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DIREITO INTERNACIONAL
As personalidades 
Internacionais
• A personalidade internacional é o
atributo que o ente tem de ser sujeito e
titular de direitos e obrigações no
cenário internacional, logo, ele vai ter
personalidade internacional.
Direito Internacional
A personalidade internacional
Na concepção do Direito Internacional clássico
(caráter interestatal), apenas os Estados e as
organizações internacionais seriam sujeitos de
Direito Internacional.
A capacidade internacional possibilita os
Estados e as Organizações Internacionais de
criar normas no âmbito internacional.
 A personalidade associa-se à capacidade, que é a
possibilidade efetiva de que uma pessoa, natural ou
jurídica, exerça direitos e cumpra obrigações.
Uma doutrina mais recente vem admitindo a
existência de outros sujeitos de Direito
Internacional, que são:
 o indivíduo, as empresas e as organizações não-
governamentais (ONGs)
Podem invocar normas internacionais e que devem
cumpri-las, dispondo desse modo da faculdade de
recorrer a certos foros internacionais.
Porém, essas novas pessoas internacionais não detém prerrogativas
para celebrar tratados. Todavia, tem possibilidade restrita de recorrer a
mecanismos internacionais de solução de controvérsias.
ATENÇÃO: em qualquer caso, os sujeitos de Direito
Internacional não se confundem com seus órgãos, meras
unidades dos respectivos arcabouços institucionais
internos, encarregados de manifestar a vontade das
entidades que representam.
 Exemplos de órgãos: Ministério das Relações
Exteriores, Conselho de Segurança das Nações Unidas
etc.
Entidades Coletivas não-estatais:
1-a Santa Sé,
2-os beligerantes,
3-os insurgentes e,
4-em alguns casos, as nações em luta
pela soberania e reconhecimento (ex.:
Tibete).
 Final do século XX - blocos regionais:
-personalidade jurídica de Direito das Gentes;
-as prerrogativas típicas dos tradicionais sujeitos de
Direito Internacional
-o poder de celebrar tratados.
# os indivíduos, as empresas e as ONGs não são 
pessoas de direito público, mas sim de direito 
privado. #
Este “é um instrumento para a independência da
Santa Sé que, por sua vez, tem uma natureza e
uma identidade própria sui generis, enquanto
representação do governo central da Igreja”.
Este “é um instrumento para a independência da
Santa Sé que, por sua vez, tem uma natureza e
uma identidade própria sui generis, enquanto
representação do governo central da Igreja”.
A Santa Sé (em latim: Sancta
Sedes), e em português: "Santa
Sé Apostólica"), também
chamada de Sé Apostólica.
Do ponto de vista legal, é distinta
do Vaticano, ou mais
precisamente do Estado da
Cidade do Vaticano.
O sujeito de direito internacional é a Santa Sé.
As relações e acordos diplomáticos
(Concordatas) com outros estados soberanos
portanto, são com ela estabelecidos e não com o
Vaticano, que é um território sobre o qual a Santa
Sé tem soberania.
Com poucas exceções, como a República Popular da
China e a Coreia do Norte, a Santa Sé possui
representações diplomáticas (Nunciatura Apostólica)
com quase todos os países do mundo.
OS BELIGERANTES
São movimentos armados da população, politicamente organizados, que
utilizem a luta armada (guerra civil) para fins políticos.
Adquirem força suficiente para possuir e exercer poderes similares ao do Estado
contra o qual se rebelam, inclusive controlando partes do território do Estado.
Buscam o reconhecimento internacional dessa condição, atribuindo-lhes status de
Estado, inclusive para submetê-los aos tratados sobre guerra.
Exemplo histórico de beligerantes foram os
Confederados da Guerra de Secessão dos EUA (1861-
1865).
As principais consequências do reconhecimento de
beligerância incluem a obrigação dos beligerantes de
observar as normas aplicáveis aos conflitos armados e
a possibilidade de que firmem tratados com Estados
neutros.
OS INSURGENTES
Grupos que se revoltam contra governos, mas cujas
ações não assumem a proporção da beligerância,
como no caso de ações localizadas e de revoltas de
guarnições militares, e cujo status de insurgência é
reconhecido por outros Estados.
Tem por missão a tomada do poder, mas não chegam a
constituir uma guerra civil.
Os direitos e deverem dos insurgentes dependem do
que lhes é atribuído pelos Estados que os reconhecem.
O reconhecimento do caráter de insurgente exime o Estado onde ocorre o
movimento de responder internacionalmente pelos atos dos revoltosos
e impõe, a todos os lados envolvidos em uma revolta, a obrigação de
respeitar as normas internacionais de caráter humanitário. Há uma clara
semelhança entre a beligerância e a insurgência.
Os Estados
Os elementos que compõem os estados são três:
1.Território;
2.População;
3.Governo.
Alguns doutrinadores incluem a soberania como um quarto
elemento.
