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Globalização na Cadeia Produtiva e Operações Internacionais

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LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 1 
Aula 4: Globalização na cadeia produtiva ..................................................................................... 2 
 ............................................................................................................................. 2 Introdução
 ................................................................................................................................ 3 Conteúdo
Globalização ....................................................................................................................... 3 
Suplly Chain e o tipo de negócio: Puxado (Pull System) ou Empurrado (Push 
System) ................................................................................................................................ 4 
Postponement (prorrogação) e as barreiras a sua implementação ........................ 4 
Outsourcing na cadeia produtiva ................................................................................... 5 
Estoque ................................................................................................................................ 6 
Transporte ........................................................................................................................... 8 
Transporte e logística ....................................................................................................... 9 
Logística integrada e comércio internacional ........................................................... 11 
Operações internacionais .............................................................................................. 15 
Regimes aduaneiros especiais ...................................................................................... 17 
Regimes aduaneiros especiais aplicados em áreas especiais ................................. 24 
Atividade proposta .......................................................................................................... 26 
........................................................................................................................... 27 Referências
 ......................................................................................................... 28 Exercícios de fixação
Notas ........................................................................................................................................... 32 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 32 
 ..................................................................................................................................... 32 Aula 4
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 32 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 2 
 
Introdução 
Nos últimos anos, muito se fala em globalização. Sabemos definir o que é 
globalização? Quais os impactos que ela tem causado no nosso dia a dia? E na 
gestão das empresas, será que ela também causou grandes alterações? 
 
Em nossas aulas, estudamos esse assunto indiretamente. Esta é a nossa última 
aula. Vamos aproveitá-la para fechar esse assunto conferindo os impactos e as 
interfaces na cadeia produtiva. Também abordaremos outro assunto não menos 
importante: como ficou o comércio internacional e como ele se integrou à 
logística, no contexto da globalização. 
 
Vamos começar? 
 
Objetivo: 
1. Apresentar o impacto e as interfaces da globalização na cadeia produtiva: 
outsourcing, estoque, transportes, etc. 
2. Comentar sobre as operações internacionais no mundo globalizado: os 
INCOTERMS (2010), as operações de importação e exportação e seus 
desdobramentos no contexto da logística. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 3 
Conteúdo 
Globalização 
Vamos iniciar nossa aula expondo o “conceito” de globalização: 
 
Será que existe de fato um conceito para globalização ou existem diversas 
teorias sobre esse fenômeno ou movimento que provocou transformações que 
causaram impactos na vida social, econômica, cultural, política, jurídica e 
religiosa de todos os povos do planeta? 
 
Na verdade, não há uma identificação dos experts com relação à teoria 
conceitual de globalização, mas pode ser entendida como um aumento das 
negociações (operações) entre os países, considerando investimentos externos, 
estruturas de mercado, organização da produção, tecnologia, comunicação e 
outras. 
 
Uma economia globalizada consiste em um fenômeno complexo, um 
neologismo pouco preciso, caracterizando-se diferentemente nas distintas 
esferas das relações econômicas internacionais – produtiva, comercial, 
tecnológica e monetário-financeira, não correspondendo, portanto, ao 
somatório das atividades internacionais devido ao envolvimento das múltiplas 
variáveis que dela fazem parte. 
 
A globalização causou impactos em todos os segmentos de um país e, 
consequentemente, na vida do seu povo. Não nos cabe analisar se os impactos 
foram todos positivos, todos negativos ou positivos e negativos ao mesmo 
tempo. O que necessitamos entender é que a globalização é uma realidade e 
necessitamos, como país e como povo, não só aprender a conviver com ela, 
mas aproveitar o que ela tiver de melhor. 
 
Desde a nossa primeira aula, estamos falando dos impactos da globalização na 
cadeia produtiva, se continuarmos falando sobre esse assunto (apesar de ele 
ser inesgotável) será redundância. Deve ser lembrado, no entanto, que para 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 4 
que haja uma maior eficiência na cadeia produtiva e, consequentemente, na 
logística, é necessário que toda a cadeia aja com integração, consolidando 
parcerias, otimizando e racionalizando processos internos e externos que 
facilitem os fluxos de materiais e informações. Vamos aproveitar esta aula para 
falarmos um pouco mais sobre o assunto, focando itens que ainda não foram 
trabalhados nas aulas anteriores, como por exemplo: Suplly Chain e o tipo de 
negócio. 
 
Suplly Chain e o tipo de negócio: Puxado (Pull System) ou 
Empurrado (Push System) 
Quando falamos em Just In Time, normalmente comentamos sobre a produção 
puxada e a produção empurrada. Dizemos que a produção é puxada (ou 
modelo de negócio reativo) quando produzir, seja qual for o produto, não 
necessita de estoque (conceito de estoque zero/reduzido/mínimo). A produção 
tem início quando o pedido do cliente (demanda) entra na fábrica, tendo como 
base a demanda real. O processo produtivo “puxa” as peças fabricadas no 
processo anterior, eliminando a programação das etapas do processo produtivo 
através do MRP. 
 
A produção empurrada (ou modelo de negócio preventivo) produz para 
estoque com base em uma previsão de demanda irreal (especulativa) para 
haver tempo para entregar o produto ao cliente. 
 
“Todo o processo pode (deve) ser subdividido em empurrado e puxado. A 
separação entre um ponto e outro é o ponto de entrada do pedido (do 
cliente).” 
 
Postponement (prorrogação) e as barreiras a sua implementação 
Comentamos sobre postponement quando falamos das estratégias 
competitivas. Na ocasião, dissemos que ele é a postergação da produção para 
atendimento ao cliente com o mínimo de erro, ou seja, trata-se de 
“customização” de produtos, conhecer a vontade e o desejo do cliente. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 5 
Algumas etapas da cadeia produtiva ficam em fase de espera até ser conhecida 
a demanda (pedido, a vontade do cliente). 
 
Para ficar mais claro, considere o exemplo da compra de um veículo. O cliente, 
quando vai comprarum carro, pode escolher a cor. Portanto, o carro só é 
pintado quando o pedido desse cliente chega com a indicação da cor escolhida. 
O carro pode estar pronto ou semipronto, aguardando somente a pintura, os 
acessórios etc... 
 
Postponement apresenta algumas barreiras em sua implantação devidas ao 
desconhecimento. Fala-se em postponement, mas ainda não existe um modelo 
para a sua implantação. As cadeias mais propícias a sua implantação são 
aquelas que têm processos produtivos modulares, produtos modulares e o 
projeto de cadeia de suprimento ágil. Há necessidade de fazer a viabilidade do 
projeto, medindo custos para avaliar o efeito conjunto de oportunidades de 
postponement para uma determinada situação, o que exige um pleno 
conhecimento da composição dos custos totais de sua cadeia de distribuição 
bem como uma boa noção dos trade-offs envolvidos entre os membros que a 
constituem. 
 
