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Prática IV gravidicos

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AO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
(10 linhas)
CAPITU, brasileira solteira, inscrita no CPF sob o n° .... e portadora do RG de n° ...., endereço eletrônico ...., domiciliada na Rua ...., n° ...., bairro ...., cidade ...., Rio de Janeiro/RJ, CEP ...., vem, por intermédio do seu advogado que esta subscreve, procuração em anexo, com endereço para fins de comunicação processual no endereço ...., onde receberá intimações/notificações, referentes ao processo, endereço eletrônico ...., propor a presente
AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS COMBINADO COM AÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
em face de ANTUNES, brasileiro, empresário, solteiro, inscrito no CPF sob o n° .... e portador do RG de n° ...., endereço eletrônico ...., domiciliada na Rua ...., n° ...., bairro ...., cidade ...., São Paulo/, pelos motivos e fatos expostos:
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
A parte autora afirma ser pessoa carente, não possuindo meios de arcar com custas e despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio, razão pela qual faz jus à GRATUIDADE DE JUSTIÇA nos termos da Lei nº 1.060/50 e do artigo 98 e seguintes do NCPC.
II - DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO (GESTAÇÃO DE RISCO)
A autora, conforme atestado médico anexo aos autos, tem gestação de risco, fazendo jus ao deferimento do pedido de PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO do processo e da prática de todos os atos e diligências, na forma do artigo 1.048, § 1º, do NCPC.
III - DA OPÇÃO PELA REALIZAÇÃO OU NÃO REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
		A Autora manifesta interesse pela realização da audiência de conciliação, conforme o previsto no Art. 318, § único c/c o Art. 317, VII
IV - DOS FATOS
 			 
Capitu, maior e capaz, residente no estado do Rio de Janeiro, conheceu Antunes, este empresário e residente em São Paulo/SP, que visitava o estado do RJ semanalmente para tratar de negócios, visto que é um “próspero” empresário.
Desde então, passaram a namorar, a autora passou a frequentar todos os lugares com o réu, que sempre a apresentou como sua namorada.
Desse relacionamento afetivo notório e duradouro, resultou na gravidez de Capitu, ora recusada por Antunes, que alega não reconhecer a paternidade do feto concebido, além de proferir veementemente que não quer ser pai no momento, que não vai contribuir economicamente para o bom curso da gestação, tampouco, para a subsistência da criança quando do seu nascimento.
Cabe ressaltar, que a autora possui vasta documentação probatória, além de declarações de amigos em comum do ex-casal de namorado que podem conferir indícios suficientes da paternidade do réu.
Ante tais fatos, é imperioso observar o descaso do réu com a difícil situação de vulnerabilidade que se encontra a autora.
Assim sendo, não restou alternativa a parte autora, senão buscar a tutela jurisdicional para a obtenção do direito pretendido.
V - DOS FUNDAMENTOS
		O direito da autora encontra-se amparado na Lei de Alimentos Gravídicos e na Lei de Alimentos. 
A parte autora está gestante, sendo a gestação de risco (atestado médico em anexo), desempregada, logo, sem condições de custear seu plano de saúde e de todas as despesas para o bom curso da gestação.
A incapacidade financeira da autora também não permitirá custear as despesas necessárias para a subsistência da criança quando nascer.
Desta forma, deve prosperar o pedido autoral nos termos dos preceitos legais previstos na Lei n° 5.478/68, lei de alimentos e na Lei n° 11.804/08, em seus artigos 2º, 6º e 11, in verbis:
Art. 2º. Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as referentes a alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes. 
Parágrafo único. Os alimentos de que trata este artigo referem-se à parte das despesas que deverá ser custeada pelo futuro pai, considerando-se a contribuição que também deverá ser dada pela mulher grávida, na proporção dos recursos de ambos.
Art. 6º. Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré. 
Parágrafo único. Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite a sua revisão.
Art. 11. Aplicam-se supletivamente nos processos regulados por esta Lei as disposições das Leis nos 5.478, de 25 de julho de 1968, e 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.
VI - DA TUTELA DE URGÊNCIA
Conforme se depreende dos autos, os problemas enfrentados pela autora estão delineados em atestado médico em anexo, que evidenciam o drama da Demandante diante do binômio necessidade da requerente e possibilidade do requerido.
Sendo certo que aguardar até o julgamento final da lide apenas agravará o seu panorama, invoca-se a tutela de urgência, como medida imperiosa ao caso em comento.
Doutrinariamente, para a concessão de tutela antecipada, exige-se a presença de dois requisitos, quais sejam, o periculum in mora e o fumus boni iuris.
Há presença do fumus boni iuris, reside na comprovação documental dos fatos alegados, na medida em que os problemas de saúde enfrentados pela parte autora estão delineados em atestados médicos em anexo.
De outro giro, o periculum in mora consubstancia-se na natureza do benefício almejado, vez que destinado à recomposição da renda da Demandante, já que sua fonte de subsistência advinha do exercício de atividades nas quais se encontra atualmente impossibilitada.
Ante todo o exposto, requer a procedência da antecipação dos efeitos da tutela, tão logo seja caracterizada a vulnerabilidade da Demandante, determinando o pagamento dos alimentos provisórios a parte autora até o julgamento final da lide, em um salário mínimo.
VII - DOS PEDIDOS:
Assim sendo, requer:
a) seja deferido o benefício da Gratuidade de Justiça à Parte Autora, na forma do Art. 1.060/50 e do artigo 98 e seguintes do NCPC.
b) a intimação do Ministério Público para, querendo, seja parte no processo como fiscal da ordem jurídica, na forma do Art. 178, II, do NCPC;
c) a citação do Réu para que compareça na audiência de conciliação;
d) seja concedida a TUTELA DE URGÊNCIA ora pleiteada, ordenando que o Réu pague os alimentos provisórios em seus exatos valores devidos ou, em um salário mínimo até o julgamento final da lide;
e) a procedência da presente pretensão, fixando alimentos gravídicos e o total deferimento do pedido formulado pela autora e, por conseguinte, a conversão dos alimentos gravídicos em pensão alimentícia para o menor impúbere após seu nascimento;
f) a condenação do Réu ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios;
 Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a prova documental e testemunhal, bem como do depoimento pessoal do réu.
 Dá-se à causa o valor de R$ ....
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB/UF

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