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SOBRE O IPHAN

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI
CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA - CEAD
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
	DISCIPLINA: GESTÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL
COORDENADOR(A) DE DISCIPLINA: PROF. DRA. NILSÂNGELA CARDOSO LIMA
	
LUIS GONZAGA RODRIGUES JUNIOR
PESQUISA SOBRE O IPHAN NO PIAUÍ
(A importância do Patrimônio cultural)
ESPERANTINA-PI, 2019.
1. A IMPORTÂNCIA DO PATRIMÔNIO CULTURAL
O valor atribuído a fatos e lugares é uma característica humana que produz um significado de grande relevância. Ao longo dos tempos fomos aprendendo que a preservação é um ato que produz uma gama de valores os quais dão sentido à vida. Uma casa, uma rua, um painel ou apenas uma lembrança, tudo isso pode se tornar importante e, dependendo da situação envolvida, vir a ser considerado um patrimônio histórico cultural.
	Entendemos por patrimônio um conjunto de bens, palpáveis ou não, que devido sua importância se constituem em riqueza. A nossa sociedade é uma versão ampliada da família, e partindo desse entendimento, a ideia de patrimônio também está incluída. 
	O patrimônio de uma sociedade são os bens que ela carrega, bens que servem para contar sua trajetória e conduzir ao entendimento de que temos uma riqueza, um bem, e que, portanto, precisa ser preservado.
	Assim como na família os patrimônios da sociedade precisam de um meio de proteção, de alguém que ajude a preservar essa riqueza e garanta que ela permaneça intacta pelo máximo de tempo possível. Foi com esse pensamento que em 1937 estava sendo criado o IPHAN.
	O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Cidadania que responde pela preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro. Cabe ao Iphan proteger e promover os bens culturais do País, assegurando sua permanência e usufruto para as gerações presentes e futuras.
	O Iphan possui 27 Superintendências (uma em cada Unidade Federativa); 28 Escritórios Técnicos, a maioria deles localizados em cidades que são conjuntos urbanos tombados, as chamadas Cidades Históricas; e, ainda, cinco Unidades Especiais, sendo quatro delas no Rio de Janeiro: Centro Lucio Costa, Sítio Roberto Burle Marx, Paço Imperial e Centro Nacional do Folclore e Cultura Popular; e, uma em Brasília, o Centro Nacional de Arqueologia.
	
2. O IPHAN NO PIAUÍ
	Na reestruturação do Iphan, em 2004, a gestão do patrimônio cultural no Estado foi administrativamente separada do Ceará, com a criação da 19ª Superintendência Regional e, posteriormente, da atual Superintendência do Iphan no Piauí. Muito antes disso, na primeira metade do século XX, o Instituto tombou bens isolados em Oeiras e Piracuruca. Atualmente, essas cidades e Parnaíba estão entre os conjuntos urbanos tombados (cidades históricas), de todo o Brasil. Ao longo do tempo, o Iphan - Piauí vem promovendo a identificação e proteção de bens culturais, em parceria com diversos segmentos sociais, além de instituições públicas. Um exemplo é o Parque Nacional Serra da Capivara, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco (1991), e onde está o registro mais antigo da presença do homem na América do Sul. A Produção Tradicional e Práticas Socioculturais Associadas à Cajuína no Piauí é um bem imaterial registrado e novos inventários culturais de outros bens imateriais ocorrem em diferentes áreas do Estado.
2.1 Bens tombados no Piauí
2.1.1 Oeiras
	O conjunto urbano de Oeiras - tombado pelo Iphan, em 2012 - apresenta elementos de várias correntes arquitetônicas (luso-brasileira, arquitetura do imigrante e eclética) que pela sua escala e volumetria configura um conjunto harmonioso e de grande qualidade. A área tombada é composta por 14 quarteirões com 235 imóveis. Apresenta, do ponto de vista urbanístico, aspectos comuns às cidades implantadas ao longo do Caminho das Tropas: conformação linear com ruas estruturadas paralelamente ao Caminho das Tropas, interligadas por travessas de largura reduzida.
2.1.2 Piracuruca
O conjunto histórico e paisagístico de Piracuruca foi tombado pelo Iphan em 2012. O centro histórico da cidade é um patrimônio único, que guarda importante acervo da arquitetura típica piauiense, ameaçada de desaparecimento pelas constantes substituições e modernizações. A área de tombamento compreende o centro da cidade, onde se destacam remanescentes urbanos e arquitetônicos de todos os períodos pelos quais o município passou ao longo de sua história, desde o início da ocupação de seu território, no século XVII, até por volta da década de 1960. 
2.1.3 Parnaíba
O conjunto histórico e paisagístico de Parnaíba - tombado pelo Iphan, em 2011 - contém cerca de 830 imóveis divididos em cinco setores: Porto das Barcas, Praça da Graça, Praça Santo Antônio, Estação Ferroviária e Avenida Getúlio Vargas. Essa fragmentação foi definida de acordo com as características arquitetônicas e urbanísticas de cada monumento. Embora a localização da igreja matriz, da casa de câmara e do pelourinho no entorno da praça projetassem o urbanismo português, sua natureza portuária com saída costeira do município lhe propiciou a adoção de modelos arquitetônicos do litoral. 	
2.1.4 Parque Nacional Serra da Capivara
O Parque Nacional Serra da Capivara foi criado em 1979, para preservar vestígios arqueológicos da mais remota presença do homem na América do Sul. Sua demarcação foi concluída em 1990 e o parque é subordinado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Por sua importância, a Unesco o inscreveu na Lista do Patrimônio Mundial em 13 de dezembro de 1991, e também na Lista Indicativa brasileira como patrimônio misto. 
Em 1993, o Parque passou a constar do Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, do Iphan. Na área tombada foram localizados cerca de 400 sítios arqueológicos. A maioria deles contém painéis de pinturas e gravuras rupestres de grande valor estético e arqueológico. A área faz parte de um dos 63 parques nacionais do Brasil e está entre as dez que protege a caatinga, sendo constituída de quase 40% da caatinga protegida no país. 
	Como se pode observar o Estado do Piauí possui uma riqueza histórica de valor inestimável. Os tombamentos citados são apenas os principais. Nosso estado ainda possui outros patrimônios de grandiosos valores.
3. PATRIMÔNIOS CULTURAIS EM ESPERANTINA-PI
	A cidade de Esperantina também possui alguns bens de valor cultural relevante. Dentre eles podemos citar: o Teatro Municipal Diniz Chaves, a praça Diógenes Rebelo, o Clube Recreativo Princesa do Longá e a Igreja Matriz. Todas essas são construções que remontam a um período onde o estilo de vida era bem diferente da atual. São edificações que mereciam uma proteção especial, pois através delas é possível fazer um resgate histórico da sociedade anterior à nossa, ao mesmo tempo em que nos liga a essas pessoas que viviam nesse período. 
	A necessidade de estarmos conectados ao nosso passado como ideia de respeito já é algo intrínseco à nossa existência. Precisamos manter esse valor agregado ao nosso conjunto de prioridades, para assim conseguirmos permanecer através do tempo.
REFERÊNCIAS
O Iphan. Conteúdo disponível em: < http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/353 >. Acesso 13/05/2019
SIVIEIRO, Fernando. Patrimônio Cultural: para reconhecer e valorizar. Publicação de 31/ 08/2015. Conteúdo disponível em: < http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/para-reconhecer-e-valorizar/ >. Acesso 13/05/2019

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