As vantagens da implementação do Postponement estão diretamente 
ligadas ao preço do produto, à variação da demanda e, principalmente, ao 
estoque. É mais fácil manter produtos em estoque semiacabados do que 
prontos, além, é claro, do atendimento à vontade específica do cliente... 
 
Outsourcing na cadeia produtiva 
Este assunto foi abordado quando estudamos o global sourcing, mas não 
podíamos deixar de mencionar o outsourcing como uma das práticas usuais na 
cadeia produtiva. Assim, de uma forma bastante simplificada, podemos dizer 
que o outsourcing, tal como o global sourging, é uma das formas de 
suprimento na cadeia produtiva, a chamada terceirização estratégica. As 
empresas podem terceirizar parte(s) do processo produtivo ou de serviços. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 6 
Por outro lado, este conceito simplista não deve limitar a visão à "terceirização", 
porque o outsourcing envolve a opção por uma relação de parceria e 
cumplicidade com um ou mais fornecedores da cadeia produtiva, enquanto a 
terceirização pode significar apenas um negócio, uma decisão operacional. O 
outsourcing deve ter como base a maximização do retorno dos investimentos 
em custos, qualidade, serviço e tempo de atendimento ao cliente final, 
liberando a empresa para o foco central da sua atividade fim. 
 
Vejamos alguns dos benefícios relacionados ao outsourcing: 
 Redução e controle de custos operacionais. 
 Liberação de recursos internos para outras atividades 
relacionadas ao foco central do negócio da empresa. 
 Redução do lead-time interno. 
 Redução no custo de produção. 
 
Os riscos não podem ser esquecidos, eles estão relacionados à competência 
técnica do fornecedor. Assim, podemos falar sobre: falhas no fornecimento, que 
podem gerar perda de credibilidade das empresas envolvidas junto ao 
mercado; e falta de capacitação para adaptação rápida às crescentes inovações 
tecnológicas do mercado global, que podem abrir espaço para os concorrentes. 
 
Estoque 
O estoque normalmente representa o segundo maior componente do custo 
logístico, depois do transporte. Os riscos associados à manutenção de estoques 
aumentam à medida que os produtos se aproximam do cliente, porque é maior 
o potencial do produto estar no local errado ou na forma errada e os gastos 
para a distribuição já terem sido realizados. 
 
A gestão do estoque não é uma tarefa simples na cadeia produtiva, a falta de 
estoque pode provocar a perda de vendas para o concorrente, mas por outro 
lado, a manutenção de estoques pode ocasionar outros riscos como: 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 7 
obsolescência, furtos, danos, além do custo de manutenção deles, que é 
diretamente influenciado pelo custo do capital investido. 
 
A especialização geográfica, o desacoplamento, o equilíbrio entre 
oferta e demanda e a proteção contra as incertezas do mercado e da 
economia, entre outras, devem estar presentes neste estudo. Assim, devem ser 
considerados: o estoque do ciclo de reabastecimento, o estoque de segurança e 
estoque em trânsito. 
 
O gerenciamento de estoque deve usar uma combinação da lógica reativa (pull 
system) e de planejamento (push system). Os métodos de planejamento de 
estoque oferecem o potencial para o gerenciamento de estoque eficaz porque 
aproveitam o aumento das informações e das economias de escala. A lógica 
adaptativa combina as duas alternativas dependendo do produto e das 
condições do mercado. A colaborativa, através do estoque em conjunto, 
oferece uma forma das partes da cadeia de suprimentos obterem uma maior 
eficiência e eficácia. 
 
• Especialização geográfica: permite o posicionamento geográfico ao longo 
de diversas unidades de produção e distribuição de uma empresa. Estoques 
mantidos em diferentes locais e etapas do processo de criação de valor 
permitem a especialização. 
 
• Desacoplamento: permite a economia de escala dentro de uma única 
instalação e que cada processo opere com eficiência máxima. 
 
• Equilíbrio entre oferta e demanda: equilibra o tempo decorrido entre a 
disponibilidade de estoque (fabricação, desenvolvimento ou extração) e o 
consumo. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 8 
• Proteção contra incertezas: evita a incerteza relacionada à demanda em 
excesso provocada por atrasos previstos ou inesperados no recebimento e no 
processamento de pedidos na entrega. É o chamado estoque de segurança. 
 
Embora a logística tenha feito progressos significativos na redução do estoque 
geral da cadeia de suprimentos, o estoque adequadamente distribuído 
gera valor e reduz o custo total. Como estratégia de marketing/fabricação 
específica, os estoques planejados e comprometidos para as operações só 
podem ser reduzidos a um nível coerente com o desempenho das quatro 
funções do estoque. Todos os estoques que ultrapassam o nível mínimo 
representam excesso de comprometimento. 
 
Transporte 
O transporte é uma das principais funções logísticas. Além de representar a 
maior parcela dos custos logísticos na maioria das empresas, possui um papel 
fundamental no desempenho da distribuição e serviço ao cliente. Do ponto de 
vista de custos, representa, em média, cerca de 60% das despesas logísticas, o 
que em alguns casos pode significar duas ou três vezes o lucro da empresa. No 
Brasil, o transporte representa em torno de 35% do custo do produto. 
 
Em virtude da globalização e do consequente aumento das transações globais, 
uma nova forma de se executar o transporte vem sendo consolidada: o uso de 
um único transportador, com responsabilidade total sobre a carga ao longo de 
todo o percurso porta a porta (house to house ou door to door). Este 
procedimento é conhecido como transporte multimodal. Os grandes 
terminais internacionais para embarque e desembarque de mercadorias estão 
se transformando em HUBS, grandes portos e aeroportos internacionais, 
conectados por transbordo a outros de menor porte, com importância logística 
regional. 
 
Para compreendermos melhor o que estamos estudando, vamos relembrar que 
existem diversos modais de transporte: rodoviário, ferroviário, aéreo, 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 9 
hidroviário (aquaviário), aéreo e dutoviário (a mais recente modalidade de 
transporte de produtos). Vamos aproveitar para falar também sobre a 
classificação dos modais quanto ao número de veículos utilizados: 
 
UNIMODAL: O transporte é realizado utilizando somente um modal de 
transporte, portanto um único veículo e um único contrato de transporte. 
 
SUCESSIVO: A carga é transportada por um ou mais veículos da mesma 
modalidade, utilizando mais de um contrato de transporte. 
 
SEGMENTADO (Intermodal): A carga é transportadapor um ou mais 
veículos de uma ou mais modalidades, em vários estágios, com diversos 
contratos de transporte (diversos transportadores). 
 
