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ARTE NA IDADE MÉDIA CONTEXTO HISTÓRICO - ARTE ROMÂNICA O período conhecido como Idade Média ou Idade das Trevas iniciou-se em 476 e terminou em 1453. No contexto histórico que começou a Europa, o Império Romano do Ocidente sofreu uma invasão bárbara, no século V, e houve uma decadência da cultura. Seus princípios eram diferentes dos pregados na arte greco-romana e essa arte se baseou no decorativismo, sem nenhuma preocupação com figuras humanas. Até o governo de Carlos Magno a cultura greco- romana quase desapareceu. Com a queda do Império, a igreja começou a exercer influência sobre o Estado e o governo ficou nas mãos de Carlos Magno, um imperador do Ocidente, coroado pelo papa Leão III. No Império Carolíngio foram produzidos manuscritos ilustrados e objetos de arte, criados nas oficinas relacionadas ao rei. A Igreja Católica teve bastante influência na arte medieval. Ensinamentos da Bíblia eram reproduzidos nas pinturas, nos vitrais das igrejas, em livros e esculturas. Eles eram criados para ensinar a população sobre religião, pois grande parte da população era analfabeta, sendo a educação, um privilégio apenas da nobreza. Depois da morte de Carlos Magno, as atividades culturais deixaram de ser o centro do Império, sendo realizadas apenas nos monastérios. Os principais povos germânicos que invadiram o Império Romano foram os hunos, os vândalos, os visigodos, os ostrogodos, os francos, os lombardos e os anglo-saxões. Em alguns momentos, eles conseguiram alcançar a cidade de Roma, saqueando a cidade e buscando destruí-la. PINTURA ROMÂNICA A arte na idade média possui duas vertentes: a românica e a gótica. O românico prevaleceu por toda a alta idade média, mas na última fase do período medieval aparece o gótico, uma arte de raiz germânica. Na pintura gótica, a arte medieval começa a ganhar novas características que prenunciam o renascimento. ↝ PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS A pintura tinha um objetivo primordial: sensibilizar. Não precisava ser fiel à realidade, mas precisava transmitir os conhecimentos religiosos. Este era o caráter imbuído em todos os tipos de obra deste período. Portanto, a pintura cumpria seu papel. Encantava utilizando prevalência de desenhos com cores fortes e vivas, sem obedecer a proporções, fugiam da padronização anatômica, optando pela geometrização dos corpos. Os principais trabalhos são a pintura parietal e afresco (eram dependendo da arquitetura), as iluminuras e os mosaicos. ARQUITETURA ROMÂNICA A arquitetura medieval foi desenvolvida durante o período da Idade Média, ou seja, entre os séculos V e XV. Foi um longo período da história em que prevaleceu os estilos românico e gótico. Uma vez que a Idade Média esteve essencialmente controlada pela religião e o poder da Igreja, as obras arquitetônicas religiosas cristãs dessa época expressam essa característica, com diversas construções como igrejas, catedrais, basílicas, mosteiros, dentre outros. Além disso, muitos castelos foram erigidos no contexto feudal e teocêntrico do medievo. ↝ PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Paredes lisas quase sem decoração, aberturas raras e estreitas, arco pleno, plantas em cruz, abóbodas de berço, ambientes sóbrios, torres baixas e largas e rosáceas QUEM ERAM OS POVOS BÁRBAROS? Os bárbaros eram povos germânicos que não habitavam o império romano. Entre eles estão os francos, os lombardos, os hunos, os visigodos, os vikings e os ostrogodos. cada povo possuía política e organização social própria. a expressão surgiu entre os gregos antigos, que chamavam de bárbaro qualquer estrangeiro. POR QUE OCORRERAM AS INVASÕES BÁRBARAS? A desordem política e a disseminação do cristianismo foram dois fatores que, somados às Invasões Bárbaras, foram responsáveis pela crise do Império Romano. Esse processo de ocupação foi realizado pelos bárbaros, povos que eram assim chamados pelos romanos por viverem fora dos territórios do Império e não falarem latim. ARTISTAS INFLUENTES Duccio dipinto Buoninsegna foi provavelmente o mais influente artista de Siena do seu tempo, a figura mais importante da chamada Escola Sienesa. Considera-se que Duccio teve grande influência na formação do estilo chamado Gótico Internacional e que influenciou Simone Martini e os irmãos Ambrogio e Pietro Lorenzetti, entre outros. Seu grande rival na época foi Giotto, mestre da Escola Florentina. AQUITETURA ROMÂNICA É dado o nome de arquitetura românica para aquela desenvolvida no final do séc. XI e XII na Europa. O edifício mais típico dessa arquitetura eram as igrejas, que seguiam a planta de uma basílica (construção tipicamente romana empregada como igreja em diversos estilos arquitetônicos). Acredita- se que essa arquitetura começou com o renascimento carolíngio, também chamado de Renovação Romana