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LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 1 Aula 1: Conceitos da logística integrada ....................................................................................... 2 ............................................................................................................................. 2 Introdução ................................................................................................................................ 3 Conteúdo Evolução da logística ........................................................................................................ 3 Posicionamento brasileiro ............................................................................................... 5 Conceitos de Logística ..................................................................................................... 6 Transformações da Logística .......................................................................................... 7 Acordos Comerciais .......................................................................................................... 8 Conceitos da Logística Integrada ................................................................................. 11 Logística Integrada .......................................................................................................... 11 Cadeia de Suprimentos Integrada ................................................................................ 12 Gestão da Cadeia de Suprimentos ............................................................................... 13 Supply Chain Management (SCM) ................................................................................ 14 Objetivos básicos da SCM .............................................................................................. 15 Outras atividades ............................................................................................................. 16 SCM: barreiras e alternativas ......................................................................................... 16 Dificuldades na internacionalização das empresas .................................................. 17 Adaptação das Forças de Michael Porter .................................................................... 19 Estratégias Competitivas ................................................................................................ 20 Atividade proposta .......................................................................................................... 21 ....................................................................................................................... 22 Aprenda Mais ........................................................................................................................... 22 Referências ......................................................................................................... 23 Exercícios de fixação Notas ........................................................................................................................................... 29 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 32 ..................................................................................................................................... 32 Aula 1 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 32 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 2 Introdução Nesta aula, entenderemos como foi a evolução da logística após a Segunda Guerra Mundial e como os eventos mundiais e as inovações tecnológicas obrigaram as empresas a criar novos métodos para gerenciar a cadeia de suprimentos. Nesse sentido, os acordos comerciais e a formação de blocos regionais de comércio exterior, assim como o aumento do fluxo internacional de mercadorias, estabeleceram a necessidade de integrar as atividades logísticas com o novo conceito de supply chain. O conceito de supply chain management permitiu que as empresas se internacionalizassem, ampliando seus mercados. Objetivo: 1. Apresentar a evolução da logística e os fatos que mais contribuíram para o seu desenvolvimento; 2. Conceituar logística integrada e o Supply Chain Management como modelo de gestão; 3. Descrever os desafios que as empresas internacionalizadas enfrentam para atenderem a este novo conceito da logística. LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 3 Conteúdo Evolução da logística Após a Segunda Guerra Mundial, os cenários de relações internacionais foram drasticamente alterados, influenciando de forma radical a logística. Vamos ver como a logística se desenvolveu internacionalmente e como o Brasil se inseriu nesse contexto? 1944 No fim da Segunda Guerra Mundial, os aliados se reuniram e criaram o Acordos de Bretton Woods que estabelecia regras para as relações comerciais entre os países. As novas regras alteraram completamente os cenários dos negócios internacionais e interferiram diretamente no ambiente logístico. 1947 Um grupo formado por representantes de 23 países aprovou a criação do Acordo Geral de Tarifas e Comércio, o General Agreement of Tariffs and Trade (GATT), com objetivo de reduzir obstáculos ao intercâmbio internacional de bens, eliminando barreiras protecionistas às trocas internacionais de mercadorias, e distribuir riqueza no planeta. 1948 a 1952 Após a Segunda Guerra Mundial, os EUA criaram o Plano Marshall, financiamento para reconstrução dos países devastados pela guerra. Nessa época já existia um pensamento logístico focado na eficiência do fluxo de materiais, principalmente nas questões de armazenamento e transporte, tratadas separadamente no contexto da distribuição de bens. Esse conceito permaneceu até a década de 1960. LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 4 1958 Em virtude do aumento das importações, a balança comercial de pagamentos dos EUA teve seu primeiro déficit histórico, no total de 3,7 bilhões de dólares, em valores da época, não parando mais de crescer até os dias de hoje. Anos 1960 O crescimento do comércio internacional fez com que fosse necessário o desenvolvimento da área de logística e infraestrutura, para atender a demanda de produtos e serviços. Nesse período, surgiu o gerenciamento consolidado das atividades de transporte, suprimentos, distribuição, armazenagem e controle de estoques. Anos 1970 Nesse período, o foco passou a ser o cliente, com a introdução da aplicação de métodos quantitativos às questões logísticas. As ações foram direcionadas para a produtividade e os custos de estoques. Algumas medidas tomadas pelos Estados Unidos e pelo Japão impactaram diretamente a área da logística. 