MULTIMODAL: O transporte é realizado em caráter sistêmico, por diversas 
modalidades de transporte (no mínimo duas), um único contrato de transporte 
(o OTM é o único responsável perante o dono da carga, emitindo o Combined 
Bill of Lading) e uma única apólice de seguro. Esta modalidade de transporte é 
regulamentada no Brasil pela Lei 9.611 de 19.02.98. O Brasil é signatário pleno 
da Convenção Internacional para o Transporte Multimodal de Cargas. 
 
Transporte e logística 
No transporte internacional, o OTM deve, obrigatoriamente, fazer a 
consolidação da carga, caso a mesma não esteja unitizada. 
 
Todo o Operador de Transporte Multimodal é automaticamente habilitado como 
Agente Consolidador. Porém, a maioria dos Transitários (Freight Forwarders) e 
os Non Vessel Operator - Common Carrier - NVOCC não são habilitados 
juridicamente a emitir o Conhecimento de Carga Multimodal (Combined Bill of 
Lading - CBL). 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 10 
Uma das importantes atividades da logística, inclusive a Internacional, é 
selecionar adequadamente os terminais para a saída e a chegada das 
mercadorias. O tempo de trânsito (transit time) internacional é um dos fatores 
importantes na competitividade, semelhante ao preço e à qualidade dos 
produtos. Entregas mais rápidas reduzem os estoques e os respectivos custos. 
O aumento do transit time prejudica a imagem das empresas, associando-as à 
ineficiência e a custos mais elevados, além de provocar: 
 
• Falta de estoque ou mesmo a paralisação de uma planta industrial quando se 
trata da importação de insumos; 
• Pagamento de multas contratuais pelo atraso no prazo de entrega a clientes, 
podendo até envolver a cobrança de lucros cessantes. 
 
Os portos e aeroportos são os terminais de integração entre as operações 
nacionais e internacionais de movimentação de cargas. Os grandes terminais 
internacionais que exercem o papel de concentradores e distribuidores de 
cargas são conhecidos como HUBS (ports ou airports). 
 
Um dos aspectos econômicos primordiais para o desenvolvimento de um HUB é 
a proximidade de zonas com forte intercâmbio na produção e consumo de 
produtos industrializados. 
 
A escolha do transporte deve levar em consideração três pontos primordiais, o 
chamado trinômio do transporte: quantidade, custo e tempo. Considerando 
que existe um trade-off entre o fator “quantidade” e o fator “custo”: quando 
aumenta a quantidade de produto transportado, tende a diminuir o custo 
unitário do frete. 
 
Outro assunto a ser considerado e estudado no transporte nacional, e, 
principalmente, no internacional, é o seguro das cargas. Fazer um transporte 
sem seguro é um risco que o dono da carga não deve correr. O conhecimento 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 11 
das classes de riscos a que as mercadorias transportadas estão sujeitas pode 
trazer economias e a possibilidade de realização de trade-offs nesse segmento. 
 
Logística integrada e comércio internacional 
Agora falaremos sobre os termos dos contratos internacionais (Incoterms – 
International Commercial Terms). 
 
Os INCOTERMS surgiram em 1936, quando a Câmara Internacional do 
Comércio - International Chamber of Commerce, com sede em Paris, 
interpretou e consolidou as diversas formas contratuais que vinham sendo 
praticadas no comércio internacional, de forma a possibilitar a sua definição 
precisa em qualquer país. 
 
Os INCOTERMS constituem a base dos negócios internacionais e objetivam 
promover sua harmonia. Para acompanharem a dinamicidade do comércio 
internacional, sofrem atualizações, normalmente a cada dez anos. A última 
atualização foi em 2010, que passou a vigorar a partir de 01/01/2011, 
composta por onze termos. 
 
Esses modelos de contrato definem com precisão as obrigações que são da 
responsabilidade do vendedor (exportador) e do comprador (importador) nos 
contratos comerciais. Assim, antes de iniciar o planejamento do processo 
logístico internacional e a quantificação dos respectivos custos, analise 
atentamente qual foi a modalidade contratual negociada no contrato de compra 
e venda. 
 
São representados por siglas de três letras e simplificam os contratos de 
compra e venda internacional ao contemplarem os direitos e obrigações 
mínimas do vendedor e do comprador quanto às tarefas adicionais ao processo 
de elaboração do produto. Por isso, são também denominados "cláusulas de 
preço", pelo fato de cada termo determinar os elementos que compõem o 
preço da mercadoria, adicionais aos custos de produção. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 12 
 
 
Atenção 
 Os Incoterms são divididos em quatro grupos: 
• Grupo E (partida – entrega nas instalações do exportador) – 
EXW; 
• Grupo F (transporte internacional não pago pelo exportador) – 
FCA, FAS e FOB; 
• Grupo C (transporte internacional pago pelo exportador) – 
CPT, CIP, CFR e CIF; 
• Grupo D (Delivery – entrega no país de destino pelo 
exportador) – DAT, DAP e DDP. 
Nos termos EXW, FCA, FAS, FOB, DAT, DAP e DDP, o local 
nomeado é o de entrega e onde ocorre a transferência da 
propriedade e do risco ao comprador. Nos termos CPT, CFR, CIP 
e CIF, o local nomeado difere do local de entrega. O local 
nomeado é aquele até onde o transporte é pago. O local de 
entrega, com transferência da propriedade e do risco, é no país 
do vendedor, definido pelas partes. 
Quanto aos modos de transporte, EXW, FCA, CPT, CIP, DAT, 
DAP e DDP, podem ser utilizados para qualquer modalidade de 
transporte e o grupo FAS, FOB, CFR e CIF, somente podem ser 
utilizados no transporte aquaviário/hidroviário (marítimo, fluvial 
e lacustre). 
 
Significado Jurídico 
É importante observar que os INCOTERMS são de uso facultativo. Porém, ao 
serem definidos nos contratos, passam a ter força legal com o seu significado 
jurídico preciso e efetivamente determinado. Assim, simplificam e agilizam a 
elaboração das cláusulas dos contratos de compra e venda. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 13 
É imprescindível que o profissional de logística domine os INCOTERMS, de 
forma a incluir todas as suas despesas no preço a ser combinado pela área 
comercial. 
 
EXW - Ex Work (na origem, local de entrega designado): Local de 
entrega é igual ao local designado, significando que riscos e custos transferem-
se do vendedor para o comprador no mesmo local, normalmente nas 
instalações do vendedor: fábrica, armazém, produção, etc... 
 
FCA - Free Carrier (livre no transportador, local de entrega 
designado): Local de entrega igual ao local designado, significando que riscos 
e custos transferem-se do vendedor para o comprador no mesmo local, 
normalmente na transportadora, designada pelo importador. 
 
