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Estudo Dirigido I - execuções-1

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RECURSOS EM ESPÉCIE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. NÚMERO DE AULAS POR SEMANA NÚMERO DE SEMANA DE AULA 6 TEMA RECURSOS EM ESPÉCIE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. OBJETIVOS - COMPREENDER A FUNÇÃO INTEGRADORA DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. - ESTUDAR AS HIPÓTESES DE CABIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. - ENTENDER O PROCEDIMENTO DIFERIDO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. - ANALISAR AS HIPÓTESES DE CABIMENTO DO RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. ESTRUTURA DO CONTEÚDO 1. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – NATUREZA E ABRANGÊNCIA 2. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO COM EFEITO MODIFICATIVO 3. HIPÓTESES DE CABIMENTO E EFEITOS 4. TRATAMENTO DA MULTA POR EMBARGOS PROTELATÓRIOS NO CPC 5. RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL 6. CABIMENTO
Assim, de qualquer sentença, seja terminativa ou definitiva, o recurso cabível é a apelação. por qualquer dos casos de que tratam os incisos do art. 485 do CPC, o juiz terá 05 (cinco) dias para retratar-se.
Além disso, segundo o CPC, a regra do recurso de apelação, como veremos a seguir, é o duplo efeito (devolutivo e suspensivo); já no recurso inominado, a regra é ser recebido apenas no efeito devolutivo, cabendo o suspensivo para evitar dano irreparável à parte. Também o órgão julgador de ambos os recursos é diferente: na apelação, a competência é do Tribunal, enquanto, no recurso inominado, quem julga é o Colégio Recursal (Turma Recursal), formado por juízes de primeiro grau.
Legitimado ativo, isto é, aquele que irá interpor o recurso de apelação, é chamado apelante; legitimado passivo, aquele que irá oferecer a peça de resposta do recurso de apelação, é o apelado. ATENÇÃO O apelado, conforme previsto na redação do art. 5°, LV, da Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB), tem o direito de exercer o contraditório e a ampla defesa ao recurso interposto pela parte adversa. A peça em que o recorrido exerce o seu direito constitucional se denomina contrarrazão. Assim, por exemplo, têm-se contrarrazões de apelação, contrarrazões de agravo de instrumento, contrarrazões de recurso especial, contrarrazões de recurso extraordinário etc.
Continuando o estudo sobre o recurso de apelação, no que tange ao seu prazo, conforme dispõe a redação do art. 1.003, § 5°, do CPC, salvo o recurso de embargos de declaração, que será visto adiante, o prazo para interpor e para responder aos recursos é de 15 (quinze) dias. Assim, o prazo para o recorrente (apelante) interpor o recurso de apelação e para o recorrido (apelado) oferecer as suas contrarrazões é de 15 dias.
CASO 6
Questão discursiva:
Marcia ingressou com uma ação de revisão de cláusulas contratuais em face da Editora Encanto no I Juizado Especial da Comarca de Salvador. Após a realização da audiência de instrução e julgamento o juiz proferiu sentença julgando procedente o pedido da autora. A ré opôs embargos de declaração, sob o argumento de que houve erro material e omissão no julgado, no prazo legal, sendo este rejeitado pelo julgador. Após a publicação da decisão que julgou os embargos a empresa embargante interpôs recurso inominado no prazo de 10 dias. O recurso foi inadmitido pelo juiz por intempestividade, considerando a regra disposta no art. 50 da Lei nº 9.099/95. Agiu adequadamente o juiz?
O juiz não agiu adequadamente, visto que o mesmo não respeitou o prazo de cinco dias para a parte ré interpor recurso.
 Questões objetivas:
Sobre os embargos de declaração, é INCORRETO afirmar que (Técnico Judiciário do TJ/RJ – Prova 1 – Concurso 2014): a) têm por finalidade primordial o aclaramento ou a integração da decisão judicial. b) devem ser interpostos no prazo de cinco dias. c) suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, por qualquer das partes. d) podem dar azo à aplicação de multa, caso o órgão jurisdicional os reconheça como manifestamente protelatórios. e) não estão sujeitos a preparo. 3) O TRF da 2a Região denegou a ordem de segurança pleiteada em processo de sua competência originária. Nesse caso, qual seria o recurso cabível contra tal decisão? a) Recurso Extraordinário ao STF, se a decisão contrariar dispositivo constitucional. b) Recurso Especial ao STJ, se a decisão contrariar lei federal. c) Recurso Ordinário ao STJ, se a decisão contrariar lei federal. d) Recurso Ordinário ao STF, independentemente do conteúdo da decisão. e) Recurso Ordinário ao STJ, independentemente do conteúdo da decisão. 
Caso 7
Recursos excepcionais. Recurso Especial e Recurso Extraordinário ( Lei n. 13.256/16). Objetivos - Compreender a função uniformizadora dos recursos excepcionais. - Entender os requisitos de admissibilidade específicos dos recursos excepcionais. - Analisar o conceito de pré-questionamento. - Estudar a repercussão geral e o pré-questionamento como forma de objetivação dos recursos excepcionais. - Compreender a importância dos recursos excepcionais como método de formação dos precedentes judiciais Estrutura do Conteúdo 1. Cabimento específico dos recursos excepcionais 2. Requisitos de admissibilidade dos recursos excepcionais 3. Pré-questionamento 4. Repercussão Geral 5. Juízo de admissibilidade dos recursos excepcionais 6. Recurso Especial 7. Recurso Extraordinário 8. Alterações implementadas pela Lei n. 13.256/16. Aplicação Prática Teórica 
Questão discursiva:
Determinado Tribunal Regional Federal confirmou a sentença proferida por juízo federal no sentido de negar a equiparação de soldos entre militares das forças armadas. Inconformado, o recorrente interpôs recurso extraordinário, que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. O Ministro Relator entendeu que a violação ao texto constitucional era reflexa, por necessitar de revisão de lei federal, e inadmitiu o recurso extraordinário. Agiu adequadamente o relator?
Não, o relator deveria remeter os autos ao STJ para que fosse examinada a questão federal, conforme art. 1033 CPC
\u201c art. 1033: Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação da lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento como recurso especial \u201c
 Questões objetivas: 2) Em sede de recurso extraordinário, a questão constitucional nele versada deverá oferecer repercussão geral sob pena de (OAB/SP – 2007) a) não ser provido pelo STJ. b) não ser provido perante o juízo a quo. c) não ser conhecido pelo juízo ad quem. d) não ser provido pelo juízo ad quem. 3) Em relação ao recurso extraordinário, a decisão do Supremo Tribunal Federal que não admite a repercussão geral é (OAB/RS – 2007) a) irrecorrível. b) passível de embargos infringentes. c) passível de reclamação. d) agravável.
Caso Concreto 8
Descrição
Questão discursiva:
1) Diante da multiplicidade de recursos especiais com fundamento em idêntica questão de
direito em face da União, o Presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) selecionou dois recursos representativos da
controvérsia e encaminhou para o Superior Tribunal de Justiça para o julgamento
repetitivo. O relator no STJ determinou a suspensão de todos os processos afetados
pendentes em tramitação no território nacional. Diante dessa circunstância indaga-se
a) Em relação aos processos suspensos em todo território nacional, é possível a desistência da ação? Em que fase processual?
Nos termos do código de processo civil em vigor, é possível a desistência na instância de primeiro grau (destaque-se entendimento a qual aduz que só poderá haver desistência até a prolação da sentença, nos termos dos artigos 485, §5º e art. 1040, §1° do cpc/15), devendo ser homologado pelo juízo, extinguindo assim o feito sem resolução de mérito, dando-se aí a titularidade do ministério público no processo. Tal providência exposta no código se justifica em virtude da intenção de se evitar manobra de partes interessadas em obstar a fixação de tese jurídica contrária a seus interesses, tendo assim a criação de um precedente com eficácia vinculante(art. 987 do CPC/15). Ainda, mostra-se superior aqui o interesse público no bom funcionamento do instituto, sendo capaz de gerar segurança jurídica, previsibilidade e isonomia, justificando-se o incidente, com a fixação da tese mesmo com o processo do qual o originou já tendo sido extinto. Nesse sentido:
Art. 976.  É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver, simultaneamente:
I - Efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito;
II - Risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.
§ 1o A desistência ou o abandono do processo não impede o exame de mérito do incidente.
§ 2o Se não for o requerente, o Ministério Público intervirá obrigatoriamente no incidente e deverá assumir sua titularidade em caso de desistência ou de abandono.
§ 3o A inadmissão do incidente de resolução de demandas repetitivas por ausência de qualquer de seus pressupostos de admissibilidade não impede que, uma vez satisfeito o requisito, seja o incidente novamente suscitado.
§ 4o É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva.