1973 a 1979 A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), triplicou o preço do barril do petróleo. Os fretes internacionais e o custo da distribuição física, principalmente nas metrópoles, sofreram aumentos elevados. Aumentou a pressão pela racionalização dos custos de transferência dos produtos, fortalecendo o crescimento da logística internacional que assumiu um papel estratégico nos negócios. Anos 1980 Muitos eventos no mundo aumentaram o fluxo do comércio internacional, impondo a redução dos fretes internacionais, o aumento da capacidade de transporte dos navios, a diminuição do tempo de carga e descarga, o que reduziu ainda mais o custo dos produtos. No final da década, apareceu a LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 5 logística em um contexto mais abrangente,a chamada logística estratégica, fazendo parte da competitividade empresarial. Anos 1990 A indústria e o comércio começaram a considerar todo o mercado mundial como parceiros, fornecedores e clientes ao mesmo tempo. O ciclo de vida dos produtos foi reduzido de maneira rápida. O Just In Time chegou ao Ocidente. Surgiu o Supply Chain Management (SCM), Gerenciamento da cadeia de Suprimentos, e o comércio eletrônico. O cenário dos negócios tornou-se cada vez mais volátil, competitivo e imprevisível. Sec. XXI Os países orientais abriram suas economias, gradualmente, e conquistaram fortes investimentos, como novas fábricas, modificando e incrementando os fluxos internacionais de mercadoria. Dessa forma, a logística passou a ser considerada uma ferramenta indispensável para a conquista da competitividade global. Posicionamento brasileiro Nessa época de evolução mundial, o Brasil não tinha estrutura logística para fazer face à competitividade externa. A instabilidade econômica e política, assim como o preço internacional das commodities, contribuíram para uma retração nas exportações e uma forte desvalorização cambial. Esse quadro de retração foi revertido em 2003, com um forte empenho no aumento dos negócios internacionais, principalmente, para a China. A partir dos anos 1990, apesar dos problemas econômicos, da oscilação do Real e das crises em países vizinhos e parceiros (Argentina, Estados Unidos e outros), o comércio exterior brasileiro tem crescido: LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 6 • Entre 1990 até 2006 em torno de 339%, média de 9,7% ao ano; • Entre 2002 e 2006 cresceu 113%, média de 28,25% ao ano. Conceitos de Logística Vimos que, até à década de 1950, a logística não tinha sistematização e era confundida com a atividade de transporte, ou seja, logística era o deslocamento de bens e serviços dos locais de produção para os locais de consumo. Em 1999, o Council of Logistics Management – hoje Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP) –, considerado autoridade em logística, fez a primeira adequação ao conceito de logística, descrevendo-a como: “A parte do processo de gestão da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla, eficientemente, ao custo correto, o fluxo e a armazenagem de matérias-primas, estoques durante a produção e produtos acabados com o propósito de atender aos requisitos (necessidades) do cliente”. Dessa forma, o que era apenas transporte, passou a conciliar as atividades relacionadas às operações de compra, venda, armazenagem, estoques e transporte, levando em consideração o tempo gasto em cada etapa e o custo. Na verdade, o processo logístico tem início no planejamento, na implementação e no controle eficiente das operações. Atualmente , o CSCMP conceitua a logística como: “A parte do processo da cadeia de suprimento que planeja, implementa e controla o eficiente e efetivo fluxo e estocagem de bens, serviços e informações relacionadas, do ponto de origem ao ponto de consumo, visando atender aos requisitos dos consumidores”. A partir desses conceitos, as empresas passaram a atribuir atividades à logística, que deixava de ter apenas características técnicas e operacionais para LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 7 ganhar conteúdo estratégico, proveniente da integração de suas diversas operações, assim como uma visão sistêmica. Nesse sentido, a definição de logística foi ampliada para integrar as diversas áreas envolvidas na produção, o dimensionamento e layout de armazéns, a alocação de produtos em depósitos, os transportes (roteirização, dimensionamento de frota, de veículo) a distribuição, a seleção de fornecedores e clientes externos, surgindo um novo conceito, conhecido como supply chain ou logística integrada. Transformações da Logística A crescente integração das economias dos diferentes países criou a necessidade de ampliar os mercados, gerar economia de escala, reduzir custos, adaptar os produtos a cada mercado, avaliar a forma de distribuição mais conveniente e reduzir os tempos de entrega. O desenvolvimento das tecnologias de informação e de transporte contribuiu para atingir esses objetivos. O fluxo de mercadorias, capitais e informações cruzou fronteiras, formando o ambiente de transações globais, em que a logística passou a exercer um papel fundamental. Podemos dizer que, nos dias de hoje, a logística, globalmente, opera no seguinte cenário concorrencial: • Nações emergentes com sistemas de produção mais baratos para onde as empresas transnacionais deslocam suas fábricas; • O protecionismo dos mercados pelos seus países, favorecendo a exportação e impondo barreiras à importação; • Concorrência com novos entrantes, como a China; • Prazos mais apertados; • Redução das margens de lucro; • Consumidores