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Direito Processual Civil para Analista Judiciário e Oficial de Justiça

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS (TJDFT) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA ANALISTA JUDICIÁRIO E OFICIAL 
DE JUSTIÇA (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
AULA 9 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
1 
 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS 
(TJDFT) 
 
 
Prezados Alunos! 
Aula 9 de Direito Processual Civil para AJAJ e AJOJAF! 
Bons estudos... 
Ricardo Gomes 
AVISOS: 
• Para o concurso do TJDFT lançamos os seguintes Cursos: 
• REGIMENTO INTERNO DO TJDFT, PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA 
APLICADO AOS JUÍZES E OFÍCIOS JUDICIAIS, E ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA 
DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS – TODOS OS CARGOS (TEORIA E 
EXERCÍCIOS) – ISOLADO e PACOTE. 
• DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA AJAJ – TEORIA E EXERCÍCIOS. 
• NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA TÉCNICO – TEORIA E 
EXERCÍCIOS. 
Outros Cursos: 
• REGIMENTO INTERNO DO CNJ; 
• LEGISLAÇÃO ESPECIAL DO CNJ 
• CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS SOBRE O BNDES; 
• DIREITO ELEITORAL PARA TRE/MG; 
• Confiram também o Curso DIREITO ELEITORAL – REGULAR!! 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS (TJDFT) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA ANALISTA JUDICIÁRIO E OFICIAL 
DE JUSTIÇA (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
AULA 9 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
2 
Não percam esta oportunidade de praticarem e aperfeiçoarem ainda mais seus 
conhecimentos! 
 
 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
 
1. Recursos. Disposições Gerais. 
2. Processo de Execução. 
3. Processo Cautelar. 
4. Procedimentos Especiais. 
 
 
 
 
1. Recursos. 
 
Disposições Gerais dos Recursos. 
 
Conceito e Espécies de Recurso. 
O Recurso é um meio de impugnação da sentença terminativa ou 
definitiva que a atender às necessidades da parte inconformada com a decisão, 
permitindo nova análise por instância superior. Isto é, o Recurso é a forma de 
a parte demonstrar seu inconformismo com uma decisão proferida nos autos, 
postulando modificações ou reformas em seu conteúdo. 
São recorríveis todas as decisões interlocutórias (que não 
decidem o mérito da questão) e sentenças/acórdãos (decisões que decidem 
o mérito e põem fim ao processo) proferidas pelos Juízes e Tribunais. Com 
isso, dos meros Despachos de expediente NÃO cabe Recurso. 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS (TJDFT) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA ANALISTA JUDICIÁRIO E OFICIAL 
DE JUSTIÇA (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
AULA 9 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
3 
A Legislação Processual Civil prevê que cabem os seguintes 
recursos das decisões dos Magistrados: 
1. apelação; 
2. agravo; 
3. embargos infringentes; 
4. embargos de declaração; 
5. recurso ordinário; 
6. recurso especial; 
7. recurso extraordinário; 
8. embargos de divergência em recurso especial e em 
recurso extraordinário. 
 
Pressupostos Subjetivos dos Recursos. 
Para que um recurso seja admitido será preciso o preenchimento 
dos pressupostos recursais subjetivos e objetivos. Os pressupostos 
subjetivos levam em conta a pessoa do recorrente e os objetivos referem-se às 
exigências legais para que o recurso seja conhecido. 
Pressupostos subjetivos do Recurso: 
1. Legitimidade Recursal – o recurso poderá ser interposto 
pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério 
Público. O terceiro deve demonstrar relação entre seu 
interesse e a relação jurídica discutida (ex: fiador não citado 
no processo que recorre de decisão contrária a ele e ao 
afiançado). O Ministério Público poderá recorrer quando for 
parte e quando funcionar como fiscal da lei. 
 
2. Interesse Recursal – somente poderá recorrer a parte ou o 
terceiro que demonstrar ter recebido menos do que deveria 
da decisão judicial. Ou seja, o recurso deve ser interposto 
pela parte que sucumbir, quando incorrer em situação de 
desvalia no processo. Quando o autor ou o réu receber tudo 
que foi solicitado ao longo do processo, não há interesse 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA ANALISTA JUDICIÁRIO E OFICIAL 
DE JUSTIÇA (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
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para interposição de recurso. 
Por isso, a parte que aceitar a sentença ou a decisão, de 
forma expressa ou tácita, não poderá recorrer. Se a parte 
aceitou a decisão, precluiu seu direito de recorrer e é 
eliminado o interesse recursal. A aceitação expressa é a 
manifestação expressa que não deseja recorrer. A aceitação 
tácita é a prática, sem reserva alguma, de um ato 
incompatível com a vontade de recorrer. Exemplo: deixar 
passar em branco o prazo do recurso sem qualquer 
manifestação. 
 
Pressupostos Objetivos dos Recursos. 
O recurso deverá preencher os seguintes requisitos para seu 
efetivo conhecimento: 
1. Tempestividade – o recurso deve ser interposto dentro do 
prazo legal, sob pena da perda do direito de recorrer 
(preclusão temporal). 
Em regra, os prazos dos recursos são: 15 DIAS, salvo 
Embargados de Declaração (5 DIAS) e Agravo (10 
DIAS). 
O prazo para a interposição do recurso é contado da leitura 
da sentença em audiência; da intimação às partes, quando a 
sentença não for proferida em audiência ou da publicação do 
dispositivo do acórdão no órgão oficial. 
Para cumprir o requisito da tempestividade, a petição deve 
ser protocolada em cartório ou segundo a norma de 
organização judiciária no prazo previsto em lei (Ex: 15 dias 
da decisão). 
É possível a interrupção do prazo do recurso se falecer 1 das 
partes ou seu Advogado, ou ainda ocorrer motivo de força 
maior, que suspenda o curso do processo. Neste caso, o 
prazo do recurso será restituído em proveito da parte, do 
herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
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novamente depois da intimação. 
 
2. Preparo – o recurso também tem seus custos processuais. 
Para tanto, a parte recorrente deve recolher as custas 
(preparo) e acostá-las aos autos do processo juntamente 
com a petição de interposição do recurso. 
Portanto, o preparo deve ser comprovado tão logo seja 
interposto o recurso, inclusive com porte de remessa e de 
retorno, sob pena de ser considerado o recurso deserto. 
Se o preparo juntado aos autos for insuficiente, a parte 
recorrente deve ser intimada para suprir o valor faltante em 
5 DIAS. Se não o fizer, também será considerado o recurso 
deserto. 
A Lei dispensa de preparo recursal as entidades com isenção: 
Ministério Público, União, Estados e Municípios e 
respectivas autarquias. 
 
3. Cabimento – o Princípio recursal da Unirrecorribilidade 
determina que para cada decisão cabe apenas 1 único 
recurso. A parte deve manejar o recurso cabível à espécie. 
Se for caso de decisão interlocutória, caberá Agravo; se for 
sentençafinal, caberá Apelação ao Tribunal. 
 
Recurso Adesivo. 
O Recurso adesivo é cabível quando ocorrer sucumbência 
recíproca (perda das demandas de ambas as partes: vencidos ao mesmo 
tempo o autor e réu). Neste caso, se uma parte recorrer, a lei permite que a 
outra parte, também sucumbente, possa aderir ao recurso interposto pela 
parte adversa. O recurso aderente adere ao recurso principal, interposto em º 
lugar. 
Neste caso, o Tribunal julgará os 2 recursos, o principal e o 
aderente, mas o recurso aderente sempre ficará subordinado ao recurso 
principal. 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
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As mesmas regras do recurso independente quanto às condições 
de admissibilidade, preparo e julgamento no Tribunal Superior são aplicáveis 
ao Recurso Adesivo. 
Condições legais para interposição do recurso adesivo: 
• será interposto perante a autoridade competente para admitir 
o recurso principal, no prazo de que a parte dispõe para 
responder (prazo das contrarrazões do recorrido); 
• será admissível na Apelação, nos Embargos Infringentes, 
no Recurso Extraordinário e no Recurso Especial; 
• não será conhecido, se houver desistência do recurso 
principal, ou se for ele declarado inadmissível ou 
deserto. 
 