§ 5o Não serão exigidas custas processuais no incidente de resolução de demandas repetitivas. (CPC/15)
Art. 1.040. Publicado o acórdão paradigma: (...)
§ 1º A parte poderá desistir da ação em curso no primeiro grau de jurisdição, antes de proferida a sentença, se a questão nela discutida for idêntica à resolvida pelo recurso representativo da controvérsia. (CPC/15)
b) Caso a parte identifique que a controvérsia estabelecida no julgamento repetitivo diverge da controvérsia existente em seu processo, como deverá proceder?
Tem-se o entendimento majoritário na doutrina que a parte que não concordar com a suspensão do seu processo, poderá requerer o prosseguimento do mesmo, evidenciando de modo efetivo a distinção (instituto distinguish, exposto no artigo 1.037, parágrafo 9º do cpc/15) do seu caso, ou seja, que a matéria jurídica a ser decidida no incidente era diferente da presente em seu processo. Assim é disposição do enunciado nº 348 do fórum permanente de processualistas civis. Vejamos:
348. (arts. 987 e 1.037, II, §§ 6º a 8º e seguintes99) Os interessados serão intimados da suspensão de seus processos individuais, podendo requerer o prosseguimento ao juiz ou tribunal onde tramitarem, demonstrando a distinção entre a questão a ser decidida e aquela a ser julgada no incidente de resolução de demandas repetitivas, ou nos recursos repetitivos. (Grupo: Precedentes)
Art. 1.037. Selecionados os recursos, o relator, no tribunal superior, constatando a presença do pressuposto do caput do art. 1.036, proferirá decisão de afetação, na qual:
§ 9º Demonstrando distinção entre a questão a ser decidida no processo e aquela a ser julgada no recurso especial ou extraordinário afetado, a parte poderá requerer o prosseguimento do seu processo.
Questões objetivas:
2) Cabe o recurso de Embargos de Divergência o acórdão de órgão fracionário que:
I. Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer
outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, relativos ao
jízo de admissibilidade.
II. Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer
outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito.
III. Nos processos de competência originária, divergir do julgamento de qualquer outro
órgão do mesmo tribunal.
a) Apenas o item II está correto.
b) Os itens I e II estão corretos.
c) Apenas o item III está correto.
d) Os itens II e III estão corretos.
e) Apenas o item I está correto.
3) Está incorreta a seguinte assertiva:
Questão discursiva:
Caso concreto 9
Antônio Silva, funcionário público, ajuizou ação em face do município de Jacarezinho, alegando que o Plano de Cargos e Salários de sua categoria profissional, estabelece como critério de progressão, níveis de escolaridade diferenciados e isso violaria o princípio da isonomia e o artigo 39, §1° da CRFB, eis que para o exercício do cargo exige-se apenas nível médio. Diante dos fatos, requereu seu reenquadramento na forma da Lei Municipal n. 388/2011, realizando de forma imediata a majoração de seu salário-base. O magistrado em sentença julgou procedente o pedido de Antônio. Inconformado, o ente público recorreu alegando, dentre outros motivos, que os requisitos estabelecidos na lei municipal são constitucionalmente válidos. O órgão colegiado, por unanimidade, acordou em suscitar o incidente processual cabível. Indaga-se: Qual incidente processual enquadra-se na hipótese? Explique e fundamente a sua resposta. 
Se trata do Incidente de arguição de inconstitucionalidade. Aqui há o controle difuso onde pode o órgão judiciário analisar a questão como fundamento do pedido, a questão da constitucionalidade como prejudicial, não declarando a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma norma, mas apenas dela conhecendo.
Questões objetivas: 
2) Na hipótese é cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver: I - simultaneamente efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito e risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. II - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão de fato e de direito. III - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.
 a) Apenas o item I está correto. 
b) Apenas o item III está correto.
 c) Os itens II e III estão correto.
 d) Apenas o item II está correto. 
3) Quando o resultado do julgamento do recurso de apelação não for unânime deverá o Presidente do respectivo órgão fracionário do respectivo Tribunal: 
a) dar prosseguimento ao julgamento considerando a extinção do recurso de embargos de infringentes; 
b) deverá sobrestar o julgamento do recurso até a resolução da divergência pelos Supremo Tribunal Federal;
 c) deverá instaurar incidente para resolução da divergência instaurada no julgamento do recurso;
 d) inadmitir o recurso de apelação que originou a divergência.
Caso 10
Em sessão plenária o Supremo Tribunal Federal alterou o entendimento pacificado através do precedente judicial extraído da ADPF 186, no sentido de admitir a constitucionalidade das cotas raciais nas universidades públicas, determinando que a partir da data da referida sessão o único critério a ser utilizado para ingresso nas universidades deve ter como base a meritocracia. Considerando a sistemática de aplicação dos precedentes judiciais podemos afirmar que o Supremo Tribunal Federal agiu adequadamente?
Sim, o Sistema de Precedentes exige que haja a modelação temporal para manter a segurança nas relações jurídicas e a atenção aos interesses sociais.
Art. 927.  Os juízes e os tribunais observarão:
§ 3º Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver modulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da segurança jurídica
O controle de constitucionalidade brasileiro aderiu, desde o início, ao modelo de controle de constitucionalidade estadunidense, segundo o qual lei inconstitucional é lei nula, ou seja, inapta à produção de efeitos jurídicos válidos. Em face disso, a declaração de inconstitucionalidade produz efeitos retroativos (ex tunc), invalidando tudo aquilo que foi feito com base no ato normativo inconstitucional.
Contudo, há situações nas quais o efeito retroativo pode produzir graves lesões à segurança jurídica e ao interesse social. Diante disso, a jurisprudência do STF e a legislação ordinária passaram a contemplar hipóteses nas quais a declaração de inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo não gera efeito retroativo.
De acordocom o artigo 27 da Lei 9.868/1999, estando presentes no caso concreto (i) razões de segurança jurídica ou de (ii) excepcional interesse social o STF poderá, pelo voto de 2/3 dos seus ministros (oito ministros), atribuir à decisão efeito ex nunc (inicia-se com a decisão) ou pro futuro (inicia-se em um momento posterior à decisão). Isto com vistas a evitar que os efeitos retroativos gerem consequências piores do que a própria inconstitucionalidade estava gerando. Nesses casos, excepcionalmente, prestigia-se o princípio da segurança jurídica em detrimento da supremacia da Constituição.
A modulação deve ser realizada apenas em hipóteses extremas, nas quais o risco à segurança jurídica seja efetivamente elevado, sob pena de enfraquecer a Constituição e de se fomentar a convalidação de inconstitucionalidades.
No controle concentrado de constitucionalidade a modulação temporal possui previsão legal, estando presente no artigo 27 da Lei 9.868/1999 e no artigo 11 da Lei 9.882/1999. No controle difuso, embora não haja previsão legal, a jurisprudência do STF é firme em admitir a modulação, valendo-se, por analogia, dos mencionados dispositivos legais. Exemplos: RE 197.917/SP (Caso Mira Estrela); HC 82.959-7/SP (crimes hediondos).
Em resumo, modulação temporal é a possibilidade de atribuição de efeitos ex nunc ou pro futuro a uma decisão em sede de controle de constitucionalidade que originariamente teria efeito retroativo (ex tunc).
 2) Com o objetivo de expandir a prestação jurisdicional e aperfeiçoar a legislação outrora em vigor, promulgou-se a Lei nº 9.099/95, criando os ? Juizados Especiais Cíveis e Criminais?. A sentença proferida em processo seguindo este rito está sujeita a recurso ao próprio Juizado, sendo julgado por turma composta por 3 (três) juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição. No âmbito civil, o acórdão prolatado pela turma recursal está sujeito (XLV Concurso para ingresso na Magistratura do TJRJ):
 (A) à reclamação ao Superior Tribunal de Justiça, desde que o acórdão contrarie jurisprudência firmada na Corte Superior, versando sobre direito material.
 (B) à interposição de recurso extraordinário, dispensando- -se o prequestionamento em razão da informalidade e simplicidade que regem a lei. 
(C) à interposição de recurso especial, nas hipóteses constitucionalmente previstas. 
(D) à oposição de embargos infringentes, para casos em que a decisão tenha sido não unânime. 
3) A autoridade federal competente para julgar processo administrativo de imposição de multa decidiu por aplicar a pena de multa ao administrado, impondo-lhe, ainda, o ônus de depositar o respectivo valor como condição de admissibilidade do recurso administrativo cabível. Sabendo que a exigência da autoridade administrativa contraria teor da súmula vinculante 21 (segundo a qual é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para a admissibilidade de recurso administrativo), o administrado pretende propor reclamação constitucional para que não seja obrigado a depositar o valor da multa como condição de admissibilidade do recurso administrativo. De acordo com a Constituição Federal, a reclamação constitucional é, em tese,
 a) incabível;
 b) cabível, devendo ser proposta perante o Supremo Tribunal Federal. c) cabível, devendo ser proposta perante o Superior Tribunal de Justiça.
 d) cabível, devendo ser proposta perante o Tribunal Regional Federal competente.
 e) cabível, devendo ser proposta perante a autoridade administrativa superior.