exigindo produtos de melhor qualidade; LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 8 • Necessidade de serviços pós-venda tentando entender o grau de satisfação do cliente; • Legislações ambientais mais exigentes não só em certificação, mas, em alguns casos, com imposição de logística reversa. Atenção Outros fatores contribuíram para que a logística fosse cada vez mais integrando e sincronizando as diversas áreas da supply chain: • Ciclos de vida dos produtos e cadeias de distribuição cada vez mais curtas; • Necessidade de parcerias; • Aumento da concorrência externa; • Clientes mais informados, que levaram as empresas a mudar suas atividades, decisões, e a oferecer aos clientes produtos e serviços com menor preço e qualidade superior. Acordos Comerciais Um fator importante no desenvolvimento da logística foi a constituição de acordos comerciais entre os países, facilitando e desenvolvendo processos logísticos entre eles e a formação de blocos regionais, em que países de uma mesma região se unem para incrementar as trocas comerciais entre si, ganhar força, expertise e adotar medidas comuns nas negociações com países fora do bloco. Essas práticas incentivam o estudo e o uso dos processos da logística integrada. LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 9 Nesse contexto, quando os países pretendem ampliar seus mercados externos, podem fazer acordos bilaterais, trilaterais, criar áreas de livre comércio ou constituírem os blocos regionais. Os blocos regionais podem apresentar diversas formas de estrutura, de acordo com o estágio da sua constituição: União Aduaneira Área de livre comércio, com uma tarifa externa comum e outras medidas que configurem uma política comercial externa comum. Existe a livre circulação de bens e uma tarifa aduaneira comum a todos os membros, válida para importações realizadas fora da área. o Mercosul é uma União Aduaneira. Mercado Comum União Aduaneira, com políticas comuns de regulamentação de produtos e com liberdade de circulação dos três fatores de produção: pessoas, serviços e capitais. A União Europeia é um Mercado Comum. União Econômica e Monetária É um mercado comum, em pleno funcionamento, com um único banco central que emite a moeda comum a todos os membros. A União Europeia é o exemplo de uma UEM. Integração Econômica Total Os membros adotam uma moeda comum, harmonizam completamente as suas políticas fiscais, sociais e econômicas. Nesse tipo de constituição, a União Europeia (UE) continua sendo um exemplo, ela atingiu o mais alto nível de integração. LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 10Atenção Os países em que se pratica a logística são classificados de acordo com o desenvolvimento de suas economias e seus mercados. Veja como é feita a classificação. Plataforma Países pequenos que se destacam pela grande quantidade de acordos econômicos na região em que se situam. Normalmente são usados como rede de distribuição na região. Exemplo: o Chile é considerado um país plataforma. Emergentes Países subdesenvolvidos, cujas economias têm crescido substancialmente, mostrando, também, melhorias em seus índices de desenvolvimento político e social e competitividade global, utilizando como parâmetro o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Exemplo: Angola. Em crescimento Países de economia mediana com estabilidade política e econômica, com desenvolvimento constante. Exemplo: os países pertencentes ao BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China. Maduros Países ricos com economias consolidadas, e poucas condições de crescimento, que não oferecem facilidades para os novos entrantes e são protecionistas. Exemplo: União Europeia, EUA, Japão. LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 11 Conceitos da Logística Integrada Veremos, a seguir, os dois conceitos que surgiram e foram adotados pelas empresas como forma de alinhar os seus objetivos de redução de custos aos objetivos geradores de vantagens competitivas: o conceito de Logística Integrada e de Supply Chain Management (SCM) ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Você estudou que as empresas foram obrigadas a mudar a formatação de suas operações e a repensar em como aperfeiçoar os elementos da cadeia logística. É possível afirmar que a necessidade de integração evoluiu de dentro para fora nas empresas, criando uma rede de organizações integradas, desde os fornecedores de matéria-prima até os consumidores finais. Essa constituição integrada recebeu o nome de cadeia de abastecimento, que se transformou na visão da logística moderna. Para entendermos a logística integrada, devemos conhecer três importantes conceitos: Um sistema é constituído por alguns grupos de atividades, aparentemente independentes, agindo com sinergia total, trabalhando para a realização de um objetivo. Grupos de atividades são áreas de atuação de diferentes empresas envolvidas no sistema, podemos chamá-los de subsistemas especialistas; Interfaces são fronteiras, às vezes tênues, entre grupos de atividades que permitem o fluxo de produtos e informações de forma sincronizada. Logística Integrada As empresas agora têm um grande desafio pela frente: coordenar o conhecimento específico de tarefas individuais em uma competência integrada LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 12 voltada para o atendimento ao cliente. Não raro, esse desafio é ampliado para incluir os próprios clientes e os fornecedores de materiais e de serviços. Segundo Martins e Alt, (2002), o que faz a logística contemporânea interessante é o desafio de tornar os resultados combinados da integração interna e externa em uma das competências centrais da empresa. A Logística Integrada pretende promover o fluxo contínuo da entrada da matéria-prima (suprimento), da fabricação do produto ou serviço (produção) e da saída do produto acabado até ao mercado (distribuição), sem interrupção do processo em nenhum dos pontos da cadeia de suprimentos (supply chain), tornando mínimo o estoque da empresa. Podemos concluir que a Logística Integrada envolve o gerenciamento de informações, transporte, estoque, armazenamento, manuseio