Regras gerais dos Recursos: 
� O recurso extraordinário e o recurso especial NÃO 
impedem a execução da sentença (sentença poderá ser 
executada, mesmo com a interposição de RE e RESP). 
� O fato de ter sido interposto agravo de instrumento não 
obsta o andamento do processo, salvo se o Relator 
suspender a decisão até pronunciamento definitivo da Turma 
ou Câmara do Tribunal, em casos urgentes ou de relevante 
interesse público (previstos no art. 558 do CPC) 
CPC 
Art. 558. O relator poderá, a requerimento do agravante, nos casos 
de prisão civil, adjudicação, remição de bens, levantamento de 
dinheiro sem caução idônea e em outros casos dos quais possa 
resultar lesão grave e de difícil reparação, sendo relevante a 
fundamentação, suspender o cumprimento da decisão até o 
pronunciamento definitivo da turma ou câmara. 
� A Lei assegura o direito do recorrente de desistir do Recurso 
a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos 
litisconsortes que com ele dividirem o polo ativo ou passivo 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
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da demanda. 
� A desistência ocorre quando o recurso já foi interposto. No 
entanto, a parte também poderá renunciar ao direito de 
recorrer. A renúncia é ato anterior à interposição do 
recurso, e independe da aceitação da outra parte. 
� A Sentença e as decisões judiciais diversas são divididas em 
capítulos ou partes. De cada um dos capítulos ou partes é 
possível recorrer. Assim, a parte prejudicada não precisa 
recorrer de toda a decisão, podendo recorrer apenas daquele 
que se sentir inconformada. Com isso, a sentença pode ser 
impugnada no todo ou em parte. 
� O recurso interposto por 1 dos litisconsortes ativos ou 
passivos (+ 1 parte no mesmo polo: 2 ou + autores ou réus) 
a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus 
interesses. 
� Se houver solidariedade passiva (co-devedores), o recurso 
interposto por 1 devedor aproveitará aos outros, quando as 
defesas opostas ao credor lhes forem comuns. 
� Efeito substitutivo: a decisão do Tribunal acerca do recurso 
substituirá a sentença ou a decisão recorrida no que tiver 
sido objeto de recurso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Processo de Execução. 
 
Disposições Gerais da Execução em Geral. 
Enquanto o processo de Conhecimento visa definir de forma 
concreta a relação jurídica controvertida em juízo (especialmente certificar 
direitos), o processo ou fase de Execução tem por finalidade concretizar o 
quanto definido e consolidado na fase de Conhecimento. 
Nesse sentido, com a recusa do devedor de cumprir a obrigação já 
certificada no processo de conhecimento, surge uma lide entre o credor e o 
obrigado ao adimplemento. Daí a necessidade da execução, que busca a 
satisfação ou a realização de um direito certificado e definido em um título 
judicial ou extrajudicial. 
Como estudado, em regra, a Execução é uma mera FASE do 
Processo, pós-fase de Conhecimento (certificação). Nesse sentido, as mesmas 
regras legais do processo de conhecimento são aplicadas, de forma 
subsidiária, ao processo de execução. 
No processo de Execução o Juiz pode, em qualquer momento do 
processo: 
• ordenar o comparecimento das partes; 
• advertir ao devedor que o seu procedimento constitui ato 
atentatório à dignidade da justiça. 
A própria lei define como atentatório à dignidade da Justiça o ato 
do executado que: 
1. frauda a execução (Ex: aliena o bem antes da execução 
propriamente dita, tentando desfazer-se do patrimônio) 
2. opõe-se maliciosamente à execução, empregando ardis e 
meios artificiosos (Ex: falsificação documental dos registros 
de determinado bem imóvel ou móvel); 
3. resiste injustificadamente às ordens judiciais (Ex: executado 
que não comparece em juízo ou não atende às intimações 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
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do Juiz); 
4. intimado, não indica ao juiz, em 5 DIAS, quais são e onde se 
encontram os bens sujeitos à penhora e seus respectivos 
valores. 
Pela prática de ato atentatório à dignidade da Justiça o ato do 
executa, o devedor poderá ser sancionado com MULTA de até 20% do valor 
do débito atualizado, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual 
ou material, multa essa que reverterá em proveito do credor, exigível na 
própria execução. 
O Juiz relevará a pena (perdoará), se o devedor se comprometer 
a não mais praticar qualquer dos atos atentatórios à dignidade da Justiça e der 
fiador idôneo, que responda ao credor pela dívida principal, juros, despesas e 
honorários advocatícios. 
 
Remição e adjudicação. 
Na Execução por quantia certa contra devedor solvente, busca-se 
satisfazer o credor por meio da expropriação de bens do devedor. Esta 
expropriação de bens poderá ser realizada por meio: 
• da Adjudicação em favor do exequente; 
• da alienação por iniciativa particular; 
• da alienação em hasta pública; 
• do usufruto de bem móvel ou imóvel. 
A Adjudicação é a forma preferencial de expropriação em que o 
credor fica com o bem penhorado pelo valor da avaliação, não necessitando 
exibir o preço, salvo se o valor do bem for superior ao valor da dívida (neste 
caso deverá depositara diferença correspondente). 
São legitimados para adjudicar os bens penhorados o Exequente, 
o credor com garantia real, pelos credores concorrentes que hajam 
penhorado o mesmo bem, pelo cônjuge, pelos descendentes ou 
ascendentes do executado. Se houver concorrência entre legitimados, será 
realizada licitação entre eles (quem oferecer o maior preço leva). Se os preços 
forem idênticos, terá preferência o cônjuge, descendente ou ascendente, nessa 
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ordem. 
Em caso de penhora de cota social (cota de sociedade), os 
sócios terão preferência na adjudicação. 
Considera-se perfeita e acabada a Adjudicação com a assinatura do 
Auto de Adjudicação pelo Juiz, pelo adjudicante, pelo escrivão e, se for 
presente, pelo executado, expedindo-se a Carta de Adjudicação no caso de 
Bem Imóvel, ou Mandado de Entrega do se for Bem Móvel. 
No caso de Bem Imóvel, a carta de adjudicação de conter a 
descrição do imóvel, com remissão a sua matrícula e registros, a cópia do auto 
de adjudicação e a prova de quitação do imposto de transmissão. 
A REMIÇÃO da Execução é o ato do devedor de pagamento do 
débito atualizado + juros, custas e honorários advocatícios. A qualquer tempo 
da execução, antes da Adjudicação ou da Arrematação dos Bens, é facultado 
ao devedor remir a execução pelo efetivo pagamento. Com a Remição por 
meio do pagamento ao credor, a Execução é extinta. 
Observem que a REMIÇÃO da Execução é ato do devedor no bojo 
da execução. Não confundir com Remissão de Dívida, que é o mero perdão 
da dívida pelo credor ao devedor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. Medidas Cautelares. 
 