Reconhecimento de estado
É o ato pelo qual o estado ganha existência no cenário internacional. Não é ato
constitutivo, mas gera a existência ao novo estado para aquele que o reconhecer. O
ato é unilateral, político, discricionário e precede de pedido do interessado.
Os estados
Os requisitos para o reconhecimento de governo são:
1-Governo independente;
2-Estado com autoridade efetiva sobre o território;
3-Território delimitado.
Os efeitos do reconhecimento são:
1-Existência do estado no cenário internacional;
2-Proteção do Direito Internacional;
3-Estabelece relações diplomáticas
O reconhecimento de GOVERNO é necessário quando o poder é
atingido por vias não constitucionais (exceção).
Requisitos:
Governo efetivo;
Cumprimento das obrigações;
Aparecimento conforme o Direito Internacional;
Democracia e as eleições livres.
Sobre o reconhecimento de governo, duas doutrinas se destacam:
Tobar: não deve reconhecer governo oriundo de golpe ou revolução, enquanto
o povo do respectivo estado não o apoia.
Estrada: pelo princípio da não intervenção, nenhum estado deveria
manifestar-se ou apoiar o estado, limitando a aprová-lo ou não.
A doutrina Tobar e a doutrina Estrada:
 Carlos Tobar (1853 – 1920) foi Ministro das Relações Exteriores equatoriano no
início do século XX. Em 1907, disse que a única forma para evitar golpes de
Estado na região americana seria a comunidade internacional se recusar a
reconhecer os governos golpistas como legítimos, rompendo relações diplomáticas
e formulando contra eles uma declaração de não-reconhecimento, até que aquele
governo fosse confirmado nas urnas.
• De fato, essa doutrina esteve presente na América Latina, inclusive na Venezuela, que
aplicou-a rompendo relações com Estados cujos governos não concordava, inclusive o
Brasil.
 Genaro Estrada (1887 – 1937), foi Ministro das Relações Exteriores venezuelano,
proferiu em 1930, uma nova declaração. Disse que o reconhecimento do Estado
seria uma ofensa à soberania dos Estados.
A doutrina Estrada defende que a declaração expressa do reconhecimento de
uma nova soberania é uma falta de respeito à soberania da nação preexistente,
pois não é necessário o reconhecimento para que o Estado inicie suas atividades.
Referências:
 ACCIOLY, Hildebrando.Manual de direito internacional público. São Paulo: Saraiva, 2010.
 BOSON, Gerson de Britto Mello. Direito internacional público: o Estado em direito das gentes. Belo
Horizonte: Del Rey, 2000.
 REZEK, José Francisco. Direito internacional público. São Paulo: Saraiva, 2008.
 MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público, 2ª ed., Revista dos Tribunais, 2010.
O litígio se dá entre Portugal e Índia. O primeiro Estado aparelhou perante a Corte
Internacional de Justiça procedimento judicial internacionalcontra o Estado
indiano, relativo a certos direitos de passagem pelo território deste último Estado de
súditos portugueses (militares e civis), assim como de estrangeiros autorizados por
Portugal com a intenção de dirigir-se a pontos encravados situados perto de Damão,
para acesso aos encraves de Dadra e Nagar-Aveli.
O Estado português alega que havia um costume [internacional] local que concedia
um direito de passagem pelo território indiano a seus nacionais e às forças armadas
até Dadra e Nagar-Aveli.
A alegação de fundo é a de que o Estado indiano quer anexar estes dois territórios
portugueses, ferindo seus direitos soberanos sobre eles. Os indianos sustentam que,
segundo o Tratado de Pooma, realizado em 1779 entre Portugal e o governante de
Maratha e posteriores decretos exarados por este governante, os direitos portugueses
não consistiam na soberania sobre os mencionados encraves, para os quais o direito de
passagem é agora reclamado, mas apenas num "imposto sobre o rendimento".
Quando o Reino Unido se tornou soberano naquele território em lugar de Maratha, encontraram os
portugueses ocupando as vilas e exercendo um governo exclusivo. Os britânicos aceitaram tal
posição, não reclamando qualquer tipo de soberania, como sucessores de Maratha, mas não fizeram
um reconhecimento expresso de tal situação ao Estado português.
Tal soberania foi aceita de forma tácita e subsequentemente reconhecida pelo Estado indiano,
portanto as vilas Dadra e Nagar-Aveli foram tidas como territórios encravados portugueses, em
território indiano.
A petição portuguesa coloca a questão que o direito de passagem foi largamente utilizado durante a
soberania britânica sobre o Estado indiano, o mesmo ocorrendo no período pós-britânico.
Os indianos alegam que mercadorias, com exceção de armas e munições, passavam livremente
entre o Porto de Damão (território português) e ditos encraves, e que exerceram seu soberano
poder de regulamentação impedindo qualquer tipo de passagem, desde a derrubada do governo
português em ditos encraves. (Pereira, L. C. R. Costume Internacional: Gênese do Direito
Internacional. Rio de Janeiro: Renova, 2002, p. 347 a 349 – Texto adaptado).