Caso 11
Arlete celebrou com José um contrato de promessa de compra e venda de um imóvel cujo pagamento do valor do bem foi parcelado em 50 parcelas de R$10.000.00. José, diante da necessidade financeira, realizou contrato de mútuo com o Banco XZV onde ofereceu o referido imóvel em garantia, sem comunicar previamente a Arlete. Diante do descumprimento do contrato de mútuo por José, o Banco instaurou processo judicial visando a execução da garantia. Considerando que José está em local incerto e Arlete não mais vem recebendo os boletos para pagamento das parcelas, a compradora propôs ação de consignação em pagamento, nos termos do art. 547 do CPC, em face de José e do Banco XZV, pois teve dúvida acerca da titularidade do crédito. O juiz extinguiu o feito, sem resolução do mérito, por entender que inexiste, nesse caso, interesse de agir vez que não há dúvida acerca de quem é o titular do crédito. O juiz agiu corretamente? 
O Juiz agiu incorretamente, em conta da inexistência objetiva do crédito. Os fundamentos do procedente judicial são contundentes, como dúvida quanto à titularidade do crédito, inexistência de interesse e agir afastada, a consignação não serve para apurar responsabilidade do credor no contrato firmado com terceiro e do qual não participou o devedor.
Considerando a inexistência objetiva acerca da titularidade do crédito, o juiz não agiu corretamente. A ação de consignação se presta em caso de dúvida sobre quem tenha legitimidade para receber certo pagamento, dentre outras hipóteses.
Questões objetivas:
2) Na ação de consignação em pagamento o réu, em contestação, poderá alegar, exceto:
 a) que foi justa a recusa.
 b) que não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida. 
c) que o depósito não é integral. 
d) que o depósito apesar de efetuado dentro do prazo pactuado não foi no lugar onde deveria ocorrer o pagamento.
 3) Na ação interposta por aquele que pretende exigir a prestação de contas, conforme a disposição do CPC, se o réu não negar a obrigação de prestar contas, é incorreto afirmar que, em consequência: 
a) o Juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo sentença. 
b) a sentença que julgar procedente a ação condenará o réu a prestar as contas no prazo de quarenta e oito (48) horas.
 c) as contas serão, desde logo, apresentadas pelo autor, em dez (15) dias, sendo julgadas segundo o prudente arbítrio do Juiz. 
d) a sentença que julgar procedente a ação, condenando o réu a prestar as contas, também, imporá a este a pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar, caso não cumpra a condenação no prazo fixado.
Questão discursiva: 
Caso 12
Lindalva, após preencher todos os requisitos legais pertinentes, peticionou ao 10° cartório de Notas da cidade do Rio de Janeiro pleiteando o reconhecimento extrajudicial de usucapião do imóvel localizado no município de Juiz de Fora, Minas Gerais. Sobre o tema, indaga-se: É possível ser acolhido o pleito de Lindalva pelo Tabelião? Fundamente a sua resposta.
 SIM. Pois uma vez atendendo os requisitos do art.1.071do CPC, e se não for necessária a diligência no local do imóvel para certificar o tempo de posse, a ATA NOTARIAL PODERÁ SER LAVRADA POR QUALQUER TABELIÃO DE NOTAS, segundo o artigo 8º, da Lei nº 8935/94, sendo exigido, nesse caso, o comparecimento do solicitante do usucapião e de eventuais testemunhas, se for o caso, no Cartório onde será lavrada a respectiva ata notarial.
Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião, que será processado diretamente perante o cartório do registro de imóveis da comarca em que estiver situado o imóvel usucapiendo, a requerimento do interessado, representado por advogado, instruído com:
ata notarial lavrada pelo tabelião, atestando o tempo de posse do requerente e seus antecessores, conforme o caso e suas circunstâncias;
planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no respectivo conselho de fiscalização profissional, e pelos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes;
certidões negativas dos distribuidores da comarca da situação do imóvel e do domicílio do requerente;
justo título ou quaisquer outros documentos que demonstrem a origem, a continuidade, a natureza e o tempo da posse, tais como o pagamento dos impostos e das taxasque incidirem sobre o imóvel.
O pedido será autuado pelo registrador, prorrogando-se o prazo da prenotação até o acolhimento ou a rejeição do pedido.
Se a planta não contiver a assinatura de qualquer um dos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes, esse será notificado pelo registrador competente, pessoalmente ou pelo correio com aviso de recebimento, para manifestar seu consentimento expresso em 15 (quinze) dias, interpretado o seu silêncio como discordância.
O oficial de registro de imóveis dará ciência à União, ao Estado, ao Distrito Federal e ao Município, pessoalmente, por intermédio do oficial de registro de títulos e documentos, ou pelo correio com aviso de recebimento, para que se manifestem, em 15 (quinze) dias, sobre o pedido.
O oficial de registro de imóveis promoverá a publicação de edital em jornal de grande circulação, onde houver, para a ciência de terceiros eventualmente interessados, que poderão se manifestar em 15 (quinze) dias.
Para a elucidação de qualquer ponto de dúvida, poderão ser solicitadas ou realizadas diligências pelo oficial de registro de imóveis.
Transcorrido o prazo de que trata o § 4º deste artigo, sem pendência de diligências na forma do § 5º deste artigo e achando-se em ordem a documentação, com inclusão da concordância expressa dos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes, o oficial de registro de imóveis registrará a aquisição do imóvel com as descrições apresentadas, sendo permitida a abertura de matrícula, se for o caso.
Em qualquer caso, é lícito ao interessado suscitar o procedimento de dúvida, nos termos desta Lei.
Ao final das diligências, se a documentação não estiver em ordem, o oficial de registro de imóveis rejeitará o pedido.
A rejeição do pedido extrajudicial não impede o ajuizamento de ação de usucapião.
Questões objetivas:
 2) Assinale a alternativa que apresenta a afirmação correta no que tange às ações possessórias no Código de Processo Civil (Analista Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul – 2012 - ).
 a) A propositura de uma ação possessória em vez de outra obsta a que o juiz outorgue a proteção legal correspondente àquela. 
c) A pendência do processo possessório não obsta a propositura de ação de reconhecimento do domínio.
 d) O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de esbulho e reintegrado no caso de turbação.
 d) Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, desde que ouvido o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração.
 d) Contra as pessoas jurídicas de direito público, não se defere a manutenção ou a reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais. 
3) Sobre a usucapião, marque a alternativa correta:
 a) Trata-se de Procedimento especial de Jurisdição contenciosa previsto no CPC.
 b) O artigo 1.071 do CPC trouxe inovação para a lei de Registros Públicos que passou a admitir o pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião.
 c) Trata-se de Procedimento especial de Jurisdição voluntária previsto no CPC.
 d) O Código de Processo Civil não previu a ação de usucapião dentre os procedimentos especiais, por esta razão esse procedimento deixou de existir no CPC.
Questão discursiva: 
Caso 13
Fernando José propôs ação de Reintegração de Posse em face de Pedro Feijó sob o fundamento de que o réu praticou esbulho possessório. A demanda tramitou regularmente e, ao final, o juiz julgou procedente o pedido possessório para determinar a retomada da posse do imóvel em favor de Fernando. Após o trânsito em julgado e a consequente expedição do competente mandado de Reintegração, Diego de Sá e sua esposa Marieta opuseram embargos de terceiros, nos termos do art. 674 do CPC, para defesa de sua propriedade alegando, para tanto, que têm a posse mansa e pacífica do imóvel há mais de 12 anos. Por outro lado, argumentaram, também, que adquiriram a posse do imóvel antes mesmo do bem se tornar litigioso. Agiu corretamente o advogado de Diego e Marieta ao opor embargos de terceiros para a defesa da posse de seus clientes?
Os embargos de terceiro são a via própria para a defesa da posse nesse caso, considerando que adquiriu a posse antes mesmo da coisa tornar-se litigiosa. Por outro lado, a coisa julgada operada na ação de reintegração de posse não produz efeitos em relação a terceiros.
Sim, trata-se de embargos de terceiros, pois os clientes não eram partes no processo ordinário se enquadrando na hipótese do Art. 674 do CPC. 
