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Questões de Constitucional

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PERGUNTA 1 - Quais os pressupostos para o controle de constitucionalidade?
O controle de constitucionalidade possui três pressupostos:
Constituição formal e material: Formal em relação a determinado conteúdo será considerado constitucional ou não. Material em relação a matéria, conteúdo. 
Constituição rígida aquela que é mais difícil de ser alterada quando comparada a legislação ordinária, porque, traz consequência a supremacia constitucional, ou seja, a ideia de que a constituição está no ápice do ordenamento jurídico não podendo ser contrariada.
Órgão competente é necessário para declarar as normas inconstitucionais, no brasil é predominante o STF, mas pode ser também todos os demais juízes e os demais poderes.
PERGUNTA 2 - Quais os elementos do controle de constitucionalidade?
Os elementos do controle de constitucionalidade são: parâmetro é conjunto normativo em relação ao qual se questiona ou se afirma a constitucionalidade de algum ato; Objeto é o ato questionado ou sobre o qual incide a impugnação ou afirmação de constitucionalidade. 
PERGUNTA 3 - Discorra sobre o caso Marbury vs. Madison e a sua importância para o modelo americano de controle de constitucionalidade.
Jonh Adams era federalista e tinha o Marshal como secretário de estado e o Jefferson era republicano e tinha Madison como secretário de estado. Adams perdeu as eleições – mas para continuar no poder tentou encher o judiciário de federalistas, lei da meia noite – nomeou diversas pessoas para o judiciário – aumentou inclusive a competência do judiciário. Uma das pessoas nomeadas seria o Marbury, nomeado juiz de paz 
Nos Estados Unidos tem os juízes estaduais eleitos e federais que são nomeados, o juiz de paz que é uma forma de juiz da União/ federal. Marbury foi nomeado, mas não empossado, porque o Thomas Jefferson assumiu e o Madison não quis dar procedência na posse dele. 
Um dos últimos atos do governo foi a nomeação do Marshal para ser presidente da suprema corte dos Estados Unidos 
O Marshal que iria dar a posse, mas não deu a posse – ele disse – tenho uma lei (lei da meia noite) dando posse para determinada pessoa – que também altera, alarga a competência da CF, então ela fere a CF e deve ser declarada inconstitucional – ele declara a norma inconstitucional 
Tem a separação dos poderes Montesquieu – executivo, legislativo, Judiciário, mas judiciário só passa a ser efetivo com a obra “os federalistas” – a função judiciária antes era subordinada ao executivo. 
O judiciário deveria ser tão forte como os demais – aqui ele começa a inaugurar o controle de constitucionalidade – ninguém mais tem posição acima da suprema corte – ele está atuando de forma compatível com o que fizeram os federalistas. E quando vou fazer o controle de constitucionalidade no modelo americano – tenho na verdade o controle difuso, incidental e a norma é nula. 
PERGUNTA 4 - Estabeleça um paralelo entre o modelo americano e o modelo austríaco de controle de constitucionalidade.
CONTROLE AMERICANO/ CONTROLE DIFUSO:
Difuso – qualquer órgão do poder judiciário pode fazer 
Incidental – pressuposto ao julgamento do mérito 
Nula – os efeitos dela retroagem ex tunc
A declaração é Inter partes – apenas entre as partes 
CONTROLE AUSTRÍACO/ CONCENTRADO:
Concentrado – número determinado de órgãos pode fazer controle 
Abstrato – não é para um caso concreto/ tese
Anulável – ex nunc não retroage
Erga omnes – vale para todos
Controle americano está diante de um caso concreto, no austríaco não está diretamente relacionado ao caso 
PERGUNTA 5 - Diferencie inconstitucionalidade por ação e inconstitucionalidade por omissão.
Inconstitucionalidade por ação: Quando existe a lei/projeto viola a CF. Ela se apresenta por meio de uma conduta positiva do Poder Público. Ocorre com a edição de uma lei ou resolução, que afronta a sistemática constitucional.