O Processo judicial brasileiro é estruturado nas 3 fases básicas 
(conhecimento, execução e cautelar). O processo cautelar tem por finalidade 
assegurar o resultado útil do processo (assegurar que a decisão judicial possa, 
no futuro, realmente produzir efeitos), afastando os perigos que podem 
ocorrer com a demora no processo. 
O processo cautelar não tem por objetivo satisfazer desde logo a 
pretensão da parte, mas tão somente viabilizar que esta seja assegurada e 
que, de fato, possa ser satisfeita. 
Portanto, o processo cautelar visa proteger, assegurar, a pretensão 
veiculada na fase de conhecimento. 
O processo cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do 
processo principal, mas guarda obrigatória dependência do processo 
principal. Se for interposta depois de instaurado o processo principal, deverá 
ser requerida a cautelar ao próprio Juiz da causa. Contudo, se a cautelar for 
apresentada antes da ação principal, como medida preparatória, deverá ser 
dirigira ao juiz natural em tese competente para conhecer da ação principal. 
Contudo, se for interposto recurso, a medida cautelar será 
requerida diretamente ao tribunal. 
A regra é que as medidas cautelares dos processos só podem ser 
determinadas COM audiência das partes. O CPC dispõe que só em casos 
excepcionais, expressamente autorizados por lei, é que o juiz poderá 
determinar medidas cautelares sem a audiência das partes. 
O CPC autoriza a concessão liminar de medida cautelar ou depois 
de justificação prévia, mas SEM audiência do Réu, quando verificar que se o 
Réu for citado, poderá tornar a medida cautelar ineficaz. Nessa hipótese, o Juiz 
poderá determinar que o requerente preste caução real ou fidejussória de 
ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer. 
O Juiz possui o chamado Poder Geral de Cautela, que garante ao 
magistrado a possibilidade de determinar providências cautelares 
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nominadas (previstas expressamente na legislação) ou inominadas (inventadas 
da cabeça do Juiz), quando houver fundado receio de que uma parte, antes do 
julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação. 
Entre as mais diversas medidas adotadas pelo Juiz, ele poderá 
autorizar ou vedar a prática de determinados atos, ordenar a guarda judicial 
de pessoas e depósito de bens e impor a prestação de caução. 
A Medida Cautelar deve ser fundada nos 2 (dois) famosos pilares: 
relevantes fundamentos (fumaça do bom direito) e o fundado receio de 
grave dano de difícil ou incerta reparação (perigo da demora). 
 Após a apresentação da petição inicial da ação cautelar, o 
requerido será para contestar o pedido no prazo de 5 DIAS, indicando as 
provas que pretende produzir. Este prazo será contado da juntada aos autos 
do mandado de citação devidamente cumprido ou da execução da medida 
cautelar, quando concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
Se o requerido não contestar, os fatos alegados serão presumidos 
como aceitos pelo Juiz. No entanto, se o requerido contestar no prazo de 5 
DIAS, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, havendo prova a 
ser nela produzida. 
Com a concessão da medida cautelar, o requerido pode ficar em 
uma situação extremamente gravosa, muitas vezes desnecessária. Com isso, o 
legislador previu a possibilidade de substituir a medida liminar pela prestação 
de caução ou outra garantia menos gravosa para o requerido, sempre que 
adequada e suficiente para evitar a lesão ou repará-la integralmente. 
Após a apresentação do pedido de medida cautelar preparatória 
(antes da ação principal), a parte requerente deve propor a ação principal no 
prazo de até 30 DIAS. 
As medidas cautelares têm perenidade, nos 30 DIAS da medida 
cautelar preparatória e durante o processo principal já instaurado. Contudo, 
elas podem ser revogadas ou modificadas a qualquer tempo. 
A medida cautelar cessará sua eficácia nos seguintes casos: 
• se a parte não intentar a ação nos 30 DIAS da medida 
cautelar preparatória; 
• se não for executada dentro de 30 DIAS; 
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• se o juiz declarar extinto o processo principal (dependência 
do cautelar para com o principal) com ou sem julgamento 
do mérito. 
A medida cautelar indeferida não interfere no exame do mérito da 
ação principal (se esta poderá ou não ser intentada e analisada), ressalvado 
apenas se o juiz, no procedimento cautelar, acolher a alegação de decadência 
ou de prescrição do direito do autor. 
A responsabilidade pelo pedido da medida cautelar é do 
requerente. Assim, o requerente do procedimento cautelar responde ao 
requerido pelo prejuízo que lhe causar a execução da medida, nos seguintes 
casos:a) se a sentença no processo principal lhe for desfavorável; 
b) se, obtida liminarmente a medida cautelar, não for 
promovida a citação do requerido dentro em 5 DIAS; 
c) se ocorrer a cessação da eficácia da medida, em qualquer dos 
casos previstos acima; 
d) se o juiz acolher, no procedimento cautelar, a alegação de 
decadência ou de prescrição do direito do autor. 
A indenização a ser paga pelo requerente será liquidada nos 
próprios autos do procedimento cautelar. 
Os autos físicos do procedimento cautelar serão apensados aos 
do processo principal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. Procedimentos Especiais de Jurisdição 
Contenciosa. 
 
O próprio Código de Processo Civil (CPC) classifica a Jurisdição em 
Contenciosa e Voluntária. 
CPC 
Art. 1o A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida 
pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as disposições 
que este Código estabelece. 
Portanto, a Jurisdição pode ser classificada em 2 (duas) principais 
espécies, que passamos a detalhar: 
o Jurisdição Contenciosa – é a jurisdição propriamente dita, 
sendo a atividade estatal exercida pelo Poder Judiciário, 
consistente no poder de dizer o direito no caso concreto, 
solucionando as lides em substituição aos interesses das 
partes. 
o Jurisdição Voluntária – consiste na integração e 
fiscalização de negócios firmados entre particulares. Há 
muita discussão na doutrina acerca da natureza da Jurisdição 
Voluntária, se também seria ou não propriamente uma 
Jurisdição (se não seria uma mera Administração Pública de 
interesses privados). 
 
Como estudamos, a Jurisdição Contenciosa é a própria jurisdição 
do Estado, com todas as suas características, princípios e finalidades descritas. 
De outro lado, cabe definir a natureza jurídica da Jurisdição Voluntária (se 
seria jurisdição ou administração pública de interesses privados). 
A Jurisdição Voluntária foi definida pelo legislador para os casos em 
que o Juiz é chamado para atuar perante o particular como forma de 
integração de sua vontade e de fiscalização de seus atos. Isto é, sem a 
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15 
participação do Magistrado o interesse do particular não seria tutelado. Com 
isso, o exercício dessa jurisdição tem uma finalidade clara: fiscalizar a atuação 
do particular em hipóteses específicas em que haja interesse público envolvido. 
O Juiz atua como um assistente das partes para a formalização 
do ato. Exemplo: solicitação de notificação ou interpelação judicial do estado 
de inadimplente perante o particular; procedimentos de justificação (produção 
de prova antecipada, antes da instauração do processo); processo de 
interdição de incapaz; processo de emancipação; homologação de acordo ou 
transação; alienação de coisas; nomeação e destituição de tutores e 
curadores, etc, entre tantos outros. 
Para a chamada Doutrina CLÁSSICA, a Jurisdição Voluntária NÃO 
é Jurisdição! Isto porque o Juiz figura como simples integrador e fiscalizador 
dos atos praticados pelos particulares, agindo como um Administrador Público 
(não como um Juiz) de interesses privados. Para esta Doutrina Clássica, a 
Jurisdição Voluntária seria materialmente Administrativa e 
subjetivamente/formalmente Judiciária. 
Elenco abaixo as características da Jurisdição Voluntária para a 
Doutrina Clássica: 
1. não há LIDE - por não haver brigas e conflitos, mas 
apenas concurso ou convergência de vontades; 
2. não há PARTES – por não haver lide, não há partes 
parciais, mas apenas interessados; 
3. o Juiz é um Administrador Público e não um Juiz; 
4. não há a Substitutividade, tendo em vista que o Estado 
não substitui a vontade das partes, mas a integra para 
formalizar o ato (o Juiz se insere entre os participantes do 
negócio jurídico); 
5. não há Ação e nem Processo, mas apenas um simples 
Procedimento; 
6. não há Sentença de mérito, mas mera homologação de 
acordo de vontades; 
7. não há formação da Coisa Julgada (Definitividade) e 
nem possibilidade de Ação Rescisória, tendo em vista ser a 
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16 
jurisdição voluntária negócio jurídico consensual; 
 
