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DISCIPLINA: PROJETO INTEGRADOR i VALÉRIO TOMÉ JÚNIOR objetivos Propiciar ao aluno a formação de uma mentalidade na prática assistencial pautada nos princípios da cidadania, no reconhecimento da autonomia dos usuários, na interação com a população e com a equipe de saúde, na busca de soluções para os problemas identificados e no envolvimento com os resultados da assistência Propiciar ao aluno reconhecer a história social da doença e o Programa de Saúde da Família como modalidade de assistência à saúde. objetivos Propiciar a ampliação dos cenários de ensino-aprendizagem e da tradução da prática educacional na rede de serviços básicos de saúde Promover o desenvolvimento de habilidades e padrões de comportamento voltados para o envolvimento com os problemas de saúde da comunidade no plano individual e coletivo e na relação profissional/usuário baseada na alteridade e na responsabilidade social objetivos Deslocar o eixo central do ensino da idéia exclusiva da doença, incorporando noção integralizadora do processo saúde/doença e da promoção da saúde, com ênfase na atenção básica; Favorecer a adoção de metodologias pedagógicas ativas e centradas nos estudantes, visando prepará-los para a auto-educação permanente num mundo de constante renovação da ciência. objetivos Estimular o aluno a ter uma visão crítica da realidade, que perceba a importância social de ser um profissional da saúde e, portanto, capaz de tomar decisões que transformem a realidade para o benefício da população Estabelecer, de forma sistemática e auto-sustentável, protocolos de cooperação entre a Faculdade , as Secretarias Municipais de Saúde do entorno da mesma através de gestores municipais do SUS, a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação. PROGRAMA Introdução à Odontologia Vivência: observação da sociedade Sistema Único de Saúde Processo saúde-doença-cuidado Promoção da saúde Postura Profissional Humanização e acolhimento Educação em Saúde BIBLIOGRAFIA Bibliografia básica: BOTAZZO, Carlos. Da arte dentária. São Paulo: Hucitec, 2000. PINTO, Vitor Gomes. Saúde bucal coletiva. 6.ed. São Paulo: Santos, 2013. ROUQUAYROL, Maria Zélia; ALMEIDA FILHO, Naomar. Epidemiologia & saúde. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2003. SILVA, Andréa Neiva da; SENNA, Marcos Antônio Albuquerque de.Fundamentos em saúde bucal coletiva. 1.ed. Medbook. 2013. BIBLIOGRAFIA Bibliografia complementar: ALMEIDA FILHO, Naomar de; ROUQUAYROL, Maria Zélia. Introdução à epidemiologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. DIAS, Aldo Angelim. Saúde bucal coletiva. São Paulo: Santos Ed., 2006. FREITAS, Fernanda Natrieli de. Promoção e prevenção em saúde bucal. São Paulo: Érica, 2014. KRIGER, Léo (Coord.). Promoção de saúde bucal. 3.ed. São Paulo: Artes Médicas, 2003. MONTENEGRO, Melissa Figueiredo; CRUZ, Roberval de Almeida. Promoção de saúde bucal em pacientes ortodônticos. Rio de Janeiro: Santos, 2013. CONCEITO ODONTOLOGIA É a ciência que estuda, diagnostica e trata o órgão dental, seus tecidos de sustentação, o aparelho estomatognático, estruturas craniofaciais associadas e suas relações Para conhecer uma profissão é essencial que se saiba sobre sua origem e seu desenvolvimento até os dias atuais. Entender esse processo evolutivo é importante para nossa formação, entender como a odontologia floresceu no mundo. COSTUMA-SE DIVIDIR A HISTÓRIA DA ODONTOLOGIA EM 5 PERÍODOS HISTÓRICO 1º Período: da pré-história até o ano 1000 O ambiente de trabalho está intimamente ligado aos tempos e ao grau de desenvolvimento da época em que a atividade é exercida. Uma vez que o próprio homem iniciou a sua existência ao livre, e foi aí também que tiveram início as suas primeiras ocupações, seus ofícios, ou melhor, suas profissões, termo que naquele momento, seria demasiadamente pretensioso e até mesmo inexato. Isto ocorreu também na Odontologia. HISTÓRICO 1º