo). As peças bucais estão reunidas em uma estrutura denominada capítulo. Eles têm 3 pares de pernas na fase larvária e 4 pares nas fases ninfal e adulta. Os ácaros são transmissores de numerosas doenças, principalmente viroses, rickettsioses e espiroquetoses. Também causam dermatoses, além de alergias cutâneas ou respiratórias. ACARI * Acari Sarcoptiformes com respiração cutânea, que inclui a família Sarcoptidae e o agente da sarna Sarcoptes scabiei, entre outros. Ornithodoros sp. Sarcoptes scabiei Face ventral Características morfológicas: corpo globoso, pernas curtas, presença de estrias, 300µm * Sarcoptes scabiei SARNA = Escabiose * Benzoato de Benzila Enxofre (pasta d´agua 5%) Permetrina 5% Lindano proibido no Brasil (ANVISA) * Demodicidae folículos pilosos, glândulas sebáceas Demodex folliculorum D. brevis * Ixodis ricinus Capítulo ou Gnatossoma Quelíceras Hipostômio Palpos CARRAPATOS Ixodidae * Amblyomma cajennense Prurido Infecções secundárias Febre Maculosa * Febre botonosa Febre das trincheiras Febre maculosa Tifo epidêmico ou exantemático Febre Q (Coxiella burnetti) Febre recorrente (Borrelia recurrentis) Doenças transmissíveis: rickettisioses Doenças produzidas: Dermatite e Paralisia Rickettisia CARRAPATOS * Outros Artrópodes * Diphyllobothrium latum Crustacea Difilobrotíase Cyclops sp. Copépode Cestódeos * Dracunlíase Dracunculus medinensis ...Crustacea * PARAGONIMÍASE ...Crustacea infecção pulmonar crônica causada por um trematóide do gênero Paragonimus, sendo o Paragonimus westermani o que mais infecta o homem. endêmica da Ásia Oriental. Poucos casos no Brasil. diagnóstico confirmado pela presença de ovos em escarro. Caranguejos e lagostins (hosp. intermediários), Carnívoros (hosp. definitivos) * Hymenolepis diminuta * feromônios associados a substâncias tóxicas. inseticidas (formamidinas, avermectinas, piretróides e organofosforados (temefós). DIPÍTEROS larvicida (sal grosso) e telas. ♀ e ♂ estéreis (mecanismos genéticos). raças resistentes (hospedeiros). vacinas. inibidores de crescimento. raticidas. Medidas de Controle dos ARTÓPODES * * EVERY “LITTLE THING” IS GONNA BE ALRIGHT! Fig. 220 – Diactor bilineatus (Fabr., 1803) (Coreidae). Tipo de rostro de Hemíptero sugador de seiva: 1, buccula; 2, labrum; 3, estiletes bucais fora do labium, que é dividido em 4 segmentos; 4, tylus; 5, juga; 6, tubérculo antenífero. * Fig. 221 – Zelus leucogrammus (Petry, 1834) (Reduviidae). Tipo de rostro de Hemíptero predador. Linhas pontilhadas vêm-se os estiletes bucais e adiante do olho a bomba salivar (seringa) * Fig. 222 – Triatoma sordida (Stal 1809) (Reduviidae, Triatominae). Tipo de rostro de Hemípetro hematófago * 1 a 4. ovos 1 mm; Fatores: Temperatura e umidade e sp .Eclosão: 11-85 dias (md=20). 5 e 7. ninfas; Alimentação(3-12 meses) 6. exúvia ninfal 8. adulto 9. vista lateral da cabeça 10. final do abdome do macho * Principais características de Anophelinos e Culicíneos, a.f., flutuadores de ar; ab, abdômen; na, antena; br., pente da boca; e., olhos; h.h, pelos em forma de gancho; n.o., órgão entalhado; pa., palo maxilar; p.h., pelos palmados (ou flutuantes); pr., probóscida; 1 .sg., primeiro seguimento abdominal; 8.sg., seguimneto abdominal; si., sifão; sp., espiraculos; th., tórax; tr., trombeta respiratória; w.s., superfície da água. * Fig. 180 - Pediculus humanus Linneaus macho, aspecto dorsal; a, clypeus; b, linha correspondente a sutura ep i craneana; c, pro-torax; d, mesotorax; e, metatorax; f, anus; g, dilator; h, tarso; i, polex; j, tibia; k, femur; l, trochanter; n, coxa; m, estigma; o, costela; p, cova esternal; q, faixas transversais; r, placapleural; 1-6 estigmas abdominais (De Keilin & Nuttall,1930, est. 3) * Fig. 186 - Pediculus humanus Linnaeus, macho, dissecado; 1, eso-fago; 2, aorta; 3 , diverticulos anteriores; 4 , mesenteron; 5 , discoventral do mesenteron; 6 , tubo de Malpighi; 7 e 8 , testiculos; 9 , tubo de Malpighi; 10, a orta; 11 , coração; 12 , r ecto; 13 , anus; 14 , canal excretor da glandula salivar; 15 , ganglios nervosos; 16, glandulas salivares anteriores; 17 , glandulas salivares posteriores; 18 , canais deferentes; 19 , tubo de Malpighi; 20 , canal ejaculador; 21 , canais deferentes; 22 , ampola rectal; 23 , placa basal, vesicula dopenis; 24, dilator. (De Keilin & Nuttall, 1930, est. 11). * Fig. 191 - Face dorsal da femea de Phthirus pubis (L., 1758). 1 , clipeo; 2 , olho; I-V , segmentos antenais; 3 , coxa; 4 , trocanter; 5 ,femur; 6 , t i b i a; 7 , tarso com um só articulo; 8 , garra ou unha; 9 , estigma respiratorio; 10 , traqueia; 11 , metapodio; 12 , esperma-teca; 13 , ovo preso ao cabelo; 14 , cabelo; 15, gonapofise ou gono-podio. (De Cesar Pinto. 1930, Arthr. Paras. e Transm. de Doenças.I:152, fig. 43) *
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