Para uma Doutrina mais Moderna, que vem crescendo em 
aceitação no Brasil, a Jurisdição Voluntária é Jurisdição, pelos seguintes 
motivos principais: 
1. A não configuração de LIDE no início do processo não 
significa que no processo de jurisdição voluntária não 
seja possível o surgimento de conflito de interesses. Por 
isso, o fato não haver Lide inicial não descaracterizaria a 
Jurisdição Voluntária; 
2. Apesar de não existir conflito entre partes, o conceito de 
PARTES do processo é aquela que postula e não 
necessariamente quem seja litigante; 
3. A função jurisdicional abrange a tutela de interesses 
particulares sem litigiosidade, desde que exercida por 
órgãos investidos das garantias necessárias de 
impessoalidade e independência. Ou seja, a atuação 
da jurisdição não está cingida à conformação do direito às 
situações concretas, a solucionar conflitos, mas também a 
tutelar também interesses de particulares, como órgão do 
Estado; 
4. O Juiz é uma autoridade imparcial e desinteressada, como 
em qualquer atividade jurisdicional, diferentemente da 
Administração Pública, que visa seus interesses parciais 
(defesa legal dos interesses do Estado); 
5. A Jurisdição Voluntária possui natureza Preventiva e não 
a apenas de solucionar conflitos já existentes; 
6. Existe um Processo Judicial de Jurisdição Voluntária 
(Ação, Sentença, Apelação, etc). Note-se que os processos 
de Jurisdição Voluntária são encerrados por Sentença, de 
que cabe o Recurso de Apelação para o Tribunal, e não 
por decisão administrativa; 
CPC 
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17 
Art. 1.110. Da sentença caberá apelação. 
7. Apesar da permissão de modificação das decisões por fato 
superveniente, a regra é pela possibilidade de constituição 
de coisa julgada. Ademais, da mesma forma em que há 
processos de Jurisdição Contenciosa sem coisa julgada 
(exceção), o mesmo pode ocorrer com os processos de 
Jurisdição Voluntária. 
CPC 
Art. 1.111. A sentença poderá ser modificada, sem prejuízo dos 
efeitos já produzidos, se ocorrerem circunstâncias 
supervenientes. 
 
Deve-se ressaltar que predomina ainda no Brasil (posição 
majoritária) o entendimento da Doutrina Clássica, o de que a Jurisdição 
Voluntária tem naturezade Administração Pública de interesses privadas, 
isto é, que NÃO é jurisdição. 
Resumo do entendimento acerca da Natureza Jurídica da 
Jurisdição Voluntária: 
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA 
DOUTRINA CLÁSSICA DOUTRINA MODERNA 
É atividade ADMINISTRATIVA É atividade JURISDICIONAL 
NÃO há Jurisdição Há Jurisdição 
NÃO há Processo, mas mero 
Procedimento 
Há Processo 
NÃO há Partes, mas Interessados Há Partes 
Não há Coisa Julgada Há Coisa Julgada 
NÃO há LIDE Pode haver LIDE 
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Juiz é Administrador Público Juiz é Juiz 
 
O processo de jurisdição contenciosa conhecido é aquele que se 
divide na fase de conhecimento, de execução ou de natureza cautelar. No 
entanto, esta “forma de bolo” não consegue abarca das diversas peculiaridades 
dos casos concretos tutelados pelo Direito Processual, que demandam formas 
procedimentais mais específicas e especiais, diversas do mero procedimento 
ordinário. 
Com isso, o legislador criou uma série de procedimentos especiais, 
para as mais variadas situações práticas, tanto na jurisdição contenciosa 
quanto na voluntária. Exemplo: Ações Possessórias; Embargos de Terceiro, 
etc. 
Para Elpídio Donizete, as técnicas de especialização procedimental 
compreendem: 
a) a simplificação e agilização dos trâmites processuais, por 
meio da redução de prazos e eliminação de atos 
desnecessários; 
b) delimitação do tema deduzido na inicial e contestação; 
c) alteração das regras relativas à legitimidade e iniciativa da 
parte; 
d) fusão de providências de natureza cognitiva, executiva e 
cautelar; 
e) fixação de regras especiais de competência, bem como de 
citação e suas finalidades; 
f) derrogação dos princípios da inalterabilidade do pedido e da 
legalidade estrita. 
Os mais variados procedimentos especiais e seus inúmeros 
detalhamentos são previstos no Código de Processo Civil (CPC) e na 
legislação extravagante (Ex: Mandado de Segurança – Lei nº 12.016/2009; e 
Lei da Ação Discriminatória – Lei 6.383/76). 
Os procedimentos especiais de jurisdição contenciosa previstos no 
CPC são os seguintes: 
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a) Ação de Consignação em Pagamento; 
b) Ação de Depósito; 
c) Ação de Anulação e Substituição de Títulos ao 
Portador; 
d) Ação de Prestação de Contas; 
e) Ações Possessórias; 
f) Ação de Nunciação de Obra Nova; 
g) Ação de Usucapião de Terras Públicas; 
h) Ação da Divisão e da Demarcação de Terras 
Particulares; 
i) Inventário e Partilha; 
j) Embargos de Terceiro; 
k) Habilitação; 
l) Restauração de Autos; 
m) Vendas a crédito com reserva de domínio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
QUESTÃO 238: TRT 14ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados 
[FCC] - 03/04/2010. 
A respeito dos recursos, considere: 
I. A parte que aceitar tacitamente a sentença ou a decisão não poderá 
recorrer. 
II. O recurso adesivo não está sujeito a preparo. 
III. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou 
dos litisconsortes, desistir do recurso. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II. 
d) II e III. 
e) III. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item I – correto. A parte que aceitar a sentença ou a decisão, de forma 
expressa ou tácita, não poderá recorrer. Se a parte aceitou a decisão, precluiu 
seu direito de recorrer e é eliminado o interesse recursal. A aceitação 
expressa é a manifestação expressa que não deseja recorrer. A aceitação 
tácita é a prática, sem reserva alguma, de um ato incompatível com a 
vontade de recorrer. Exemplo: deixar passar em branco o prazo do recurso 
sem qualquer manifestação. 
Item II – errado. As mesmas regras do recurso independente quanto às 
condições de admissibilidade, preparo e julgamento no Tribunal Superior 
são aplicáveis ao Recurso Adesivo. 
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Item III – correto. A Lei assegura o direito do recorrente de desistir do 
Recurso a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos 
litisconsortes que com ele dividirem o polo ativo ou passivo da demanda. 
 