CPT - Carriage Paid To (transporte pago até... local de destino 
designado): Local de entrega diferente do local de destino designado, 
significando que riscos e custos transferem-se do vendedor para o comprador 
em locais diferentes. O produto é entregue ao importador no país de origem, 
em local por ele designado. Os riscos também são passados para o importador 
neste local, embora o exportador pague os custos (transporte internacional) até 
ao porto de destino. 
 
CIP - Carriage and Insurance Paid (transporte e seguro pago até... 
local de destino designado): Local de entrega diferente do local de destino 
designado, significando que riscos e custos transferem-se do vendedor para o 
comprador em locais diferentes. O produtoé entregue ao importador no país de 
origem, em local por ele designado. Os riscos também são passados para o 
importador neste local, embora o exportador pague os custos (transporte 
internacional e seguro internacional) até ao porto de destino. 
 
DAT - Delivered At Terminal (produto entregue no terminal, no porto 
ou local de destino designado): Custos e riscos para o vendedor até, e 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 14 
inclusive, o descarregamento do veículo transportador. Local de entrega do 
produto no local de destino designado, significando que riscos e custos 
transferem-se do vendedor para o comprador no mesmo local, o terminal 
rodoviário, ferroviário, porto ou aeroporto no país de destino. 
 
DAP - Delivered At Place (produto entregue no local de destino 
designado): A mercadoria é entregue ao comprador no veículo transportador 
no destino designado, sem descarregamento. Isto pode ocorrer no navio ou em 
qualquer outro lugar designado pelo importador no país de destino. 
 
DDP - Delivered Duty Paid (produto entregue no destino designado, 
com “direitos” pagos): Local de entrega no local de destino designado, 
significando que riscos e custos transferem-se do vendedor para o comprador 
no mesmo local, no país de destino. Neste termo o exportador é responsável, 
inclusive, pela nacionalização da mercadoria no país do importador, pagando 
todos os impostos (direitos). 
 
Transporte Aquaviário/Hidroviário (marítimo, fluvial e lacustre) 
 
FAS - Free Alongside Ship (produto livre no costado do navio, porto de 
embarque designado): Local de entrega no local designado, significando que 
riscos e custos transferem-se do vendedor para o comprador no mesmo local. 
Este local é junto ao navio, no porto de origem. 
 
FOB - Free On Board (livre a bordo do navio, porto de embarque 
designado): Local de entrega no local designado, significando que riscos e 
custos transferem-se do vendedor para o comprador no mesmo local. O 
produto é entregue dentro do navio no porto de origem. 
 
CFR - Cost and Freight (custo e frete, porto de destino designado): 
Local de entrega diferente do local de destino designado, significando que 
riscos e custos transferem-se do vendedor para o comprador em locais 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 15 
diferentes. O produto é entregue ao importador no porto do país de origem, 
dentro do navio. Os riscos também são passados para o importador neste local, 
embora o exportador pague os custos (transporte internacional) até o porto de 
destino designado pelo importador. 
 
CIF – Cost, Insurance and Freight (custo, seguro e frete, porto de 
destino designado): Local de entrega diferente do local de destino 
designado, significando que riscos e custos transferem-se do vendedor para o 
comprador em locais diferentes. O produto é entregue ao importador no porto 
do país de origem, dentro do navio. Os riscos também são passados para o 
importador neste local, embora o exportador pague os custos (transporte 
internacional e seguro internacional) até ao porto de destino designado pelo 
importador. 
 
Operações internacionais 
Chegamos ao último item da nossa matéria. Aprendemos a importância da 
gestão da cadeia de suprimentos no mercado interno e internacional e como as 
global players ou as empresas transnacionais (o termo multinacional está em 
desuso) vêm aplicando esses conceitos no mercado interno e no internacional. 
 
Aprendemos também que um dos itens importantes é o povo, pois biótipo e 
cultura, não raras vezes, alteram a apresentação do produto ou suas 
características (são os chamados produtos bond culture), o que leva a gastos 
diferenciados dos mercados internos. Conhecer a cultura local e, o mais 
importante, adaptar os produtos a essa cultura, são necessidades da empresa 
transnacional. Quanto aos produtos free culture (aqueles que independem de 
influências culturais), podem ser negociados em qualquer parte do mundo sem 
esse custo adicional. 
 
Como as empresas escolhem os mercados onde vão colocar os seus 
produtos e qual a melhor forma de fazê-lo? 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 16 
Quanto aos mercados, elas podem optar pelos maduros, emergentes, em 
crescimento ou os classificados como plataformas. Essas decisões são próprias 
de cada empresa, elas definem a forma mais conveniente de se estabelecerem 
internacionalmente e em quais mercados. Observe algumas formas (modelos) 
que as empresas podem utilizar para colocar seus produtos no mercado 
internacional: 
 
Subsidiárias (Integrais) no Exterior: 
Empresa aberta em outro país, cuja empresa matriz detém 50% ou mais das 
suas ações. 
 
Quando não há incorporação, as empresas estrangeiras são denominadas filiais. 
Consome elevados recursos e oferece risco total, mas detém o controle das 
operações e do patrimônio em território estrangeiro. Exige boas relações 
governamentais e um forte comprometimento com o mercado local. Indicado 
para entrantes precoces nos mercados em crescimento. 
 
Joint Ventures: 
A empresa Transnacional compartilha o capital investido e os riscos de um novo 
negócio com uma empresa local de forma a dispor de uma maior escala 
operacional. Aumenta o conhecimento da legislação e peculiaridades locais. 
Permite maior acesso aos financiamentos e à rede de distribuição. Garante 
maior retorno do capital investido e possibilita um bom controle das operações 
gerando sinergia com o país anfitrião. 
 
Franquias (franchising ou franchise): 
Contratos com empresas locais para a cessão do direito de uso da 
sua marca, patente, infraestrutura, know-how e direito de distribuição exclusiva ou 
semiexclusiva de produtos ou serviços, sob o pagamento de royalties. Demanda 
poucos recursos e contorna barreiras protecionistas, dando acesso a mercados 
fechados. Gera receitas pequenas e favorece a formação de um concorrente 
local em potencial, com o risco de perda da marca nesse local. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 17 
 
Licenciamentos: 
O licenciamento é semelhante à franquia com a diferença de não envolver 
nenhuma assistência (somente a concessão de direitos) nem padrões do 
negócio. 
 