Inconstitucionalidade por omissão: Quando a CF manda fazer uma norma e o legislativo fica inerte. A CF não está produzindo todos os seus efeitos – por isso foram criados 2 instrumentos – síndrome da inefetividade das normas constitucionais – porque as normas de eficácia limitada não estão produzindo seus efeitos, dado que falta a norma que a complemente. Os 2 instrumentos são ADO e Mandado de injunção.
PERGUNTA 6 - Diferencie inconstitucionalidade direta e indireta.
Inconstitucionalidade direta: É aquela que emana o objeto tem como fonte de validade a própria CF. Atinge as normas primárias.
Inconstitucionalidade indireta: é indireta quando viola uma lei antes de violar a CF. No Brasil não existe inconstitucionalidade indireta, porque ela seria ilegalidade – um decreto, qualquer coisa infraconstitucional em regra não é inconstitucional, porque antes disso tem que violar uma norma e a norma tem que violar a CF. 
PERGUNTA 7 - Diferencie inconstitucionalidade originária e inconstitucionalidade superveniente.
A inconstitucionalidade originária: quando a norma é invalida, o objeto é posterior ao parâmetro.
Inconstitucionalidade superveniente: ocorre quando o objeto for anterior ao parâmetro e isso se dá de duas maneiras possíveis. Quando se elabora uma nova constituição e todas as leis anteriores serão apenas recepcionadas ou não ou por meio de uma emenda constitucional e as normas, mesmo após 88 passa a ser incompatível com o novo parâmetro. Em alguns casos, a norma não foi recepcionada, ou seja, foi revogada pela nova constituição.
PERGUNTA 8 - Diferencie inconstitucionalidade formal e material.
A INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL se dá pela incompatibilidade do conteúdo.
A INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL se dá pelo procedimento, a forma, elaboração e se divide em: 
INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL ORGÂNICA: Levo em consideração a competência, contida nos artigos 22, 24, 25§1 e 30 da CF.
Inconstitucionalidade formal propriamente dita: Está relacionada ao processo legislativo pode ser subjetiva: iniciativa exclusiva que não pode ser delegada ex: art 61 § 1º, iniciativa geral art. 61 caput, iniciativa popular art. 61 § 2, e a de acordo com art. 67, todos da CF. Ela também poderá ser objetiva: deliberação, complemento. 
Inconstitucionalidade formal por violação ao pressuposto objetivo do ato: 
Para elaboração de uma determinada lei é necessário um pressuposto, o qual não existe, art 62, CF, relevância e urgência. 
PERGUNTA 9 - Faça a evolução brasileira do controle de constitucionalidade.
Constituição de 1824 – não havia controle de constitucionalidade - primeiro caso era 1803 – não tivemos tempo de incorporar – tinha poder moderador – não era controle, mas era embrião, de acordo com alguns autores
Constituição de 1891 – primeira Constituição Republicana – modelo americano – difuso e incidental 
Constituição de 1934 – difuso – intervenção federal, mandado de segurança que foi constitucionalizado – artigo 52, inciso X (quando o Senado suspende os efeitos de uma norma inconstitucional)
Constituição de 1937 – Polaca – clausula não obstante 
Constituição de 1946 – adotou o mesmo modelo americano difuso e incidental mas tivemos emenda constitucional 1 de 65, acrescenta o modelo austríaco – a constituição era democrática, mas o poder era autoritário – tinha que reformular o modelo concentrado e abstrato – apenas o Supremo e o PGE vão fazer 
Constituição de 1967/69 - Mantém o modelo americano e austríaco 
Constituição de 1988 – mantém os dois modelos mas amplia o concentrado de constitucionalidade 
PERGUNTA 10 - O que se entende por controle político de constitucionalidade?
Controle Político – é exercido por um órgão distinto dos três poderes, órgão garantidor da supremacia da Constituição. Temos como exemplo as Cortes e Tribunais Constitucionais na Europa. No brasil não existe controle político.
PERGUNTA 11 - Em quais hipóteses o Poder Executivo realiza controle de constitucionalidade?