Período: da pré-história até o ano 1000 A Odontologia, denominada em seus primórdios como Arte Dentária, nasceu na Pré-História, porém seus registros mais antigos datam de 3500 a.C., na Mesopotâmia, onde é possível observar, nas inscrições da época, uma menção do que seria o verme responsável pela destruição da estrutura dentária, o gusano dentário Rosenthal (2001) HISTÓRICO 1º Período: da pré-história até o ano 1000 achados arqueológicos dão conta de que, em 2750 A. C. já se observou procedimentos cirúrgicos realizados em uma mandíbula. HISTÓRICO 1º Período: da pré-história até o ano 1000 assim como na Medicina, as afecções de competência da Odontologia eram tratadas por meio da religião e da magia, sendo utilizadas orações e fórmulas para destruir tal verme: Rosenthal (2001) HISTÓRICO 1º Período: da pré-história até o ano 1000 delimitam que a profissão odontológica foi construída no decorrer dos tempos, primeiramente exercida por sacerdotes e médicos para, a seguir, ser relegada às mãos de charlatões, até encontrar um segmento profissional que se dedicasse a ela. Almeida, Vendúsculo e Mestriner-Junior (2002) HISTÓRICO 1º Período: da pré-história até o ano 1000 As primeiras documentações terapêuticas sobre as infecções da cavidade bucal são encontradas nos papiros egípcios, sendo que a Medicina egípcia pode ser situada entre a concepção demoníaca e sobrenatural dos povos mesopotâmicos e a interpretação racional e científica que nasceu na escola de Hipócrates. Rosenthal (2001), HISTÓRICO 1º Período: da pré-história até o ano 1000 a Odontologia na velha Grécia apresenta-se através de duas figuras: Asclépio, o deus da Medicina e Hipócrates, o fundador da Medicina Científica. Almeida, Vendúsculo e Mestriner-Junior (2002) expõem que Hipócrates, o “Pai da Medicina”, escreveu, em seus estudos, aspectos relacionados à Odontologia, tais como a doença cárie dentária, a má-oclusão, os abscessos entre outros. HISTÓRICO 1º Período: da pré-história até o ano 1000 Para a formação da Arte Dentária Romana, há a colaboração grega e egípcia, sendo de notável importância a Lei das XII Tábuas, cerca de quatro séculos antes de Cristo, onde havia permissão para o emprego do ouro em trabalhos dentários, sendo o mesmo negado para outros fins Cunha (1952) HISTÓRICO 2º Período: odontologia da Idade Média e os Árabes – 1000 A 1728 Em 1363, Guy Chauliac foi o primeiro a utilizar o termo dentista e advogava que deveriam ser os dentistas a extraírem os dentes, O manuscrito médico inglês mais antigo foi o "Guy de Chauliac's surgery", de 1460. LONDRES 1360-1375 1568 CARAVAGGIO 1571-1610 AGRICULTOR NO DENTISTA JOHANN LISS 1616-1617 HISTÓRICO 2º Período: odontologia da Idade Média e os Árabes – 1000 A 1728 houve nesse período a busca de desenvolvimento de fórceps que facilitassem as exodontias, pois os alicates existentes na época desencadeavam fraturas variadas HISTÓRICO 3º Período: de Pierre Fauchard à descoberta do trépano a pedal 1728-1871 Em 1728, na França, o médico Pierre Fauchard (1678-1761), com seu livro: "Le Chirurgien Dentiste au Traité des Dents", revoluciona a Odontologia, inovando conhecimentos, criando técnicas e aparelhos, sendo juntamente cognominado o "Pai da Odontologia Moderna" PIERRE FAUCHARD 1678-1761 PAI DA ODONTOLOGIA MODERNA HISTÓRICO 3º Período: de Pierre Fauchard à descoberta do trépano a pedal 1728-1871 Claude Mouton, em 1746, publicou o primeiro trabalho relacionado à prótese, descrevendo a confecção de faceta em ouro para esmalte em dentes anteriores, e o uso de grampos para próteses parciais. Em 1754, Lecluse idealizou uma alavança especial para extração dos terceiros molares inferiores. HISTÓRICO 3º Período: de Pierre Fauchard à descoberta do trépano a pedal 1728-1871 A profissão evoluiu em vários setores, sendo que em 1756, Philip Pfaff publicou o primeirolivro da Odontologia alemã, onde ensinava o preparo de modelos de gesso, após a moldagem, para confecção da prótese