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DIREITO INTERNACIONAL As personalidades Internacionais • A personalidade internacional é o atributo que o ente tem de ser sujeito e titular de direitos e obrigações no cenário internacional, logo, ele vai ter personalidade internacional. Direito Internacional A personalidade internacional Na concepção do Direito Internacional clássico (caráter interestatal), apenas os Estados e as organizações internacionais seriam sujeitos de Direito Internacional. A capacidade internacional possibilita os Estados e as Organizações Internacionais de criar normas no âmbito internacional. A personalidade associa-se à capacidade, que é a possibilidade efetiva de que uma pessoa, natural ou jurídica, exerça direitos e cumpra obrigações. Uma doutrina mais recente vem admitindo a existência de outros sujeitos de Direito Internacional, que são: o indivíduo, as empresas e as organizações não- governamentais (ONGs) Podem invocar normas internacionais e que devem cumpri-las, dispondo desse modo da faculdade de recorrer a certos foros internacionais. Porém, essas novas pessoas internacionais não detém prerrogativas para celebrar tratados. Todavia, tem possibilidade restrita de recorrer a mecanismos internacionais de solução de controvérsias. ATENÇÃO: em qualquer caso, os sujeitos de Direito Internacional não se confundem com seus órgãos, meras unidades dos respectivos arcabouços institucionais internos, encarregados de manifestar a vontade das entidades que representam. Exemplos de órgãos: Ministério das Relações Exteriores, Conselho de Segurança das Nações Unidas etc. Entidades Coletivas não-estatais: 1-a Santa Sé, 2-os beligerantes, 3-os insurgentes e, 4-em alguns casos, as nações em luta pela soberania e reconhecimento (ex.: Tibete). Final do século XX - blocos regionais: -personalidade jurídica de Direito das Gentes; -as prerrogativas típicas dos tradicionais sujeitos de Direito Internacional -o poder de celebrar tratados. # os indivíduos, as empresas e as ONGs não são pessoas de direito público, mas sim de direito privado. # Este “é um instrumento para a independência da Santa Sé que, por sua vez, tem uma natureza e uma identidade própria sui generis, enquanto representação do governo central da Igreja”. Este “é um instrumento para a independência da Santa Sé que, por sua vez, tem uma natureza e uma identidade própria sui generis, enquanto representação do governo central da Igreja”. A Santa Sé (em latim: Sancta Sedes), e em português: "Santa Sé Apostólica"), também chamada de Sé Apostólica. Do ponto de vista legal, é distinta do Vaticano, ou mais precisamente do Estado da Cidade do Vaticano. O sujeito de direito internacional é a Santa Sé. As relações e acordos diplomáticos (Concordatas) com outros estados soberanos portanto, são com ela estabelecidos e não com o Vaticano, que é um território sobre o qual a Santa Sé tem soberania. Com poucas exceções, como a República Popular da China e a Coreia do Norte, a Santa Sé possui representações diplomáticas (Nunciatura Apostólica) com quase todos os países do mundo. OS BELIGERANTES São movimentos armados da população, politicamente organizados, que utilizem a luta armada (guerra civil) para fins políticos. Adquirem força suficiente para possuir e exercer poderes similares ao do Estado contra o qual se rebelam, inclusive controlando partes do território do Estado. Buscam o reconhecimento internacional dessa condição, atribuindo-lhes status de Estado, inclusive para submetê-los aos tratados sobre guerra. Exemplo histórico de beligerantes foram os Confederados da Guerra de Secessão dos EUA (1861- 1865). As principais consequências do reconhecimento de beligerância incluem a obrigação dos beligerantes de observar as normas aplicáveis aos conflitos armados e a possibilidade de que firmem tratados com Estados neutros. OS INSURGENTES Grupos que se revoltam contra governos, mas cujas ações não assumem a proporção da beligerância, como no caso de ações localizadas e de revoltas de guarnições militares, e cujo status de insurgência é reconhecido por outros Estados. Tem por missão a tomada do poder, mas não chegam a constituir uma guerra civil. Os direitos e deverem dos insurgentes dependem do que lhes é atribuído pelos Estados que os reconhecem. O reconhecimento do caráter de insurgente exime o Estado onde ocorre o movimento de responder internacionalmente pelos atos dos revoltosos e impõe, a todos os lados envolvidos em uma revolta, a obrigação de respeitar as normas internacionais de caráter