Os embargos de terceiro admitem o requerimento liminar, com natureza provisória. O magistrado, se reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse do embargante, determinará a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, podendo ainda, a requerimento do embargante, determinar a manutenção ou a reintegração provisória da posse. O magistrado poderá ainda condicionar a ordem de manutenção ou de reintegração provisória de posse à prestação de caução pelo embargante, ressalvada pela sua impossibilidade econômica. capítulo 5 • 168 Art. 678. A decisão que reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse determinará a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o embargante a houver requerido. Parágrafo único. O juiz poderá condicionar a ordem de manutenção ou de reintegração provisória de posse à prestação de caução pelo requerente, ressalvada a impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente. Uma vez acolhido o pedido inicial, o ato de constrição judicial indevida será cancelado, com o reconhecimento do domínio, da manutenção da posse ou da reintegração definitiva do bem ou do direito ao embargante (art. 681 do CPC). Garcia (2015) deixa claro que “a sentença nos embargos de terceiro é impugnável por meio de apelação” (art. 1009 do CPC).
 Questões objetivas: 
2) A ação monitória (FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária): 
a) segue o mesmo rito da ação de execução. 
b) admite prova exclusivamente testemunhal.
 c) demanda a existência de prova escrita sem eficácia de título executivo e pode ter como objeto a entrega de bem fungível. d) permite que o réu ofereça embargos ao mandado monitório, desde que deposite o valor integral do débito ou preste caução idônea. 
e) leva, quando da rejeição dos embargos, à constituição de título executivo extrajudicial.
 3) Em relação à ação monitória é correto afirmar:
 a) Não se admite o procedimento monitório para adimplemento de obrigação de fazer ou não fazer.
 b) Não cabe ação rescisória contra decisão proferida no procedimento monitório quando o devedor não oferecer embargos. c) O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem força executiva é bienal.
 d) Admite-se a condenação do réu por litigância de má-fé.
Caso 14
) Maria de Souza propôs ação de inventário judicial para partilha de bens de seu falecido marido Carlos Otávio. Além da inventariante foram incluídos, também, nas primeiras declarações Othon Souza e Maurício Souza, herdeiros do de cujus. Considerando que Carlos era sócio da Empresa de Transportes Via Jato, a inventariante propôs Apuração de Haveres para viabilizar, através da respectiva perícia, o valor do saldo devido ao de cujus pela sociedade empresária. O juiz instaurou o incidente em apartado e, após a perícia contábil, homologou o valor do saldo credor fixado na apuração de haveres em favor do Espólio de Carlos Otávio. A Empresa Via Jato interpôs recurso de apelação sob o argumento de que a apuração de haveres, por se tratar de matéria de alta indagação, deveria ter sido processada pelo juízo cível razão pela qual o juízo orfanológico é absolutamente incompetente, nos termosdo art. 612 do CPC. O Tribunal de Justiça confirmou a decisão proferida pelo juízo orfanológico. Os argumentos da Empresa procedem?
Não procedem considerando que a necessidade de realização da apuração de haveres de perícia contábil para identificação do saldo devido ao de cujus, não afasta a incidência do juízo orfanológico( juízo que advém a ação de inventário), Art.612 do NCPC/15.
. Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial.
Se todos forem capazes e concordes, o inventário e a partilha poderão ser feitos por escritura pública, a qual constituirá documento hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras.
O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas estiverem assistidas por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial.
O processo de inventário e de partilha deve ser instaurado dentro de 2 (dois) meses, a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subsequentes, podendo o juiz prorrogar esses prazos, de ofício ou a requerimento de parte.
O juiz decidirá todas as questões de direito desde que os fatos relevantes estejam provados por documento, só remetendo para as vias ordinárias as questões que dependerem de outras provas.
Até que o inventariante preste o compromisso, continuará o espólio na posse do administrador provisório.
O administrador provisório representa ativa e passivamente o espólio, é obrigado a trazer ao acervo os frutos que desde a abertura da sucessão percebeu, tem direito ao reembolso das despesas necessárias e úteis que fez e responde pelo dano a que, por dolo ou culpa, der causa.
Não, pois esta indagação não precisa ser realizada diante de deslocamento de competência podendo ser resolvida no juízo orfanológico (Art. 612, CPC) pela sua via atrativa. 
 Questões objetivas:
 2) Lindalva faleceu em Minas Gerais, em um acidente durante a prática de montanhismo. Não tinha feito testamento, mas deixou dois filhos maiores que residem em dois estados da Federação. Apesar de não ter domicílio certo, deixou bens situados nos estados da Bahia e de Mato Grosso. A respeito da ação de inventário, de acordo com o que dispõe o Código de Processo Civil, assinale a afirmativa correta. 
a) A ação de inventário deve ser ajuizada no foro do domicílio dos filhos de Lindalva, pois são eles os inventariantes.
 b) O foro competente para o inventário é o da situação dos bens, de forma que o inventário deverá ser aberto na Bahia, local onde a maioria dos bens está localizada.
 c) A ação de inventário poderá ser ajuizada no foro da situação de qualquer dos bens, uma vez que o autor da herança possui bens em lugares diferentes. 
d) O inventário deverá ser aberto pelos herdeiros no estado de Minas Gerais, uma vez que Lindalva não tinha domicílio certo e seus bens estavam em lugares diferentes.
 3) O requerimento de inventário e de partilha incumbe a quem estiver na posse e na administração do espólio, contudo possui legitimidade concorrente, exceto: 
a) o cônjuge ou companheiro supérstite. 
b) o cessionário do herdeiro ou do legatário.
 c) o Ministério Público, havendo herdeiros incapazes.
 d) a União, quando tiver interesse público.
Caso 15
Questão discursiva: 
Deise Lucia e Álvaro ingressaram com uma ação de separação judicial consensual perante o Juízo de Família da Comarca de Recife. O juiz indeferiu a petição inicial sob o argumento de que a separação judicial consensual foi extinta após a Emenda Constitucional nº66/2010. O juiz agiu adequadamente?
Por mais que a emenda constitucional 66/2010 tenha alterado a redação do artigo 226§6º da CF, para facilitar a dissolução do casamento, retirando qualquer obstáculo, ou seja, qualquer requisito para sua propositura, não podemos afirmar o fim do procedimento da separação judicial consensual na forma do artigo 731/CPC que permite a ruptura imediata do laço conjugal.
Não, pois a EC/66 não extinguiu a separação, apenas acabou com o prazo antes exigido para o divórcio. O Art.371, CPC reforçou este entendimento. 
A homologação do divórcio ou da separação consensuais, observados os requisitos legais, poderá ser requerida em petição assinada por ambos os cônjuges, da qual constarão:
as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns;
as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges;
o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas; e
o valor da contribuição para criar e educar os filhos.
Parágrafo único. Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha dos bens, far-se-á esta depois de homologado o divórcio, na forma estabelecida nos  Art.. As disposições relativas ao processo de homologação judicial de divórcio ou de separação consensuais aplicam-se, no que couber, ao processo de homologação da extinção consensual de união estável.
O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições de que trata o 
A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras.
O tabelião somente lavrará a escritura se os interessados estiverem assistidos por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial.
. A alteração do regime de bens do casamento, observados os requisitos legais, poderá ser requerida, motivadamente, em petição assinada por ambos os cônjuges, na qual serão expostas as razões que justificam a alteração, ressalvados os direitos de terceiros.
Ao receber a petição inicial, o juiz determinará a intimação do Ministério Público e a publicação de edital que divulgue a pretendida alteração de bens, somente podendo decidir depois de decorrido o prazo de 30 (trinta) dias da publicação do edital.
Os cônjuges, na petição inicial ou em petição avulsa, podem propor ao juiz meio alternativo de divulgação da alteração do regime de bens, a fim de resguardar direitos de terceiros.
Após o trânsito em julgado da sentença, serão expedidos mandados de averbação aos cartórios de registro civil e de imóveis e, caso qualquer dos cônjuges seja empresário, ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins.
Questão discursiva:
Caso 16
Maria alugou de Mauro imóvel residencial urbano. Ocorre que a locatária está desempregada há 5 meses, razão pela qual encontra-se inadimplente com sua obrigação contratual. Mauro, inconformado com o atraso de Maria, aproveitou que esta não se encontrava no referido imóvel, adentrou no mesmo, retirou todos os pertences pessoais de Maria e trocou a fechadura. Diante dos fatos narrados, indaga-se: 
a) Qual ação possessória é cabível a defesa dos interesses de Maria?
: Ação de reintegração de posse, uma vez que trata-se esbulho possessório. Art. 560. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado em caso de esbulho. cabe ação de reintegração de posse, juntamente com o pedido de perdas e danos pelo esbulho configurado.
b) Qual remédio processual caberia a Mauro para reaver o seu imóvel e receber os encargos da locação em atraso? Fundamente a sua resposta. : Mauro, enquanto locador, com o objetivo de reaver o imóvel por inadimplemento contratual de Maria deveria propor ação de despejo e para receber os alugueres em atraso cumular com cobrança.