empreendida por Carlos Magno, podendo traçar assim o progresso da arquitetura medieval religiosa do ocidente. Essa arquitetura adotou a planta basílical com cruz latina como principal tipo de planta para as igrejas, porém há um outro tipo, menos utilizada, que é a planta centralizada de cruz grega, influência oriental, que podia ser hexagonal, octogonal ou circular; e para muitas pessoas da época era inviável. ESCULTURA ROMÂNICA Da mesma forma que na pintura românica, as esculturam românicas eram produzidas para adornar os locais sagrados. Por isso, a grande temática girava em torno da religiosidade, visto que nesse período o teocentrismo (Deus como centro do mundo) foi uma forte característica. Eram esculturas anti-naturalistas e normalmente representadas por figuras entalhadas nas paredes das igrejas. Alguns relevos também enfeitavam as fachadas. A escultura românica, embora sempre de uma imaginação excepcional, está ao serviço da arquitetura. A escultura surge, principalmente, para decorar os elementos principais dos edifícios. Decoração essa, que já não é entendida como fim em si mesma, mas sim com o objetivo didático, para instruir os que a veem. Por exemplo, na porta das igrejas a área mais ocupada pelas esculturas era o tímpano, nome que recebe a parede semicircular que fica logo abaixo dos arcos que arrematam o vão superior da porta. As esculturas eram imitação de formas rudes, curtas ou alongadas, ausência de movimentos naturais. CONTEXTO HISTÓRICO - ARTE GÓTICA A arte gótica designa uma fase da história da arte ocidental, identificável por características muito próprias de contexto social, político e religioso em conjugação com valores estéticos e filosóficos e que surge como resposta à austeridade do estilo românico. O estilo Gótico desenvolveu-se na Europa, principalmente na França, durante a Baixa Idade Média e é identificado como a Arte das Catedrais. A partir do século XII a França conheceu transformações importantes, caracterizadas pelo desenvolvimento comercial e urbano e pela centralização política, elementos que marcam o início da crise do sistema feudal. No entanto, o movimento a arraigada cultura religiosa e o movimento cruzadista preservavam o papel da Igreja na sociedade. PINTURA GOTICA Na pintura, o estilo Gótico surgiu cerca de um século depois da primeira catedral desse mesmo estilo em Chartres (XII). Em contraste com o estilo Bizantino e Românico, o estilo Gótico apresenta uma característica cada vez mais realista. Mesmo assim é extremamente difícil definir a transição do Românico para o Gótico e, posteriormente, do Gótico para o Renascimento. A mentalidade medieval do fascínio pela paixão de Cristo é o principal tema do gótico pictórico,que tem como centro temporal de 1250 a 1450, vindo a desenvolver- se inicialmente na Itália. Enquanto a França e península Ibérica privilegiavam a miniatura e a ilustração de livros, na Itália já se preocupavam com o espaço e a tridimensionalidade da obra. ↝ PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS - Naturalismo cada vez maior; - Afrescos; - Painéis; - Iluminura de manuscritos e; - Vitrais AQUITETURA GÓTICA A arquitetura gótica foi desenvolvida a partir das construções do estilo românico, muito difundido anteriormente. A arquitetura românica caracterizava-se por abóbodas arredondadas sustentadas por arcos semicirculares. Em razão dessas características, as construções românicas necessitavam de pesadas e grandes estruturas para manterem-se de pé. Os grossos pilares de pedras garantiam essa sustentação, mas limitavam a altura das construções e dificultavam a entrada de luz, em decorrência da necessidade de manter as paredes. PINTURA GÓTICA A pintura da era das catedrais góticas é subdividida em períodos: o primeiro era caracterizado como linear; seguido pelo estilo bizantino da escola de Siena; pelo de influências italianas; depois o internacional; e, por último, de predomínio do borgonhês e do flamengo. Na escola de Siena, a pintura era mais conservadora e fiel as formas Bizantinas e apresentava grande devoção à figura da Virgem Maria. Posteriormente, surgiu a escola de Florença, que não se importava muito com o misticismo e se preocupava mais com o realismo das obras, Giovanni Cimabue e Giotto di Bondone foram os principais representantes dessa época. Giotto trouxe um realismo muito forte para a pintura da época, mas, após sua morte, a escola florentina se mostrou incapaz de prosseguir os avanços pictóricos desse artista, logo então houve um retorno do estilo Siena, e as escolas e pintura européias apresentavam estilos quase idênticos. Em razão desta similaridade, os historiadores denominam esta fase como Gótico internacional. As pinturas deste período são caracterizadas pela influência das cores vivas nas iluminuras góticas. As cortes européias preferiam a contemplação de uma realidade