humanitário. Há uma clara semelhança entre a beligerância e a insurgência. Os Estados Os elementos que compõem os estados são três: 1.Território; 2.População; 3.Governo. Alguns doutrinadores incluem a soberania como um quarto elemento. Reconhecimento de estado É o ato pelo qual o estado ganha existência no cenário internacional. Não é ato constitutivo, mas gera a existência ao novo estado para aquele que o reconhecer. O ato é unilateral, político, discricionário e precede de pedido do interessado. Os estados Os requisitos para o reconhecimento de governo são: 1-Governo independente; 2-Estado com autoridade efetiva sobre o território; 3-Território delimitado. Os efeitos do reconhecimento são: 1-Existência do estado no cenário internacional; 2-Proteção do Direito Internacional; 3-Estabelece relações diplomáticas O reconhecimento de GOVERNO é necessário quando o poder é atingido por vias não constitucionais (exceção). Requisitos: Governo efetivo; Cumprimento das obrigações; Aparecimento conforme o Direito Internacional; Democracia e as eleições livres. Sobre o reconhecimento de governo, duas doutrinas se destacam: Tobar: não deve reconhecer governo oriundo de golpe ou revolução, enquanto o povo do respectivo estado não o apoia. Estrada: pelo princípio da não intervenção, nenhum estado deveria manifestar-se ou apoiar o estado, limitando a aprová-lo ou não. A doutrina Tobar e a doutrina Estrada: Carlos Tobar (1853 – 1920) foi Ministro das Relações Exteriores equatoriano no início do século XX. Em 1907, disse que a única forma para evitar golpes de Estado na região americana seria a comunidade internacional se recusar a reconhecer os governos golpistas como legítimos, rompendo relações diplomáticas e formulando contra eles uma declaração de não-reconhecimento, até que aquele governo fosse confirmado nas urnas. • De fato, essa doutrina esteve presente na América Latina, inclusive na Venezuela, que aplicou-a rompendo relações com Estados cujos governos não concordava, inclusive o Brasil. Genaro Estrada (1887 – 1937), foi Ministro das Relações Exteriores venezuelano, proferiu em 1930, uma nova declaração. Disse que o reconhecimento do Estado seria uma ofensa à soberania dos Estados. A doutrina Estrada defende que a declaração expressa do reconhecimento de uma nova soberania é uma falta de respeito à soberania da nação preexistente, pois não é necessário o reconhecimento para que o Estado inicie suas atividades. Referências: ACCIOLY, Hildebrando.Manual de direito internacional público. São Paulo: Saraiva, 2010. BOSON, Gerson de Britto Mello. Direito internacional público: o Estado em direito das gentes. Belo Horizonte: Del Rey, 2000. REZEK, José Francisco. Direito internacional público. São Paulo: Saraiva, 2008. MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público, 2ª ed., Revista dos Tribunais, 2010. O litígio se dá entre Portugal e Índia. O primeiro Estado aparelhou perante a Corte Internacional de Justiça procedimento judicial internacionalcontra o Estado indiano, relativo a certos direitos de passagem pelo território deste último Estado de súditos portugueses (militares e civis), assim como de estrangeiros autorizados por Portugal com a intenção de dirigir-se a pontos encravados situados perto de Damão, para acesso aos encraves de Dadra e Nagar-Aveli. O Estado português alega que havia um costume [internacional] local que concedia um direito de passagem pelo território indiano a seus nacionais e às forças armadas até Dadra e Nagar-Aveli. A alegação de fundo é a de que o Estado indiano quer anexar estes dois territórios portugueses, ferindo seus direitos soberanos sobre eles. Os indianos sustentam que, segundo o Tratado de Pooma, realizado em 1779 entre Portugal e o governante de Maratha e posteriores decretos exarados por este governante, os direitos portugueses não consistiam na soberania sobre os mencionados encraves, para os quais o direito de passagem é agora reclamado, mas apenas num "imposto sobre o rendimento". Quando o Reino Unido se tornou soberano naquele território em lugar de Maratha, encontraram os portugueses ocupando as vilas e exercendo um governo exclusivo. Os britânicos aceitaram tal posição, não reclamando qualquer tipo de soberania, como sucessores de Maratha, mas não fizeram um reconhecimento expresso de tal situação ao Estado português. Tal soberania foi aceita de forma tácita e subsequentemente reconhecida pelo Estado indiano, portanto as vilas Dadra e Nagar-Aveli foram tidas como territórios encravados portugueses, em território indiano. A