Diante da situação acima e dos dados apresentados, responda:
1) De acordo com entendimento da Corte Internacional de Justiça, qual a fonte de direito
internacional Público é aplicável a fim de dar solução ao litígio?
2) Como ela é definida?
3) Qual o elemento que a torna norma jurídica?
1. Os costumes apresentam essencialmente dois elementos. O
elemento material (ou objetivo) que se constitui na repetição de
atos, também chamados precedentes; e o elemento psicológico (ou
subjetivo), identificado pela expressão latina opinio juris sive
necessitatis.
2. O primeiro elemento pode ser analisado em várias dimensões (tempo de
repetição do ato; número de Estado que o praticam etc);
3. Aqui convém perceber que o ato costumeiro é praticado por dois Estados:
Índia e Portugal, ainda que o primeiro tenha estado sob o jugo colonial da
Grã-Bretanha;
4. Dessa forma identifica-se a localidade do precedente, de modo tal a
sustentar a existência de um Costume Internacional local (e não de caráter
geral), caso entenda-se que contemporaneamente exista também o elemento
subjetivo.
5. Dessa forma identifica-se a localidade do precedente, de modo tal a sustentar
a existência de um Costume Internacional local (e não de caráter geral), caso
entenda-se que contemporaneamente exista também o elemento subjetivo. Este
representa a ideia de necessidade, obrigatoriedade e consentimento entre os
Estados praticantes dos precedentes.
6. A prática adotada pelos Estados leva a crer que existe um costume
internacional local.
7. Entretanto o direito de passagem deve se limitar ao trânsito de mercadorias e
indivíduos civis e não de forças armadas, polícia militarizada, armas e
munições.
 Segundo Carlos Roberto Husek, a noção de soberania está intimamente
ligada ao Estado, à plenitude do Poder Público, ao exercício do mando. Vem
do latim superomnia, ou superanus, ou ainda, de supremitas, caráter dos
domínios que não dependem senão de Deus, como explica Machado
Paupério.
 A soberania se caracteriza sob dois aspectos: a supremacia interna e
independência da origem externa.
No sentido material é o poder que tem a coletividade humana (povo) de
se organizar jurídica e politicamente (forjando, em última análise, o
próprio Estado) e de fazer valer no seu território a universalidade de
suas decisões.
 A soberania se exterioriza conceitualmente como a qualidade suprema do
poder, inerente ao Estado, como Nação política e juridicamente organizada.
No que concerne às características basilares da soberania:
a) uma ou una (posta a impossibilidade de coexistência, no mesmo
espaço territorial, de duas soberanias distintas)
b) indivisível (considerando que se aplica à universalidade dos fatos
político-jurídicos),
c) inalienável (tendo em vista que uma vez concebida não pode ser
desconstituída),
d) imprescindível (no sentido de que não se encontra condicionada a
termo temporal)
e) aderente ao território estatal e ao vínculo nacional (posto que
concebida a partir da existência do elemento humano (povo) e do
elemento físico (território) e que corresponde, a um poder que é
necessariamente superior.
No que concerne às características basilares da soberania:
 f) supremo (na acepção de sua inconteste superioridade),
g) originário (tendo em vista que nasce com o próprio Estado, como
elemento fundamental deste),
h) ilimitado (posto que não encontra restrições objetivas),
 i) incondicionado (considerando que não se encontra adstrito a
nenhuma regra ou limitação anterior),
 j) intangível (no sentido de que não é alcançado por outro poder,
independentemente de sua natureza)
k) coativo (tendo em vista que é exercido por ordem imperativa e
através de instrumentos de coação).
Limites da soberania:
Os conceitos de soberania interna e externa decorrem, naturalmente, os de
soberania territorial e extraterritorial.
Na soberania territorial, impera o poder supremo da Nação dentro do seu
próprio território;
Na extraterritorial, prolonga-se esse poder para além do território que lhe
pertence, no interesse de sua própria personalidade e dos seus súditos.
Território do Estado.
 É um dos elementos caracterizadores do Estado, em seu sentido técnico. É a porção da
superfície do solo, abrangendo terras, o subsolo e a coluna de ar correspondente (espaço
aéreo).( HUSEK,2009).
 O território passa a ser entendido como o limite material da jurisdição do Estado, e
compreende o território terrestre, o espaço aéreo sobrejacente e o mar territorial.
 Pelo princípio da territorialidade todo sujeito de direito, uma vez encontrando-se num dado
território, deve respeitar as leis que ali estão em vigor.
 Porém, existem as exceções em matéria penal ou fiscal, o que confere relatividade ao princípio,
não se admite a extraterritorialidade, devido aos princípios da não-intervenção e da igualdade
jurídica entre os Estados.
Ao norte: Suriname, Guiana, Venezuela e um território 
pertencente à França, a Guiana Francesa.