de materiais e embalagem e que todas as áreas que envolvem o trabalho logístico oferecem grande variedade de tarefas. Como vimos, a evolução no meio logístico foi marcada por grandes transformações nos conceitos gerenciais, especialmente em relação à função de operações. A necessidade de se produzir um bem com qualidade, sem perdas ou retrabalho, ao mesmo tempo em que se tentava reduzir os custos com a produção desses bens ou serviços foi o grande desafio enfrentado por todas as empresas que perceberam a necessidade de se alinhar ao mercado para manter a competitividade. Cadeia de Suprimentos Integrada A cadeia de suprimentos integrada, normalmente é apresentada como uma rede de organizações formada por meio de ligações nos dois sentidos, dos LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 13 diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços que são colocados na mão do consumidor final. Observe o exemplo: Um fabricante de camisas é parte da cadeia que se estende em dois sentidos: • Para trás, para o tecelão, para o fabricante de fibras; • Para frente, por meio dos distribuidores e varejistas, até ao consumidor final. Cada uma dessas organizações na cadeia é dependente da outra por definição e, por tradição, elas não cooperam umas com as outras. (MARTIN, 2002). Para que o gerenciamento dessa cadeia tenha sucesso, é necessária uma integração funcional que não é muito fácil de ser conseguida. Para desenvolver uma cadeia de suprimentos integrada, as empresas criam uma cadeia de suprimentos interna, ligando os departamentos de compras, produção e distribuição. Em seguida, unem os fornecedores e os clientes, formando uma cadeia de suprimentos externa. Finalmente, unem as cadeias interna e externa, formando a cadeia integrada de suprimentos da empresa. Contudo, se os distribuidores, os atacadistas e os varejistas não estiverem operando dentro da cadeia, o produto não atingirá o valor pretendido junto ao consumidor final, por força da ineficiência sistêmica da cadeia de suprimentos. Gestão da Cadeia de Suprimentos A sobrevivência das empresas vem da competitividade que é resultante da produtividade e da qualidade do valor agregado ao produto. O sucesso comercial é conquistado por meio da vantagem de custo, da vantagem de valor, ou de ambas. LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 14 Nesse sentido, quando o concorrente obtém maior lucro, é porque conseguiu produzir com custos menores ou ofereceu um produto com maior diferença perceptível de valor ao seu cliente. A integração das cadeias não é fácil de ser conseguida, pois nem as grandes empresas são sempre bem-sucedidas. Nesse ambiente competitivo vêm surgindo metodologias com a finalidade de se obterem vantagens competitivas sobre a concorrência. Uma delas, a Supply Chain Management (Gestão da cadeia de Suprimentos), é apresentada ao mercado como uma nova fronteira para a obtenção dessas vantagens competitivas. Supply Chain Management (SCM) O conceito de Supply Chain Management (Gestão da cadeia de Suprimentos) começou a ser desenvolvido no começo da década 1990. Esse conceito tem início na saída das matérias-primas dos fornecedores, passa pela produção, montagem e termina na distribuição dos bens finais aos clientes. Inclui considerações estratégicas como: foco na satisfação do cliente; na formulação e implementação de estratégias para retenção dos clientes atuais e a obtenção de novos, além de gerenciar a cadeia de forma eficaz. O desempenho do SCM depende basicamente de quatro fatores: Capacidade de resposta às demandas dos clientes. Qualidade de produtos e serviços. Velocidade, qualidade e timing da inovação nos produtos. Efetividade dos custos de produção e de entrega e utilização de capital. LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 15 Para finalizar, podemos dizer que o SCM é uma abordagem sistêmica,muito complexa, que implica em elevada interação entre os participantes, exigindo a consideração simultânea de diversos trade-offs, tanto internos quanto interorganizacionais. Objetivos básicos da SCM Um dos objetivos básicos da SCM é maximizar e tornar realidade as potenciais sinergias entre as partes da cadeia de suprimentos, de forma a atender ao consumidor final mais eficientemente através da redução dos custos e da adição de mais valor aos produtos finais. Dessa maneira, o gerente da cadeia de suprimentos deve: • Satisfazer rapidamente o cliente, criando um diferencial com a concorrência; • Minimizar os custos financeiros, usando menos capital de giro e os custos operacionais, diminuindo desperdícios e evitando atividades que não agregam valor ao produto: esperas, controles, armazenamentos, transportes etc. • Minimizar o lead time ao máximo, em função da eficácia da equipe de projeto, dos suprimentos na negociação com fornecedores e da velocidade de transição do projeto para a produção. Por fim, entendemos que para a SCM ter sucesso, alguns fatores são indispensáveis: • O foco intenso no cliente; • Os índices quantitativos de desempenho; • Os times interfuncionais; • O gerenciamento do fator humano; • O uso avançado de tecnologia de informação, sem a qual não há condições da sua implementação. LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 16 Outras atividades O conceito de Supply Chain Management (Gestão da cadeia de Suprimentos) ainda é uma exclusividade de algumas grandes empresas, já que poucas conseguiram a implementação total do SCM, tanto no Brasil quanto no exterior. Alguns autores afirmam que o conceito de SCM é mais do que o gerenciamento da supply chain e deve abranger outras atividades como: • Desenvolvimento de novos produtos; • Atividades de marketing; • Pesquisa e desenvolvimento para a formulação do produto; • Fabricação e logística para executar as operações; • Finanças para a estruturação do financiamento; • Compras e desenvolvimento de fornecedores. Essas atividades ainda não integram as funções tradicionais da logística, mas são críticas para a implementação do SCM. Atenção As empresas que conseguiram implementar o SCM com sucesso obtiveram ganhos fantásticos na sua operação