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AÇÃO DE ADOÇÃO C C DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE CAMPOS SALES, ESTADO DO CEARÁ.
FRANCISCO SILVA DOS SANTOS, brasileiro, motorista, eclesiasticamente casado, portador do RG nº 95029007794SSP-CE e CPF nº 738.350.553-34 e FRANCISCA CRUZ, brasileira, digitadora, eclesiasticamente casada, portador do RG nº 2454699592 SSP-CE e CPF nº 513.677.423-15, ambos residentes e domiciliados na Rua Manoel Inácio Bezerra, nº 848, São Francisco, na Cidade de Brejo Santo-CE, por seus Advogados que esta subscrevem, mandato incluso, vem à presença de Vossa Excelência com fulcro no art. 319 do CPC/15, art. 39 e ss. da Lei 8.069/90 e art. 1.638, II, do CC/02, propor a presente 
AÇÃO DE ADOÇÃO C.C DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR E PEDIDO LIMINAR DE GUARDA JUDICIAL
(tutela de urgência)
da menor impúbere MARIA RUTE MORAIS FERREIRA ALVES, nascida em 20/07/2015, em face de seus genitores, RICARDO FERREIRA ALVES, brasileiro, residente e domiciliado na Rua Fernandes Vieira, 120, nº 64-B, Bairro aparecida, nesta cidade de Campos Sales-CE e CRISTINA MORAIS PEREIRA, brasileira, residente e domiciliada na Rua Fernandes Vieira, 120, Bairro Aparecida, nesta Cidade de Campos Sales-CE, pelos motivos de fato e direito que passa a expor:
1 - 
DO REQUERIMENTO INICIAL
Ab initio, os requerentes se declaram ser necessitados financeiramente na forma da Lei 1.060/50, tendo por direito o beneplácito da justiça gratuita, uma vez que não possui condições de arcar com as custas processuais e demais despesas processuais, incluindo honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e da sua família. 
2 – 
DO
S FATOS
Os requerentes são casados eclesiasticamente desde 21 de Julho de 2013, ou seja, há 03 (três) anos, não havendo filhos decorrentes da constância da união.
Desde o inicio da vida em comum sempre tiveram a vontade de ser pais, fato que até agora não aconteceu devido a problemas de saúde ao que se refere a fertilidade do casal.
Diante da situação resolveram realizar o sonho e serem pais pelo instituto da adoção. Mais precisamente no ano de 2014 deram inicio ao processo de habilitação, cujo pedido foi registrado sob nº 8500002-79.2014.8.06.0052, na Vara da Infância e Juventude da Comarca de Brejo Santo-CE, estando os mesmos aptos e sem qualquer impedimento legal para adotarem uma criança, em consonância com declaração acostada a peça vestibular.
Ato contínuo, ao final do mês de Abril do corrente ano, tiveram conhecimento da casa de apoio desta Comarca e, ao realizarem a primeira visita já se apaixonaram pela pequenina Maria Rute no auge dos seus 09 (nove) meses.
Ali, pouca informação tiveram a respeito da criança, sabendo que a menor adotanda estaria no Abrigo Municipal desde os 02 (dois) meses de vida.
Por conseguinte, após várias tentativas de levantar informações a cerca dos pais da menor, bem como da situação como a menor tinha sido transferida para o Abrigo local, tiveram quase que nenhuma informação, sendo sabedora apenas que, a criança foi vítima de abandono, omissão e negligência por parte de seus genitores.
Imbuídos pelo instinto de pais e tocados sentimentalmente pela situação da criança, buscam agora a tutela jurisdicional. Seguidamente, não há qualquer impedimento legal que impossibilitem os Requerentes de buscar a chancela judicial, de forma a se ver realizado o sonho de constituir uma família regada no amor de pais e filhos, ocasião em que, nesta oportunidade junta ao pedido certidões de antecedentes criminais.