petição portuguesa coloca a questão que o direito de passagem foi largamente utilizado durante a soberania britânica sobre o Estado indiano, o mesmo ocorrendo no período pós-britânico. Os indianos alegam que mercadorias, com exceção de armas e munições, passavam livremente entre o Porto de Damão (território português) e ditos encraves, e que exerceram seu soberano poder de regulamentação impedindo qualquer tipo de passagem, desde a derrubada do governo português em ditos encraves. (Pereira, L. C. R. Costume Internacional: Gênese do Direito Internacional. Rio de Janeiro: Renova, 2002, p. 347 a 349 – Texto adaptado). Diante da situação acima e dos dados apresentados, responda: 1) De acordo com entendimento da Corte Internacional de Justiça, qual a fonte de direito internacional Público é aplicável a fim de dar solução ao litígio? 2) Como ela é definida? 3) Qual o elemento que a torna norma jurídica? 1. Os costumes apresentam essencialmente dois elementos. O elemento material (ou objetivo) que se constitui na repetição de atos, também chamados precedentes; e o elemento psicológico (ou subjetivo), identificado pela expressão latina opinio juris sive necessitatis. 2. O primeiro elemento pode ser analisado em várias dimensões (tempo de repetição do ato; número de Estado que o praticam etc); 3. Aqui convém perceber que o ato costumeiro é praticado por dois Estados: Índia e Portugal, ainda que o primeiro tenha estado sob o jugo colonial da Grã-Bretanha; 4. Dessa forma identifica-se a localidade do precedente, de modo tal a sustentar a existência de um Costume Internacional local (e não de caráter geral), caso entenda-se que contemporaneamente exista também o elemento subjetivo. 5. Dessa forma identifica-se a localidade do precedente, de modo tal a sustentar a existência de um Costume Internacional local (e não de caráter geral), caso entenda-se que contemporaneamente exista também o elemento subjetivo. Este representa a ideia de necessidade, obrigatoriedade e consentimento entre os Estados praticantes dos precedentes. 6. A prática adotada pelos Estados leva a crer que existe um costume internacional local. 7. Entretanto o direito de passagem deve se limitar ao trânsito de mercadorias e indivíduos civis e não de forças armadas, polícia militarizada, armas e munições. Segundo Carlos Roberto Husek, a noção de soberania está intimamente ligada ao Estado, à plenitude do Poder Público, ao exercício do mando. Vem do latim superomnia, ou superanus, ou ainda, de supremitas, caráter dos domínios que não dependem senão de Deus, como explica Machado Paupério. A soberania se caracteriza sob dois aspectos: a supremacia interna e independência da origem externa. No sentido material é o poder que tem a coletividade humana (povo) de se organizar jurídica e politicamente (forjando, em última análise, o próprio Estado) e de fazer valer no seu território a universalidade de suas decisões. A soberania se exterioriza conceitualmente como a qualidade suprema do poder, inerente ao Estado, como Nação política e juridicamente organizada. No que concerne às características basilares da soberania: a) uma ou una (posta a impossibilidade de coexistência, no mesmo espaço territorial, de duas soberanias distintas) b) indivisível (considerando que se aplica à universalidade dos fatos político-jurídicos), c) inalienável (tendo em vista que uma vez concebida não pode ser desconstituída), d) imprescindível (no sentido de que não se encontra condicionada a termo temporal) e) aderente ao território estatal e ao vínculo nacional (posto que concebida a partir da existência do elemento humano (povo) e do elemento físico (território) e que corresponde, a um poder que é necessariamente superior. No que concerne às características basilares da soberania: f) supremo (na acepção de sua inconteste superioridade), g) originário (tendo em vista que nasce com o próprio Estado, como elemento fundamental deste), h) ilimitado (posto que não encontra restrições objetivas), i) incondicionado (considerando que não se encontra adstrito a nenhuma regra ou limitação anterior), j) intangível (no sentido de que não é alcançado por outro poder, independentemente de sua natureza) k) coativo (tendo em vista que é exercido por ordem imperativa e através de instrumentos de coação). Limites da soberania: Os conceitos de soberania interna e externa decorrem, naturalmente, os de soberania territorial e extraterritorial. Na soberania territorial, impera o poder supremo da Nação dentro do seu próprio território; Na extraterritorial, prolonga-se esse poder para além do território que lhe pertence, no interesse de sua própria personalidade e dos seus súditos. Território do Estado. É um dos elementos caracterizadores do Estado, em seu sentido técnico. É a porção da superfície do solo, abrangendo terras, o subsolo e a coluna de ar correspondente (espaço aéreo).