CONTROLE PREVENTIVO: (VETO DO PRESIDENTE)
Veto – precisa de motivação que pode ser jurídica e política:
Política – relacionado a interesses públicos – conveniência e oportunidade– (discricionariedade) 
Jurídica – caso de ferir a constituição – veto inconstitucional 
Preciso do veto e da motivação, mas se o presidente veta, mas não motiva, a motivação é condição de existência do ato. 
CONTROLE REPRESSIVO 
O princípio da legalidade – fala que o juiz tem que estar adstrito ao que determina a norma – o princípio da legalidade se resumia a lei em sentido formal – hoje, no entanto a doutrina evoluiu – está abrangendo a lei em sentido formal, mas também a CF federal e os princípios implícitos. Hoje diante norma flagrantemente inconstitucional pode deixar de aplicar porque ela fere a CF. 
O poder executivo quando deixar de aplicar não pode fazer só com base na sua opinião – precisa de um parecer técnico – Advocacia Geral da União, Procuradoria do Município ou do Estado – para então poder não a aplicar. 
PERGUNTA 12 - Em quais hipóteses o Poder Legislativo realiza controle de constitucionalidade?
CONTROLE PREVENTIVO: (CCJ)
Hipóteses:
Primeiro lugar que vai deliberar é na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) – que vão fazer controle preventivo - se falar que a norma é inconstitucional acabou – arquiva – condição de procedimentalidade. 
CCJ 
Derrubada de veto 
O veto do presidente pode ser derrubado – presidente achou que era inconstitucional. 
CONTROLE REPRESSIVO: (MEDIDA PROVISÓRIA/RELEVÂNCIA E URGÊNCIA + Art. 52, X, REVOGAÇÃO, INAPLICAÇÃO, SUSTAÇÃO DE LEI DELEGADA)
Medida provisória – quanto aos pressupostos de relevância e urgência – ele só pode fazer medida provisória com relevância.
Os pressupostos constitucionais da medida provisória são a relevância e a urgência e eles são analisados por uma comissão mista no congresso nacional. O julgamento quanto aos pressupostos é um julgamento político – ou seja, o STF não pode intervir. 
Outra hipótese artigo 52, inciso X - Suspensão dos efeitos pelo Senado federal 
Outra hipótese
Revogação da norma – suponha que diante de norma flagrantemente inconstitucional – o parlamentar pode fazer uma norma revogando a anterior 
Inaplicação de lei inconstitucional 
Sustação da lei delegada – lei delegada – lei feita pelo presidente da república – executivo – congresso nacional autoriza o presidente – quando ele o autoriza pode ou não estabelecer limite, e pode pedir para reanalisar aquela norma após ela ter sido feita - Quando analisa é pedindo para que se tiver ido além dos seus poderes, pode se sustar o que vai além da sua competência. 
PERGUNTA 13 - Diferencie controle preventivo de controle repressivo.
Preventivo – antes da norma produzir efeitos.
Exemplo: caso da medida provisória - Ato normativo com força de lei.
Então se fala que controle repressivo é feito com lei já existente – não poderia fazer controle repressivo com medida provisória. 
Leva em consideração se produz ou não efeitos jurídicos.
Repressivo – depois que a norma ingressou no ordenamento jurídico. 
PERGUNTA 14 - A análise dos pressupostos constitucionais da Medida Provisória é controle preventivo ou repressivo?
Preventivo pois a medida provisória é um ato normativo com força de lei, parte de um pressuposto de relevância e urgência. 
PERGUNTA 15 - O Poder Judiciário faz controle preventivo de constitucionalidade? Em qual hipótese?
O poder judiciário poderá fazer controle preventivo de constitucionalidade através de mandato de segurança por parlamentar para trancar deliberação de PEC tendente a abolir cláusula pétrea.
PERGUNTA 16 - Classifique quanto ao órgão e ao processo o controle de constitucionalidade feito por intermédio de mandado de segurança impetrado por parlamentar para trancar deliberação de PEC tendente a abolir cláusula pétrea.