E nessa ótica, os requerentes, a bem do interesse da menor, desejam ser mais que meros guardiões da menor, mas sim SEUS PAIS, eis que a ela dedicarão todo amor como uma filha biológica gerada dentro de si, dando a mesma abrigo, alimentação, saúde, educação, vestuário e todo o afeto familiar necessário para um sadio desenvolvimento psicossocial de uma criança.
Os suplicantes têm plenas condições de propiciar a criança em testilha um desenvolvimento mental harmonioso e saudável, educação, lazer, conforto, condizente com sua peculiar condição de criança em crescimento, visto que já possui certo vínculo afetivo. Ora, Excelência o casal adotante realiza visitas semanais a menor, deslocando-se da cidade de Brejo Santo para este município de Campos Sales-CE, conforme folha de frequência que anexa ao presente pedido. 
Sabedores de que a adoção é medida irrevogável, os Requerentes-adotantes desejam formalizar a adoção de MARIA RUTE MORAIS FERREIRA ALVES.
Assim, visando promover o bem da menor, bem como proporcionar-lhe um lar e ser pertencente a uma família, têm os requerentes a real, firme e responsável vontade e intenção de adotá-la, tudo em conformidade com o artigo 43 da Lei n.° 8.069, de 13 de julho de 1990 (ECA), aliados aos postulados do amor.
3 – 
D
A FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
A Constituição Federal Brasileira, no art. 227, assegura expressamente, como Direito Fundamental, a convivência familiar para toda criança e adolescente.
A convivência familiar é um dos direitos mais importantes da criança e do adolescente, e é condição relevante para a proteção, crescimento e desenvolvimento da criança.
Os Autores atendem a todos os requisitos legais para ver seu pedido julgado procedente, o qual além de possuir endereço fixo, também possui rendimentos próprios juntamente com seu companheiro, em consonância com extratos de renda anexos. 
Ademais, reza o artigo 43 do Estatuto que “a adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos”. 
Conforme apontado acima e considerando que a menor a que se pretende a adoção possui mãe e pai biológicos, a análise do presente pedido de adoção encontra-se implicitamente vinculado ao da perda do poder familiar dos genitores, que sabidamente é possível de ser cumulado em uma só ação, senão vejamos:
"Admite-se o processamento simultâneo da adoção e da destituição do pátrio poder." (RTJESP 136/136).
Então, considerando que o objeto primordial dos pleitos como o sub judice etstudio são salvaguardar os interesses da menor, é permitido, para maior concretização da economia e celeridade processual, a dedução, cumulada, nos mesmos autos, do pedido de destituição do poder familiar e da adoção.
Trata-se também do entendimento da doutrina sobre o tema, que não destoa do pretendido in casu, a saber:
"Os dois pedidos, ainda que um deles (destituição do pátrio poder) esteja implicitamente vinculado ao outro (adoção), podem ser tratados num único processo, posto que, compatíveis entre si, para ambos é competente o mesmo juízo e o tipo de procedimento é adequado para todos (RT 692/58)." (CURY, Munir, et al. Estatuto da Criança e do Adolescente anotado. 2. ed. São Paulo: RT, 2.000, pág. 148)”.
Passo seguinte vale ressaltar, que os requerentes preenchem todos os requisitos e estão livres de todos os impedimentos para procederem à adoção da menor MARIA RUTE MORAIS FERREIRA ALVES.
Há por parte dos requerentes expressa, manifesta e certa vontade de adotar a menor, uma vez que com ela já foram estabelecidos tamanha afinidade, que seria impossível conceber que a mesma não pudesse ser adotada por eles.
Também, cabe ressaltar que a criança a que se pretende a adoção encontra-se em abrigo há meses, de forma que é notório o total desinteresse pelos pais ou qualquer familiar para terem sob seus cuidados ou guarda da menor.