RESPOSTA CERTA: B 
 
QUESTÃO 239: TJ - PE - Juiz Substituto [FCC] - 27/03/2011. 
Em relação aos recursos no processo civil, 
a) a insuficiência no valor do preparo recursal implicará deserção imediata. 
b) o recorrente pode desistir do recurso, desde que com a anuência do 
recorrido ou dos litisconsortes necessários. 
c) o não conhecimento do recurso principal não tem influência em relação ao 
recurso adesivo, que nesse ponto torna-se autônomo. 
d) com exceção dos embargos de declaração, o prazo para recorrer no 
processo civil será sempre de quinze dias. 
e) a renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. O preparo deve ser comprovado tão logo seja interposto o 
recurso, inclusive com porte de remessa e de retorno, sob pena de ser 
considerado o recurso deserto. 
Se o preparo juntado aos autos for insuficiente, a parte recorrente deve ser 
intimada para suprir o valor faltante em 5 DIAS. Se não o fizer, também será 
considerado o recurso deserto. 
Item B – errado. A Lei assegura o direito do recorrente de desistir do Recurso 
a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes que 
com ele dividirem o polo ativo ou passivo da demanda. 
Item C – errado. O recurso aderente sempre ficará subordinado ao recurso 
principal. 
CPC 
Art. 500. Cada parte interporá o recurso, independentemente, 
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no prazo e observadas as exigências legais. Sendo, porém, 
vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles 
poderá aderir a outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao 
recurso principal e se rege pelas disposições seguintes: (Redação 
dada pela Lei nº 5.925, de 1973) 
Item D – errado. Não, o prazo do agravo é de 10 DIAS. 
Item E – correto. A desistência ocorre quando o recurso já foi interposto. No 
entanto, a partetambém poderá renunciar ao direito de recorrer. A renúncia 
é ato anterior à interposição do recurso, e independe da aceitação da outra 
parte. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 240: TRT 22ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados 
[FCC] - 14/11/2010 (ADAPTADA). 
O recurso 
a) só pode ser interposto pela parte vencida. 
b) extraordinário impede a execução da sentença. 
d) interposto pelo Município não depende de preparo. 
e) adesivo é independente do principal. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Legitimidade Recursal – o recurso poderá ser interposto 
pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público. O 
terceiro deve demonstrar relação entre seu interesse e a relação jurídica 
discutida (ex: fiador não citado no processo que recorre de decisão contrária a 
ele e ao afiançado). O Ministério Público poderá recorrer quando for parte e 
quando funcionar como fiscal da lei. 
Item B – errado. O recurso extraordinário e o recurso especial NÃO 
impedem a execução da sentença (sentença poderá ser executada, mesmo 
com a interposição de RE e RESP). 
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Item C – correto. A Lei dispensa de preparo recursal as entidades com isenção: 
Ministério Público, União, Estados e Municípios e respectivas autarquias. 
Item D – errado. O recurso aderente sempre ficará subordinado ao recurso 
principal. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 241: TRT 12ª - Téc. Judiciário – Administrativa [FCC] - 
10/10/2010. 
A desistência do recurso 
a) poderá ser efetuada somente até a apresentação da resposta do recorrido. 
b) opera-se independentemente da anuência da parte contrária. 
c) depende da anuência dos litisconsortes. 
d) poderá ser efetuada até a remessa dos autos à superior instância. 
e) principal não prejudica o conhecimento do recurso adesivo. 
 
COMENTÁRIOS: 
A Lei assegura o direito do recorrente de desistir do Recurso a 
qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes que 
com ele dividirem o polo ativo ou passivo da demanda. 
A desistência ocorre quando o recurso já foi interposto. No 
entanto, a parte também poderá renunciar ao direito de recorrer. A renúncia 
é ato anterior à interposição do recurso, e independe da aceitação da outra 
parte. 
CPC 
Art. 501. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência 
do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. 
 
RESPOSTA CERTA: B 
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24 
 
QUESTÃO 242: Bahia Gás - Analista de Processos Org – Direito [FCC] - 
25/04/2010. 
No que concerne aos recursos, é correto afirmar que 
a) a insuficiência no valor do preparo implicará deserção, não podendo o 
recorrente supri-lo por expressa vedação legal. 
b) o recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveitará, mesmo 
se distintos ou opostos os seus interesses. 
c) o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos 
litisconsortes, desistir do recurso. 
d) o recurso extraordinário e o recurso especial impedem a execução da 
sentença. 
e) o recurso adesivo é independente do principal e será conhecido mesmo se 
este for declarado deserto. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. O preparo deve ser comprovado tão logo seja interposto o 
recurso, inclusive com porte de remessa e de retorno, sob pena de ser 
considerado o recurso deserto. 
Se o preparo juntado aos autos for insuficiente, a parte recorrente deve ser 
intimada para suprir o valor faltante em 5 DIAS. Se não o fizer, também será 
considerado o recurso deserto. 
Item B – errado. O recurso interposto por 1 dos litisconsortes ativos ou 
passivos (+ 1 parte no mesmo polo: 2 ou + autores ou réus) a todos 
aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses. 
Item C – correto. Como já vimos, está correto! 
Item D – errado. O recurso extraordinário e o recurso especial NÃO 
impedem a execução da sentença (sentença poderá ser executada, mesmo 
com a interposição de RE e RESP). 
Item E – errado. O recurso aderente sempre ficará subordinado ao recurso 
principal. 
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RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 243: TJ - MS - Juiz de Direito Substituto [FCC] - 
24/04/2010. 
É um pressuposto subjetivo de admissibilidade recursal 
a) a regularidade formal. 
b) o interesse. 
c) o preparo. 
d) o cabimento. 
e) a tempestividade. 
 
COMENTÁRIOS: 
Pressupostos subjetivos do Recurso: 
1. Legitimidade Recursal – o recurso poderá ser interposto 
pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério 
Público. O terceiro deve demonstrar relação entre seu 
interesse e a relação jurídica discutida (ex: fiador não citado 
no processo que recorre de decisão contrária a ele e ao 
afiançado). O Ministério Público poderá recorrer quando for 
parte e quando funcionar como fiscal da lei. 
2. Interesse Recursal – somente poderá recorrer a parte ou o 
terceiro que demonstrar ter recebido menos do que deveria 
da decisão judicial. Ou seja, o recurso deve ser interposto 
pela parte que sucumbir, quando incorrer em situação de 
desvalia no processo. Quando o autor ou o réu receber tudo 
que foi solicitado ao longo do processo, não há interesse para 
interposição de recurso. 
O recurso deverá preencher os seguintes requisitos objetivos para 
seu efetivo conhecimento: 
1. Tempestividade – o recurso deve ser interposto dentro 
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26 
do prazo legal, sob pena da perda do direito de recorrer 
(preclusão temporal). 
2. Preparo – o recurso também tem seus custos processuais. 
Para tanto, a parte recorrente deve recolher as custas 
(preparo) e acostá-las aos autos do processo juntamente 
com a petição de interposição do recurso. 
3. Cabimento – o Princípio recursal da Unirrecorribilidade 
determina que para cada decisão cabe apenas 1 único 
recurso. A parte deve manejar o recurso cabível à espécie. 
Se for caso de decisão interlocutória, caberá Agravo; se for 
sentença final, caberá Apelação ao Tribunal. 
 
RESPOSTA CERTA: B 
 
QUESTÃO 244: TRT 14ª - Juiz do Trabalho Substituto [TRT 14ª] - 
20/05/2009. 
Examine as proposições dadas, apontando abaixo a alternativa CORRETA. 
Considera-se atentatório à dignidade da justiça o ato do devedor que: 
I - frauda os credores. 
II - frauda a execução. 
III - resiste injustificadamente às ordens judiciais. 
IV - não indica ao juiz onde se encontram os bens sujeitos àexecução. 
a) Todas as proposições estão corretas; 
b) Apenas a proposição I está incorreta; 
c) Apenas a proposição II está incorreta; 
d) Apenas a proposição III está incorreta; 
e) Apenas a proposição IV está incorreta; 
 
COMENTÁRIOS: 
No processo de Execução o Juiz pode, em qualquer momento 
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do processo: 
• ordenar o comparecimento das partes; 
• advertir ao devedor que o seu procedimento constitui ato 
atentatório à dignidade da justiça. 
A própria lei define como atentatório à dignidade da Justiça o ato 
do executado que: 
1. frauda a execução (Ex: aliena o bem antes da execução 
propriamente dita, tentando desfazer-se do patrimônio) 
2. opõe-se maliciosamente à execução, empregando ardis e 
meios artificiosos (Ex: falsificação documental dos registros 
de determinado bem imóvel ou móvel); 
3. resiste injustificadamente às ordens judiciais (Ex: executado 
que não comparece em juízo ou não atende às intimações do 
Juiz); 
4. intimado, não indica ao juiz, em 5 DIAS, quais são e onde se 
encontram os bens sujeitos à penhora e seus respectivos 
valores. 
 