Questões objetivas:
 2) Analise as seguintes assertivas: I. Cabe ao proprietário a ação de demarcação, para obrigar o seu confinante a estremar os respectivos prédios, fixando-se novos limites entre eles ou aviventando-se os já apagados. II. A demarcação e a divisão jamais poderão ser realizadas por escritura pública. III. Cabe ao condômino a ação de divisão, para obrigar os demais consortes a estremar os quinhões.
 a) Apenas oitem II está correto.
 b) Os itens I e III estão corretos. 
c) Apenas o item III está correto. 
d) Os itens I e II estão corretos.
 Questões objetivas: 
2) Sobre a jurisdição voluntária, é correto afirmar que (Analista do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro – 2011):
 a) assim como na contenciosa, o juiz é obrigado na jurisdição voluntária a observar a legalidade estrita.
 b) o Ministério Público pode atuar como órgão interveniente na jurisdição voluntária, mas não como órgão agente. 
c) o interditando não pode constituir advogado, devendo ser nomeado curador especial para sua defesa;
 d) cessando as funções do tutor ou curador pelo decurso do prazo em que era obrigado a servir, ser-lhe-á lícito requerer a exoneração do encargo;
 e) o tutor ou curador poderá eximir-se do encargo, apresentando escusa ao juiz a qualquer tempo.
 3) A interdição daqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiveram o necessário discernimento para os atos da vida civil será declarada em procedimento de jurisdição:
 a) contenciosa, sendo dispensada a intervenção do Ministério Público se o interditando constituir advogado para defendê-lo, mas é o Ministério Público também legitimado para promover a interdição em casos especificados em lei.
 b) contenciosa, com intervenção obrigatória do Ministério Público que, entretanto, em nenhuma hipótese tem legitimidade para promover a interdição.
 c) voluntária, se o interditando concordar com o pedido e contenciosa, se o interditando resistir ao pedido de interdição.
 d) voluntária, não sendo obrigatória a intervenção do Ministério Público, nem sendo o Ministério Público legitimado em qualquer hipótese para requerer a interdição.
 e) voluntária, com intervenção obrigatória do Ministério Público, o qual, também, tem legitimidade para promover a interdição em casos especificados na lei.
.
 Em resumo, modulação temporal é a possibilidade de atribuição deefeitos ex nunc ou pro futuro a uma decisão em sede de controle de constitucionalidade que originariamente teria efeito retroativo (ex tunc).
Do Julgamento dos Recursos Extraordinário e Especial Repetitivos
Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento de acordo com as disposições desta Subseção, observado o disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no do Superior Tribunal de Justiça.
O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal selecionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia, que serão encaminhados ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça para fins de afetação, determinando a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região, conforme o caso.
O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento.
.
Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 2º caberá apenas agravo interno.
A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do tribunal de justiça ou do tribunal regional federal não vinculará o relator no tribunal superior, que poderá selecionar outros recursos representativos da controvérsia.
O relator em tribunal superior também poderá selecionar 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia para julgamento da questão de direito independentemente da iniciativa do presidente ou do vice-presidente do tribunal de origem.
Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que contenham abrangente argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida.
Selecionados os recursos, o relator, no tribunal superior, constatando a presença do pressuposto do caput do art. 1.036 , proferirá decisão de afetação, na qual:
identificará com precisão a questão a ser submetida a julgamento;
determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional;
poderá requisitar aos presidentes ou aos vice-presidentes dos tribunais de justiça ou dos tribunais regionais federais a remessa de um recurso representativo da controvérsia.
Se, após receber os recursos selecionados pelo presidente ou pelo vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, não se proceder à afetação, o relator, no tribunal superior, comunicará o fato ao presidente ou ao vice-presidente que os houver enviado, para que seja revogada a decisão de suspensão referida no 
Havendo mais de uma afetação, será prevento o relator que primeiro tiver proferido a decisão a que se refere o inciso I do caput .
Os recursos afetados deverão ser julgados no prazo de 1 (um) ano e terão preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus .
Ocorrendo a hipótese do § 5º, é permitido a outro relator do respectivo tribunal superior afetar 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia na forma.
Quando os recursos requisitados na forma do inciso III do caput contiverem outras questões além daquela que é objeto da afetação, caberá ao tribunal decidir esta em primeiro lugar e depois as demais, em acórdão específico para cada processo.
As partes deverão ser intimadas da decisão de suspensão de seu processo, a ser proferida pelo respectivo juiz ou relator quando informado da decisão a que se refere o inciso II do caput .
Demonstrando distinção entre a questão a ser decidida no processo e aquela a ser julgada no recurso especial ou extraordinário afetado, a parte poderá requerer o prosseguimento do seu processo.
O requerimento a que se refere o § 9º será dirigido:
ao juiz, se o processo sobrestado estiver em primeiro grau;
ao relator, se o processo sobrestado estiver no tribunal de origem;
ao relator do acórdão recorrido, se for sobrestado recurso especial ou recurso extraordinário no tribunal de origem;
ao relator, no tribunal superior, de recurso especial ou de recurso extraordinário cujo processamento houver sido sobrestado.
A outra parte deverá ser ouvida sobre o requerimento a que se refere o § 9º, no prazo de 5 (cinco) dias.
Reconhecida a distinção no caso:
dos incisos I, II e IV do § 10, o próprio juiz ou relator dará prosseguimento ao processo;
do inciso III do § 10, o relator comunicará a decisão ao presidente ou ao vice-presidente que houver determinado o sobrestamento, para que o recurso especial ou o recurso extraordinário seja encaminhado ao respectivo tribunal superior, na forma do art. 1.030, parágrafo único .
Da decisão que resolver o requerimento a que se refere o § 9º caberá:
agravo de instrumento, se o processo estiver em primeiro grau;
agravo interno, se a decisão for de relator.
O relator poderá:
solicitar ou admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia, considerando a relevância da matéria e consoante dispuser o regimento interno;
fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e conhecimento na matéria, com a finalidade de instruir o procedimento;
requisitar informações aos tribunais inferiores a respeito da controvérsia e, cumprida a diligência, intimará o Ministério Público para manifestar-se.
No caso do inciso III, os prazos respectivos são de 15 (quinze) dias, e os atos serão praticados, sempre que possível, por meio eletrônico.
Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do relatório aos demais ministros, haverá inclusão em pauta, devendo ocorrer o julgamento com preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus .
O conteúdo do acórdão abrangerá a análise dos fundamentos relevantes da tese jurídica discutida.  
Decididos os recursos afetados,os órgãos colegiados declararão prejudicados os demais recursos versando sobre idêntica controvérsia ou os decidirão aplicando a tese firmada.
Parágrafo único. Negada a existência de repercussão geral no recurso extraordinário afetado, serão considerados automaticamente inadmitidos os recursos extraordinários cujo processamento tenha sido sobrestado.
Publicado o acórdão paradigma:
o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos especiais ou extraordinários sobrestados na origem, se o acórdão recorrido coincidir com a orientação do tribunal superior;
o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo de competência originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, se o acórdão recorrido contrariar a orientação do tribunal superior;
os processos suspensos em primeiro e segundo graus de jurisdição retomarão o curso para julgamento e aplicação da tese firmada pelo tribunal superior;
se os recursos versarem sobre questão relativa a prestação de serviço público objeto de concessão, permissão ou autorização, o resultado do julgamento será comunicado ao órgão, ao ente ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada.
A parte poderá desistir da ação em curso no primeiro grau de jurisdição, antes de proferida a sentença, se a questão nela discutida for idêntica à resolvida pelo recurso representativo da controvérsia.
Se a desistência ocorrer antes de oferecida contestação, a parte ficará isenta do pagamento de custas e de honorários de sucumbência.
A desistência apresentada nos termos do § 1º independe de consentimento do réu, ainda que apresentada contestação.
. Mantido o acórdão divergente pelo tribunal de origem, o recurso especial ou extraordinário será remetido ao respectivo tribunal superior, na forma do 
Realizado o juízo de retratação, com alteração do acórdão divergente, o tribunal de origem, se for o caso, decidirá as demais questões ainda não decididas cujo enfrentamento se tornou necessário em decorrência da alteração.
Quando ocorrer a hipótese do inciso II do caput do art. 1.040 e o recurso versar sobre outras questões, caberá ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, depois do reexame pelo órgão de origem e independentemente de ratificação do recurso, sendo positivo o juízo de admissibilidade, determinar a remessa do recurso ao tribunal superior para julgamento das demais questões.  
