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Segundo Reinado: Política e Revoltas

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Segundo Reinado
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SEGUNDO REINADO
O Segundo Reinado tem um período muito extenso de duração: são 49 anos 
de governabilidade de Dom Pedro II, constituindo-se no mais longo período 
governado por apenas uma pessoa. Depois disso, há Getúlio Vargas, com a Era 
Vargas, que fica no poder de 1930 a 1945.
Todo o processo que surge a partir da Independência passa pelas rebeli-
ões, pelos movimentos contraditórios, políticos, dentro da Regência e culmina 
no II Reinado.
Para que essa nova governabilidade ocorra no Brasil, é preciso recordar que, 
quando Dom Pedro I abdicou para que Dom Pedro II tivesse direito a ser impera-
dor, deixou uma Constituição, de 1824, que é desrespeitada. Portanto, utiliza-se 
o termo “golpe”: o “golpe da maioridade”, o golpe que coloca alguém antes do 
tempo devido no poder. 
II REINADO
1840 – 1889
POLÍTICA INTERNA E EXTERNA
POLÍTICA INTERNA
TRÊS FASES:
• Consolidação (1840 – 1850);
Consolidar Dom Pedro II como líder, manter a unidade territorial.
• Conciliação (1850 – 1870);
• Crise (1870 – 1889).
DUAS CORRENTES POLÍTICAS:
Liberais: profissionais liberais urbanos, latifundiários ligados à produção para 
o mercado interno (áreas mais novas).
Conservadores: grandes comerciantes, latifundiários ligados ao mercado 
externo, burocracia estatal.
Nada é mais parecido a um liberal do que um conservador. No sentido político 
e até no econômico, na maioria dos casos, ambas as correntes não pretendem 
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a integração das pessoas, pretendem estar no poder. Os liberais têm um viés, 
como o nome já diz, de maior descentralização, de maior autonomia das provín-
cias, porém autonomias que estão ligadas às elites. Não há uma grande partici-
pação política, uma conscientização política do Brasil imperial. São grupos que 
se distinguem: os comerciantes são muito mais propícios à centralização, e os 
liberais muito mais propícios à descentralização. 
Sem divergências ideológicas, disputavam o poder, mas convergiam para a 
conciliação. Ambos representavam elites econômicas.
GOLPE DA MAIORIDADE
• Revoltas e o clima de desorganização política;
• Grupos políticos e o desejo da posse de D. Pedro II;
Destacavam-se os liberais:
• Estavam fora do poder;
• Criaram até o clube da maioridade;
• Sob a liderança de Antônio Carlos de Andrada e Silva;
• O golpe político destronou os conservadores.
Passando por cima da Constituição de 1824, no dia 24 de julho de 1840, D. 
Pedro II, com 14 anos, iniciava o II Reinado, que duraria até novembro de 1889.
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REVOLTAS LIBERAIS DE 1842
• Levantes dos liberais da província de São Paulo e Minas Gerais;
• Ao final das Eleições do Cacete, o Partido Liberal havia conseguido eleger 
a maioria dos deputados eleitos para a Assembleia dos Deputados;
• O Conselho de Ministros, formado na maioria por conservadores, solicitou 
a D. Pedro II que anulasse os votos da Eleição do Cacete;
• 1842: dissolução do ministério liberal, posse dos conservadores;
• Revolta dos Liberais;
• Lideranças: Padre Diogo Feijó, Teófilo Otoni, Campos Vagueiro, entre 
outros;
• Coluna Libertadora;
A Coluna Libertadora pretende libertar-se dessa centralidade, que permeava 
a política brasileira pelas mãos de D. Pedro II. Há uma crítica à intervenção, ao 
cancelamento das eleições, à posse dos conservadores, que simbolizam a cen-
tralização administrativa – abominada pelos liberais.
• Repressão do Barão de Caxias.
A REVOLUÇÃO PRAIEIRA (PE – 1848)
• Causas: concentração fundiária e crise econômica - intervenção por parte 
do imperador na localidade, substituindo um liberal (Chichorro da Gama) 
por um conservador (Herculano Ferreira) no comando da província;
• Líderes: Pedro Ivo e Abreu Lima;
• Jornal “Diário Novo” – Rua da Praia;
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O jornal “Diário Novo”, que estava estabelecido na Rua da Praia, deu o nome 
à revolução, Praieira.
• Manifesto ao Mundo: voto universal, liberdade de imprensa, abolição da 
escravidão, proclamação da República, nacionalização do comércio, direito 
ao trabalho.
O Brasil do século XIX está conectado às ideais contrárias ao absolutismo, a 
uma Coroa que governe hereditariamente. O “Manifesto ao Mundo” tem o cunho 
republicano. 
• Última grande revolta do período;
• Influência das revoluções liberais europeias.
MANIFESTO AO MUNDO:
• Voto universal;
• Liberdade de imprensa;
• Abolição da escravidão;
• Proclamação da República;
• Nacionalização do comércio;
• Direito ao trabalho.
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PARLAMENTARISMO ÀS AVESSAS/ À BRASILEIRA
• As conturbações políticas levaram à criação do cargo de Presidente do 
Conselho de Ministros em 1847 (semelhante ao 1º ministro britânico), com 
a função de nomear os ministros que fariam parte do gabinete/ministério;
Diferentemente da Inglaterra – embora houvesse uma semelhança com o 
primeiro ministro britânico –, quem, de fato, governaria seria o imperador, daí 
utilizar-se o termo “às avessas”. Se na Inglaterra o rei reina, mas não governa, 
no Brasil, o imperador reina e governa muito. 
• Revezamento partidário entre liberais e conservadores, sob a indicação de 
D. Pedro II;
• Tentativa de amenizar possíveis levantes contra o governo;
• O processo eleitoral mantinha o caráter elitista, excludente e censitário;
• Gabinete/Ministério da Conciliação (1848-1853): Liberais e Conservadores 
governando juntos.
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D. Pedro II revezava os liberais e os conservadores conforme a sua tutela, de 
forma a amenizar possíveis levantes contra o governo. O caráter da política era 
elitista, excludente e censitário. O Gabinete/ Ministério da Conciliação (1848-1853) 
era composto por liberais e conservadores governando juntos. Como já foi dito 
anteriormente, sem disputas ideológicas, disputavam o poder, mas convergiam 
para a Conciliação porque ambos eram da elite, tinham interesses em comum.
LEI DE TERRAS (1850)
• Terras sem registro = “devolutas” (pertencentes ao Estado);
• Regularização mediante a compra de registro;
• Consequências:
○ Pequenos proprietários perdem suas terras;
○ Concentração de terras nas mãos de grandes latifundiários: migrantes e 
escravos libertos sem acesso a terra;
○ Mão de obra barata e numerosa para grandes latifundiários.
���Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Admilson Costa.
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