RESPOSTA CERTA: B 
 
QUESTÃO 245. TJ - SC 25/07/2010 - TJ - SC - Oficial de Justiça e 
Avaliador 
Considera-se fraude à execução civil: 
a) Quando o devedor citado não oferece ou indica bens passíveis de penhora. 
b) Quando o devedor se recusa a receber a citação do processo executivo 
c) Quando o devedor não comparece perante o juiz apesar de intimado a fazê-
lo. 
d) Quando o devedor onera bens sobre os quais pende ação fundada em 
direito real. 
e) Quando o devedor resiste injustificadamente às ordens do juízo. 
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COMENTÁRIOS: 
A Lei considera que se o executado cometer certos atos de alienação e 
oneração de bens, na tentativa de livrar-se da execução, terá os seus efeitos 
mitigados por força de decisão judicial. Para tanto, os atos denominados em 
fraude à execução serão considerados sem efeito legal. 
Além de outros casos previstos na lei, são considerados como Fraude de 
Execução a alienação ou oneração de bens: 
• quando sobre eles pender ação fundada em direito REAL; 
• quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor 
demanda (AÇÃO) capaz de reduzi-lo à insolvência; 
 
RESPOSTA CERTA: D 
 
QUESTÃO 246. CESPE 07/03/2010 - BRB - Advogado 
Quanto à execução em geral, julgue os itens a seguir 
a) [101] A lei processual admite que o cessionário do crédito promova a 
execução, caso em que o cedente poderá permanecer no processo atuando em 
nome próprio na defesa do interesse do cessionário como substituto 
processual. 
 
COMENTÁRIOS: 
São legitimados ativos para promover a Execução: 
1. o credor a quem a lei confere título executivo; 
2. o Ministério Público, nos casos prescritos em lei. 
3. o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por 
morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo; 
4. o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe foi 
transferido por ato entre vivos; 
5. o sub-rogado (que passa ao lugar do exequente), nos casos de sub-
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29 
rogação legal ou convencional. 
Conforme estudado acerca da legitimação processual, o cessionário funciona 
como um substituto processual (defende em nome próprio interesse alheio). 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 247. FCC 27/03/2011 - TJ - PE - Juiz Substituto 
São títulos executivos extrajudiciais, EXCETO 
a) o contrato de abertura de crédito, desde que acompanhado de extrato da 
conta-corrente. 
b) a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque. 
c) o crédito decorrente de foro e laudêmio. 
d) o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, 
bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio. 
e) os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como 
os de seguro de vida. 
 
COMENTÁRIOS: 
São considerados Títulos Executivos JUDICIAIS: 
1. a Sentença proferida no processo civil que reconheça a 
existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou 
pagar quantia; 
2. a Sentença Penal condenatória transitada em julgado; 
3. a Sentença Homologatória de conciliação ou de transação, 
ainda que inclua matéria não posta em juízo (matéria não 
apreciada pelo Poder Judiciário); 
4. a Sentença Arbitral (decorrente de Arbitragem 
convencional); 
5. o Acordo Extrajudicial, de qualquer natureza, 
homologado judicialmente; 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
30 
6. a Sentença Estrangeira, homologada pelo STJ; 
7. o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em 
relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a 
título singular ou universal. 
 
São considerados Títulos Executivos EXTRAJUDICIAIS: 
1. a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a 
debênture e o cheque; 
2. a escritura pública ou outro documento público assinado 
pelo devedor; 
3. o documento particular assinado pelo devedor e por 2 
testemunhas; 
4. o instrumento de transação referendado pelo Ministério 
Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos 
transatores; 
5. os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e 
caução, bem como os de seguro de vida; 
6. o crédito decorrente de foro e laudêmio; 
7. o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de 
aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais 
como taxas e despesas de condomínio; 
8. o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, 
ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou 
honorários forem aprovados por decisão judicial; 
9. a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos 
Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da 
lei; 
10. todos os demais títulos a que, por disposição expressa, 
a lei atribuir força executiva. 
O STJ sumulou o entendimento de que o extrato de conta corrente 
demonstrativo da movimentação da conta não supre a iliquidez da nota 
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31 
promissória vinculada ao contrato de abertura de conta corrente. Isso porque o 
extrato é um documento unilateral expedido pelo banco. Assim, o STJ sumulou 
o seguinte posicionamento: 
Súmula 233 - STJ 
O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de 
extrato de conta corrente, não é título executivo. 
Desse modo, apenas o item A atende à questão. 
 
RESPOSTA CERTA: A 
 
QUESTÃO 248. PGE - GO 24/01/2010 - PGE - GO - Procurador 
São títulos executivos judiciais, EXCETO 
a) a sentença arbitral 
b) a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua 
matéria não posta em juízo. 
c) o credito de serventuário da justiça, de perito, de interprete ou de tradutor, 
quando à custa, os emolumentos ou os honorários forem aprovados por 
decisão judicial. 
d) a sentença estrangeira, homologada pelo STJ. 
e) a sentença penal condenatória transitada em julgado. 
 
COMENTÁRIOS: 
Como vimos, são considerados, entre outros, Títulos Executivos 
EXTRAJUDICIAIS: 
1. o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, 
ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou 
honorários forem aprovados por decisão judicial; 
 
RESPOSTA CERTA: C 
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32 
 
QUESTÃO 249. TRT 8ª 13/05/2007 - TRT 8ª - Juiz do trabalho 
substituto - 1ª etapa 
Quanto ao executado, são atos atentatórios à dignidade da Justiça, conforme a 
dicção do Código de Processo Civil, salvo: 
a) Fraudar a execução. 
b) Opor-se maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos. 
c) Resistir injustificadamente às ordens judiciais. 
d) Intimado, não indicar ao juiz, em cinco dias, quais são e onde se encontram 
os bens sujeitos à penhora e seus respectivos valores. 
e) Dificultar ou embaraçar a realização da penhora. 
 
COMENTÁRIOS: 
A própria lei define como atentatório à dignidade da Justiça o ato 
do executado que: 
1. frauda a execução (Ex: aliena o bem antes da execução 
propriamente dita, tentando desfazer-se do patrimônio) 
2. opõe-se maliciosamente à execução, empregando ardis e 
meios artificiosos (Ex: falsificação documental dos registros 
de determinado bem imóvel ou móvel); 
3. resiste injustificadamente às ordens judiciais (Ex: executado 
que não comparece em juízo ou não atende às intimações do 
Juiz); 
4. intimado, não indica ao juiz, em 5 DIAS, quais são e onde se 
encontram os bens sujeitos à penhora e seus respectivos 
valores. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 250. FCC 04/03/2007 - TRF 4ª - Analista Judiciário - 
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33 
Execução de Mandados 
De acordo com o Código de Processo Civil, é título executivo extrajudicial 
a) o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público. 
b) a sentença arbitral. 
c) o formal e a certidão de partilha em relação ao inventariante. 
d) a sentença penal condenatória transitada em julgado. 
e) a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça. 
 
COMENTÁRIOS: 
São considerados Títulos Executivos EXTRAJUDICIAIS: 
1. o instrumento de transação referendado pelo Ministério 
Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos 
transatores; 
 
RESPOSTA CERTA: A 
 
QUESTÃO 251. FCC 11/06/2006 - TRT 20ª - Técnico Judiciário - 
Administrativa 
Considere os seguintes documentos: 
I. Sentença penal condenatória transitada em julgado. 
II. Sentença estrangeira definitiva traduzida, mas não homologada pela Justiça 
brasileira. 
III. Sentença homologatória de transação, ainda que verse sobre matéria não 
posta em juízo. 
IV. Documento particular assinado pelo devedor, mas não subscrito por 
testemunhas. 
São títulos executivos judiciais APENAS os indicados em: 
a) I, II e III. 
b) I e III. 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
34 
c) II e III. 
d) II, III e IV. 
e) II e IV. 
 
