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13 emenda

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13º Emenda 
 
 
 Aluna: Weydma Lorrayne Aires Nogueira 
 
A 13 emenda é um documentário que traz à tona um olhar profundo 
sobre o sistema prisional americano, e também como a desigualdade racial 
afeta este sistema, produzido por uma diretora afro Americana. Onde se 
levanta a questão através de inúmeras pesquisas, de que 5% da população 
mundial está nos Estados Unidos, e 25% da população carcerária do mundo 
estão nos Estados Unidos, uma média de um entre quatro presos no mundo 
estão na terra da “liberdade”, relatando também como funciona o sistema 
prisional do País. 
O documentário traz um viés sobre a 13°emenda que foi uma lei criada 
por Abraham Lincoln em 1865 que garantia a emancipação dos escravos, onde 
dizia que nenhum negro seria submetido há trabalhos escravos compulsórios, o 
que torna inconstitucional alguém ser mantido como escravo, ou seja, 
garantindo a liberdade de todos os americanos, exceto aqueles que tivessem 
cometido algum crime, o que abre precedente para inúmeras atrocidades. 
A emenda está assim redigida: 
"Emenda XIII 
'Seção 1' 
Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito a sua 
jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição de um 
crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado. 
'Seção 2' 
O Congresso terá competência para fazer executar este artigo por meio 
das leis necessárias" 
 
Mostra que o fim da escravização não teve grande significância a 
garantia dos direitos a esses cidadãos, não havendo nenhum planejamento 
politico com o intuito de inseri-los de forma adequada na sociedade, de modo 
que esses pudessem ter o bem-estar social, acesso à educação e participação 
nas decisões políticas, visto que seu antepassado deixou marcas irreversíveis. 
Mais pelo contrário, após a guerra civil, afro-americanos foram presos em 
massa, com o pretexto de que eles eram criminosos e de que deveriam ser 
detidos. Onde milhares de negros foram jogados na marginalidade e 
consequentemente no crime. 
Sendo que qualquer atitude dos de tais eram consideradas como 
crime, por este motivo cria-se uma imagem ruim a respeito do negro, de que 
seria maldoso, ambicioso e ameaçador, cria-se então um estereótipo que 
interferiu seriamente em seu estabelecimento de relações com os demais, 
gerando preconceito. 
Por coincidência a abolição da escravização nos Estados Unidos é o 
período que se inicia a história das grandes prisões. O que não foi muito 
diferente do contexto histórico do Brasil. 
À vista disso, percebe-se que além da difícil inserção na sociedade, os 
negros tiveram seus direitos humanos desrespeitados, e isso era algo público, 
divulgado pela própria mídia. Desde de o memento que isso passa a ser 
vergonhoso para o país. É o momento em que se faz separação entre negros 
e brancos. Surge então uma lei chamada “Separados mais iguais”, essa lei cria 
nos Estados do sul do País, uma grande divisão entre negros e brancos. No 
qual continuam a cometer os mesmos atos, no entanto, de forma legalizada, 
posto que aprovaram leis que relegaram afro-americanos a um permanente 
status de segunda classe. 
Eles não tinham o direito ao voto, de frequentar escolas, não tinham 
sequer chances de conseguir um emprego, o que os deixava mais 
enfraquecidos, pois sem formação educacional era mínima a constituição do 
indivíduo como cidadão, portanto, a probabilidade de eles ascenderem 
socialmente era ínfima. 
Então, surgem pessoas dispostas a mudar o cenário vigente, essas 
defendiam e lutavam pelos direitos dos negros, dentre os quais estavam Martin 
Luther King. Esses cidadãos são denominados de ativistas dos direitos civis e, 
apesar dos seus propósitos, foram retratados na mídia e entre muitos políticos 
como criminosos. Somente após alguns anos, lançaram o Ato de Direitos Civis 
e o direito do voto, enfim os negros começam a conquistar seus direitos, ainda 
que não fosse o suficiente. 
 
À medida que o movimento de direitos civis ganhava popularidade, as 
taxas de criminalidade cresciam disparadamente, como resultado do modo com 
o qual os responsáveis pelo país lidavam com esses indivíduos, bem como a 
imagem do negro difundida pela população, contribuindo para que essa 
concordasse com tal situação. Eles acreditavam que se proporcionassem 
liberdade a essas pessoas, seriam retribuídos com o crime, nota-se que o 
objetivo do governo estava sendo alcançado. Toda essa situação é exposta no 
filme, com dados que comprovam o que foi dito anteriormente e imagens que 
retratam como os negros eram tratados. 
 
Na Era Nixon, teve início o período de lei e ordem, em que o crime 
passa a ser definido pela raça, isto é, uma pessoa era condenada de acordo 
com suas características hereditárias. Por exemplo, um negro e um branco 
sendo julgados por um mesmo crime, provavelmente, o negro seria condenado, 
enquanto o branco teria uma chance significativa de não ser. Dessa forma, o 
governo introduz uma guerra contra o crime, na qual a raça é utilizada como 
critério para prender milhares de indivíduos. 
 
Posteriormente, tem-se a guerra às drogas, todavia o propósito não era 
lidar com o vício e a dependência química como uma questão de saúde, mas 
como uma questão criminal. Ademais, um membro do governo expôs que o 
objetivo era prender negros. Diante disso, houve penas mais longas para quem 
era hispânico, latino ou negro. Inclusive nessa parte, há um homem que 
descreve um pouco mais sobre tal cenário e como isso ocorria na realidade. 
 
Durante o governo de Reagan, negro preso com crack era sentenciado 
com prisão perpétua, ao passo que o branco tomava um ´´tapinha`` nas mãos. 
Percebe-se que o critério racial persiste nesse governo, ou seja, apesar da 
mudança de presidente, efetuou-se uma mesma linha de pensamento, de 
forma que os anos passavam e o cenário era o mesmo ou até pior. É criada 
também a lei verdade no silenciamento, na qual as pessoas aprisionadas 
devem cumprir 85% de sua sentença, isto é, os cidadãos passam ainda mais 
tempo na prisão e, mesmo com bom comportamento ou por outro motivo, não 
podem sair antes desse tempo mínimo. 
 
Recentemente, houve o aumento do financiamento para a construção 
de prisões e as que são privadas começaram a fazer contratos com os 
Estados, requisitando que esses mantivessem as penitenciárias cheias, 
portanto, mesmo com a redução dos índices de criminalidade, as prisões 
tinham que manter uma quantidade mínima de detentos. Nesse sentido, 
percebe-se que há todo um sistema que visa o lucro.

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