pela redução de custos. A Walmart e a Dell Computers são bons exemplos. Entretanto, não podemos deixar de mencionar que a Nike é considerada um dos grandes fracassos na implantação do SCM. SCM: barreiras e alternativas Vimos que o SCM traz inúmeros benefícios para as organizações e agora entenderemos o motivo pelo qual poucas empresas o utilizam. LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 17 A implementação do SCM exige grandes mudanças, que acontecem no nível dos procedimentos internos e externos, no que diz respeito ao relacionamento entre os diversos participantes da cadeia de suprimentos. Procedimentos Internos Internamente é necessário quebrar as barreiras organizacionais no que diz respeito aos objetivos individuais em detrimento de uma visão sistêmica. O resultado do conjunto é mais importante do que o resultado das partes. Procedimentos Externos Externamente o SCM é responsável por uma importante mudança no paradigma competitivo: a competição no mercado ocorre não só nas cadeias produtivas, mas também nas unidades de negócios. Pressupõe, inclusive, a criação de unidades virtuais de negócios. Dificuldades na internacionalização das empresas No âmbito da logística internacional, lidamos com diversos sistemas cambiais, diversas moedas, políticas econômicas e tributárias, barreiras alfandegárias e não alfandegárias, incentivos, subsídios, infraestrutura, transportes, meios de comunicação e a diversidade de culturas específicas a cada país. As exigências para redução dos prazos de entrega são enormes e as diferentes combinações dessas variáveis determinam preços diferenciados. Além do fluxo físico de mercadorias, os negócios internacionais abrangem investimentos e produção industrial em diversas partes do planeta, com peculiaridades físicas, climáticas, no biótipo, cultura, religião, costumes, legislação. Essas diferenças, no mercado externo, podem alterar o produto, a embalagem ou mesmo as cadeias produtivas. Por outro lado, especificidades como xenofobia, legislação, protecionismo dos países as suas indústrias internas e a LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 18 concorrência tornam-se verdadeiros desafios que devem ser levados em consideração ao definir procedimentos logísticos específicos para cada mercado. O protecionismo, na forma de barreiras tarifárias, não tarifárias ou mesmo por meio de dumping, não deve ser ignorado. Vimos que o novo conceito logístico mudou a forma de fazer negócios e as empresas estão tendo que se adaptar à nova realidade. Sabemos que essas empresas enfrentam dificuldades. Sendo assim, vamos conhecer algumas das dificuldades das empresas candidatas à internacionalização? As empresas necessitam buscar fornecedores e clientes simultaneamente no cenário internacional. É preciso entregar seus produtos de acordo com as exigências de seus clientes e, por isso, devem estar preparadas para enfrentar: • Forte concorrência; • Clientes mais exigentes; • Prazos mais apertados; • Redução de custos; • Maior produtividade; • Melhor qualidade; • Protecionismo do país onde se encontram seus clientes; • Taxas e impostos aplicados aos produtos importados, como forma de protecionismo. LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 19 Atenção A especialização industrial e tecnológica em diferentes países tem possibilitado o aumento da produtividade gerando ganhos na economia de escala pela produção em massa de produtos padronizados. Os polos produtores, em função desses fatos, deslocam-se para novas regiões em busca de menores distâncias de distribuição, imóveis e serviços mais baratos, incentivos fiscais e mão de obra virgem (pronta para ser treinada), dentro de conceitos voltados para a prática da competitividade. Além de todos esses fatores, as empresas brasileiras que pretendem se internacionalizar necessitam observar as variáveis que funcionam como entraves e, portanto, são desafios à integração das cadeias logísticas: • Excessiva burocracia brasileira; • Distâncias geográficas; • Concorrer com conglomerados internacionais ou novos entrantes; • Rapidez da evolução tecnológica e o acelerado obsoletismo; • Estrutura de custos diferenciados por países ou regiões; • Aspectos ambientais, logística reversa, certificações específicas; • Necessidade de serviço pós-venda em qualquer lugar do planeta, pois os clientes tornaram-se mais exigentes. Adaptação das Forças de Michael Porter Você já deve ter ouvido falar nas Forças de Michel Porter. Elas foram adaptadas por Maasaki Kotabi e Christian Helsen para atenderem ao mercado internacional. Veremos, a seguir, como elas podem ajudar as empresas transnacionais nesta tarefa difícil da internacionalização. LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 20 Forças Políticas e Macroeconômicas Participação do país alvo em blocos econômicos; acordos comerciais (com o Brasil) e a possibilidade de enquadrar produtos nesses acordos; câmbio; peculiaridades da legislação e meio-ambiente etc. A interação da logística é com a equipe jurídica especializada em direito internacional. Forças do Mercado Global Informações obtidas pelo marketingsobre a demanda no mercado-alvo para projetar a economia de escala. Biótipo predominante para adaptar os produtos, se necessário. Cultura e religião predominantes (feriados, datas festivas etc), capazes de causar atrasos na logística. Clima e relevo que possam requerer modificações nas embalagens ou até determinar rotas alternativas para evitar rigores climáticos. Forças Tecnológicas Necessidade de novas tecnologias ou processos, alianças estratégicas, compartilhamento tecnológico e cruzamento de patentes. A logística caminha junto à engenharia. Forças de Custo Global Analisadas as demais forças, agora a logística irá tentar estabelecer relações com governos, obtendo vantagens competitivas de insumos e mão de obra em diferentes países, tais como incentivos, infraestrutura, para viabilizar reduções de custos. Estratégias Competitivas As empresas criaram algumas estratégias que servem de modelo para superar os desafios do atendimento aos mercados internacionais: Planos de contingência Elaborar