dentária; esse profissional praticou o capeamento pulpar. Próximo ao final do século, surgiu uma inovação, a dos dentes em porcelana. HISTÓRICO 3º Período: de Pierre Fauchard à descoberta do trépano a pedal 1728-1871 difundiu-se o costume do atendimento na residência do dentista, surgindo os primeiros consultórios JOSIAH FLAGG 1790-1812 no século XIX, a Odontologia projeta-se, chegando à América, devido a três eventos importantes, todos nos Estados Unidos da América: a fundação da Society of Dental Surgeons em Nova York; a criação da primeira escola especializada na prática dental da América, a Escola de Odontologia de Baltimore; a publicação do primeiro jornal especializado, The American Journal of Dental Science UMB DENTAL SCHOOL-1840 Horace Wells (1815 - 1848) HISTÓRICO 3º Período: de Pierre Fauchard à descoberta do trépano a pedal 1728-1871 Horace Wells (1815 - 1848) em 1846 Introduziu o Óxido Nitroso como anestésico Em 1864, de forma póstuma, a Associação Dental Americana reconheceu Wells como o descobridor da anestesia moderna, e a Associação Médica Americana fez o mesmo em 1870. Em Place des États-Unis, Paris, foi erigido um monumento em sua memória. HISTÓRICO 3º Período: de Pierre Fauchard à descoberta do trépano a pedal 1728-1871 William Thomas (1846) introdução do Éter HISTÓRICO 4º Período: do trépano a pedal à alta-rotação 1871-1956 Em 1872 a S. S. White Company colocou no mercado o primeiro motor elétrico, que havia sido inventado por George Green, abrindo caminho para um grande desenvolvimento em todos os países. Apenas no final de 1800 C. Edmund Kells introduziu a eletricidade em seu consultório. HISTÓRICO 4º Período: do trépano a pedal à alta-rotação 1871-1956 a partir de 1884 – anestesia local KARL KOLLER Após a descoberta de Koller em 1884, da anestesia tópica da cocaína, a anestesia local foi aos poucos substituindo a anestesia geral em Odontologia, dando início à anestesia local contemporânea, utilizando a procaína. COLUMBIA UNIVERSITY COLLEGE OF DENTAL MEDICINE - 1917 HISTÓRICO 5º Período: as especialidades odontológicas 1956-atualidade Em 1956, o sueco Ivor Norlén patenteou nos Estados Unidos a turbina a ar, que atingia velocidade de 70.000 rpm. A peça de mão de Page-Chayes, introduzida em 1958, foi a primeira peça angulada para funcionar com sucesso acima de 10.000 rpm. A S. S. White Company introduziu o Borden Airotor, em 1957, a primeira peça de mão a ar de sucesso clínico que atingia a velocidade de 300.000 rpm. odontopediatria CIRURGIA BUCO-MAXILO FACIAL ODONTOLOGIA LEGAL ORTODONTIA ORTOPEDIA FUNCIONAL DENTÍSTICA PRÓTESE IMPLANTODONTIA PERIODONTIA ENDODONTIA SAÚDE COLETIVA PATOLOGIA HISTÓRIA DA ODONTOLOGIA NO BRASIL Século XVI "Barbeiro" e "Sangrador" são termos empregados até meados do século XIX e que serão citados em vários momentos no decorrer da História. Aprendiam as atividades com alguém mais experiente e agiam sem licença profissional. Barbeiro: Além de cortar e pentear os cabelos e barbear, fazia curativos em vários tipos de machucados e, operações cirúrgicas pouco importantes. Por terem adquirido grande habilidade manual, passaram a atuar na boca, fazendo também extrações dentárias, porque muitos cirurgiões, por receio e desconhecimento não intervinham. Sangrador: realizava sangrias (retirava o sangue), prática muito comum através de sanguessugas e ventosas. ventosa é um vaso cônico de vidro ou de metal que se aplica sobre a pele e no interior do qual se rarefaz o ar com estopa queimada ou por outros processos, afim de determinar uma violenta aspiração que produzia uma revulsão na parte do corpo a que se aplica. Até o século XVII não havia na legislação portuguesa, lei regularizando a prática da arte dentária. Somente através da Carta Régia de 9 de novembro de 1629, foi elaborado e assinado um regimento para o "officio de cirurgião mór" em 12 de dezembro de 1631: deveriam visitar e examinar, instituindo multa às pessoas que