CASOS CONCRETO  01 
1) A data da sessão de julgamento da apelação interposta por Manoel Carlos foi devidamente publicada no Diário Oficial. Diante do alto número de recursos pautados para serem julgados, o julgamento da apelação de Manoel foi transferida para sessão do dia seguinte. Após o julgamento desfavorável do respectivo recurso, o advogado de Manoel requereu a nulidade do julgamento vez que não foi intimado e que o recurso não poderia ter sido julgado no dia posterior à data previamente designada. Assiste razão ao patrono de Manoel?
Resposta:   Não,  no caso em tela, quando for transferida para a seção do da seguinte, fica automaticamente intimado para o dia seguinte, sem necessidade de publicação no diário oficial.
 Questões objetivas:
2) Incumbe ao relator, exceto: 
a) negar provimento a recurso que for contrário a súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal.
b) não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida.
c) dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes.
d) decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado em sede de primeiro graude jurisdição.
3) Quando o resultado do julgamento do recurso de apelação não for unânime deverá o Presidente do respectivo órgão fracionário do respectivo Tribunal:
a) dar prosseguimento ao julgamento considerando a extinção do recurso de embargos de infringentes;
b) deverá sobrestar o julgamento do recurso até a resolução da divergência pelos Supremo Tribunal Federal;
c) deverá instaurar incidente para resolução da divergência instaurada no julgamento do recurso;
d) inadmitir o recurso de apelação que originou a divergência.
CASO CONCRETO 02
Título Teoria Geral dos Recursos:
Disposições Gerais, conceitos e princípios.
Classificação dos recursos. R Descrição 
Questão discursiva:
1) João ingressou com uma ação de reintegração de posse em face de Valdomiro visando obter a retomada de seu imóvel como também a indenização por perdas e danos. A pretensão foi acolhida em parte pelo juízo tão somente para determinar a reintegração do autor na posse do imóvel. O autor interpõe recurso de apelação para o respectivo Tribunal de Justiça visando obter a indenização por perdas e danos, o que foi negado pela Câmara que apreciou o recurso. O recorrente, diante da omissão do colegiado acerca de pontos relevantes abordados no recurso, apresenta pedido de reconsideração no prazo de 15 dias, que foi rejeitado imediatamente pelo relator.
Diante do caso indaga-se:
a) O pedido de reconsideração possui natureza recursal?
Resposta  -  Não,  exste este tipo de recurso, não tem natureza juríidica, cabe embargo de declaração.
b) Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse caso?
Resposta-  Não, pois  não se trata de um recurso, ademais inexiste dúvida objetiva.
Questões objetivas: 
2) São princípios fundamentos dos recursos previstos no Código de Processo Civil (Promotor de Justiça/SP-2006):
a) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a garantia do reformatio in peius.
b) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a proibição do reformatio in peius.
c) o duplo grau necessário de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a garantia do reformatio in peius.
d) o duplo grau necessário de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a garantia do reformatio in peius.
e) o duplo grau de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade,
a infungibilidade e a proibição do reformatio in peius.
3) Considerando o que dispõe o CPC a respeito de recursos, assinale a opção correta (OAB Nacional – 2009/1).
a) Havendo sucumbência recíproca e sendo proposta apelação por uma parte, será cabível a interposição de recurso adesivo pela outra parte.
b) A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, habilita o advogado a desistir do recurso.
c) O MP tem legitimidade para recorrer somente no processo em que é parte.
d) A desistência do recurso interposto pelo recorrente depende da concordância do recorrido.
Obs: A. – art. 997 p.1º CPC.  
Art.  997.    Cada  parte  interporá  o  recurso  independentemente,  no  prazo  e  com  observância  das exigências legais.
§ 1o Sendo vencido s autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.  
OBS: Dúvida  Objetiva:  É o  que  caracteriza,  o que permite  a aplicação  do princípio  da  fungibilidade  recursal.
A  dúvida  objetiva  não  pode  ser  confundida  com  desconhecimento  da  lei,  não  é   pelo  fato  de  você  não conhecer  o  que  diz  a  lei  ou   não  conhecer  o  que  diz  o  enunciado, ou  ter  no  caso  concreto  caracterizado erro grosseiro, nessas hipóteses não se admite aplicação  do princípio da fungibilidade.  
Dúvida  objetiva  ocorreria  por  exemplo  se  vc  estivesse  diante  de  uma  decisão  que  possui  natureza jurídica  de  interlocutória,  mas  a  lei  determinas se  apelação...isso  ainda  ocorre?  Ocorre,  com  a  lei 1060/50  que  é  a  lei  de  gratuidade  de  justiça  -todo  mundo  agrava,  que   é  o  correto,  mas  a  lei  manda apelar – logo se alguém surgi com apelação p ode alega que é dúvidaobjetiva, pq tem a lei dizendo que é apelação.
Se  você  me  perguntar  hoje  um  exemplo,  e  matéria  de  recurso,  que  envolva  a  aplicação  do  princípio  da fungibilidade  recursal,  eu  vou  te  dizer  que  hoje  é  difícil  enumerar  u m  exemplo,  porque  senhores?  Porque  a  lei  é clara  sobre qual  recurso  cabível  para  cada  caso  concreto,  então  não  há  espaço  para  você levantar  a  dúvida objetiva,  você provavelmente  cai em  erro  grosseiro ou desconhecimento  da  lei que não  é escusável nessas situações.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III - CCJ0037
Título Teoria Geral dos Recursos.
Requisitos de admissibilidade.
Efeitos dos recursos.
Descrição 
CASO CONCRETO 03
Questão discursiva: 
1) Marcos Antônio ingressou com uma ação declaratória em face do plano de saúde Vida Saudável, responsável por atender importante parcela da população brasileira, visando obter reconhecimento da abusividade de determinada cláusula que impede o tratamento de pacientes com doenças infectocontagiosas.
Diante da repercussão social do julgado, a associação de portadores de HIV solicitou seu ingresso como amicus curiae, o que foi prontamente autorizado pelo juiz da causa. Diante do caso indaga-se:
a) Poderá a associação atuar como se parte fosse?
Resposta  -O  amicus  curiae  poderá  ter  seu  ingresso  solicitado  de  ofício  pelo  juiz  ou  através  de  requerimento. Contribui  para o  esclarecimento  da  questão  em  razão  de  seus  conhecimentos  específicos, democratizando assim o debate judicial. Está previsto no art. 138 N CPC.  
§ 1o  A  intervenção  de  que  trata  o  caput não   implica  alteração  de  competência  nem  autoriza  a interposição  de  recursos,  ressalvadas  a   oposição   de  embargos  de  de claração  e   a  hipótese  do  § 3o.
§ 2o Caberá   ao  juiz  ou  ao  relator,  na  decisão  que  solicitar  o u  admitir  a  intervenção,  definir  os poderes do  amicus curiae.
§3o O amicus curiae  pode recorrer da  decisão  que julgar o  incidente d e resolução  de demandas
repetitivas.
Questões objetivas:
2) Indique, dentre as alternativas abaixo, o requisito extrínseco de admissibilidade dos recurso em geral (Promotor de Justiça/ MG – 2005):
a) cabimento.
b) legitimação para recorrer.
c) interesse para recorrer.
d) inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer.
e)  regularidade  formal,  tempestividade  e  preparo.
(classificação de José Carlos Barbosa Moreira).
3) De acordo com o Código de Processo Civil, assinale a alternativa correta (Juiz de Direito – SC – 2009):
a) A insuficiência no valor do preparo implicará deserção independentemente de intimação;
b) Cabe agravo na forma retida da decisão que não admite apelação;
c) Das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá agravo imediatamente, na forma retida ou por instrumento no prazo de dez dias, quando se tratar de decisão suscetível de causar lesão grave ou de difícil reparação;
d) O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem anuência do recorrido, desistir do recurso;
e) Decisão além ou fora do pedido é passível de interposição de embargos de declaração apenas quando resultar contradição.
CASO CONCRETO 04
Questão discursiva:
1) Carlos ingressou com uma ação indenizatória em face da Construtora JSP com o objetivo de obter indenização pela demora na entrega de seu imóvel. Após a citação, constatou-se que a construtora encerrou suas atividades irregularmente, o que motivou o autor a requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que foi indeferido de plano pelo juiz. Terminada a instrução, o juiz condenou a construtora a indenizar ao autor no valor de R$10.000,00, devidamente atualizado e com juros legais. Irresignado com a sentença o autor interpôs recurso de apelação visando reformar a decisão interlocutória que indeferiu a desconsideração da personalidade como também aumentar o valor fixado a título de indenização. Diante do caso indaga-se:
a) A apelação de Carlos foi formulada adequadamente?