exótica, contrastante e detalhista. Tal ânsia pela ornamentação foi visível na pintura flamenga, própria dos Países Baixos, durante o século XV. Muitas das obras flamengas já apresentavam linhas que se aproximavam às leis de perspectiva do Renascimento. Jan Van Eyck aperfeiçoou a técnica da pintura a óleo e trouxe um realismo nunca visto antes. A burguesia era a principal impulsionadora da escola flamenga. Surge, então, o retratismo. A pintura passa a ter influência das intenções pessoais do cliente, trazendo uma individualidade aos quadros, o que se contrapõe ao estilo anterior, o estilo internacional. Começam a surgir os artistas chamados pré-renascentistas. Há um interesse pelo estudo da anatomia humana e pelo volume. Os artistas do "quatrocentos" costumam ser divididos em dois grupos: inovadores e conservadores. Os primeiros estavam interessados na perspectiva, na anatomia humana e animal, enquanto o segundo grupo preocupava-se mais com a composição do quadro. Para sustentar esses arcos, as grandes colunas de sustentação não eram mais necessárias. Era possível conseguir a sustentação com colunas mais finas, formadas por nervuras e feixes de pedra que davam uma maior sensação de leveza à construção. Além dessas estruturas de sustentação mais leves, foram desenvolvidos os chamados arcobotantes nas paredes externas, utilizados para sustentar o peso da abóboda da nave central por sobre os tetos das naves laterais. Com a primeira aparição na França, a arquitetura gótica é uma evolução da arquitetura romana e surgiu durante as cruzadas à Terra Santa. Com o intuito de elevar a humanidade aos céus, estando ao lado de Deus, esse estilo durou 400 anos, antes de ceder lugar a arquitetura Clássica do Renascimento Italiano. As catedrais posteriores não desabaram por conta de um artifício muito engenhoso da época que o elemento arquitetônico fundamental do estilo: os ARCOBOTANTES. Arcobotantes são suportes exterior que permitem tirar o peso da parede de forma elevá-las a grandes altitudes e decorá-las com enormes vitrais coloridos, outros artifícios exercem a mesma função, são os Arcos Ogivais, cruzados que distribuem o peso das abóbodas. Outros elementos arquitetônicos góticos são as gárgulas: vitrais; abóbodas; coro e transepto elevados. As gárgulas, tem a função de escoar as águas da chuva de forma que ela não escorra pelas paredes para não danificar a mesma. ESCULTURA GÓTICA A escultura do Gótico representa a segunda grande escola internacional de escultura europeia a florescer na Idade Média, entre aproximadamente meados do século XII e do XVI, evoluindo a partir da escultura românica e dissolvendo-se na escultura do Renascimento e do Maneirismo Quando os valores clássicos voltaram a ser apreciados no Renascimento a escultura dos séculos imediatamente anteriores foi vista como disforme e rude, sendo-lhe dado o nome de gótica, já que se acreditou que era fruto da cultura dos godos, povos tidos como bárbaros e supostos responsáveis pelo desaparecimento do Império Romano. Mas os que viveram durante o período Gótico jamais deram esse nome a si mesmos e tampouco se consideravam bárbaros. Ao contrário, em seu aparecimento a arte gótica foi vista como inovadora e foi chamada de opus modernum (trabalho moderno), sendo a escultura uma das suas mais importantes e sofisticadas expressões. Mas a apreciação negativa perdurou até meados do século XIX, quando surgiu um movimento revivalista, chamado Neogótico, que recuperou seus valores, e modernamente se sabe que a arte gótica de fato nada tem a ver com os godos, mas a denominação permaneceu, consagrada pelo uso A escultura gótica nasceu intimamente ligada à arquitetura, sendo o resultado da decoração das grandes catedrais e outros edifícios religiosos, mas eventualmente ganhou independência e passou a ser trabalhada como uma arte autônoma. ARCO ORGIVAL Para superar essa limitação, os arquitetos normandos que inicialmente desenvolveram a arquitetura gótica desenvolveram uma técnica que tornava mais leves as estruturas. Note-se que tais estilos arquitetônicos foram desenvolvidos principalmente para a construção dos templos religiosos católicos. No caso da arquitetura gótica, as construções ocorreram principalmente nas catedrais, as igrejas próprias dos bispos (cathedra significa trono do bispo). Diferentemente da arquitetura românica, os arquitetos do estilo gótico desenvolveram as abóbodas ogivais, o que dava uma maior dimensão às naves centrais e laterais das catedrais. Para sustentá-las, foram construídos arcos de sustentações das abóbadas não em formato de semicírculo, mas sim arcos ogivais, formados a partir da junção de dois seguimentos de círculos. Tal inovação possibilitou aumentar a altura das construções, já que a técnica permitia uma maior flexibilidade de tamanho.
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