planos alternativos para emergências. LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 21 Postponement Avançar a montagem final na cadeia de distribuição, possibilitando customizar produtos. Distribuição Definir canais e rede de distribuição, de forma a posicionar estoques. Trade-offs Padronizar componentes básicos e compensar custos conflitantes para ganhar economia de escala. Consolidação Definir o tamanho do lote econômico e consolidá-lo para embarque Fluxos e riscos Estabelecer a forma de escoamento, planejando os fluxos para minimizar riscos Atividade proposta Assista ao vídeo Logística e Supply Chain, disponível em nossa biblioteca, e responda: a) Considerando que os processos industriais da Supply Chain se encontram espalhados por diferentes países, como é possível cumprir cronogramas e reduzir custos? Chave de resposta: As empresas aproveitam o que cada país pode oferecer de mais vantajoso, para integrar de forma sistêmica os processos internacionais de suprimento, transformação e distribuição, gerando economia de escala através de parcerias com fornecedores detentores de tecnologia de ponta e especializados em manter o nível mínimo de estoques ao longo da cadeia de suprimentos, além de gerenciar todo o sistema via ferramentas específicas. LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 22 b) Na sua opinião (ela é muito importante nesta atividade), existe a necessidade de um plano “B”? Justifique a sua resposta com base nas estratégias competitivas. Chave de resposta: Sim existe necessidade de um plano “B” como nos mostram as estratégias competitivas, especificamente, a que nos fala sobre Planos de Contingências. Aprenda Mais Material complementar Para saber mais sobre os assuntos discutidos até agora, assista o vídeo “A nova posição do Brasil”, disponível em nossa biblioteca de vídeo. Referências • http://www.logisticadescomplicada.com/gestao-da-cadeia-de- suprimentos-%E2%80%93-conceitos-tendencias-e-ideias-para-melhoria/. Acesso em: 13 jun. 2014. • http://www.anpad.org.br/enanpad/2006/dwn/enanpad2006-golb- 2727.pdf. Acesso em: 13 jun. 2014. http://www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/documents/cneg4/anais/T 7_0071_0132.pdf. Acesso em: 13 jun. 2014. • http://www.administradores.com.br/producao-academica/ferramentas- de-supply-chain-management-para-a-otimizacao-de-estoques/994/. Acesso em: 13 jun. 2014. http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo /id/28. Acesso em: 28 jun. 2014 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 23 Exercícios de fixação Questão 1 O conceito de logística vem sendo alterado ao longo dos anos acompanhando a dinamicidade dos mercados e os avanços tecnológicos. Marque a única opção que não corresponde ao conceito de Logística Integrada ou Supply Chain a) Integração das diversas áreas envolvidas na produção. b) Dimensionamento e layout de armazéns. c) Alocação de produtos em depósitos, transportes (roteirização, dimensionamento de frota, de veículo) Distribuição, seleção de fornecedores e clientes externos. d) Controle somente de parte da cadeia de suprimentos. Questão 2 O fluxo de mercadorias, capitais e informações cruza as fronteiras, formando o ambiente de transações globais, onde a logística exerce um papel fundamental, operando no cenário concorrencial apresentado a seguir. Sinalize a única opção que não se encontra dentro deste contexto. a) Nações emergentes com sistemas de produção mais baratos para onde as empresas transnacionais deslocam suas fábricas. b) Protecionismo dos mercados pelos seus países, favorecendo a exportação e impondo barreiras à importação. c) Prazos mais apertados e consumidores mais exigentes. d) Redução das margens de lucro. e) A legislação ambiental e a logística reversa, ainda não são um fator relevante neste cenário concorrencial. Questão 3 Um dos fatores a ser considerado no desenvolvimento da Logística foi a constituição de acordos comerciais entre os países e a formação de blocos regionais. O Brasil faz parte de um destes blocos regionais que em muito contribuiu para o desenvolvimento do seu comércio internacional e da Logística. LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 24 Nas correlações abaixo, indique aquela que corresponde ao bloco a que se refere esta questão. a) Aliança do Pacífico → Zona de Livre Comércio b) Mercosul → União Aduaneira c) Nafta → Tratado de Livre Comércio d) União Europeia → Integração Econômica e) Comunidade Andina – CAN → União Aduaneira Questão 4 Nas opções apresentadas, marque a que melhor define o objetivo da LOGÍSTICA para se obter competitividade segundo o conceito da Supply Chain: a) Instalar escritórios em diferentes países e gerenciar as vendas internacionais. b) Oferecer aos clientes produtos e serviços com menor preço, no menor prazo e da melhor qualidade. c) Fazer pesquisas de mercado e treinar profissionais em Logística Internacional. d) Investir em novos equipamentos e utilizar Operadores Logísticos. e) Fazer acordos comerciais com os países vizinhos. Questão 5 O Protecionismo, prazos mais apertados, redução das margens de lucro, exigência de melhor qualidade e necessidade de pós-venda são variáveis relacionadas ao ambiente da logística e que se inserem como parte de: a) Formação de blocos regionais b) Nações emergentes com sistemas produtivos mais exigentes c) Negociações bilaterais para acordos de preferência d) Atual cenário de concorrência internacional e) Acordos bilaterais que facilitam as operações logísticas entre si Questão 6 A Logística Integrada pretende promover o fluxo contínuo: LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 25 (das alternativas abaixo, sinalize a que se encontra fora do contexto) a) Da entrada da matéria-prima (suprimento) b) Da fabricação do produto ou serviço (produção) c) Da saída deste produto para o mercado (distribuição) d) Sem interrupção do processo em nenhum dos pontos da cadeia de suprimentos (Supply Chain) e) Mantendo o estoque da empresa no seu ponto máximo Questão 7 As empresas para desenvolverem uma cadeia de suprimentos integrada, normalmente fazem a união de diversas cadeias. Assinale