tirassem dentes sem licença, incluindo dessa forma os barbeiros, sangradores e "pessoas que tirem dentes". Parece que sangrador e tiradentes, ofícios acumulados pelos barbeiros, eram coisas que se confundiam, podendo o sangrador também tirar dentes. Século XVIII Aparecem os primeiros vestígios de legislação brasileira, regularizando o exercício da arte de curar em todos os seus ramos, continuando a serem respeitadas as leis do antigo reino. alguns historiadores destacam a Europa como o berço da prática Odontológica, surgindo naquela região os primeiros escritos sobre essa Ciência. Em 1728, na França, o médico Pierre Fauchard (1678-1761) TIRADENTES 1746-1792 “PATRONO DA ODONTOLOGIA” Século XVIII 1782-Real Junta de Proto-Medicato – exame e expedição de cartas e licenciamento das “pessoas que tirassem dentes”. fato de notável importância no período foi a extinção dos cargos de Cirurgião-Mor e Físico-Mor para a criação da Real Junta de Protomedicato, pela Rainha de Portugal, D. Maria I, em 17 de Junho de 1782. As licenças e cartas passaram a ser emitidas por tal órgão que era composto de sete deputados, médicos e cirurgiões aprovados e possuindo mandatos com duração de três anos Século XVIII em 23 de maio de 1800 o “Príncipe Regente Nosso Senhor” mandou executar o plano de exames. Mecanismo burocrático necessário para que o “dentista” torne-se apto a desempenhar a profissão. Este é o início da arte dentária como profissão autônoma no Brasil na época não havia um diploma de médico que permitisse exercer todos os ramos da ciência. Século XIX com a vinda da corte de Portugal para o Brasil em 22 de Janeiro de 1808, ocorre um surto de progresso nas mais diversas áreas, dentre elas a Odontologia. Cria-se, em 18 de Fevereiro de 1808, a Escola de Cirurgia da Bahia, no Hospital São José; Século XIX como não vinham novos cirurgiões de Portugal ou porque a demanda tivesse aumentado, a “arte de tirar dentes” foi sendo assumida pelos escravos e pelos negros alforriados, sendo considerada uma atividade menos importante. Era hábito, então, ao que parece, certos escravos, de senhores poderosos, alugarem-se ou trabalharem no seu ofício para estranhos, conseguindo desse modo a quantia suficiente para comprarem a sua alforria. Século XIX Na época, para moralizar a atividade ante as inúmeras queixas contra os profissionais, a carta de barbeiro citava que este não poderia tirar dentes sem ser examinado e não poderia sangrar sem ordem de médico ou cirurgião aprovado. Arrancar dentes era um direito inconteste do sangrador, cuja carta era análoga à de barbeiro. Século XIX Em 07 de março de 1808, a família real chega ao porto do Rio de Janeiro e o cirurgião-mor começou licenciando os profissionais da Côrte, estendendo a fiscalização por todo o reino. Século XIX As Cartas eram semelhantes às expedidas aos barbeiros bahianos. Assim como lá, barbeiros e sangradores eram pessoas normalmente escravos ou forros, utilizando enferrujadas e infectadas "chaves de Garengeot", que extraiam os dentes dos escravos e dos brancos mais humildes, com técnicas desorientadas, causando traumatismos nos dentes, lábios, queixo, língua, tecidos da boca e com manobras intempestivas, tirando também dentes próximos aos que realmente havia necessidade. Jean Baptiste Debret (1768 -1848) Século XIX A extinção da Real Junta do Protomedicato, em 07 de Janeiro de 1809, retornando o controle das licenças para o Físico-Mor e para o Cirurgião-Mor com a colaboraçãodos seus delegados e sub-delegados. Em 1811 foi expedida a primeira carta de dentista, depois da instalação da sede do reino no Brasil, que dava o direito apenas de "tirar dentes" e Não fazia alusões a outras operações cirúrgicas ou protéticas. Essa era a situação do dentista, nos primeiros anos do governo de D. João VI no Brasil. As leis que cuidavam do ensino da cirurgia, conforme o "plano de estudos de cirurgia", aprovado pelo decreto de 1 de abril de 1813, nada adiantavam