O órgão responsável será o Poder Judiciário através de controle de constitucionalidade preventivo.
PERGUNTA 17 - Quais os sujeitos que podem arguir o controle de constitucionalidade?
Conforme dispõe o art. 103 da Constituição Federal de 1988, possuem legitimidade o Presidente da República, a Mesa do Senado Federal, a Mesa da Câmara dos Deputados, a Mesa da Assembleia Legislativa, o Governador de Estado, o Governador do Distrito Federal, o Procurador-Geral da República, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, partido político com representação no Congresso Nacional e as confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional.
PERGUNTA 18 - Em qual momento deve ser arguido o incidente de inconstitucionalidade em sede de controle difuso?
O controle difuso poderá ser arguido a qualquer momento, inclusive em sede recursal. Em recurso extraordinário a tese deverá ter sido previamente questionada, a qual denomina se pré-questionamento.
PERGUNTA 19 - O que serve de parâmetro no controle difuso de constitucionalidade?
Serve como parâmetro a Constituição Federal e a Constituição Estadual. 
PERGUNTA 20 - Em sede de controle difuso, lei federal pode ser objeto quando o parâmetro for a Constituição Estadual? Justifique.
Caso uma lei federal seja incompatível com a constituição estadual, necessariamente uma terá invadido a competência da outra, ou seja, ou a norma federal legislou sobre assuntos reservados aos estados, ou a constituição estadual legislou sobre assuntos reservados a união. Nesse caso tanto a lei federal quanto a constituição estadual deverão ser objeto de controle em relação à constituição federal para que se determinem quem invadiu a competência de quem. 
PERGUNTA 21 - Como se dá o controle difuso de constitucionalidade em segunda instância?
Na segunda instancia o controle de constitucionalidade passa para o tribunal eles funcionam como órgão fracionado e possui órgão pleno ou plenário. O fracionado é especializado em matérias (civil, penal, administrativo...) julga o mérito, plenário é o conjunto de todos os ministros/desembargadores. De acordo com o art. 97 da CF somente por maioria absoluta dos membros de um tribunal é que se pode declarar a norma inconstitucional. 
PERGUNTA 22 - O que se entende por cláusula de reserva de plenário?
Prevista no art. 97 da Constituição Federal  , a cláusula de reserva do plenário determina que o julgamento da inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, quando efetuada por tribunal, só será possível pelo voto da maioria absoluta dos seus membros ou dos membros de seu órgão especial (art. 93, XI CF/88), ou seja, pelo tribunal pleno.
PERGUNTA 23 - O que se entende por cisão horizontal de competência?
Em decorrência do artigo 97 da CF o órgão fracionado ficará responsável pelo recebimento do recurso e quando se deparar com o pedido de inconstitucionalidade deverá encaminhá-lo ao plenário ou órgão especial, o qual julgará a inconstitucionalidade e devolverá ao órgão fracionário para que julgue o mérito. A isso se dá o nome de cisão horizontal de competência. 
PERGUNTA 24 - Qual a relação da Súmula Vinculante 10 com o controle difuso de constitucionalidade?
A Súmula Vinculante 10 viola o art. 97 da CF um dos mais importantes em relação ao controle difuso, o afastamento da norma sem a declaração formal de inconstitucionalidade. 
PERGUNTA 25 - Em sede de controle difuso, em quais hipóteses não haverá necessidade do órgão fracionado remeter ao pleno para decidir sobre a constitucionalidade da norma questionada?
Não haverá necessidade de o órgão fracionado remeter ao pleno quando houver pronunciamento do plenário ou STF. Art. 949. Se a arguição for:
I - Rejeitada, prosseguirá o julgamento;
II - Acolhida, a questão será submetida ao plenário do tribunal ou ao seu órgão especial, onde houver.
Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário ou ao órgão especial a arguição de inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
PERGUNTA 26 - O STJ realiza controle de constitucionalidade?