A noroeste: Colômbia.
A oeste: Peru e Bolívia.
A sudoeste: Paraguai e Argentina.
Ao sul: Uruguai.
DOMÍNIO PÚBLICO
O domínio público internacional está relacionado a uma
zona de interesse que afeta a mais de um Estado.
É definido como o conjunto dos espaços cujo uso
interessa a mais de um Estado e, por vezes, à sociedade
internacional como um todo, mesmo que, em certos casos,
tais espaços estejam sujeitos à soberania de um Estado.
São considerados áreas de domínio público internacional:
o mar (e suas subdivisões legais), os rios internacionais, 
o espaço aéreo, 
o espaço sideral e 
o continente antártico.Hoje se discute considerar 
a internet como domínio 
público internacional.
CASO CONCRETO 4 
Analise o texto abaixo retirado do voto de A.A. Cançado Trindade, proferido
na Corte Interamericana de Direito Humanos no caso da Comunidade
Indígena Sawhoyamaxa versus Paraguay:
“...No universo do Direito Internacional dos Direitos Humanos, é o indivíduo
quem alega ter seus direitos violados, quem alega sofrer os danos, quem
tem que cumprir com o requisito do prévio esgotamento dos recursos
internos, quem participa ativamente da eventual solução amistosa, e quem é
o beneficiário (ele ou seus familiares) de eventuais reparações e
indenizações.
Em nosso sistema regional de proteção, o espectro da persistente denegação
da capacidade processual do indivíduo peticionário ante a Corte
Interamericana (....) emanou de considerações dogmáticas próprias de outra
época histórica tendentes a evitar seu acesso direto à instância judicial
internacional, - considerações estas que, em nossos dias, ao meu modo de
ver, carecem de sustentação e sentido, ainda mais tratando-se de um
tribunal internacional de direito humanos.
(...). No presente domínio de proteção, todo jusinternacionalista, fiel
às origens históricas de sua disciplina, saberá contribuir para o
resgate da posição do ser humano como sujeito de direito das gentes
dotado de personalidade e plena capacidade jurídicas internacionais".
Responda a pergunta abaixo:
No que se refere ao trecho do voto de Antônio Augusto Cançado
Trindade, responda:
- Com base no conceito de sujeito de direito internacional e no de
uma sociedade internacional aberta, como defende Celso Mello,
discorra sobre a posição do ser humano como sujeito de Direitos,
refletindo sobre sua personalidade e sobre sua capacidade para agir
no plano internacional.
1. Celso Mello defende que a sociedade internacional é
aberta, significa dizer que todo ente ao reunir
determinados elementos, se torna membro de Sociedade
Internacional, sem que haja necessidade da manifestação
de outros membros.
2. No caso da pessoa humana, o reconhecimento de direitos
na ordem internacional tornou todo e cada ser humano
sujeito de direitos humanos, dotando-o de personalidade
jurídica.
Até a proclamação da Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 –
reiterada pela Declaração de Direitos Humanos de Viena de 1993 – surgida após o
fim da segunda guerra mundial em resposta às atrocidades cometidas durante o
período de guerra, a pessoa humana não tinha direitos reconhecidos
formalmente pela ordem internacional, formada até então por Estados,
Organizações Internacionais e outras pessoas internacionais.
O reconhecimento destes direitos inseriu o ser humano no rol das pessoas
internacionais, embora muito ainda se discuta sobre sua efetiva capacidade de
agir no plano internacional para fazer valer suas reivindicações morais.
É certo que a Declaração Universal e todo o sistema de proteção dos direitos
humanos se tornaram paradigma ético da contemporaneidade, como bem salienta
Flavia Piovesan, embora ainda confinado em uma perspectiva meramente formal.
Nacionalidade como vínculo
jurídico-político entre um
indivíduo e um Estado
(Jacob Dolinger)
Primeiramente, por ser o direito à nacionalidade
um direito humano, todo indivíduo deve ter uma
nacionalidade.
Não deve possuir mais de uma, a fim de que se
evitem os chamados conflitos positivos de
nacionalidade.
“ser nacional significa pertencer a uma ordem
jurídica – estado – que lhe garantirá direitos e
lhe exigirá deveres.”
Regulamentos internacionais que estabelecem o
direito à nacionalidade:
Artigo 15 da Declaração Universal dos Direitos Humanos;
Artigo 24 do Pacto Internacional dos direitos civis e políticos e
Artigo 20 da Convenção Interamericana de Direitos Humanos:
Art. 15 da DUDH
I. Todo homem tem direito a uma 
nacionalidade;
II. Ninguém será arbitrariamente privado 
de sua nacionalidade, nem do direito de 
mudar de nacionalidade.
Artigo 24.PIDCP
1.Toda a criança tem direito, sem discriminação alguma por 
motivos de raça, cor, sexo, língua, religião, origem nacional ou 
social, posição económica ou nascimento, às medidas de 
protecção que a sua condição de menor exige, tanto por parte da 
sua família como da sociedade e do Estado.