a opção que se encontra na ordem correta: 1. Criam uma cadeia de suprimentos interna; 2. Unem os fornecedores e os clientes; 3. Unem as cadeias interna e externa, formando a cadeia integrada de suprimentos daempresa; 4. formando uma cadeia de suprimentos externa; 5. Interligando os departamentos de compras, produção e distribuição. a) 1, 2, 3, 4, 5 b) 2, 3, 4, 5, 1 c) 4, 3, 2, 1, 5 d) 5, 4, 3, 2, 1 e) 1, 5, 2, 4, 3 Questão 8 Alguns autores dizem que o SCM é muito mais do que o gerenciamento da Supply Chain, deve abranger outras atividades como, por exemplo: (assinale a única opção que se encontra fora do contexto) a) O desenvolvimento de novos produtos b) As atividades de marketing, pesquisa e desenvolvimento para a formulação do produto c) Fabricação e logística para executar as operações LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 26 d) Compras e desenvolvimento de fornecedores para facilitarem a implementação do SCM e) Finanças para a estruturação do financiamento f) Compras e desenvolvimento de fornecedores porque facilitam a implementação do SCM Questão 9 O SCM é um conceito que tem início na saída das matérias-primas dos fornecedores, passa pela produção, montagem e termina na distribuição dos bens finais aos clientes. Inclui considerações estratégicas como: foco na satisfação do cliente; na formulação e implementação de estratégias para retenção dos clientes atuais e a obtenção de novos, além de gerenciar a cadeia de forma eficaz. Seu desempenho depende basicamente de seguintes fatores. Marque a única opção errada. a) Capacidade de resposta às demandas dos clientes b) Minimização do lead time c) Qualidade de produtos e serviços d) Velocidade, qualidade e timing da inovação nos produtos e) Efetividade dos custos de produção e de entrega e utilização de capital Questão 10 O foco intenso no cliente, os índices quantitativos de desempenho, os times interfuncionais, o gerenciamento do fator humano e o uso avançado de tecnologia de informação são fatores indispensáveis ao __________ do SCM. Complete com a expressão que mais se adequa ao sentido do texto. a) Desempenho b) Gerenciamento c) Sucesso d) Fracasso e) Planejamento LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 27 Questão 11 O cenário internacional agora é a sua praça, é aqui que as empresas necessitam buscar seus fornecedores e clientes simultaneamente. É aqui que elas necessitam entregar seus produtos de acordo com as exigências dos seus clientes. Elas devem preparar-se para enfrentar: (Assinale a única opção que se encontra fora do contexto) a) Forte concorrência e clientes mais exigentes b) Prazos mais apertados e redução de custos c) Maior produtividade e melhor qualidade d) Maior liberdade no comércio com aplicação de ações antidumping e) Protecionismo do país onde se encontrem os seus clientes Questão 12 As empresas brasileiras que pretendem internacionalizar-se necessitam observar as variáveis abaixo que funcionam como entraves e, portanto, desafios à internacionalização e à integração das cadeias logísticas. Qual das opções abaixo não condiz com a realidade brasileira? a) Excessiva burocracia brasileira e as distâncias geográficas b) Infraestrutura e procedimentos logísticos adequados às exigências dos novos cenários c) Concorrer com conglomerados internacionais e os aspectos ambientais, logística reversa, certificações específicas d) Rapidez da evolução tecnológica e o acelerado obsoletismo e) Necessidade de serviço pós-venda em qualquer lugar do planeta e estrutura de custos diferenciados por países ou regiões Questão 13 A teoria das forças de Michel Porter, no intuito de se adaptar às novas necessidades das Global Players no seu processo de internacionalização, foram adaptadas por Kotabi e Helsen. Preencha as lacunas com uma das opções abaixo: LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 28 Forças Políticas e Macroeconômicas: Participação do país-alvo em ________; acordos comerciais e a possibilidade de enquadrar produtos nesses acordos, câmbio; peculiaridades da legislação e meio-ambiente etc. A interação da _________é com a equipe jurídica especializada em direito internacional. a) Workshops internacionais/Supply Chain b) Ações Antidumping/Economia c) Blocos econômicos/Logística d) Feiras/Empresa e) Ações intergovernamentais/equipe financeira Questão 14 As global Players criaram algumas estratégias que servem de modelo para superar os desafios do atendimento aos mercados internacionais, as chamadas Estratégias Competitivas: Assinale a única opção fora do contexto. a) Planos de Contingência - Elaborar planos alternativos, para emergências b) Postponement - Avançar a montagem final na cadeia de distribuição, possibilitando customizar produtos c) Distribuição - Definir canais e rede de distribuição, de forma a posicionar estoques d) Trade-offs - Padronizar componentes básicos e compensar custos conflitantes para ganhar economia de escala e) Consolidação - Definir o tamanho do navio que transportará a carga Questão 15 Os principais e notórios desafios que as empresas brasileiras enfrentam ao se internacionalizarem são dois. Assinale a única opção correta: a) Dificuldades com idiomas/rejeição do Brasil no exterior b) Burocracia brasileira/distância geográfica c) Inexistência de serviços internacionais/preceitos religiosos brasileiros d) Preconceitos raciais/xenofobia e) Baixa qualidade dos produtos nacionais/restrições ambientais LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 29 Dumping: É uma palavra inglesa que deriva do termo "dump" que, entre outros, tem o significado de despejar ou esvaziar. A palavra é utilizada em termos comerciais (especialmente no Comércio Internacional), para designar a prática de colocar no mercado produtos abaixo do custo, com o intuito de eliminar a concorrência e aumentar as quotas de mercado. O dumping é frequentemente constatado em operações de empresas que pretendem conquistar novos mercados internacionais. Para isso, vendem seus produtos no mercado externo a um preço extremamente baixo, muitas vezes, inferior ao custo de produção. Lead Time: Tempo decorrido entre a emissão