( HUSEK,2009). O território passa a ser entendido como o limite material da jurisdição do Estado, e compreende o território terrestre, o espaço aéreo sobrejacente e o mar territorial. Pelo princípio da territorialidade todo sujeito de direito, uma vez encontrando-se num dado território, deve respeitar as leis que ali estão em vigor. Porém, existem as exceções em matéria penal ou fiscal, o que confere relatividade ao princípio, não se admite a extraterritorialidade, devido aos princípios da não-intervenção e da igualdade jurídica entre os Estados. Ao norte: Suriname, Guiana, Venezuela e um território pertencente à França, a Guiana Francesa. A noroeste: Colômbia. A oeste: Peru e Bolívia. A sudoeste: Paraguai e Argentina. Ao sul: Uruguai. DOMÍNIO PÚBLICO O domínio público internacional está relacionado a uma zona de interesse que afeta a mais de um Estado. É definido como o conjunto dos espaços cujo uso interessa a mais de um Estado e, por vezes, à sociedade internacional como um todo, mesmo que, em certos casos, tais espaços estejam sujeitos à soberania de um Estado. São considerados áreas de domínio público internacional: o mar (e suas subdivisões legais), os rios internacionais, o espaço aéreo, o espaço sideral e o continente antártico.Hoje se discute considerar a internet como domínio público internacional. CASO CONCRETO 4 Analise o texto abaixo retirado do voto de A.A. Cançado Trindade, proferido na Corte Interamericana de Direito Humanos no caso da Comunidade Indígena Sawhoyamaxa versus Paraguay: “...No universo do Direito Internacional dos Direitos Humanos, é o indivíduo quem alega ter seus direitos violados, quem alega sofrer os danos, quem tem que cumprir com o requisito do prévio esgotamento dos recursos internos, quem participa ativamente da eventual solução amistosa, e quem é o beneficiário (ele ou seus familiares) de eventuais reparações e indenizações. Em nosso sistema regional de proteção, o espectro da persistente denegação da capacidade processual do indivíduo peticionário ante a Corte Interamericana (....) emanou de considerações dogmáticas próprias de outra época histórica tendentes a evitar seu acesso direto à instância judicial internacional, - considerações estas que, em nossos dias, ao meu modo de ver, carecem de sustentação e sentido, ainda mais tratando-se de um tribunal internacional de direito humanos. (...). No presente domínio de proteção, todo jusinternacionalista, fiel às origens históricas de sua disciplina, saberá contribuir para o resgate da posição do ser humano como sujeito de direito das gentes dotado de personalidade e plena capacidade jurídicas internacionais". Responda a pergunta abaixo: No que se refere ao trecho do voto de Antônio Augusto Cançado Trindade, responda: - Com base no conceito de sujeito de direito internacional e no de uma sociedade internacional aberta, como defende Celso Mello, discorra sobre a posição do ser humano como sujeito de Direitos, refletindo sobre sua personalidade e sobre sua capacidade para agir no plano internacional. 1. Celso Mello defende que a sociedade internacional é aberta, significa dizer que todo ente ao reunir determinados elementos, se torna membro de Sociedade Internacional, sem que haja necessidade da manifestação de outros membros. 2. No caso da pessoa humana, o reconhecimento de direitos na ordem internacional tornou todo e cada ser humano sujeito de direitos humanos, dotando-o de personalidade jurídica. Até a proclamação da Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 – reiterada pela Declaração de Direitos Humanos de Viena de 1993 – surgida após o fim da segunda guerra mundial em resposta às atrocidades cometidas durante o período de guerra, a pessoa humana não tinha direitos reconhecidos formalmente pela ordem internacional, formada até então por Estados, Organizações Internacionais e outras pessoas internacionais. O reconhecimento destes direitos inseriu o ser humano no rol das pessoas internacionais, embora muito ainda se discuta sobre sua efetiva capacidade de agir no plano internacional para fazer valer suas reivindicações morais. É certo que a Declaração Universal e todo o sistema de proteção dos direitos humanos se tornaram paradigma ético da