COMENTÁRIOS: 
São considerados Títulos Executivos JUDICIAIS: 
1. a Sentença proferida no processo civil que reconheça a 
existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou 
pagar quantia; 
2. a Sentença Penal condenatória transitada em julgado; 
3. a Sentença Homologatória de conciliação ou de transação, 
ainda que inclua matéria não posta em juízo (matéria não 
apreciada pelo Poder Judiciário); 
4. a Sentença Arbitral (decorrente de Arbitragem 
convencional); 
5. o Acordo Extrajudicial, de qualquer natureza, 
homologado judicialmente; 
6. a Sentença Estrangeira, homologada pelo STJ; 
7. o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em 
relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a 
título singular ou universal. 
 
RESPOSTA CERTA: B 
 
QUESTÃO 252. FCC 22/01/2006 - OAB-SP - OAB 
São sujeitos passivos na ação de execução: 
a) o devedor, reconhecido como tal no título executivo; o novo devedor; o 
espólio; o responsável tributário e o fiador. 
b) o devedor, seus herdeiros e sucessores a título universal ou singular. 
c) o devedor; o sócio ou acionista, independentemente de se desconsiderar 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
35 
a pessoa jurídica ou atribuir-lhe responsabilidade direta. 
d) tão somente o devedor reconhecido no título como tal; outras pessoas 
somente responderão pela execução se participarem do processo executivo. 
 
COMENTÁRIOS: 
Vimos os sujeitos ATIVOS da Execução. Agora, vamos estudar os sujeitos 
PASSIVOS. 
Podem sofrer Execução: 
1. devedor, reconhecido como tal no título executivo; 
2. espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor; 
3. novo devedor, que assumiu, com o consentimento do credor, a 
obrigação resultante do título executivo; 
4. fiador judicial; 
5. responsável tributário, assim definido na legislação própria. 
 
RESPOSTA CERTA: A 
 
QUESTÃO 253. TJ - PA 26/06/2010 - TJ - AP - Analista Judiciário 
Assinale a alternativa que completa erroneamente a afirmativa a seguir: 
A Parte poderá requerer substituição da penhora com sucesso 
..........................................: 
a) ... Apenas se, havendo bens no foro da execução, outro situado Em foro 
diverso houver sido penhorado. 
b) ... Quando houver incidido sobre bens de baixa liquidez. 
c) ... Se fracassar a tentativa de alienação judicial do bem Penhorado. 
d) ... Se, havendo bens livres, houver recaído aconstrição sobre Bens já 
penhorados. 
 
COMENTÁRIOS: 
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36 
A substituição do ônus da Penhora poderá ocorrer em diversas situações 
previstas em lei. 
O CPC elenca as seguintes condições para a substituição da penhora: 
1. se não obedecer à ordem legal de Penhora (preterição da ordem de 
penhora); 
2. se não incidir sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial 
para o pagamento; 
3. se, havendo bens no foro da execução, outros houverem sido 
penhorados; 
4. se, havendo bens livres, a penhora houver recaído sobre bens já 
penhorados ou objeto de gravame; 
5. se incidir sobre bens de baixa liquidez; 
6. se fracassar a tentativa de alienação judicial do bem; 
7. se o devedor não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das 
indicações previstas no CPC. 
O item A está errado porque prevê o termo “apenas”. Não é só naquele caso 
em que é possível a substituição da penhora. 
 
RESPOSTA CERTA: A 
 
QUESTÃO 254. FCC 23/08/2009 - TJ - SE - Analista Judiciário – Direito 
(ADAPTADA). 
A respeito da execução por quantia certa contra devedor solvente, é correto 
afirmar que: 
a) A avaliação do bem penhorado, em regra, não poderá ser feita pelo oficial 
de justiça. 
b) A alienação por iniciativa particular depende da expressa anuência do 
devedor. 
c) Na alienação em segunda praça ou leilão será aceito lanço de qualquer 
valor. 
d) Se o valor do crédito for superior ao dos bens adjudicados, a execução 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
37 
prosseguirá pelo saldo remanescente. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. A regra é que a avaliação seja feita por oficial de justiça, 
salvo se o exequente aceitar o valor indicado pelo executado. 
CPC 
Art. 680. A avaliação será feita pelo oficial de justiça (art. 652), 
ressalvada a aceitação do valor estimado pelo executado (art. 668, 
parágrafo único, inciso V); caso sejam necessários conhecimentos 
especializados, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não 
superior a 10 (dez) dias para entrega do laudo. 
Item B – errado. Não há essa condição. A Lei prevê a faculdade do exequente 
de realizar a alienação por iniciativa particular. 
CPC 
Art. 685-C. Não realizada a adjudicação dos bens penhorados, o 
exeqüente poderá requerer sejam eles alienados por sua própria 
iniciativa ou por intermédio de corretor credenciado perante a 
autoridade judiciária. 
Item C – errado. Na segunda praça ou leilão não será vinculativo o valor da 
avaliação do bem. Contudo, não será aceito o chamado preço VIL (preço 
irrisório ou desproporcional), a critério do Juiz. 
CPC 
Art. 692. Não será aceito lanço que, em segunda praça ou leilão, 
ofereça preço vil. 
Item D – correto. Caso o valor do crédito seja superior aos dos bens 
adjudicados, o valor restante será objeto do prosseguimento da execução. Até 
porque a obrigação deve ser toda cumprida. 
Art. 685-A. 
§ 1o Se o valor do crédito for inferior ao dos bens, o adjudicante 
depositará de imediato a diferença, ficando esta à disposição do 
executado; se superior, a execução prosseguirá pelo saldo 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
38 
remanescente. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 
 
RESPOSTA CERTA: D 
 
QUESTÃO 255. FCC 12/11/2008 - TRT 2ª - Analista Judiciário - 
Judiciária 
Na execução por quantia certa contra devedor solvente, ao despachar a inicial, 
o juiz fixou os honorários advocatícios a serem pagos pelo executado em 10% 
do valor da execução. 
Se o executado, citado, efetuar o pagamento da dívida no prazo de 3 dias, a 
verba honorária 
a) será reduzida à metade. 
b) deverá ser integralmente paga. 
c) não será devida. 
d) será reduzida em um terço. 
e) será reduzida em dois terços. 
 
COMENTÁRIOS: 
Neste caso, a Lei prevê que o Juiz fixará o montante dos honorários como 
forma de compelir o executado ao pagamento imediato do valor da dívida. 
Caso o devedor pague em até 3 DIAS, os honorários serão reduzidos pela 
METADE. 
CPC 
Art. 652-A. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os 
honorários de advogado a serem pagos pelo executado (art. 20, § 
4o). 
Parágrafo único. No caso de integral pagamento no prazo de 3 
(três) dias, a verba honorária será reduzida pela metade. 
 
RESPOSTA CERTA: A 
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QUESTÃO 256. CESPE 28/11/2010 - TRT 21ª - Analista Judiciário - 
Judiciária 
Julgue os itens que se seguem, que versam sobre sentença, coisa julgada, 
execução e embargos do devedor 
Apesar da proximidade da data do casamento, o fotógrafo remarcou, de forma 
reiterada e injustificadamente, a data da sessão de fotos, razão pela qual Rosa 
ingressou com uma ação cujo objeto é o cumprimento de obrigação de fazer. 
Nessa situação, o juiz pode, de ofício, converter a tutela específica da 
obrigação, ainda passível de obtenção de perdas e danos. 
b) [99] A resistência injustificada às ordens judiciais é ato atentatório à 
dignidade da justiça e à dignidade da jurisdição, portanto é possível a 
cumulação da sanção referente ao pagamento de multa de até 20% do valor 
da execução para o exequente com a multa de 20% do valor da causa para o 
Estado, fato que não caracteriza o bis in idem. 
 