Sim, quando fere a lei federal. STJ não julga apenas recurso especial – tem ação de 1º instancia – competência originária – por exemplo ação contra governador – julga outras ações de competênciaoriginária – poderia, portanto, fazer controle de constitucionalidade.
PERGUNTA 27 - O que se entende por prequestionamento em sede de controle difuso?
Prequestionamento ocorre na fase de recurso extraordinário do controle difuso, a tese sobre a inconstitucionalidade carecerá de ter sido discutida previamente. 
PERGUNTA 28 - O que se entende por repercussão geral em sede de controle difuso?
Com a grande demanda de processos que foram parar no STF, foi necessário estabelecer alguns requisitos, como o pré-questionamento e a repercussão geral, para ter acesso ao Supremo. Art 102 § 3º da CF,  No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.
PERGUNTA 29 - Como se dá a cláusula de reserva do plenário no STF?
A regra é a cláusula de reserva de plenário que impõe uma obrigação – a cisão horizontal de competência, – a diferença é que no STF o plenário já julga também o mérito da questão
PERGUNTA 30 - Quais os efeitos da decisão em sede de controle difuso?
Os efeitos da decisão pode ser EX TUNC (nula) aplicada por analogia ao art. 27 da lei 9.868 99, e por uma modulação dos efeitos temporais. E INTER PARTS, Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
X - Suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; 
PERGUNTA 31 - Explique a atuação do Senado Federal em sede de controle difuso.
O Senado Federal, discricionária, poderá suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal
PERGUNTA 32 - Discorra sobre os principais argumentos acerca da mutação constitucional do art. 52, X, CF e informe se a tese foi adotada pelo STF.
De acordo com Gilmar Mendes o art. 52, X, CF passou por mutação constitucional que é a alteração do conteúdo sem a alteração da forma. Se o Senado Federal não quiser suspender, o STF hoje faz uso de uma sumula vinculante. Não preciso mais mandar para o Senado federal para que suspenda – ele serviria apenas para dar publicidade.
PERGUNTA 33 - O que se entende por abstrativização do controle difuso de constitucionalidade?
Abstrativização – quando julgo aquela ação não vale mais para a parte, mas para todos. Tese do Gilmar Mendes, diz que o artigo 52, X passou por mutação constitucional – o controle difuso já produz de imediato efeito erga omnes - não foi aceita, mas está ganhando mais força - como tem sistema de precedentes – novo CPC - quando o Supremo julga o controle difuso já vai ter precedente. 
PERGUNTA 34 - É possível fazer modulação dos efeitos temporais da sentença em sede de controle difuso?
Sim, Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.
PERGUNTA 35 - Ação Civil Pública pode servir como ação hábil para fazer controle difuso de constitucionalidade? Justifique levando em consideração o art. 16 da Lei de Ação Civil Pública.
O artigo 16 da lei de ação de civil pública, de acordo com o STJ, é inconstitucional quanto à limitação espacial da coisa julgada erga omnes, ou seja, a coisa julgada é válida para todo território nacional. A ação civil pública é idônea para realização de controle difuso, desde que a declaração de inconstitucionalidade seja apenas a causa de pedir, pois do contrário seria um controle abstrato travestido de controle incidental.
PERGUNTA 36 - O que se entende por processo constitucional objetivo?
Se entende que é o próprio Controle concentrado – não tem partes, pretensão, lide e interesse. Se o processo objetivo não tem partes não posso transacionar.
PERGUNTA 37 - Qual o parâmetro da ADI?
O parâmetro da ADI é o bloco de constitucionalidade porque são todas as normas que estão na constituição, os tratados e convenções internacionais sobre os direitos humanos aprovados em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por 3/5 dos votos dos respectivos membros (art. 5 §3º) e princípios implícitos. 
PERGUNTA 38 - Qual o objeto da ADI?
De acordo com artigo 102, §1 o objeto da ADI vai ser lei ou ato normativo federal ou estadual.
PERGUNTA 39 - Ato normativo secundário pode ser objeto de ADI? Em qual hipótese?
