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1. Citar quais os principais elementos químicos presentes nos fios dos cabelos. O fio de cabelo é composto basicamente por Carbono, Hidrogênio, Nitrogênio, Oxigênio e Enxofre que unidos, formam uma proteína chamada queratina que representa 85% da composição do cabelo, completado por 12% de água e 3% de lipídios. Composição Química: - Carbono - 45%; - Hidrogênio - 7%; - Oxigênio - 28%; - Nitrogênio - 15%; - Enxofre - 5%. 2. Indicar quais as principais proteínas estruturais presentes nos fios dos cabelos. Proteínas estruturais presentes na fibra capilar, queratina, elastina e colágeno são responsáveis para dar estrutura aos fios de cabelos. Queratina: é uma proteína constituída de cerca de quinze aminoácidos, principalmente a cisteína. É uma proteína fibrosa com estrutura tridimensional: microfilamentos com resitência, elasticidade e impermeabilidade a água. Elastina: é uma proteína fibrilar, são fibras elásticas enoveladas que junto com o colágeno forma uma ligação de apoio a proteína, que é essencial para manter a pele e os cabelos saudáveis. Colágeno: nos cabelos funcionam como um conectivo unindo as células que dão forma ao cabelo. Proporciona elasticidade e dá resistência aos fios. 3. Quais as principais ligações químicas compostas nos córtex dos cabelos? Na região do córtex são encontradas as seguintes ligações químicas que são as ligações de salinas consideradas de força média, algumas cadeias de polipeptídeos possuem grupos ácidos e outros básicos, por isso á formação de sais(ligações iônicas). Outra ligação é chamada de hidrogênio são consideradas fracas, porém são numerosas e significativas para a estabilizaçãoda estrutura da proteína, são rompidas quando o cabelo transforma temporariamente que se rompem no simples ato de molhar o cabelo . Já as ligações de enxofre ou dissulfeto são ligações fortes, a solidez e a insolubilidade da queratina atribuem-se a grande quantidade do aminoácido cistina, que pode ser rompida a partir de ação química. 4. O que é pH? Quais os valores de pH existentes? Como são classificados? A sigla pH significa potencial (ou potência) hidrogeniônico e indica o teor de íons hidrônio (H3O+(aq)) livres por unidade de volume da solução. Quanto mais hidrônios houver no meio, mais ácida será a solução. Por consequência, podemos dizer que quanto mais íons OH-(aq) houver no meio, mais básica ou alcalina será a solução. O seu valor é determinado numa escala de 0 a 14. Para a temperatura de 25ºC, um meio aquoso será ácido se tiver pH de 0 a 7, será básico se o pH for de 7 a 14 e será neutro para pH igual a 7. 5. Indicar o pH de produtos capilares. Explique. 6. Quais as composições de produtos químicos para alisamentos no mercado de cosméticos? Cite-os e explique as suas funções. Hidróxido de sódio - age no fio do cabelo, transformando as ligações dissulfídicas da cistina em ligações de lantiolina3 . Essa classe de produtos, na maioria das vezes, não apresenta odor forte e não requer neutralização. São restritos ao uso por profissionais; produz um alisamento químico permanente e de eficiência máxima9 . Hidróxido de lítio é um corrosivo hidróxido alcalino. É um sólido branco cristalino higroscópico7 . Age de forma semelhante ao sódio, porém, de forma mais lenta e suave. Infelizmente não apresenta a mesma versatilidade do cálcio, mas, quando usado em concentrações baixas e por um bom profissional, pode-se relaxar um cabelo mechado, ou mesmo descolorido, desde que se tenha um bom conhecimento de diagnóstico do fio, técnica de aplicação e um cabelo bem cuidado. Tioglicolato de amônia é um ativo químico obtido pela reação entre o ácido tioglicólico e a amônia7 . Ele age no córtex, quebrando as cadeias de cistina que 8 compõem a fibra capilar, deixando o fio maleável, para ser moldado como desejar.. Seu pH elevado (de 9 a 9,5) é que abre o caminho. A fibra se expande e, com o aumento de volume, as escamas da cutícula são abertas. Estas se soltam, facilitando a entrada do alisante. Ele quebra as ligações de cistina e a reação só é finalizada com a neutralização. Então as pontes são restabelecidas e a estrutura do fio, alterada definitivamente. Ressalta-se que o tioglicolato apresenta moléculas maiores que os hidróxidos , por isso, tem menos força para agir na cistina, ou seja, alisa menos. É que o agente oferece menor perda de proteínas e não retira água da fibra, como acontece com os hidróxidos. Carbocisteína – É derivada de um aminoácido (parte da proteína) chamado L-cisteína, confere força e resistência aos fios, reparando as fibras capilares devido a sua alta bioafinidade com os fios. Por apresentar uma estrutura molecular menor, penetra no córtex e forma ligações fundamentais para reforçar sua estrutura. Essas ligações são responsáveis pelas ondas que aparecem nos cabelos e permite ao cabeleireiro moldá-lo. A cabocisteína sozinha não alisa, por isso é necessária sua associação a uma cadeia de aminoácidos, que são moléculas de baixo peso e que atuam agentes de retenção de moléculas de água . Ácido glioxílico ou formilfórmico - Consiste numa forma modificada do ciclo dos ácidos tri carboxílica que ocorre na maioria das plantas e microorganismos, mas não nos animais superiores. Esse ácido libera substâncias (aldeídos) que promovem a quebra das pontes de cistina. Por ter um pH alto, quando aplicado ao cabelo, dilata as cutículas, permitindo assim a entrado do ativo alisante, para que ele possa agir no interior do fio, ou seja, no córtex. Esse ativo oferece variação no seu poder de alisamento conforme a quantidade utilizada. Pode ser usado em concentração de 1% a 20% e o resultado também depende do cabelo. 