2.Toda a criança será registada imediatamente após o seu 
nascimento e deverá ter um nome.
3.Toda a criança tem direito a adquirir 
uma nacionalidade.
O direito à nacionalidade é
subjetivo, não se estendendo a seus
parentes e dependentes.
A nacionalidade não é eterna,
podendo o indivíduo adquirir outra,
por meio da naturalização.
 A nacionalidade pode ser adquirida por diferentes
formas:
nacionalidade originária e
nacionalidade derivada.
Para a atribuição da nacionalidade
originária, aquela se alcança pelo
nascimento, podem-se apontar dois
sistemas legislativos: jus soli e jus
sanguinis.
 No sistema do jus soli, a nacionalidade originária é
obtida em virtude do território onde o indivíduo tenha
nascido, do lugar do nascimento.
Não importa a nacionalidade dos pais!!!!.
Trata-se de sistema largamente usado durante a Idade
Média, época em a terra, o solo, era o centro de
gravidade da economia, feudalismo, e da Sociedade,
senhores feudais e servos, da época.
as pessoas físicas e jurídicas se
submetem à tributação do Estado em
que residem.
Brasileiro natural.
Brasileiro naturalizado.
Estrangeiro.
o tema da nacionalidade tem
tratamento constitucional, previsto
no artigo 12 em seus incisos I e II.
A originária está prevista no inciso
I e o critério de aquisição, nas letras
“a”,“b”e “c”;
A derivada está prevista no inciso
II
 São brasileiros natos são os que nascem em território brasileiro: 
a) o espaço terrestre delimitado pelas fronteiras geográficas;
b) mar territorial, ilhas, golfos, baías, rios, lagos;
c) espaço aéreo, entendido como a projeção vertical de todo o espaço
terrestre e marítimo;
d) os navios e aeronaves de guerra brasileiros, onde quer que se
encontrem;
e) as embarcações comerciais brasileiras em alto mar, ou de passagem
em mar territorial estrangeiro,
 f) aeronaves civis brasileiras em voo no espaço aéreo internacional, ou
de passagem sobre águas territoriais ou espaços aéreos estrangeiros.
 São brasileiros natos são os que nascem em território brasileiro: 
a) o espaço terrestre delimitado pelas fronteiras geográficas;
b) mar territorial, ilhas, golfos, baías, rios, lagos;
c) espaço aéreo, entendido como a projeção vertical de todo o espaço
terrestre e marítimo;
d) os navios e aeronaves de guerra brasileiros, onde quer que se
encontrem;
e) as embarcações comerciais brasileiras em alto mar, ou de passagem
em mar territorial estrangeiro,
 f) aeronaves civis brasileiras em voo no espaço aéreo internacional, ou
de passagem sobre águas territoriais ou espaços aéreos estrangeiros.
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira,
desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa
do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe
brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira
competente ou venham a residir na República Federativa do
Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira;
c) os nascidos no 
estrangeiro, de pai 
brasileiro ou de mãe 
brasileira, desde que 
sejam registrados em 
repartição brasileira
competente ou venham 
a residir na República 
Federativa do Brasil 
antes da maioridade
e, alcançada esta, 
optem em qualquer 
tempo,pela 
nacionalidade 
brasileira;
Texto 
original 
em 1988
c) os nascidos no 
estrangeiro de pai 
brasileiro ou de mãe 
brasileira, desde que 
venham a residir na 
República Federativa 
do Brasil e optem, em 
qualquer tempo, 
depois de atingida a 
maioridade, pela 
nacionalidade 
brasileira;
Emenda 
de 
Revisão 
3/1994 c) os nascidos no 
estrangeiro de pai 
brasileiro ou de mãe 
brasileira, desde que 
sejam registrados em 
repartição brasileira 
competente ou
venham a residir na 
República Federativa 
do Brasil e optem, em 
qualquer tempo, 
depois de atingida a 
maioridade, pela 
nacionalidade 
brasileira;
Após EC 
54/2007
Caso 1: Filhos de brasileiro (a), nascido no estrangeiro entre
05.10.1988 e 06.06.1994, seriam brasileiros natos se:
 A- fosse feito o registro consular ou;
 B- realizasse a opção pela nacionalidade brasileiro. Porém, teria que morar
no Brasil ANTES da maioridade e depois dela, OPTAR pela brasileira.
Caso 2: Filhos de brasileiro (a), nascido no estrangeiro entre 
07.06.1994 e 19.09.2007, seriam brasileiros natos se:
 A- viesse a residir no Brasil (não havia permissão para o registro 
consular);
 B- realizasse a opção pela nacionalidade brasileiro APÓS a maioridade.
Caso 3- ATUAL: Filhos de brasileiro (a), nascido no estrangeiro APÓS
20.09.2007, serão considerados brasileiros natos se:
 A- Registrados nos consulados ou;
 B- Quando vierem residir no Brasil, ATINGIDA a maioridade requeiram a
OPÇÃO pela brasileira.