de uma ordem e o recebimento dos produtos. Compreende: tempo de preparação, tempo de fila, tempo de processamento, tempo de movimentação e transporte e tempo de recebimento e inspeção. Trade-off: Ato de escolher uma coisa em detrimento de outra. O trade-off provoca um conflito de escolha e uma consequente relação de compromisso, porque a escolha de uma coisa em relação à outra, implica não usufruir dos benefícios da coisa que não é escolhida. Acordos Bretton Woods: Os acordos criaram novas regras para os países industrializados como: estabelecer a língua inglesa como a língua das relações comerciais; definição taxas cambiais fixas ancoradas no dólar norte-americano, que passou a ser usado como moeda de referência no comércio internacional; criação do padrão-ouro com lastro. Blocos regionais: Os blocos regionais têm como objetivo aumentar a escala das operações comerciais entre os países-membros com produtos LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 30 padronizados, facilitar as operações logísticas nos seus territórios e estreitar os laços políticos e culturais. Eventos no mundo: • A queda do Muro de Berlim e a desagregação da União Soviética aumentaram as trocas comerciais entre Oriente e Ocidente; • O acesso à Tecnologia da Informação (TI) deu início a uma nova fase, com o uso do computador e suas facilidades; • Surgiram o Eletronic Data Interchange (EDI), o código de barras e os computadores pessoais; • Nasceu o conceito do Hub Port. IDH:Índice de Desenvolvimento Humano – relaciona três dimensões: riqueza, educação e esperança média de vida. É uma forma padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma determinada população. Infraestrutura: Terminais portuários, locais específicos para armazenagem etc. Medidas: O presidente Richard Nixon (EUA) sobretaxou as importações em 10% e suspendeu, unilateralmente, a conversibilidade do dólar, pondo um fim aos Acordos de Bretton Woods, com o objetivo de diminuir o déficit da balança comercial. O Japão iniciou a reforma da produção colocando em prática a filosofia JIT (Just In time), cujo crédito de desenvolvimento é atribuído à Toyota na década de 1950. Organização dos Países Exportadores de Petróleo: Em inglês: Organization of Petroleum Exporting Countries (OPEC). Plano Marshall: O objetivo do plano era reorganizar as indústrias e economias dos países, bem como recolocar o excedente de mão de obra LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 31 da Europa Ocidental e do Japão. A URSS (hoje Rússia) optou por ficar fora do plano. O plano ainda teve como finalidade a implantação das empresas norte-americanas no exterior, o que deu início das multinacionais. Os bens produzidos fora dos EUA tinham mão de obra barata e eram de boa qualidade, o que só fez aumentar as importações do país. Protecionismo: Uma teoria que prega um conjunto de medidas a serem tomadas pelos países para favorecerem as atividades econômicas internas, dificultando ao máximo, a importação de produtos e a concorrência estrangeira. É utilizada por praticamente todos os países, em maior ou menor grau. São medidas protecionistas: • Altas tarifas e normas técnicas de qualidade para produtos estrangeiros com a finalidade de reduzir a sua lucratividade; • Subsídios às indústrias nacionais, incentivando o desenvolvimento interno; • Fixação de quotas, limitando o número de produtos, a quantidade de serviços estrangeiros no mercado nacional, ou até mesmo o percentual que o acionário estrangeiro pode atingir em uma empresa. Tempo: O tempo gasto em cada etapa é um elemento indispensável nas relações cliente/fornecedor. LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 32 Aula 1 Exercícios de fixação Questão 1 - D Justificativa: Esta expressão está diretamente ligada à definição de logística, não ao novo conceito da Supply Chain que abrange toda a cadeia de suprimentos (não somente parte). Questão 2 - E Justificativa: Legislações ambientais mais exigentes não só em certificação, mas em alguns casos, com imposição de logística reversa já era um dos fatores concorrenciais enfrentado pelas Global Players e pela Logística. Questão 3 - B Justificativa: O Brasil participa somente de um bloco regional, o Mercosul, cujo estágio de formação é uma União Aduaneira. Questão 4 - B Justificativa: Este é um dos principais objetivos da Supply Chain. Questão 5 - D Justificativa: As variáveis mencionadas no corpo da questão fazem parte deste cenário. Questão 6 - E Justificativa: Esta alternativa não é um dos objetivos ou funções da Logística Integrada. Questão 7 - E Justificativa: Esta é a única opção que atende à organização das opções fornecidas na montagem da cadeia integrada de suprimentos da empresa. LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 33 Questão 8 - F Justificativa: Compras e desenvolvimento de fornecedores é um dos fatores mais críticos na implementação do SCM. Questão 9 - B Justificativa: Minimizar o lead time é uma das metas da gerência do SCM; não é considerado um dos fatores de desempenho do mesmo. Questão 10 - C Justificativa: O conteúdo da questão menciona os principais fatores que impactam no sucesso do SCM. Questão 11 - D Justificativa: Esta opção está fora do contexto porque a questão fala sobre as adversidades das empresas que pretendem internacionalizar-se e aqui se fala sobre o comércio no mercado interno. Questão 12 - B Justificativa: Esta opção não corresponde á realidade brasileira. O Brasil não tem uma infraestrutura adequada e nem procedimentos logísticos para atender à nova realidade do comércio internacional. Questão 13 - C Justificativa: As forças políticas e macro econômicas de Porter tratam das ações da empresa a nível internacional. As demais opções não estão diretamente ligadas ao conceito desta Força. Questão 14 - E Justificativa: A consolidação define o tamanho do lote do produto e não o seu meio de transporte. LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 34 Questão 15 - A Justificativa: As outras opções não correspondem aos desafios da internacionalização das empresas brasileiras.
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