contemporaneidade, como bem salienta Flavia Piovesan, embora ainda confinado em uma perspectiva meramente formal. Nacionalidade como vínculo jurídico-político entre um indivíduo e um Estado (Jacob Dolinger) Primeiramente, por ser o direito à nacionalidade um direito humano, todo indivíduo deve ter uma nacionalidade. Não deve possuir mais de uma, a fim de que se evitem os chamados conflitos positivos de nacionalidade. “ser nacional significa pertencer a uma ordem jurídica – estado – que lhe garantirá direitos e lhe exigirá deveres.” Regulamentos internacionais que estabelecem o direito à nacionalidade: Artigo 15 da Declaração Universal dos Direitos Humanos; Artigo 24 do Pacto Internacional dos direitos civis e políticos e Artigo 20 da Convenção Interamericana de Direitos Humanos: Art. 15 da DUDH I. Todo homem tem direito a uma nacionalidade; II. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade. Artigo 24.PIDCP 1.Toda a criança tem direito, sem discriminação alguma por motivos de raça, cor, sexo, língua, religião, origem nacional ou social, posição económica ou nascimento, às medidas de protecção que a sua condição de menor exige, tanto por parte da sua família como da sociedade e do Estado. 2.Toda a criança será registada imediatamente após o seu nascimento e deverá ter um nome. 3.Toda a criança tem direito a adquirir uma nacionalidade. O direito à nacionalidade é subjetivo, não se estendendo a seus parentes e dependentes. A nacionalidade não é eterna, podendo o indivíduo adquirir outra, por meio da naturalização. A nacionalidade pode ser adquirida por diferentes formas: nacionalidade originária e nacionalidade derivada. Para a atribuição da nacionalidade originária, aquela se alcança pelo nascimento, podem-se apontar dois sistemas legislativos: jus soli e jus sanguinis. No sistema do jus soli, a nacionalidade originária é obtida em virtude do território onde o indivíduo tenha nascido, do lugar do nascimento. Não importa a nacionalidade dos pais!!!!. Trata-se de sistema largamente usado durante a Idade Média, época em a terra, o solo, era o centro de gravidade da economia, feudalismo, e da Sociedade, senhores feudais e servos, da época. as pessoas físicas e jurídicas se submetem à tributação do Estado em que residem. Brasileiro natural. Brasileiro naturalizado. Estrangeiro. o tema da nacionalidade tem tratamento constitucional, previsto no artigo 12 em seus incisos I e II. A originária está prevista no inciso I e o critério de aquisição, nas letras “a”,“b”e “c”; A derivada está prevista no inciso II São brasileiros natos são os que nascem em território brasileiro: a) o espaço terrestre delimitado pelas fronteiras geográficas; b) mar territorial, ilhas, golfos, baías, rios, lagos; c) espaço aéreo, entendido como a projeção vertical de todo o espaço terrestre e marítimo; d) os navios e aeronaves de guerra brasileiros, onde quer que se encontrem; e) as embarcações comerciais brasileiras em alto mar, ou de passagem em mar territorial estrangeiro, f) aeronaves civis brasileiras em voo no espaço aéreo internacional, ou de passagem sobre águas territoriais ou espaços aéreos estrangeiros. São brasileiros natos são os que nascem em território brasileiro: a) o espaço terrestre delimitado pelas fronteiras geográficas; b) mar territorial, ilhas, golfos, baías, rios, lagos; c) espaço aéreo, entendido como a projeção vertical de todo o espaço terrestre e marítimo; d) os navios e aeronaves de guerra brasileiros, onde quer que se encontrem; e) as embarcações comerciais brasileiras em alto mar, ou de passagem em mar territorial estrangeiro, f) aeronaves civis brasileiras em voo no espaço aéreo internacional, ou de passagem sobre águas territoriais ou espaços aéreos estrangeiros. a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil antes da maioridade e, alcançada esta, optem em qualquer tempo,pela nacionalidade brasileira; Texto original em 1988 c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; Emenda de Revisão 3/1994 c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; Após EC 54/2007 Caso 1: Filhos de brasileiro (a), nascido no estrangeiro entre 05.10.1988 e 06.06.1994, seriam brasileiros natos se: A- fosse feito o registro consular ou; B- realizasse a opção pela nacionalidade brasileiro. Porém, teria que morar no Brasil ANTES da maioridade e depois dela, OPTAR pela brasileira. Caso 2: Filhos de brasileiro (a), nascido no estrangeiro entre 07.06.1994 e 19.09.2007, seriam brasileiros natos se: A- viesse a residir no Brasil (não havia permissão para o registro