Resposta: Não, pois da decisão que rejeita o incidente de desconsideração da personalidade jurídica caberá agravo de instrumento, Art.1015 do NCPC.
b) O juiz sentenciante poderá inadmitir o recurso de Carlos?
Resposta: No caso concreto, o sistema afasta a verificação dos requisitos pelo magistrado  juízo ad quo), sendo realizada diretamente pelo tribunal, juízo ad quem. Sobretudo por tratar-se do Recurso de Agravo por Instrumento.
Art.1010,  § 3o, NCPC: Após as formalidades previstas nos §§ 1o e 2o, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade. ⇒ o exame do agravo de instrumento é feito no juízo de admissibilidade ad quem.
2) O recurso de apelação será recebido somente no efeito devolutivo quando interposto conta sentença que julgar ação (Promotor de Justiça – RO – 2006):
a) de manutenção de posse ou interdito proibitório referentes a posse nova;
b) condenatória de prestação alimentícia; 
c) de reparação de danos causados em acidente de veículos processada pelo rito sumário; Art.1012, II , NCPC
d) de reparação de danos morais, sem repercussão patrimonial, fundamentada no Código de Defesa do Consumidor;
e) não confirmando os efeitos da tutela.
3) É correto afirmar que o recurso de apelação comporta juízo de retratação nas seguintes hipóteses (XLIV Concurso para ingresso da Magistratura do TJ/RJ) :
(A) excepcionalmente, nos casos em que há deferimento de tutela de urgência, seja antecipada ou cautelar.
(B) em regra, nas hipóteses do art. 520 do CPC, em que não há recebimento no efeito suspensivo.
(C) excepcionalmente, nos casos de julgamento liminar de improcedência e nos de indeferimento da inicial. Art.331 e Art.332, § 3°, NCPC
(D) em regra, em todas as ações de conhecimento, seja o procedimento ordinário ou sumário, cautelar ou execução
Caso concreto 05
Questão discursiva:
Rafael e José impetraram Mandado de Segurança em face do Município visando obter a reintegração na Guarda Municipal, considerando que foram exonerados arbitrariamente por abuso de poder da municipalidade. O juiz excluiu José sob o fundamento de que, na hipótese, não cabe litisconsórcio. José interpôs agravo de instrumento que, após a devida distribuição, foi encaminhado pelo relator para o julgamento eletrônico, dispensando-se a sessão de julgamento.
Agiu adequadamente o relator?
Resposta: Em virtude da revogação do Art. 945, NCPC, o relator não agiu adequadamente
 (lei 13.256/16)
Art. 945, NCPC  foi revogado
Art. 945.  A critério do órgão julgador, o julgamento dos recursos e dos processos de competência originária que não admitem sustentação oral poderá realizar-se por meio eletrônico.                                (Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016)
2) Da decisão que julgar a liquidação de sentença caberá ( MPE-SP – 2011 – MPE-SP – Promotor de Justiça):
a) embargos do devedor, seguro o juízo;
b) recurso de apelação;
c) exceção de pré-executividade;
d) objeção de pré-executividade;
e) recurso de agravo de instrumento; Art.1015, parágrafo único, NCPC.
3) Em um processo que observa o rito comum ordinário, o juiz profere decisão interlocutória contrária aos interesses do réu. É certo que, se a decisão em questão não for rapidamente apreciada e revertida, sofrerá a parte dano grave, de difícil ou impossível reparação. Assim sendo, o advogado do réu prepara o recurso de agravo de instrumento, cuja petição de interposição contém a exposição dos fundamentos de fato e de direito, as razões do pedido de reforma da decisão agravada, além do nome e endereço dos advogados que atuam no processo. A petição está, ainda, instruída com todas as peças obrigatórias que irão formar o instrumento do agravo. Contudo, o agravante deixou de requerer a juntada, no prazo legal, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíramo recurso, fato que foi arguido e provado pelo agravado. Com base no relatado acima, 
-assinale a alternativa correta a respeito da consequência processual decorrente ( FGV – 2011 – OAB – Exame de Ordem Unificado – III – Primeira Fase).
a) Haverá prosseguimento normal do recurso, pois tal juntada caracteriza mera faculdade do agravante;
b) Não será admitido o agravo de instrumento; Art.1016 e 1017 do NCPC.
c) O agravo de instrumento será julgado pelo tribunal, inviabilizando-se, apenas, o exercício do juízo de retratação pelo magistrado;
d) Estará caracterizada a litigância de má-fé, por força de prática de ato processual manifestamente protelatório, devendo a parte agravante ser sancionada, e o feito, extinto sem resolução do mérito.
Caso concreto 06
Questão discursiva:
Marcia ingressou com uma ação de revisão de cláusulas contratuais em face da Editora Encanto no I Juizado Especial da Comarca de Salvador. Após a realização da audiência de instrução e julgamento o juiz proferiu sentença julgando procedente o pedido da autora. A ré opôs embargos de declaração, sob o argumento de que houve erro material e omissão no julgado, no prazo legal, sendo este rejeitado pelo julgador. Após a publicação da decisão que julgou os embargos a empresa embargante interpôs recurso inominado no prazo de 10 dias. O recurso foi inadmitido pelo juiz por intempestividade, considerando a regra disposta no art. 50 da Lei nº 9.099/95. Agiu adequadamente o juiz?
Resposta: Não agiu adequadamente, considerando que o Art.1.065 do NCPC, que alterou o Art.50 da Lei 9.099/95. Com a alteração prevista no NCPC, os embargos de Declaração interrompem o prazo, não mais o suspendem em hipótese alguma.
2) Sobre os embargos de declaração, é INCORRETO afirmar que (Técnico Judiciário do TJ/RJ – Prova 1 – Concurso 2014):  
OBS: eles não suspende e sim interrompem
(A) têm por finalidade primordial o aclaramento ou a integração da decisão judicial;
(B) devem ser interpostos no prazo de cinco dias;
(C) suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, por qualquer das partes; Art.1026, NCPC.
(D) podem dar azo à aplicação de multa, caso o órgão jurisdicional os reconheça como manifestamente protelatórios;
(E) não estão sujeitos a preparo.
3) O TRF da 2a Região denegou a ordem de segurança pleiteada em processo de sua competência originária. Nesse caso, qual seria o recurso cabível contra tal decisão?
a) Recurso Extraordinário ao STF, se a decisão contrariar dispositivo constitucional;
b) Recurso Especial ao STJ, se a decisão contrariar lei federal;
c) Recurso Ordinário ao STJ, se a decisão contrariar lei federal;
d) Recurso Ordinário ao STF, independentemente do conteúdo da decisão;
e) Recurso Ordinário ao STJ, independentemente do conteúdo da decisão. Art.1027, II, a, NCPC
Caso concreto 07 
Questão discursiva: 
Determinado Tribunal Regional Federal confirmou a sentença proferida por juízo federal no sentido de negar a equiparação de soldados entre militares das forças armadas. Inconformado, o recorrente interpôs recurso extraordinário, que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. O Ministro Relator entendeu que a violação ao texto constitucional era reflexa, por necessitar de revisão de lei federal, e inadmitiu o recurso extraordinário. Agiu adequadamente o relator? 
Resposta: Não, o relator deveria converter o recurso extraordinário (RE) em recurso especial (REsp), conforme Art.1033do NCPC , por entender que a questão diz respeito a norma federal. 
2) Em sede de recurso extraordinário, a questão constitucional nele versada deverá oferecer repercussão geral sob pena de (OAB/SP – 2007) 
a) não ser provido pelo STJ; 
b) não ser provido perante o juízo a quo; 
c) não ser conhecido pelo juízo ad quem; Art. 1035, NCPC 
d) não ser provido pelo juízo ad quem. 
3) Em relação ao recurso extraordinário, a decisão do Supremo Tribunal Federal que não admite a repercussão geral é (OAB/RS – 2007) Art. 1.035 NCPC
a) irrecorrível. 
b) passível de embargos infringentes. 
c) passível de reclamação. 
d) agravável
Caso concreto 08
Questão discursiva:
1) Diante da multiplicidade de recursos especiais com fundamento em idêntica questão de direito em face da União, o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná selecionou dois recursos representativos da controvérsia e encaminhou para o Superior Tribunal de Justiça para o julgamento repetitivo. O relator no STJ determinou a suspensão de todos os processos afetados pendentes em tramitação no território nacional. Diante dessa circunstância indaga-se 
a) Em relação aos processos suspensos em todo território nacional, é possível a desistência da ação? Em que fase processual?
Resposta- Sim, é possível a desistência até a prolação da sentença - art. 1040 p. 1º NCPC.
Publicado o acórdão paradigma: § 1 A parte poderá desistir da ação em curso no primeiro grau de jurisdição, antes de proferida a  sentença, se a questão nela discutida for idêntica à resolvida pelo recurso representativo da controvérsia. 