 Filho de brasileiro nascido na Suíça (entre 1995 e 2007):
NÃO poderia fazer o registro consular;
 A Suíça adota o critério do ius sanguinis – APÁTRIDA
 Residir no Brasil e, ATINGIDA a maioridade, teriam que fazer a OPÇÃO pela
brasileira.
Na Suíça o filho ganha a nacionalidade do PAI, se os pais forem 
estrangeiros. EX: Mãe brasileira + Pai espanhol = Filho espanhol. 
 A opção pela nacionalidade está ligada a MAIORIDADE;
Exe.: um adolescente entre 12 e 18 anos nascido no exterior.
Precisa vir residir no Brasil
Fazer a opção após a maioridade
o Durante esse período terá nacionalidade PROVISÓRIA que, caso não faça 
sua opção perderá esse status de brasileiro sob condição suspensiva que é 
a nacionalidade provisória.
 A opção pela nacionalidade está ligada a MAIORIDADE;
Exe.: um adolescente entre 12 e 18 anos nascido no exterior.
Precisa vir residir no Brasil
Fazer a opção após a maioridade
o Durante esse período terá nacionalidade PROVISÓRIA que, caso não 
faça sua opção perderá esse status de nacionalidade provisória.
 O Decreto 6.949 de 25 de agosto de 2009 promulga a Convenção Internacional sobre
os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em
NovaYork, em 30 de março de 2007.
 Elaborada ao longo de quatro anos, o tratado contou com a colaboração de 192 países,
dentre os quais o Brasil é um deles.
 A referida convenção impõe aos países signatários a proibição a qualquer
discriminação baseada na deficiência, garantindo às pessoas com deficiência igual
proteção legal contra a discriminação por qualquer motivo.
“A Justiça pode decidir pela nacionalidade de PESSOA INCAPAZ se os
seus responsáveis assim quiserem. Foi o que decidiu o juiz Ivorí Luis da
Silva Scheffer, da 1ª Vara Federal de Florianópolis, que reconheceu o
direito de Andres Matias Pereira de optar pela nacionalidade brasileira.”
APÁTRIDA
São aqueles quem não tem nacionalidade, 
Nunca teve ou por algum motivo já teve a perdeu.
Dessa forma, o indivíduo que ao nascer se vê sem
nacionalidade por alguma causa ou quando a perde,
por força da legislação do estado, sem haver
submetido a processo de conservação, é apátrida e
assim, sem direito a ter direitos.
Dessa forma, o indivíduo que ao nascer se vê sem
nacionalidade por alguma causa ou quando a perde,
por força da legislação do estado, sem haver
submetido a processo de conservação, é apátrida e
assim, sem direito a ter direitos.
http://www.acnur.org/portugues/quem-ajudamos/apatridas/
O ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) estima que sejam apátridas
aproximadamente 10 milhões de pessoas em dezenas de países
desenvolvidos e em desenvolvimento, embora não se conheçam os números
exatos.
 Pessoas apátridas podem ser encontrados na África, nas Américas, na Ásia
e na Europa e têm sido uma população de interesse do ACNUR desde sua
fundação.
 Políticas discriminatórias estão na raiz de muitas situações de apátrida.
 No Oriente Médio e em outras partes do mundo, legislações que
discriminam com base no gênero criam riscos de apátrida.
• Sob o regime de Saddam Hussein, muitos curdos feili foram privados de suas
nacionalidades, ordem revogada em 2006.
• Na África, parte dos núbios localizados no Quênia não usufruem de direitos de
cidadania.
• Na Europa, a dissolução da União Soviética e da Federação Iugoslava nos anos 1990
levou à apátrida nos novos países que surgiram.
https://youtu.be/plUdAW5TZEs
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
 I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
 II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
 III - de Presidente do Senado Federal;
 IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
 V - da carreira diplomática;
 VI - de oficial das Forças Armadas;
 VII - de Ministro de Estado da Defesa.
NATURALIZADO
 A naturalização é forma
derivada de aquisição da
nacionalidade.
Sua concessão, em regra, é
feita discricionariamente pelo
Estado, segundo suas
conveniências.
No Brasil, a concessão da naturalização é de
competência exclusiva do Poder Executivo, na esfera
administrativa.
Tácita
Expressa
Como exemplo de naturalização tácita, podemos
apontar aquela que ficou conhecida como "grande
naturalização".
Trata-se de cláusula constitucional desde 1891 (art.