consular); B- realizasse a opção pela nacionalidade brasileiro APÓS a maioridade. Caso 3- ATUAL: Filhos de brasileiro (a), nascido no estrangeiro APÓS 20.09.2007, serão considerados brasileiros natos se: A- Registrados nos consulados ou; B- Quando vierem residir no Brasil, ATINGIDA a maioridade requeiram a OPÇÃO pela brasileira. Filho de brasileiro nascido na Suíça (entre 1995 e 2007): NÃO poderia fazer o registro consular; A Suíça adota o critério do ius sanguinis – APÁTRIDA Residir no Brasil e, ATINGIDA a maioridade, teriam que fazer a OPÇÃO pela brasileira. Na Suíça o filho ganha a nacionalidade do PAI, se os pais forem estrangeiros. EX: Mãe brasileira + Pai espanhol = Filho espanhol. A opção pela nacionalidade está ligada a MAIORIDADE; Exe.: um adolescente entre 12 e 18 anos nascido no exterior. Precisa vir residir no Brasil Fazer a opção após a maioridade o Durante esse período terá nacionalidade PROVISÓRIA que, caso não faça sua opção perderá esse status de brasileiro sob condição suspensiva que é a nacionalidade provisória. A opção pela nacionalidade está ligada a MAIORIDADE; Exe.: um adolescente entre 12 e 18 anos nascido no exterior. Precisa vir residir no Brasil Fazer a opção após a maioridade o Durante esse período terá nacionalidade PROVISÓRIA que, caso não faça sua opção perderá esse status de nacionalidade provisória. O Decreto 6.949 de 25 de agosto de 2009 promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em NovaYork, em 30 de março de 2007. Elaborada ao longo de quatro anos, o tratado contou com a colaboração de 192 países, dentre os quais o Brasil é um deles. A referida convenção impõe aos países signatários a proibição a qualquer discriminação baseada na deficiência, garantindo às pessoas com deficiência igual proteção legal contra a discriminação por qualquer motivo. “A Justiça pode decidir pela nacionalidade de PESSOA INCAPAZ se os seus responsáveis assim quiserem. Foi o que decidiu o juiz Ivorí Luis da Silva Scheffer, da 1ª Vara Federal de Florianópolis, que reconheceu o direito de Andres Matias Pereira de optar pela nacionalidade brasileira.” APÁTRIDA São aqueles quem não tem nacionalidade, Nunca teve ou por algum motivo já teve a perdeu. Dessa forma, o indivíduo que ao nascer se vê sem nacionalidade por alguma causa ou quando a perde, por força da legislação do estado, sem haver submetido a processo de conservação, é apátrida e assim, sem direito a ter direitos. Dessa forma, o indivíduo que ao nascer se vê sem nacionalidade por alguma causa ou quando a perde, por força da legislação do estado, sem haver submetido a processo de conservação, é apátrida e assim, sem direito a ter direitos. http://www.acnur.org/portugues/quem-ajudamos/apatridas/ O ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) estima que sejam apátridas aproximadamente 10 milhões de pessoas em dezenas de países desenvolvidos e em desenvolvimento, embora não se conheçam os números exatos. Pessoas apátridas podem ser encontrados na África, nas Américas, na Ásia e na Europa e têm sido uma população de interesse do ACNUR desde sua fundação. Políticas discriminatórias estão na raiz de muitas situações de apátrida. No Oriente Médio e em outras partes do mundo, legislações que discriminam com base no gênero criam riscos de apátrida. • Sob o regime de Saddam Hussein, muitos curdos feili foram privados de suas nacionalidades, ordem revogada em 2006. • Na África, parte dos núbios localizados no Quênia não usufruem de direitos de cidadania. • Na Europa, a dissolução da União Soviética e da Federação Iugoslava nos anos 1990 levou à apátrida nos novos países que surgiram. https://youtu.be/plUdAW5TZEs § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas; VII - de Ministro de Estado da Defesa. NATURALIZADO A naturalização é forma derivada de aquisição da nacionalidade. Sua concessão, em regra, é feita discricionariamente pelo Estado, segundo suas conveniências. No Brasil, a concessão da naturalização é de competência exclusiva do Poder Executivo, na esfera administrativa. Tácita Expressa Como exemplo de naturalização tácita, podemos apontar aquela que ficou conhecida como "grande naturalização". Trata-se de cláusula constitucional desde 1891 (art. 69, §4º) reproduzida em várias constituições subsequentes, segundo a qual são "cidadãos brasileiros os estrangeiros que, achando-se no Brasil aos 15 de novembro de 1889, não declarem, dentre de seis meses depois de entrar em vigor a Constituição, o animo de conservar a nacionalidade de origem. " Necessita requerimento para a nacionalização