Exportação: 
Esta forma de inserção no mercado internacional pode ser realizada das 
seguintes formas: 
 Exportação Direta: requer traders ou implantação de um escritório local, 
tem comprometimento de recursos e mão de obra. A empresa tem total 
controle sobre o processo, mas com alta exposição e risco. 
 Exportação Cooperativa: A empresa faz acordos para uso da rede de 
distribuição de terceiros no país-alvo. Exige pouco investimento, mas 
assegura algum controle sobre o processo. Este método é indicado para 
empresas que não têm experiência no mercado internacional. 
 Exportação Indireta: A empresa usa tradings ou corretores que atuem no 
mercado-alvo. Não exige investimento, mas a empresa não tem controle 
sobre o processo. 
 
Fusões e Aquisições: 
O novo entrante se funde ou adquire uma empresa já existente no local 
começando a operar de imediato. Corre o risco do choque cultural, compra de 
fábricas obsoletas, dívidas trabalhistas e xenofobia. É uma das opções mais 
indicada para entrantes tardios no mercado internacional. 
 
Regimes aduaneiros especiais 
Ao longo das nossas aulas, falamos de exportação, de importação de 
internacionalização de empresas e das formas mais usuais de fazê-lo. Os 
países, em geral, dão apoio aos importadores e, principalmente, aos 
exportadores, as empresas que distribuem os produtos nacionais no exterior e 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 18 
contribuem paramanter positivo o saldo da balança comercial. Não poderia ser 
diferente no Brasil. 
 
Esse apoio pode ser sob a forma de legislação relacionada a procedimentos que 
facilitem as importações e as exportações, pode ser sob a forma de tributação 
(redução, isenção ou suspensão de impostos) ou ainda sob a forma de 
armazenagem na zona primária ou na zona secundária. Essas últimas 
disposições, no Brasil, são chamadas de regimes aduaneiros especiais. 
 
A Receita Federal, sob determinadas situações específicas, para fomentar 
negócios em algum setor econômico, isenta ou suspende temporariamente, os 
tributos incidentes sobre as importações. Portanto, antes de compor as 
planilhas de custo relativas à importação, é importante analisar esses aspectos. 
Observe para conhecer os tipos de regimes aduaneiros especiais. 
 
Trânsito Aduaneiro Especial: 
Iniciamos com este regime porque é ele que permite o transporte de 
mercadoria, sob controle aduaneiro, de um ponto a outro do território 
aduaneiro com suspensão do pagamento de tributos. Aplica-se a operações de 
importação e exportação em curso e tráfego de mercadorias estrangeiras. 
 
Exemplo: A empresa XYZ, localizada em Brasília, importou uma mercadoria 
para ser usada em Brasília, mas chegou através do Porto de Santos. 
Desembaraçando esta mercadoria em Santos pagará o ICMS de São Paulo, mas 
em Brasília, a alíquota do ICMS é inferior à do estado de São Paulo. Como a 
mercadoria será consumida (usada) em Brasília, é mais conveniente que ela 
seja desembaraçada neste estado. A mercadoria está sob controle aduaneiro, 
ou seja, ainda não foi nacionalizada, então se faz necessária uma autorização 
especial para o transporte que se chama DTA – Declaração de Trânsito 
Aduaneiro. Sempre que houver necessidade de deslocar uma mercadoria nestas 
condições, será utilizado este regime aduaneiro. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 19 
Entreposto Aduaneiro: 
Utilizado na importação e na exportação, permite a armazenagem em local 
alfandegado com suspensão do pagamento dos tributos, sob controle fiscal. 
 
Na exportação, o regime classifica-se como comum ou extraordinário. Na 
modalidade comum, a mercadoria pode permanecer no regime pelo prazo de 
um ano, prorrogável por mais um ano, e na modalidade extraordinário o prazo 
de permanência no regime é de 90 dias. 
 
Na importação, permite a armazenagem em recinto alfandegado de uso público 
ou em feiras, congressos, ou outros eventos realizados em recinto alfandegado 
para este fim. A mercadoria pode permanecer no regime por um ano, 
prorrogável por mais um ano ou pelo prazo estabelecido para alfandegamento 
do recinto do evento. 
 
O recinto alfandegado que tenha sido credenciado para realizar atividades de 
industrialização denomina-se: aeroporto industrial, plataforma portuária 
industrial ou porto seco industrial, de acordo com o tipo de mercadoria 
importada. 
 
Depósito Alfandegado Certificado – DAC: 
Permite a realização de uma exportação sem a transferência física imediata da 
mercadoria para o exterior, mediante a emissão de um contrato denominado 
DUB (Delivery Under Customs Bond) e entrega da mercadoria em local 
alfandegado autorizado a operar o regime, designado pelo importador. 
Enquanto a mercadoria se encontrar sob o regime, estão suspensos todos os 
impostos referentes à operação, inclusive o ICMS. 
 
Este regime pode antecipar o recebimento da exportação pela segurança que 
transmite ao importador. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 20 
Depósito Afiançado – DAF: 
Permite o estoque, com suspensão dos impostos de mercadorias importadas 
sem cobertura cambial, destinadas à manutenção e reparo de embarcações e 
aeronaves utilizadas no transporte comercial internacional, de empresas 
autorizadas a operarem neste ramo. Pode ser utilizado para provisões de bordo 
de empresas estrangeiras e para empresas estrangeiras que operem no 
transporte rodoviário. 
 
Depósito Especial – DE: 
O importador pode estocar no seu estabelecimento insumos importados sem 
cobertura cambial, com suspensão do pagamento dos impostos. A mercadoria 
pode ficar neste regime pelo prazo de 5 anos, a contar da data do seu 
desembaraço, na importação. 
 
Este regime permite às empresas dos setores de transportes (não incluindo o 
rodoviário), infraestrutura e outros, bem como às empresas de logística, um 
sistema semelhante ao Just In Time, proporcionando-lhes uma diminuição nos 
seus custos operacionais. 
 
Depósito Franco: 
Permite a armazenagem de mercadoria estrangeira em recinto alfandegado 
para atender ao fluxo comercial de países limítrofes com terceiros países. Sua 
concessão é celebrada através de Acordo ou Convênio Internacional firmado 
pelo Brasil. Alguns Depósitos Francos: Belém/Peru, Corumbá/Bolívia, 
Manaus/Equador, Paranaguá/Paraguai e Bolívia, Porto Velho/Bolívia, Rio 
Grande/Paraguai e Santos/Bolívia e Paraguai. 
 
Drawback: 
Podemos definir drawback como o retorno do saque; no caso do regime, 
retorno dos impostos pagos em parte ou no todo, quando da importação ou 
compra no mercado interno, de produtos (matérias-primas, insumos, peças, 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 21 
equipamentos, embalagens) que serão objeto de beneficiamento para serem 
exportados. 
 