OBS: Se vc desistir ,  seu processo vai ser extinto sem resolução de mérito - art.485 NCPC. 
Vou poder promover uma nova ação? Sim, o Juiz vai aplicar a mesma decisão dos processos repetitivos - art. 917 NCPC (em outras palavras, não adianta nada vc desistir). 
b) Caso a parte identifique que a controvérsia estabelecida no julgamento repetitivo diverge da controvérsia existente em seu processo, como deverá proceder?
Resposta- Deverá fazer um requerimento demonstrando a distinção e solicitando o prosseguimento da demanda. art. 1037.
Art. 1.037. Selecionados os recursos, o relator, no tribunal superior, constatando a presença do pressuposto do caput do art. 1.036, proferirá decisão de afetação, na qual: 
III - poderá requisitar aos presidentes ou aos vice-presidentes dos tribunais de justiça ou dos tribunais regionais federais a remessa de um recurso representativo da controvérsia
2) Leia as afirmativas sobre a repercussão geral.
I. No STF, se a turma decidir pela existência de repercussão geral por, no mínimo, quatro votos, será encaminhado o recurso ao plenário para nova votação, que poderá negar processamento ao RE por votos de 2/3 dos membros.  - art. 1035, p.8 NCPC.
II. O Tribunal de origem não tem competência para apreciar a existência de alegação de repercussão geral na preliminar do recurso extraordinário. - é o STF que faz art. 1.035 NPC
III. Pode-se dizer que a repercussão geral é requisito de admissibilidade do recurso extraordinário e do recurso especial, cuja análise compete somente ao STF, seja por decisão da turma ou do plenário. - , é requisito do extraordinário.
IV. Se o STF entender pela existência de repercussão geral, com o julgamento de mérito da Ré selecionado, a decisão valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica sobrestados na origem.
Está correto apenas o que se afirma em – V –
Art. 1035 p. 5º e 9º NCPC
(A) I, II e IV.
(B)  III e IV.
(C) I e II.
(D) II e IV
3) Reconhecida a repercussão geral em determinado recurso extraordinário, o procedimento adequado em relação aos recursos afetados será:
a) aguardar, independente de prazo, o reconhecimento da repercussão geral;
b) julgar, independente da repercussão geral, os recursos afetados;
c) aguardar a apreciação da repercussão geral, pelo prazo de 01 ano, expirado o prazo o recurso afetado deve ser inadmitido na origem;
d) aguardar a apreciação da repercussão geral, pelo prazo de 01 ano, expirado o referido prazo o recurso sobrestado será processado normalmente. - §10° do art. 1035 NCPC. ART. REVOGADO   EM 2016     QUESTÃO   ANULADA.
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.
§ 5 Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a o suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuaisou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional.
§ 8 Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará o seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica.
§ 9 O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 1 (um) o ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus.
OBS: Revogado § 10. Não ocorrendo o julgamento no prazo de 1 (um) ano a contar do reconhecimento da repercussão geral, cessa, em todo o território nacional, a suspensão dos processos, que retomarão seu curso normal
Caso concreto 09
Questão discursiva:
1) Antônio Silva, funcionário público, ajuizou ação em face do município de Jacarezinho, alegando que o Plano de Cargos e Salários de sua categoria profissional, estabelece como critério de progressão, níveis de escolaridade diferenciados e isso violaria o princípio da isonomia e o artigo 39, §1° da CRFB, eis que para o exercício do cargo exige-se apenas nível médio. Diante dos fatos, requereu seu reenquadramento na forma da Lei Municipal n. 388/2011, realizando de forma imediata a majoração de seu salário-base. O magistrado em sentença julgou procedente o pedido de Antônio. Inconformado, o ente público recorreu alegando, dentre outros motivos, que os requisitos estabelecidos na lei municipal são constitucionalmente válidos. O órgão colegiado, por unanimidade, acordou em suscitar o incidente processual cabível.
Indaga-se:
Qual incidente processual enquadra-se na hipótese?
Explique e fundamente a sua resposta.
DUAS OPÇÃO DE RESPOSTA
Resposta: Incidente de arguição de inconstitucionalidade. Aqui há o controle difuso onde pode o órgão judiciário analisar a questão como fundamento do pedido, a questão da constitucionalidade como prejudicial, não declarando a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma norma, mas apenas dela conhecendo.
Resposta: A coisa julgada sobre a questão prejudicial incidental dependerá de remessa necessária, Assim, poderá provocar os embargos de declaração que tem como objetivo sanar uma omissão, contradição ou obscuridade na decisão impugnada; art. 535, CPC. E ainda devera observar os demais pressupostos para a incidência do duplo grau obrigatório.
Questões objetivas:
2) Na hipótese é cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver:
I - simultaneamente efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito e risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. 
II - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão de fato e de direito. 
III - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. Art. 976, NCPC
a) Apenas o item I está correto. 
b) Apenas o item III está correto. 
c) Os itens II e III estão correto. 
d) Apenas o item II está correto
Art. 976. NCPC. É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver, simultaneamente:
I - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito;
II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.
3) Quando o resultado do julgamento do recurso de apelação não for unânime deverá o Presidente do respectivo órgão fracionário do respectivo Tribunal: 
a) dar prosseguimento ao julgamento considerando a extinção do recurso de embargos de infringentes;
b) deverá sobrestar o julgamento do recurso até a resolução da divergência pelos Supremo Tribunal Federal;
c) deverá instaurar incidente para resolução da divergência instaurada no julgamento do recurso;
d) inadmitir o recurso de apelação que originou a divergência.
Art. 942.  Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores.
Caso concreto 10
Questão discursiva:
1) Em sessão plenária o Supremo Tribunal Federal alterou o entendimento pacificado através do precedente judicial extraído da ADPF 186, no sentido de admitir a constitucionalidade das cotas raciais nas universidades públicas, determinando que a partir da data da referida sessão o único critério a ser utilizado para ingresso nas universidades deve ter como base a meritocracia. Considerando a sistemática de aplicação dos precedentes judiciais podemos afirmar que o Supremo Tribunal Federal agiu adequadamente?
Resposta: Sim, o Sistema de Precedentes exige que haja a modelação temporal para manter a segurança nas relações jurídicas e a atenção aos interesses sociais.
Art. 927.  Os juízes e os tribunais observarão:
§ 3º Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver modulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da segurança jurídica
Questões objetivas:
2) Com o objetivo de expandir a prestação jurisdicional e aperfeiçoar a legislação outrora em vigor, promulgou-se a Lei nº 9.099/95, criando os “Juizados Especiais Cíveis e Criminais”. A sentença proferida em processo seguindo este rito está sujeita a recurso ao próprio Juizado, sendo julgado por turma composta por 3 (três) juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição. No âmbito civil, o acórdão prolatado pela turma recursal está sujeito (XLV Concurso para ingresso na Magistratura do TJRJ):
a) à reclamação ao Superior Tribunal de Justiça, desde que o acórdão contrarie jurisprudência firmada na Corte Superior, versando sobre direito material.
b) à interposição de recurso extraordinário, dispensando- -se o prequestionamento em razão da informalidade e simplicidade que regem a lei.
c) à interposição de recurso especial, nas hipóteses constitucionalmente previstas.
d) à oposição de embargos infringentes, para casos em que a decisão tenha sido não unânime.
3) A autoridade federal competente para julgar processo administrativo de imposição de multa decidiu por aplicar a pena de multa ao administrado, impondo-lhe, ainda, o ônus de depositar o respectivo valor como condição de admissibilidade do recurso administrativo cabível. Sabendo que a exigência da autoridade administrativa contraria teor da súmula vinculante 21 (segundo a qual é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para a admissibilidade de recurso administrativo), o administrado pretende propor reclamação constitucional para que não seja obrigado a depositar o valor da multa como condição de admissibilidade do recurso administrativo. De acordo com a Constituição Federal, a reclamação constitucional é, em tese:
a) incabível.
b) cabível, devendo ser proposta perante o Supremo Tribunal Federal.
c) cabível, devendo ser proposta perante o Superior Tribunal de Justiça.
d) cabível, devendo ser proposta perante o Tribunal Regional Federal competente.
e) cabível, devendo ser proposta perante a autoridade administrativa superior
Art. 988.  Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:
III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade
SEMANA 11
CASO CONCRETO 11
1) Arlete celebrou com José um contrato de promessa de compra e venda de um imóvel cujo pagamento do valor do bem foi parcelado em 50 parcelas de R$10.000.00. José, diante da necessidade financeira, realizou contrato de mútuo com o Banco XZV onde ofereceu o referido imóvel em garantia, sem comunicar previamente a Arlete. Diante do descumprimento do contrato

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