Hipóteses de naturalização na Constituição de 1988, no art. 12, II: II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) Na maioria dos países, implica necessariamente a perda daquela(s) detida(s) pelo naturalizado que deverá renunciar a ela(s), expressamente, ante a opção pela nacionalidade brasileira. No Brasil o estrangeiro deverá RENUNCIAR a sua nacionalidade para adquirir a naturalização brasileira. A renúncia a nacionalidade de origem é ato declaratório unilateral, declarado perante a autoridade judiciária brasileira; Visa a manifestação expressa de que alguém deseja se desvincular dos laços políticos que o une ao seu país de origem e que deseja considerar-se unicamente brasileiro. Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; Antes da Emenda Constitucional de revisão nº3, de 09/06/94, a naturalização voluntária era causa de perda da nacionalidade. ** artigo XV, § 2º da DUDH – “ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade” II - adquirir outranacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) Aquisição de OUTRA nacionalidade Exceto Reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira Imposição de naturalização, como condição de permanência em seu território ou para exercícios de direitos civis Estrangeiros, no Brasil, são aqueles que não possuem a nacionalidade brasileira. No direito brasileiro, destacam-se dois momentos legislativos (47), que revelavam de forma geral a situação jurídica do estrangeiro no Brasil: a art. 5º, caput, da Constituição Federal e o art. 3º do Código Civil (1916). Determina o primeiro que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade". O art. 3º do Código Civil 1916 dispunha que "a lei não distingue entre nacionais e estrangeiros quanto à aquisição e gozo de direitos civis". Restrições legislativas no Brasil (Constituição, art. 222). Estatuto do estrangeiro (lei n. 6815/80). Substituído pelo novo estatuto denominado Lei da Migração que entrou em vigor em 24 de nov. de 2017. Relações trabalhistas (CLT). Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) § 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da programação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) A entrada do estrangeiro: vistos consulares; As medidas de saída compulsória: Deportação; Expulsão e Extradição vistos consulares; • o visto consiste apenas numa expectativa de direito e a não concessão de visto pela autoridade consular não implica violação ao direito subjetivo do estrangeiro. Art. 6º - O visto é o documento que dá a seu titular expectativa de ingresso em território nacional. vistos consulares artigo 12 LM; “Ao solicitante que pretenda ingressar ou permanecer em território nacional poderá ser concedido visto: I - de visita; II - temporário; III - diplomático; IV - oficial; V - de cortesia. Cada tipo de visto corresponde a uma finalidade da viagem e a um prazo de estada no país. Ambos devem ser respeitados pelo estrangeiro, sob pena de deportação. MODALIDADES DE VISTO Definição Casos: VISITA (Art. 13) Concedido ao visitante que venha ao Brasil para estada de CURTA DURAÇÃO, sem intenção de estabelecer residência, nos seguintes casos: I - turismo; II - negócios; III - trânsito; IV - atividades artísticas ou desportivas; e V - outras hipóteses definidas em regulamento. § 1o É vedado ao beneficiário de visto de visita exercer atividade remunerada no Brasil. Cada tipo de visto corresponde a uma finalidade da viagem e a um prazo de estada no país. Ambos devem ser respeitados pelo estrangeiro, sob pena de deportação. MODALIDADES DE VISTO Definição Casos: T E M P O R Á R IO (Art. 14) Concedido ao visitante que venha ao Brasil COM intuito de estabelecer residência por tempo determinado e que se enquadre em pelo menos uma das seguintes hipóteses: a) pesquisa, ensino ou extensão acadêmica; b) tratamento de saúde; c) acolhida humanitária; d) estudo; e) trabalho; f) férias-trabalho; g) prática de atividade religiosa ou serviço voluntário; h) realização de investimento ou de atividade com relevância econômica, social, científica, tecnológica ou cultural; i) reunião familiar; j) atividades artísticas ou desportivas com contrato por prazo determinado; Vistos Diplomático, Oficial e de Cortesia: Definições: Art. 15, Parágrafo único. Os vistos diplomático e oficial poderão ser transformados em autorização de residência, o que importará cessação de todas as prerrogativas, privilégios e imunidades decorrentes do respectivo visto. (Art. 16). Concedidos a autoridades e funcionários estrangeiros em missão oficial