O drawback tem como objetivo incentivar as exportações, tornando os preços 
dos produtos mais competitivos no mercado internacional (através da redução 
dos impostos). A economia é uma cadeia, logo, todos os segmentos produtivos 
são envolvidos no processo, gerando emprego e, consequentemente, riqueza. 
 
O drawback pode ser concedido para produtos que serão submetidos a 
operação que se caracterize como beneficiamento, industrialização, 
transformação, montagem, renovação, condicionamento, acondicionamento ou 
reacondicionamento com alteração do produto e agregação de valor. 
 
A princípio, todos os produtos passíveis de importação podem utilizar este 
regime. Não é permitido o seu uso para petróleo e seus derivados. 
 
O drawback funciona em três modalidades: 
 Suspensão – Esta modalidade diz respeito à aquisição no mercado 
interno ou à importação de forma combinada ou não, de mercadoria 
para emprego ou consumo na industrialização de produto a ser 
exportado, com suspensão dos tributos exigíveis na importação e na 
aquisição no mercado interno. 
 Isenção – Refere-se à importação de mercadoria equivalente em 
qualidade e quantidade à utilizada no beneficiamento, fabricação, 
complementação ou acondicionamento do produto exportado, com 
isenção dos tributos exigíveis. Esta modalidade é utilizada como uma 
reposição de estoque dos produtos importados e já exportados. 
 Restituição – Esta modalidade refere-se à restituição total ou parcial dos 
impostos que incidiram sobre a importação de mercadoria 
posteriormente exportada após beneficiamento ou fabricação, etc... 
Nesta modalidade, não há reposição de estoque e, sim, restituição dos 
tributos. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 22 
 
O drawback tem prazo de validade de um ano, prorrogável por mais um ano, a 
contar da data de deferimento do Ato Concessório. 
 
Entreposto Industrial sob Controle Informatizado- RECOF: 
Permite a aquisição no mercado interno ou externo de mercadorias, com ou 
sem cobertura cambial, com suspensão do pagamento de impostos, sob 
controle aduaneiro informatizado (software desenvolvido pelo beneficiário que 
possa ser inteligado aos controles da RFB e gere relatórios mensais das 
mercadorias), a serem submetidas a processo de industrialização, 
beneficiamento,transformação ou montagem de produtos destinados à 
exportação. 
 
Caso os produtos venham a ser vendidos no mercado interno (em parte ou na 
sua totalidade), será obrigatório o recolhimento dos impostos. 
 
Atualmente, está restrito à indústria automotiva, aeronáutica, informática, 
telecomunicações, semicondutores e componentes de alta tecnologia para 
eletrônica, informática e telecomunicações. A RFB determina as mercadorias 
passíveis de admissão neste regime e dita outras medidas e exigências para 
uso do mesmo. Este regime é um incentivo às exportações, embora os 
incentivos sejam atribuídos às mercadorias importadas. 
 
Loja Franca: 
Este regime concede ao estabelecimento localizado na zona primária de porto 
ou aeroporto alfandegado a permissão para vender mercadoria nacional ou 
estrangeira, aos passageiros em viagem internacional, com pagamento em 
moeda nacional ou estrangeira (espécie, cheque-viagem, cartão de crédito). Os 
bens vendidos nas lojas francas ou free shops são importados obrigatoriamente 
em consignação. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 23 
RECOM – Importação de Insumos Destinados à Industrialização por 
Encomenda de Produtos Classificados nas Posições 8701 a 8705 da 
NCM: 
As empresas podem importar, sem cobertura cambial, insumos destinados à 
industrialização por encomenda, de veículos rodoviários, por conta e ordem de 
pessoas jurídicas encomendantes, domiciliadas no exterior, com pagamento do 
II, mas com suspensão do IPI. 
 
O objetivo deste regime é atrair as montadoras de veículos, um dos maiores 
segmentos da indústria. 
 
REPETRO – Exportação e Importação de Bens Destinados às 
Atividades de Pesquisa e lavra das Jazidas de Petróleo e de Gás 
Natural: 
Este regime, como o próprio nome indica, tem o objetivo de desonerar os 
investimentos nas atividades de pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e gás 
natural. Tem sido e continua sendo um grande impulso à produção nacional, 
contribuindo para a autossuficiência do país neste setor energético. 
 
Os bens listados pela RFB podem entrar no país através de três regimes 
especiais ou da combinação, entre eles: 
 
Através do Regime de Admissão Temporária para serem utilizados diretamente 
neste setor produtivo. 
 
Uso da Exportação Ficta: 
Processo de exportação normal, porém as mercadorias não deixam o território 
nacional. Devem ser entregues no local combinado com o importador, no Brasil, 
entrando em seguida no regime de Admissão Temporária. 
 
Uso do Regime Especial denominado Drawback Suspensão - Compra de 
produtos ou insumos no mercado externo ou nacional, que serão utilizados na 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 24 
fabricação de bens a serem exportados no regime de Exportação Ficta e, em 
seguida, enquadrados no regime de Admissão Temporária. 
 
Este regime é utilizado na importação de plataformas e outros equipamentos 
destinados à indústria petrolífera. 
 
REPEX – Importação de Petróleo Bruto e seus Derivados: 
Como o próprio nome indica, este regime suspende o pagamento dos impostos 
na importação do petróleo bruto e seus derivados. O regime é extinto quando é 
comprovada a exportação de produto com as mesmas especificações de origem 
nacional ou importada. Este regime pode e deve ser utilizado no equilíbrio do 
mercado interno: importação de petróleo leve e exportação de petróleo pesado, 
por exemplo. 
 
Reporto – Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à 
Ampliação da Estrutura Portuária: 
Possibilita aos beneficiários (operador portuário, concessionário de porto 
organizado, empresa de dragagem, concessionário de recinto alfandegado de 
zona secundária e outros), a aquisição de máquinas, equipamentos e outros 
bens, com suspensão de tributos, de forma a reduzir os custos de investimento 
em ativo imobilizado e, assim, reequipar e modernizar a área portuária 
nacional. 
 
Regimes aduaneiros especiais aplicados em áreas especiais 
Foram criados para atender a determinadas situações econômicas peculiares de 
polos regionais, através da desoneração de impostos, implementada por 
políticas de desenvolvimento e crescimento econômico para esses polos. 
 
Áreas de Livre Comércio – ALC: Constituem áreas de livre comércio de 
importação e de exportação as que, sob regime fiscal especial, são 
estabelecidas com a finalidade de promover o desenvolvimento de áreas 
fronteiriças específicas da região norte do país e de incrementar as relações 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 25 
bilaterais com os países vizinhos. São configuradas por limites que envolvem, 
inclusive, os perímetros urbanos dos municípios de Tabatinga (AM), Guajará-
Mirim (RO), Boa Vista e Bonfim (RR), Macapá e Santana (AP) e Brasiléia, com 
extensão para o município de Epitaciolândia, e Cruzeiro do Sul (AC). 
 