Tudo isso revela, às escâncaras, a exata adequação e subsunção do caso à norma prevista no artigo 43 da Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990, ressumando óbvio que a adoção, pelos requerentes, da menor  é a melhor, se não a única aceitável, possibilidade de se fazer cumprir tal disposição de Lei.
Ressalte-se que os requerentes desejam adotar criança, à MARIA RUTE MORAIS FERREIRA ALVES, pois, os requerentes se apegaram, e por ela nutrem sentimentos de afeto, amor e carinho, derivados de uma relação afetuosa, sendo assim, desnecessário qualquer período de estágio ou adaptação.
A adoção estabelece laços familiares que tornam possível uma verdadeiraopção de maternidade e paternidade, pois a única finalidade desse processo é o amor.
Além disso, os mesmos são habilitados no cadastro nacional de adotantes, ou seja, preenche requisitos necessários para que possam adotar a menor.
Ademais, referido entendimento é o coadunado por toda a jurisprudência, que em exemplar aresto deixa claro, a posição a ser seguida:
"Embora da maior utilidade o cadastro de pessoas interessadas em adotar crianças e adolescentes disponíveis para adoção, pois facilitam a apuração dos requisitos legais, permitindo o exame quanto à compatibilidade entre os interessados em razão do suporte multidisciplinar, garantindo também celeridade às adoções, a prévia inscrição no cadastro oficial não constitui condição sinequa non. O art. 50 do Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA) não autoriza a conclusão de que seja juridicamente impossível o pedido formulado por quem não esteja previamente habilitado. Mostra-se ponderável a pretensão dos recorrentes, que constituem uma família harmônica e feliz, pois surgiu entre eles e a adotanda um vínculo intenso de afeto, que somente a magia do amor explica. Compreensível que o casal, não pretendendo adotar alguma criança, não tivesse se habilitado no cadastro próprio mas, ao conhecer aquela criança, estabelecendo com ela um relacionamento de afeto, estreitando mais o vínculo, tenham decidido acolhê-la como membro da família. Os apelantes não desejam adotar uma criança, mas sim aquela criança. As relações de família devem ser, sobretudo, relações de afeto e o amor é o único vínculo capaz de dar suporte e coesão a um núcleo familiar. As peculiaridades do caso concreto reclamam solução mais flexível. Recurso provido." (TJRS - AC 7000399600 - 7a. C.Cív. - Rel. Des. Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves - DOERS 10.03.2000). in: Revista Brasileira de Direito de Família - nº 15, p. 117. (grifos nossos)”.
Assim, outra não pode ser a solução senão o deferimento da guarda da criança para que os requerentes possam cuidar da menor, transformando-a em definitiva com a DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR e incontinente ADOÇÃO, como meio de não obstar a relação de amor e afeto já existente entre estes e a adotando, para que estes possam oferecer a criança moradia, alimentação, vestuário, tratamento médico, e todos os demais encargos derivados do poder-familiar, mas acima de tudo um lar afetuoso e harmônico.
Sendo assim, como meio de integrá-la, formalmente, no seio familiar, pretende-se, por todo o já exposto, a destituição do poder familiar e incontinente adoção da menor aos requerentes, determinando, para tanto, a modificação de seu nome para SHETH YANNYS CRUZ DOS SANTOS, nos termos do artigo 47, §5° da Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990.
3.1 DA TUTELA DE URGÊNCIA – GUARDA PROVISÓRIA EM CARÁTER LIMINAR
Com a alteração do artigo 300 do Código de Processo Civil de 2015, a antecipação dos efeitos da tutela tornou-se possível em qualquer procedimento judicial, desde que preenchidos os requisitos exigidos, quais sejam: a prova inequívoca do direito alegado, a verossimilhança da alegação, o periculum in mora, o fumus bons iuris e a reversibilidade do provimento jurisdicional, o que propicia in casu, a concessão da antecipação dos efeitos da tutela para determinar a guarda provisória da adotanda até decisão final do processo.