COMENTÁRIOS: 
A lei define como atentatório à dignidade da Justiça o ato do 
executado que: 
1. frauda a execução (Ex: aliena o bem antes da execução 
propriamente dita, tentando desfazer-se do patrimônio) 
2. opõe-se maliciosamente à execução, empregando ardis e 
meios artificiosos (Ex: falsificação documental dos registros 
de determinado bem imóvel ou móvel); 
3. resiste injustificadamente às ordens judiciais (Ex: executado 
que não comparece em juízo ou não atende às intimações do 
Juiz); 
4. intimado, não indica ao juiz, em 5 DIAS, quais são e onde se 
encontram os bens sujeitos à penhora e seus respectivos 
valores. 
Pela prática de ato atentatório à dignidade da Justiça o ato do 
executa, o devedor poderá ser sancionado com MULTA de até 20% do valor 
do débito atualizado, sem prejuízo de outras sanções de natureza 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”.- Jean Paul Sartre 
 
40 
processual ou material, multa essa que reverterá em proveito do credor, 
exigível na própria execução. 
O Estado não deve receber qualquer multa, pois não tem nada 
haver com a relação discutida. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 257. CESPE 28/11/2010 - TRT 21ª - Analista Judiciário - 
Judiciária 
c) [100] Nos embargos à execução, decorreram diretamente da Lei n.º 
11.382/2006 as mudanças referentes à dispensa de qualquer garantia do juízo 
para a sua interposição, ao prazo para o seu oferecimento que passou a ser 
contado da juntada aos autos do mandado de citação e, ao menos como regra 
geral, à retirada do efeito suspensivo. 
 
COMENTÁRIOS: 
Importantes premissas acerca dos Embargos à Execução cobradas nesta 
questão: 
1. Não é necessária prévia penhora, depósito ou caução para a oposição 
dos embargos; 
2. Os Embargos do Executado são oferecidos em 15 DIAS, da data da 
juntada do mandado de citação aos autos; 
3. Os Embargos NÃO têm efeito suspensivo. 
CPC 
Art. 736. O executado, independentemente de penhora, depósito 
ou caução, poderá opor-se à execução por meio de embargos. 
Art. 738. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) 
dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de 
citação. 
Art. 739-A. Os embargos do executado não terão efeito 
suspensivo. 
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41 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 258. FCC 14/11/2010 - TRT 22ª - Analista Judiciário - 
Execução de Mandados 
Os embargos do devedor 
a) poderão ser opostos no prazo de 15 dias, contados da data da juntada aos 
autos do mandado de citação. 
b) poderão ser opostos no dobro do prazo legal quando os executados tiverem 
diferentes procuradores. 
c) terão sempre efeito suspensivo, ficando a execução paralisada até o seu 
julgamento. 
d) não poderão ser rejeitados liminarmente, mesmo quando manifestamente 
protelatórios. 
e) impedirão, uma vez recebidos, a efetivação dos atos de penhora e de 
avaliação dos bens. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – correto. Os Embargos do Executado são oferecidos em 15 DIAS, da 
data da juntada do mandado de citação aos autos; 
CPC 
Art. 738. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) 
dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de 
citação. 
Item B – errado. A prerrogativa processual de prazo em DOBRO para partes 
com diferentes procuradores NÃO se aplica aos Embargos à Execução. 
CPC 
Art. 738 
§ 3o Aos embargos do executado não se aplica o disposto no art. 
191 desta Lei. 
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42 
Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes 
procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para 
contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos. 
Item C – errado. Os Embargos NÃO têm efeito suspensivo. 
CPC 
Art. 739-A. Os embargos do executado não terão efeito 
suspensivo. 
Item D – errado. Em 3 situações diversas os Embargos poderão ser rejeitados 
Liminarmente: 
1. quando intempestivos; 
2. quando inepta a petição; 
3. quando manifestamente protelatórios. 
 
RESPOSTA CERTA: A 
 
QUESTÃO 259. VUNESP 19/08/2007 08:02:11 - OAB - SP - 133º Exame 
de Ordem 
Extingue-se a execução 
a) quando verificada a insolvência do devedor. 
b) com a morte do devedor. 
c) quando o devedor obtém por transação a remissão total da dívida. 
d) com a morte do credor. 
 
COMENTÁRIOS: 
A fase da Execução será extinta nas seguintes hipóteses: 
1. Quando o devedor satisfaz a obrigação; 
2. Quando o devedor obtém, por transação ou por qualquer outro meio, a 
remissão total da dívida; 
3. Quando o credor renunciar ao crédito. 
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43 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 260. TRT 8ª 10/04/2011 - TRT 8ª - Juiz do Trabalho 
Substituto (ADAPTADA). 
A respeito do processo cautelar, julgue o item abaixo. 
Somente em casos excepcionais, expressamente autorizados por lei, 
determinará o juiz medidas cautelares sem a audiência das partes. 
 
COMENTÁRIOS: 
A regra é que as medidas cautelares dos processos só podem ser 
determinadas COM audiência das partes. O CPC dispõe que só em casos 
excepcionais, expressamente autorizados por lei, é que o juiz poderá 
determinar medidas cautelares sem a audiência das partes. 
 
RESPOSTA CERTA: B 
 
QUESTÃO 261. CONSULPLAN 13/02/2011 - COFEN - Advogado 
De acordo com o Código de Processo Civil, o requerido será citado, qualquer 
que seja o procedimento cautelar, para, contestar o pedido no prazo de: 
a) 24 horas. 
b) 48 horas. 
c) 3 dias. 
d) 5 dias. 
e) 10 dias. 
 
COMENTÁRIOS: 
 Após a apresentação da petição inicial da ação cautelar, o 
requerido será para contestar o pedido no prazo de 5 DIAS, indicando as 
provas que pretende produzir. Este prazo será contado da juntada aos 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS (TJDFT) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA ANALISTA JUDICIÁRIO E OFICIAL 
DE JUSTIÇA (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
AULA 9 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
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autos do mandado de citação devidamente cumprido ou da execução da 
medida cautelar, quando concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
 
RESPOSTA CERTA: D 
 
QUESTÃO 262. FCC 27/02/2011 - TRT 24ª - Analista Judiciário - 
Judiciária 
Paulo ajuizou ação monitória contra Pedro, com base em prova escrita sem 
eficácia de título executivo, pleiteando o pagamento de soma em dinheiro. 
Expedido o mandado de pagamento, Pedro o cumpriu no prazo legal. Em 
consequência, Pedro ficará isento 
a) do pagamento de custas e honorários advocatícios. 
b) somente do pagamento das custas. 
c) somente do pagamento dos honorários advocatícios. 
d) somente do pagamento da correção monetária do débito. 
e) do pagamento da correção monetária do débito, das custas e dos honorários 
advocatícios. 
COMENTÁRIOS: 
Na Ação Monitória, se o réu cumprir o mandado de pagamento no prazo dado, 
este ficará isento das custas e dos honorários advocatícios. 
CPC 
Art. 1.102-C. 
§ 1o Cumprindo o réu o mandado, ficará isento de custas e 
honorários advocatícios. 
RESPOSTA CERTA: A 
 
QUESTÃO 263. FCC 05/09/2010 - TRE - AC - Analista Judiciário - 
Judiciária 
Com relação a ação de consignação em pagamento, tratando-se de prestações 
periódicas, uma vez consignada a primeira, 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS (TJDFT) 
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