A entrada de produtos estrangeiros nas áreas de livre comércio será feita com 
suspensão do pagamento dos impostos de importação e sobre produtos 
industrializados, que será convertida em isenção quando os produtos forem 
destinados a: consumo e venda internos, beneficiamento, em seu território, de 
pescado, recursos minerais e matérias-primas de origem agrícola ou florestal, 
piscicultura, agropecuária, agricultura, instalação e operação de atividades de 
turismo e serviços, estocagem para comercialização no mercado externo e 
outras. 
 
Zona Franca de Manaus – ZFM: É uma área de livre comércio de importação 
e de exportação e de incentivos fiscais especiais, estabelecida com a finalidade 
de criar no interior da Amazônia um centro industrial, comercial e agropecuário, 
dotado de condições econômicas que permitam seu desenvolvimento, em face 
dos fatores locais e da grande distância a que se encontram os centros 
consumidores de seus produtos. 
A entrada de mercadorias estrangeiras na Zona Franca de Manaus, destinadas 
a seu consumo interno, industrialização em qualquer grau, inclusive 
beneficiamento, agropecuária, pesca, instalação e operação de indústrias e 
serviços de qualquer natureza, bem como a estocagem para reexportação, será 
isenta dos impostos de importação e sobre produtos industrializados. 
 
Entreposto Internacional da ZFM – EIZOF: O regime de entreposto 
internacional da Zona Franca de Manaus é o que permite a armazenagem, com 
suspensão do pagamento de tributos, de mercadorias estrangeiras importadas 
e destinadas à: 
 Venda por atacado para a Zona Franca de Manaus e para outras regiões 
do território nacional; 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 26 
 Comercialização na Zona Franca de Manaus, na Amazônia Ocidental ou 
nas áreas de livre comércio de matérias-primas, produtos intermediários, 
materiais secundários e de embalagem, partes e peças e demais 
insumos, importados e destinados à industrialização de produtos na Zona 
Franca de Manaus; mercadorias nacionais destinadas à Zona Franca de 
Manaus, à Amazônia Ocidental, às áreas de livre comércio ou ao 
mercado externo e mercadorias produzidas na Zona Franca de Manaus e 
destinadas aos mercados interno ou externo. 
 
Zona de Processamento de Exportação – ZPE: Caracterizam-se como 
áreas de livre comércio de importação e de exportação, destinadas à instalação 
de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no 
exterior, objetivando a redução de desequilíbrios regionais, o fortalecimento do 
balanço de pagamentos e a promoção da difusão tecnológica e do 
desenvolvimento econômico e social do país. 
 
As importações efetuadas por empresa autorizada a operar em zonas de 
processamento de exportação serão efetuadas com suspensão do pagamentodo imposto de importação, do imposto sobre produtos industrializados, da 
COFINS-Importação, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e do 
adicional ao frete para renovação da marinha mercante. 
 
Atividade proposta 
Imagine que uma produtora brasileira de cachaça, sem experiência no comércio 
internacional, tenha sido convidada a expor seus produtos na França, durante o 
ano França-Brasil. Logo na primeira semana, recebeu alguns pedidos de 
cachaça. Muito apreensivo, o dono da empresa procurou um consultor na área 
de comércio internacional que o aconselhou a negociar com o cliente de forma 
que a sua primeira exportação fosse realizada no INCOTERM Ex-Work. 
 
a. Por que a escolha para a primeira exportação recaiu sobre o INCOTERM Ex-
Work? 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 27 
b. Quando é usado o Ex-Work, o exportador agrega valor ao preço do produto 
nacional? 
 
Chave de resposta: 
a) Porque o exportador não tinha experiência nesta atividade e, neste 
INCOTERM, a responsabilidade dele é mínima. 
b) Não, o preço do produto é composto somente pelos custos fixos e variáveis 
mais o percentual de lucro da operação. 
 
Referências 
GARAY, Angela Beatriz Scheffer. Reestruturação produtiva e desafios de 
qualificação: algumas considerações críticas. Disponível em: 
http://www.cefetsp.br/edu/eso/globalizacao/desafioqualificacao.ht
ml. Acesso em: 28 set. 2014. 
GIMENEZ, Ana Maria Nunes. A globalização e seu impacto na 
flexibilização das condições de trabalho. Disponível em: 
http://www3.unifai.edu.br/pesquisa/publica%C3%A7%C3%B5es/a
rtigos-
cient%C3%ADficos/professores/bacharelados/globaliza%C3%A7%
C3%A3o-e-seu-impacto-na. Acesso em: 28 set. 2014. 
SANTOS, Iracema. Eficiência logística e seus impactos financeiros. 
Disponível em: < 
http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/eficiencia-
logistica-e-seus-impactos-financeiros/57765/. Acesso em: 28 set. 2014. 
VASCONCELOS, Y. L. et al. Reflexos da globalização: uma análise das 
formas de inserção no mercado de trabalho. Disponível em: < 
http://www2.uefs.br/sitientibus/pdf/39/1.5_reflexos_da_globalizac
ao_uma_analise_das_formas_de_insercao_no_mercado_de_trabalho.
pdf. Acesso em: 28 set. 2014. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 28 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
“Todo o processo pode ser subdividido em ________ e _________. A 
separação entre um ponto e outro é o ponto de entrada do pedido (do 
cliente).” 
Complete as lacunas com a única opção correta: 
a) Operacional/financeiro 
b) Físico/virtual 
c) Empurrado/puxado 
d) Real/especulativo 
e) Empurrado/especulativo 
 
Questão 2 
O outsourcing deve ter como base a maximização do retorno dos investimentos 
em custos, qualidade, serviço e tempo de atendimento ao cliente final, 
liberando a empresa para o foco central da sua atividade fim. Um dos 
benefícios apontados ao outsourcing é: 
a) Gerar perda de credibilidade das empresas envolvidas junto ao mercado 
internacional. 
b) Abrir espaço para os concorrentes. 
c) Liberação de recursos internos para outras atividades relacionadas ao 
foco central do negócio da empresa. 
d) Aumento do lead-time interno. 
e) Redução na resposta às inovações tecnológicas do mercado global. 
 