Ora, in casu, encontram-se presentes todos os requisitos supra informados, uma vez que a verossimilhança do direito alegado encontra-se cristalina na possibilidade, nos termos do artigo 43 do ECA, dos requerentes adotarem a menor, não havendo qualquer impedimento em relação à adoção.
Em relação ao fumus bonis iuris, verifica-se sua presença ao constatar que os requerentes já possuem notório afeto, construindo vínculo afetivo com a menor, e, não imaginam adotar outra criança que não seja a pequenina Mª. Rute, pois esta e meio a tantos fez nascer um sentimento afetuoso, puro e genuíno, próprios da relação entre pais e filhos.
O periculum in mora revela-se no receio do casal de ``perder`` a pequena Rute para outro casal que assim como eles possam nutrir um sentimento tão intenso para com a pequenina, além disso, na idade na qual se encontra a adaptação da menor ao novo lar seria mais rápida.
 De forma que os requerentes possam com ela freqüentar lugares públicos e fazer viagens, além de vetar a possibilidade da menor ser encaminhada à outra família que não a dos requerentes, o que causaria abruptas seqüelas afetivas para a criança e para os requerentes, de forma a causar-lhe insuportável sofrimento.
Derradeiramente há a possibilidade de reversibilidade do provimento antecipatório, de forma que, ainda que ad argumentandum tantum, e somente por hipótese, caso não seja o entendimento de Vossa Excelência a procedência do pedido, a tutela antecipatória ora pretendida poderá ser revertida.
Reza o artigo 33, caput, do Estatuto da Criança e do Adolescente que, a guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. 
Por todo o exposto, indubitável é a presença dos requisitos necessários para o deferimento do pedido de tutela antecipada. Por esse ângulo, claramente restaram comprovados, objetivamente, os requisitos do “fumus boni iuris” e do “periculum in mora“, sobretudo quanto ao segundo requisito, a demora na prestação jurisdicional ocasionará gravame potencial a menor.
Diante dessas circunstâncias jurídicas, faz-se necessária a concessão da tutela de urgência antecipatória, o que também sustentamos à luz dos ensinamentos de Tereza Arruda Alvim Wambier:
“O juízo de plausibilidade ou de probabilidade – que envolvem dose significativa de subjetividade – ficam, ao nosso ver, num segundo plano, dependendo do periculum evidenciado. Mesmo em situações que o magistrado não vislumbre uma maior probabilidade do direito invocado, dependendo do bem em jogo e da urgência demonstrada (princípio da proporcionalidade), deverá ser deferida a tutela de urgência, mesmo que satisfativa. “ (Wambier, Teresa Arruda Alvim … [et tal]. – São Paulo: RT, 2015, p. 499).
Preconiza o art. 129, inciso VIII do ECA que, são medidas aplicáveis aos pais ou responsável:
Art. 129. (...)
VIII – a perda da guarda;
A doutrina, tecendo considerações acerca do referido dispositivo legal, demonstra a pertinência de concessão da guarda por simples medida provisória nos processos cujo objeto é a tutela ou adoção da criança, de modo a regularizar a posse de fato durante o trâmite processual:
O Direito sempre tomou em consideração certas situações de fato, levando em consideração, por este motivo, também a ‘guarda de fato’, capaz de fazer gerar alguns efeitos jurídicos, como alguém toma a seu cargo, sem intervenção do juiz, a criação de educação do menor, a guarda “jurídica” a que se refere o §1º do art. 33 destina-se a regularizar a posse de fato.