à arte dentária. Os dentistas tinham conhecimentos rudimentares, sem escolas, sem cursos. Nada lhes era exigido para conseguir a carta da profissão de tirar dentes, nem mesmo saber ler. A profissão de dentista se bipartia; as operações cirúrgicas tinha sua licença dependendo do cirurgião-mor e, os curativos nos dentes com licença dependendo do físico-mor, ou seja, a parte médica da profissão. Finalmente, em 1820, foi concedido ao francês Doutor Eugênio Frederico Guertin, a primeira carta a um dentista mais evoluído, porque era diplomado em Paris, para exercer sua profissão no Rio de Janeiro, recebendo permissão para extrair dentes, praticar todas as operações necessárias ao ramo, fazer curativos, etc., atingindo elevado conceito, atendendo a maior parte da nobreza, inclusive D. Pedro II e familiares. Publicou em 1819 "Avisos Tendentes à Conservação dos dentes e sua Substituição", sendo, ao que tudo indica, a primeira obra de Odontologia feita no Brasil. Depois, outros dentistas franceses vieram, trazendo o que havia de melhor na Odontologia Mundial. Em 1 de junho de 1824, Gregório Raphael Silva, recebeu a primeira carta de dentista após a Independência do Brasil. No dia 30 de agosto de 1828, D. Pedro I (1798-1834) suprime o cargo de cirurgião-mor, cujas funções passaram a ser exercidas pelas Câmaras Municipais e Justiças Ordinárias. Os dentistas franceses se destacaram de 1820 a 1850, porém, a partir de 1840, começam a chegar dentistas dos Estados Unidos da América, principalmente durante o período referente à Guerra da Secessão (1861-1865), os quais rapidamente passam a suplantar os franceses. Em 1850 é criada a Junta de Higiene Pública, que possibilitou à medicina uma enorme evolução, principalmente pelas medidas saneadoras. Mentes mais lúcidas procuraram a melhoria do ensino e normas um pouco mais criteriosas e moralizadoras àqueles que desejassem praticar a medicina e a Odontologia. Em setembro de 1869, surgiu a primeira revista odontológica: "Arte Dentária". Nesta época, muitos brasileiros foram estudar nos Estados Unidos, devido à liderança na área da evolução técnica e científica mundial. O decreto lei nº 8024 de março de 1881, art. 94 do Regulamento para os exames das Faculdades de Medicina diz: "Os cirurgiões-dentistas que quiserem se habilitar para o exercício de sua profissão passarão por duas séries de exames: - O primeiro de anatomia, histologia e higiene, em suas aplicações à arte dentária, e o outro de operações e próteses dentárias". Vicente Cândido Sabóia, Visconde de Sabóia, que assumiu a direção da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 23 de fevereiro de 1880, atualizou o ensino tanto material como cientificamente, criando laboratório de cirurgia dentária, encomendando aparelhos e instrumentos dos Estados Unidos e, montou o laboratório de prótese dentária. Século XIX em 25 de outubro de 1884 dom Pedro II promulgou que a odontologia formaria um curso anexo à faculdade de medicina, sendo criado nesta data o primeiro curso de odontologia no brasil. Em 1889, formou-se pela Faculdade de Odontologia do Rio de Janeiro, Isabela Von Sidow, tornando-se a primeira mulher dentista formada no Brasil. Século XIX 1900 primeira escola de Odontologia de São Paulo – Escola de farmácia, Odontologia e Obstetrícia de São Paulo. Século XIX O Curso de Odontologia criado em 1884, foi transformado em Faculdade de Odontologia em 1925, continuando anexa a Faculdade de Medicina, que pertencia à Universidade do Rio de janeiro criada em 1920. Em 1933, a Faculdade de odontologia tornou-se autônoma, sendo inaugurada em 1934. Século XIX A Universidade do Rio de Janeiro foi reorganizada em 1937, sob o nome de Universidade do Brasil, que em 1965 passou a denominar-se Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1967, o Curso de Odontologia passou a ter no mínimo 4 anos. HISTÓRIA DA ODONTOLOGIA NO BRASIL Século XX 1964 foram instituidos o CFO e CRO BH 1913