Questão 3 
Neste modal o transporte é realizado em caráter sistêmico, um único contrato 
de transporte (o OTM é o único responsável perante o dono da carga, emitindo 
o Combined Bill of Lading) e uma única apólice de seguro. Marque a única 
opção que corresponde à modalidade de transporte descrita na questão: 
a) Sucessivo 
b) Segmentado 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 29 
c) Unimodal 
d) Multimodal 
e) Intermodal 
 
Questão 4 
A gestão do estoque não é uma tarefa simples na cadeia produtiva, a falta de 
estoque pode provocar a perda de vendas para o concorrente, mas por outro 
lado, a manutenção de estoques pode ocasionar outros riscos como: 
obsolescência, furtos, danos, além do custo de manutenção dos mesmos, que é 
diretamente influenciada pelo custo do capital investido. Quais os fatores e 
variáveis devem ser considerados na gestão dos estoques? Marque a única 
opção errada. 
a) Especialização geográfica 
b) Desacoplamento 
c) Equilíbrio entre oferta e demanda 
d) Desequilíbrio das forças econômicas 
e) Proteção contra as incertezas do mercado 
 
Questão 5 
Outro assunto a ser considerado e estudado no transporte nacional, e, 
principalmente, no internacional, é o _____________________. O 
conhecimento das classes de riscos a que as mercadorias transportadas estão 
sujeitas pode trazer economias e a possibilidade de realização de trade-offs 
neste segmento. 
a) Pagamento de tributos 
b) Controle dos caminhões 
c) Tamanho dos navios 
d) Gerenciamento dos hub ports 
e) Seguro das cargas 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 30 
Questão 6 
Os INCOTERMS são uma ferramenta essencial ao comércio internacional. Neste 
contexto, marque a opção correta para a seguinte hipótese: O vendedor 
transfere a propriedade da mercadoria ao comprador dentro do navio, afretado 
por ele, no porto do país de origem. 
a) EXW 
b) CPT 
c) FOB 
d) CIP 
e) FCA 
 
Questão 7 
Os INCOTERMS surgiram em 1936, quando a _______________________, 
com sede em Paris, interpretou e consolidou as diversas formas contratuais que 
vinham sendo praticadas no comércio internacional, de forma a possibilitar a 
sua definição precisa em qualquer país. Preencha a lacuna com a única opção 
correta. 
a) Câmara de Comércio Internacional 
b) Agência de Apoio ao Exportador 
c) Câmara de Comércio Exterior 
d) Associação Latino Americana para Desenvolvimento e Integração 
e) Agência Multilateral do Comércio 
 
Questão 8 
A internacionalização das empresas pode ser realizada através de traders ou 
abertura de escritórios locais com grande comprometimento de recursos e mão 
de obra. Nesta forma de internacionalização, a empresa tem controle total 
sobre o processo, mas alta exposição e risco. Assinale a única opção correta 
relativa a esse contexto: 
a) Exportação consignada 
b) Exportação direta 
c) Exportação temporária 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 31 
d) Exportação indireta 
 
Questão 9 
Um empresário brasileiro importa quadros de bicicletas, monta-as, colocando os 
pneus e os acabamentos em geral comprados no mercado interno, embala-as e 
exporta-as para Angola, seu principal mercado desse produto. Na importação, 
ele usa um regime especial que lhe permite desembaraçar os quadros sem 
pagar os impostos. Na realidade, os impostos ficam suspensos até efetuar a 
exportação de todas as bicicletas. Nas opções abaixo, marque a única que 
identifica essa operação: 
a) Repetro 
b) Drawback 
c) Repex 
d) Admissão Temporária 
e) Reporto 
 
Questão 10 
O Repetro, como o próprio nome indica, tem o objetivo de desonerar os 
investimentos nas atividades de pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e gás 
natural. Tem sido e continua sendo um grande impulso à produção nacional, 
contribuindo para a autossuficiência do país neste setor energético. Fazem 
parte deste regime a _________________, a ________________ e o regime 
aduaneiro especial denominado __________________. 
Complete as lacunas com uma das opções abaixo: 
a) Exportação em Consignação/Exportação para Beneficiamento/Depósito 
Franco 
b) Importação para Beneficiamento Ativo/Importação em 
consignação/RECOF 
c) Admissão Temporária/Exportação Ficta/Drawback Suspensão 
d) Exportação em Consignação/ Admissão Temporária/ RECOF 
e)Exportação para Beneficiamento/ Exportação Ficta/ Drawback Suspensão 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 32 
Combined Bill of Lading — CBL: Conhecimento de transporte utilizado na 
multimodalidade, emitido pelo OTM. 
 
Consolidação: Emissão de um conhecimento de embarque (Master), por parte 
do transportador, englobando diversos lotes de carga de diferentes 
embarcadores. Estes lotes são acondicionados em uma unidade de carga (o 
contêiner, por exemplo) e individualmente identificados por documentos 
emitidos pelo agente consolidador (Houses). 
 
Desconsolidação: Processo inverso ao da consolidação (o agente 
consolidador consolida a carga no porto de embarque e desconsolida-a no porto 
de descarga). 
 
OTM: Operador de Transporte Multimodal é a pessoa jurídica contratada como 
principal para a realização do transporte multimodal de cargas, da origem até o 
destino, por meios próprios ou por intermédio de terceiros. 
 
Unitização: Emissão de um conhecimento de embarque (Master), por parte do 
transportador, englobando um único lote de carga de um único embarcador, 
acondicionado em uma unidade de carga, por exemplo, o contêiner. 
 
Aula 4 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - C 
Justificativa: Segundo a matéria apresentada, “empurrado – puxado” é a única 
alternativa correta. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 33 
Questão 2 - C 
Justificativa: De acordo com o texto sobre o outsourcing, “Liberação de 
recursos internos para outras atividades relacionadas ao foco central do 
negócio da empresa” é a única opção correta. 
 
Questão 3 - D 
Justificativa: Multimodal é a única opção que atende à definição do modal 
descrita na questão. 
 
Questão 4 - D 
Justificativa: A opção “Desequilíbrio das forças econômicas” está errada porque 
não atende aos fatores e variáveis considerados na gestão dos estoques. 
 
Questão 5 - E 
Justificativa: De acordo com a matéria estudada e as opções sugeridas, “seguro 
das cargas” é a única que atende à questão proposta. 
 
Questão 6 - C 
Justificativa: Entre as opções sugeridas, “FOB” é o único termo que atende a 
esta questão. 
 
Questão 7 - A 
Justificativa: A Câmara de Comércio Internacional é a responsável pela 
compilação, atualização e divulgação dos INCOTERMS. 
 
Questão 8 - B 
Justificativa: Entre as opções sugeridas, “Exportação direta “ é a única que 
responde a esta questão. 
 
Questão 9 - B 
Justificativa: Entre as opções sugeridas, Drawback é o único regime especial 
que atende a esta questão. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 34 
 
Questão 10 - C 
Justificativa: Das opções sugeridas, “Admissão Temporária/Exportação 
Ficta/Drawback Suspensão” é a única opção que atende à composição do 
Drawback.

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