Embora o §1º do art. 33 se refira à concessão da guarda, ‘liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de guarda e adoção”, é certo que a guarda do infante pode ser objeto de simples medida provisória deferida pela autoridade judiciante, ao ensejo de abertura de procedimento de colocação em família substituta (art. 167), antecedendo à guarda definitiva (art. 167). (CURY, Munir. Estatuto da Criança e do Adolescente Comentado – Comentários Jurídicos e Sociais, Malheiros, 11ª edição, pg. 165) 
Por todo o demonstrado, os Requerentes vem pleitear, sem oitiva prévia da parte acionada (art. 300, §2º, CPC/15), a concessão da tutela de urgência antecipatória, por medida liminar, para que conceda a GUARDA PROVISÓRIA aos Demandantes, tomando as providências cabíveis do art. 695 do CPC/15.
4 – 
D
OS PEDIDOS
Ex positis, requer a Vossa Excelência que se digne a:
a) Conceder os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, por ser pobre na forma da lei, não tendo condições de arcar com as custas processuais e demais despesas, taxas, emolumentos, bem como honorários advocatícios, com fulcro na Lei 1.060/50 c.c Lei 7.115/83;b) A concessão, initio litis, da ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA, uma vez preenchidos todos os requisitos exigidos, para o fim de deferir a GUARDA PROVISÓRIA da menor MARIA RUTE MORAIS FERREIRA ALVES aos requerentes, até decisão final do processo, com supedâneo no art. 33, caput da Lei 8.069/90 c.c art. 300 do CPC/15;
c) A CITAÇÃO dos genitores da menor no endereço declinado nesta petição para oferecer resposta escrita, indicando as provas a serem produzidas, apresentar documentos e oferecer rol de testemunhas, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia e presunção de veracidade dos fatos (art. 344, CPC/15 e 161, §4º do ECA); 
 
d) O recebimento e processamento da presente ação, para, ao final, julgá-la TOTALMENTE PROCEDENTE, para o fim de deferir a DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR DA MENOR MARIA RUTE MORAIS FERREIRA ALVES em relação aos seus genitores e, incontinente, DEFERIR SUA ADOÇÃO aos requerentes FRANCISCO SILVA DOS SANTOS e FRANCISCA CRUZ, tornando definitiva a tutela antecipada anteriormente concedida, com a expedição de ofício ao Oficial de Registro Civil de Pessoas Naturais e Tabelião de Notas, comarca de Crato, Estado do Ceará, onde a menor foi registrada, para que se proceda as averbações de praxe e estilo, nos termos do artigo 47, §1° da Lei n.º8.069, de 13 de julho de 1990;
c) O cancelamento do assento original, com consequente expedição de ofício para tanto, nos termos do artigo 47, §2º da Lei n.º 8.069/1990;
d) A modificação do nome da menor MARIA RUTE MORAIS FERREIRA ALVES para SHETH YANNYS CRUZ DOS SANTOS, inserindo-se, assim, os nomes dos adotantes, expedindo, igualmente, o competente ofício ao respectivo Cartório de Registro Civil do município de sua residência, ou seja, cidade e comarca de  Brejo Santo-CE, nos termos do artigo 47, §§3º e 5º do ECA;
e) A INTIMAÇÃO do ilustre representante do Ministério Público, a fim de que participe e profira parecer sobre todos os atos e termos do presente processo, com espeque nos arts. 178, II, e 279 do CPC/15 e 202 do ECA;
f) A CONDENAÇÃO dos Acionados às custas e demais despesas processuais aplicáveis a espécie e honorários advocatícios, estes na base de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas (art. 369 do CPC/15), em especial pela oitiva de testemunhas arroladas oportuno tempore, depoimento pessoal dos Requerentes e Requeridos (art. 156, IV do ECA), juntada de novos e eventuais documentos, constatações, sem prejuízo dos demais meios de prova em direito admitidos.
Dá-se à causa o valor de R$ 880,00(oitocentos e oitenta e oito  reais).
Termos em que,
Pede deferimento.
Campos Sales-CE, 27 de Maio de 2016.
 Dr. Johan Jacó de Lima			 Dra. Cícera Marise Caetano Souza
 OAB/CE 29.081				 OAB/CE 27.622

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