7. Quais as composições de produtos químicos para coloração no mercado de cosméticos? Cite-os e explique as suas funções. A coloração pode ser dividida em quatro tipos: vegetal composta, sintética ou metálica (progressiva). Conheça cada uma delas: Sintética É a mais conhecida, por ser indicada para todos os tipos de cabelos. Essa coloração pode ser dividida em temporária, semi-permanente e permanente. A diferença entre as três é a durabilidade do pigmento no fio. Sintética temporária: o corante é depositado sobre a cutícula dos fios, não permitindo que o pigmento penetre permanentemente. Exemplos: rinsagens e shampoos que removem o amarelado dos fios e que duram, em média, apenas seis lavagens. Sintética semi-permanente: popularmente conhecidas como tonalizantes, neutralizam reflexos indesejados, cobrem de maneira discreta os fios brancos ou até mesmo realçam o brilho dos cabelos. O segmento masculino brasileiro está concentrado neste tipo de coloração, principalmente pelos atributos de tonalizar com discrição e devolver a cor natural dos cabelos aos homens. Sintética permanente: pode clarear ou escurecer os fios de maneira efetiva e duradoura e é a mais utilizada em salões de beleza e pelas mulheres que fazem as mudanças de visual em casa. À base de amônia, colore a parte interna do fio devido à loção reveladora (água oxigenada), possibilitando maiores transformações e cobrindo completamente os cabelos brancos. Coloração Vegetal É composta por corantes provenientes de plantas, que encapam o fio por fora, impermeabilizando-o. Esta opção é ideal para quem quer fugir de químicas e possui poucos fios brancos. O melhor exemplo de coloração vegetal é a henna. Apesar de ser inofensiva em sua maioria, seu uso requer conhecimento quanto à aplicação, pois se utilizada constantemente pode ter contra indicações. Coloração Metálica Também conhecida por coloração progressiva, é uma preparação que contém sais de chumbo, prata, Cadmo, bismuto, níquel, cobre e estanho. Estes elementos combinam com o enxofre do cabelo, formando uma capa em torno do fio. Escurecem o cabelo progressivamente com a ação do oxigênio do ar, nas repetidas aplicações. Com esta coloração a pessoa não pode utilizar produtos para ondulação, descoloração ou tinturas que contenham oxidantes. Coloração Composta É a coloração que mistura sais metálicos com vegetais.É incompatível com amônia até o quarto mês de aplicação. Após este período, é recomendável a aplicação somente na raiz. 8. Quais as composições químicas de shampoo no mercado de cosméticos? Explique a função do EDTA. O shampoo normalmente contém os seguintes elementos: Produto base (detergente); Agente engrossante;Agente engordurante;Estabilizador de espuma;Agente perolante;Agente conservante;EssênciasCorantesAditivos especiais; Diluente; com as seguintes composições químicas: Lauril éter sulfato de sódio, Lauril sulfato de trietanolamina, Dietanolamina de ácido graxos, Anfótero betaínico ,Conservantes, Água,Ácido cítrico, NaCl. EDTA ou ácido etilenodiamino tetra-acético é um composto orgânico que age como agente quelante, formando complexos muito estáveis com diversos íons metálicos. Entre eles estão magnésio e cálcio,[3] em valores de pH acima de 7 e manganês, ferro(II), ferro(III), zinco, cobalto, cobre(II), chumbo e níquel em valores de pH abaixo de 7.[4] O EDTA é um ácido que atua como ligante hexadentado, ou seja, pode complexar o íon metálico através de seis posições de coordenação, a saber: através de quatro ânions carboxilato (-COO-), após a saída dos 4H+ dos grupos carboxílicos, e também através dos dois N. 9. O que as soluções ácidas proporcionam no fio do cabelo? Se tratando de cosméticos, devemos usar pH ácido, mantendo assim as cutículas fechadas e os cabelos tratados. Um xampu cujo pH é neutro, não acrescenta nada ao cabelo, pois sua ação será somente de limpeza, assim como o de condicionador de pH neutro, que só amolece os cabelos. Produtos de pH muito baixos abaixo de 3,5 desencadeiam reações que mudam a estrutura da queratina, podendo ocorrer danos no cabelo. 10. Explicar a ligação dissulfeto. Ligação dissulfeto é uma das quatro forças que estabilizam as proteínas. A ponte dissulfeto é formada entre dois resíduos de cisteína, por uma reação de oxidação catalisada por enzimas específicas, pontes dissulfeto são raramente encontradas em proteínas intracelulares, sendo mais frequentes em proteínas secretadas para o meio extracelular. Essas ligações proporcionam força, durabilidade e resistência a haste capilar. Bibliografia https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/composicao-do-fio-de-cabelo/61866 http://gpquae.iqm.unicamp.br/CEEJApHcabelos.pdf http://www.cdt.unb.br/telecentros/files/dossie_higiene.pdf MACHADO, Miriam. Análise de brand equity em marcas globais de cosméticos. Dissertação de mestrado. FUCAPE, Espírito Santo, 2010. http://submission.quimicanova.sbq.org.br/qn/No%20Prelo/RV/RV13582.pdf