de caráter transitório ou permanente, representando Estado estrangeiro ou organismo internacional reconhecido. Art.16, § 1o Não se aplica ao titular dos vistos referidos no caput o disposto na legislação trabalhista brasileira. § 2o Os vistos diplomático e oficial poderão ser estendidos aos dependentes das autoridades. Vistos Diplomático, Oficial e de Cortesia - DEPENDENTES: (Art. 17). A remuneração do diplomática ou oficial ser por seu Estado. (P.U) O dependente de titular poderá exercer atividade remunerada no Brasil que será regida pela CLT, desde que seu país adote a regra de reciprocidade de tratamento a brasileiro. (Art. 18). O empregado particular titular de visto de cortesia somente poderá exercer atividade remunerada para o titular de visto diplomático, oficial ou de cortesia ao qual esteja vinculado, cujo contrato será regido pela CLT. (PU). O titular de visto diplomático, oficial ou de cortesia será responsável pela saída de seu empregado do território nacional. Repatriação (Art. 49. A repatriação consiste em medida administrativa de devolução de pessoa em situação de impedimento ao país de procedência ou de nacionalidade.) Deportação (Art. 50. A deportação é medida decorrente de procedimento administrativo que consiste na retirada compulsória de pessoa que se encontre em situação migratória irregular em território nacional.) Expulsão (Art. 54. A expulsão consiste em medida administrativa de retirada compulsória de migrante ou visitante do território nacional, conjugada com o impedimento de reingresso por prazo determinado.) Extradição (Art. 81. A extradição é a medida de cooperação internacional entre o Estado brasileiro e outro Estado pela qual se concede ou solicita a entrega de pessoa sobre quem recaia condenação criminal definitiva ou para fins de instrução de processo penal em curso.) Ex-dirigente de federação sul-americana de futebol, após deixar o cargo que exercia em seu país de origem, sabedor de que existe uma investigação em curso na Colômbia, opta por fixar residência no Brasil, pelo fato de ser estrangeiro casado com brasileira, com a qual tem dois filhos pequenos. Anos depois, já tendo se naturalizado brasileiro, o governo da Colômbia pede a sua extradição em razão de sentença que o condenou por crime praticado quando ocupava cargo na federação sul-americana de futebol. Diga sobre a possibilidade de extradição e fundamente. (FGV – adaptada) EXTRADIÇÃO = É o envio de um indivíduo de um país a outro que seja competente para julgá-lo ou que lá já tenha sido condenado. Se dá de duas maneiras: - Tratado internacional; - Promessa de reciprocidade. A competência para extraditar é do STF. Como regra.....O brasileiro nato jamais será extraditado. O § 3º do artigo 81 da LM determina que parao caso de brasileiro nato, será observada, nos casos de aquisição de outra nacionalidade por naturalização, a anterioridade do fato gerador da extradição. Situações que o Brasil não extradita (art. 82 LM): 1-for brasileiro nato; 2-o fato que motivar o pedido não for considerado crime no Brasil ou no Estado requerente; 3-o Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime imputado ao extraditando; 4-a lei brasileira impuser ao crime pena de prisão inferior a 2 (dois) anos; 5-o extraditando estiver respondendo a processo ou já houver sido condenado ou absolvido no Brasil pelo mesmo fato em que se fundar o pedido; 6-a punibilidade estiver extinta pela prescrição, segundo a lei brasileira ou a do Estado requerente; 7-o fato constituir crime político ou de opinião; 8-o extraditando tiver de responder, no Estado requerente, perante tribunal ou juízo de exceção; ou o extraditando for beneficiário de refúgio, nos termos da Lei no 9.474, de 22 de julho de 1997, ou de asilo territorial. Art. 46. A aplicação deste Capítulo observará o disposto na Lei no 9.474, de 22 de julho de 1997, e nas disposições legais, tratados, instrumentos e mecanismos que tratem da proteção aos apátridas ou de outras situações humanitárias. Art. 47. A repatriação, a deportação e a expulsão serão feitas para o país de nacionalidade ou de procedência do migrante ou do visitante, ou para outro que o aceite, em observância aos tratados dos quais o Brasil seja parte. Art. 48. Nos casos de deportação ou expulsão, o chefe da unidade da Polícia Federal poderá representar perante o juízo federal, respeitados, nos procedimentos judiciais, os direitos à ampla defesa e ao devido processo legal. DIREITO INTERNACIONAL As personalidades Internacionais
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