69, §4º) reproduzida em várias constituições
subsequentes, segundo a qual são "cidadãos
brasileiros os estrangeiros que, achando-se no Brasil
aos 15 de novembro de 1889, não declarem, dentre de
seis meses depois de entrar em vigor a Constituição, o
animo de conservar a nacionalidade de origem. "
Necessita requerimento para 
a nacionalização
 Hipóteses de naturalização na
Constituição de 1988, no art. 12, II:
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano
ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República
Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem
condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação
dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
 Na maioria dos países, implica necessariamente a perda daquela(s) detida(s) pelo 
naturalizado que deverá renunciar a ela(s), expressamente, ante a opção pela 
nacionalidade brasileira.
 No Brasil o estrangeiro deverá RENUNCIAR a sua nacionalidade para adquirir a 
naturalização brasileira.
 A renúncia a nacionalidade de origem é ato declaratório unilateral,
declarado perante a autoridade judiciária brasileira;
 Visa a manifestação expressa de que alguém deseja se desvincular
dos laços políticos que o une ao seu país de origem e que deseja
considerar-se unicamente brasileiro.
Será declarada a perda da nacionalidade do
brasileiro:
I - tiver cancelada sua naturalização, por
sentença judicial, em virtude de atividade
nociva ao interesse nacional;
 Antes da Emenda Constitucional de revisão nº3, de 09/06/94, a naturalização voluntária era causa de
perda da nacionalidade.
 ** artigo XV, § 2º da DUDH – “ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do
direito de mudar de nacionalidade”
II - adquirir outranacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao
brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para
permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;
(Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Aquisição de OUTRA nacionalidade
Exceto
Reconhecimento de 
nacionalidade originária pela 
lei estrangeira
Imposição de naturalização, como 
condição de permanência em seu 
território ou para exercícios de 
direitos civis 
Estrangeiros, no Brasil, são aqueles que não possuem a
nacionalidade brasileira.
No direito brasileiro, destacam-se dois momentos legislativos (47), que
revelavam de forma geral a situação jurídica do estrangeiro no Brasil:
 a art. 5º, caput, da Constituição Federal e
 o art. 3º do Código Civil (1916).
Determina o primeiro que "todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade".
O art. 3º do Código Civil 1916 dispunha que "a lei não distingue entre
nacionais e estrangeiros quanto à aquisição e gozo de direitos civis".
Restrições legislativas no Brasil
(Constituição, art. 222).
Estatuto do estrangeiro (lei n. 6815/80).
Substituído pelo novo estatuto
denominado Lei da Migração que entrou
em vigor em 24 de nov. de 2017.
Relações trabalhistas (CLT).
Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão
sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou
naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002)
§ 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total
e do capital votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão
sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou
indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez
anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e
estabelecerão o conteúdo da programação. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 36, de 2002)
A entrada do estrangeiro:
 vistos consulares; 
As medidas de saída compulsória:
Deportação; 
Expulsão e
Extradição
 vistos consulares; 
• o visto consiste apenas numa expectativa de direito e a não concessão de 
visto pela autoridade consular não implica violação ao direito subjetivo do 
estrangeiro.
Art. 6º - O visto é o documento que dá a seu titular expectativa de 
ingresso em território nacional.
 vistos consulares artigo 12 LM; 
“Ao solicitante que pretenda ingressar ou permanecer em território nacional 
poderá ser concedido visto:
I - de visita;
II - temporário;
III - diplomático;
IV - oficial;
V - de cortesia.
Cada tipo de visto corresponde a uma finalidade da viagem e a um prazo de 
estada no país. Ambos devem ser respeitados pelo estrangeiro, sob pena de 
deportação.
MODALIDADES DE
VISTO
Definição Casos:
VISITA
(Art. 13) Concedido ao
visitante que venha ao
Brasil para estada de
CURTA DURAÇÃO, sem
intenção de estabelecer
residência, nos seguintes
casos:
I - turismo;
II - negócios;
III - trânsito;
IV - atividades artísticas ou 
desportivas; e
V - outras hipóteses definidas 
em regulamento.
§ 1o É vedado ao beneficiário de visto de visita exercer atividade 
remunerada no Brasil.
 Cada tipo de visto corresponde a uma finalidade da viagem e a um prazo de estada no 
país. Ambos devem ser respeitados pelo estrangeiro, sob pena de deportação.
MODALIDADES 
DE
VISTO
Definição Casos:
T
E
M
P
O
R
Á
R
IO
(Art. 14) Concedido ao
visitante que venha ao
Brasil COM intuito de
estabelecer residência
por tempo
determinado e que se
enquadre em pelo
menos uma das
seguintes
hipóteses:
a) pesquisa, ensino ou extensão acadêmica;
b) tratamento de saúde; 
c) acolhida humanitária;
d) estudo;
e) trabalho;
f) férias-trabalho;
g) prática de atividade religiosa ou serviço 
voluntário;
h) realização de investimento ou de atividade com 
relevância econômica, social, científica, tecnológica
ou cultural; 
i) reunião familiar;
j) atividades artísticas ou desportivas com contrato 
por prazo determinado;
Vistos Diplomático, Oficial e de Cortesia:
Definições:
 Art. 15, Parágrafo único. Os vistos diplomático e oficial poderão ser
transformados em autorização de residência, o que importará
cessação de todas as prerrogativas, privilégios e imunidades
decorrentes do respectivo visto.