O ato normativo secundário que seja materialmente primário – matéria tem generalidade e abstração, também pode ser objeto de ADI. Resolução do TSE – não está contida no artigo 59 – é formalmente secundário, mas o conteúdo da decisão é geral e abstrato – vale para todos – poder normativo da justiça estadual.
PERGUNTA 40 - O que se entende por norma constitucional inconstitucional? A tese é aceita no Brasil?
Para Otto Bachoff, existem normas constitucionais dotadas de maior densidade axiológica e normas constitucionais de menor densidade axiológica. Pela tese das normas constitucionais inconstitucionais as primeiras serviram de parâmetro para as segundas, mas tal tese não é aceita no Brasil quando se tratar de normas originárias.
 
PERGUNTA 41 - O que se entende por normas constitucionais interpostas?
Se as normas constitucionais fizeram referência expressa a outras disposições normativas, a violação constitucional pode advir da violação dessas outras normas, que, muito embora não sejam formalmente constitucionais, vinculam os atos e procedimentos legislativos, constituindo-se normas constitucionais interpostas.
PERGUNTA 42 - Quais são os legitimados para a propositura da ADI?
O Presidente da República
A Mesa do Senado Federal
A Mesa da Câmara dos Deputados
A Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal
O Governador de Estado ou do Distrito Federal
O Procurador-Geral da República
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
Partido político com representação no Congresso Nacional
Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
PERGUNTA 43 - Diferencie legitimados ativos universais e legitimados ativos especiais.
Legitimados ativos universais são: governador do Estado e DF, mesa da assembleia e câmara legislativa, a confederação sindical e a entidade de classe. Já os legitimados ativos especiais precisam demonstrar pertinência temática, ou seja, tem que demonstrar no momento de ajuizar a ADI que a declaração de inconstitucionalidade vai ser importante para eles de alguma forma. 
PERGUNTA 44 - A perda de representatividade no Congresso Nacional do partido político que propôs a ADI faz com que ela fique prejudicada?
A perda superveniente de representação no congresso nacional não prejudica a ADI, pois para ela, a legitimidade é atestada apenas no momento da propositura. 
PERGUNTA 45 - O que se entende por causa de pedir aberta?
Quando a causa de pedir é aberta Supremo Tribunal Federal não está vinculado aos fundamentos indicados pelo autor, o STF deve analisar todos os dispositivos da CF/88. Assim, deve-se verificar se o objeto da ADI não viola o dispositivo invocado pelo autor e nenhum outro da Constituição.
PERGUNTA 46 - O que se entende por amicus curiae? Qual a sua função?
A função do amicus curiae é auxiliar a corte em casos complexos para a tomada de decisão – ele só poderá existir em casos complexos em que haja pertinência temática do postulante. A opinião do amicus curiaenão é vinculante.
PERGUNTA 47 - Qual o papel do AGU na ADI?
A função da AGU é defender a norma, são chamados – advogados da Constituição.
PERGUNTA 48 - Qual o papel do PGR na ADI quando não atua como parte?
O PGR se ele não atuar como parte, obrigatoriamente deverá atuar como fiscal ele vai defender ou a constitucionalidade como também pela inconstitucionalidade.
PERGUNTA 49 - Em que consiste a tutela de urgência na ADI?
A função da tutela de urgência da ADI é pedir a suspensão dos efeitos da norma questionada
Lei 9868 – Lei de Controle de Constitucionalidade 
Artigo 10, 11 e 12, a saber:
Art. 10 Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias. 
Art. 11 Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capitulo 
Art. 12 Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação.
PERGUNTA 50 - Quais os efeitos da tutela de urgência na ADI?
Sabendo que os efeitos do T.C.U.	 são diferentes da decisão de mérito, a liminar será concedida se atendidos os requisitos do periculum in mora e do fumus bônus iuris, e resultará na suspensão da eficácia do ato impugnado. O efeito atingirá a todos (ERGA OMNES), porém não retroage (EX NUNC), salvo se o STF entender que deva conceder eficácia retroativa.

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