 (Art. 16). Concedidos a autoridades e funcionários
estrangeiros em missão oficial de caráter transitório ou
permanente, representando Estado estrangeiro ou organismo
internacional reconhecido.
Art.16, § 1o Não se aplica ao titular dos vistos referidos no caput o
disposto na legislação trabalhista brasileira.
 § 2o Os vistos diplomático e oficial poderão ser estendidos 
aos dependentes das autoridades.
Vistos Diplomático, Oficial e de Cortesia - DEPENDENTES:
(Art. 17). A remuneração do diplomática ou oficial ser por seu Estado.
(P.U) O dependente de titular poderá exercer atividade remunerada no Brasil
que será regida pela CLT, desde que seu país adote a regra de reciprocidade
de tratamento a brasileiro.
(Art. 18). O empregado particular titular de visto de cortesia somente poderá
exercer atividade remunerada para o titular de visto diplomático, oficial ou de
cortesia ao qual esteja vinculado, cujo contrato será regido pela CLT.
(PU). O titular de visto diplomático, oficial ou de cortesia será responsável pela
saída de seu empregado do território nacional.
Repatriação (Art. 49. A repatriação consiste em medida
administrativa de devolução de pessoa em situação de impedimento
ao país de procedência ou de nacionalidade.)
Deportação (Art. 50. A deportação é medida decorrente de
procedimento administrativo que consiste na retirada compulsória
de pessoa que se encontre em situação migratória irregular em
território nacional.)
Expulsão (Art. 54. A expulsão consiste em medida administrativa de
retirada compulsória de migrante ou visitante do território nacional,
conjugada com o impedimento de reingresso por prazo determinado.)
Extradição (Art. 81. A extradição é a medida de cooperação internacional
entre o Estado brasileiro e outro Estado pela qual se concede ou solicita a
entrega de pessoa sobre quem recaia condenação criminal definitiva ou para
fins de instrução de processo penal em curso.)
Ex-dirigente de federação sul-americana de futebol, após deixar
o cargo que exercia em seu país de origem, sabedor de que existe
uma investigação em curso na Colômbia, opta por fixar
residência no Brasil, pelo fato de ser estrangeiro casado com
brasileira, com a qual tem dois filhos pequenos. Anos depois, já
tendo se naturalizado brasileiro, o governo da Colômbia pede
a sua extradição em razão de sentença que o condenou por crime
praticado quando ocupava cargo na federação sul-americana de
futebol.
Diga sobre a possibilidade de extradição e fundamente. (FGV –
adaptada)
EXTRADIÇÃO = É o envio de um indivíduo de um país a outro que seja
competente para julgá-lo ou que lá já tenha sido condenado.
Se dá de duas maneiras: 
- Tratado internacional; 
- Promessa de reciprocidade. 
A competência para extraditar é do STF. 
Como regra.....O brasileiro nato jamais será extraditado. 
O § 3º do artigo 81 da LM determina que parao caso de 
brasileiro nato, será observada, nos casos de aquisição 
de outra nacionalidade por naturalização, a anterioridade 
do fato gerador da extradição.
Situações que o Brasil não extradita (art. 82 LM):
1-for brasileiro nato;
2-o fato que motivar o pedido não for considerado crime no Brasil ou no
Estado requerente;
3-o Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime imputado
ao extraditando;
4-a lei brasileira impuser ao crime pena de prisão inferior a 2 (dois) anos;
5-o extraditando estiver respondendo a processo ou já houver sido
condenado ou absolvido no Brasil pelo mesmo fato em que se fundar o
pedido;
6-a punibilidade estiver extinta pela prescrição, segundo a lei brasileira ou
a do Estado requerente;
7-o fato constituir crime político ou de opinião;
8-o extraditando tiver de responder, no Estado requerente, perante
tribunal ou juízo de exceção; ou o extraditando for beneficiário de
refúgio, nos termos da Lei no 9.474, de 22 de julho de 1997, ou de asilo territorial.
Art. 46. A aplicação deste Capítulo observará o disposto na Lei
no 9.474, de 22 de julho de 1997, e nas disposições legais, tratados,
instrumentos e mecanismos que tratem da proteção aos apátridas
ou de outras situações humanitárias.
Art. 47. A repatriação, a deportação e a expulsão serão feitas para
o país de nacionalidade ou de procedência do migrante ou do
visitante, ou para outro que o aceite, em observância aos tratados
dos quais o Brasil seja parte.
Art. 48. Nos casos de deportação ou expulsão, o chefe da unidade
da Polícia Federal poderá representar perante o juízo federal,
respeitados, nos procedimentos judiciais, os direitos à ampla defesa
e ao devido processo legal.
DIREITO INTERNACIONAL
As personalidades 
Internacionais

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