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CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 16: PODER EXECUTIVO 1) NOÇÕES GERAIS As funções típicas do Poder Executivo federal são a chefia de Estado e a chefia de Governo. Como no Brasil adotamos o regime de governo presidencialista, ambas as funções são exercidas por uma só autoridade; como entre nós vigora a forma de governo republicana, esta autoridade é o Presidente da República, alçado ao seu cargo pelo voto popular. O art. 76 da Constituição Federal é taxativo na matéria, ao asseverar que, em nosso País, “o Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado”. Não adotamos, assim, o Parlamentarismo Republicano, no qual a chefia de Estado cabe ao Presidente da República, e a chefia de Governo ao Primeiro Ministro (ou ao Conselho de Ministros); nem o Parlamentarismo Monárquico, no qual a chefia de Estado compete ao Monarca, e a chefia de Governo ao Primeiro Ministro (ou ao Conselho de Ministros). No Brasil, em que vigora o Presidencialismo Republicano, como ambas as funções – de chefia de Estado e de Governo - estão concentradas nas mãos de uma só autoridade, podemos afirmar que nosso Poder Executivo é monocrático, cabendo ao Presidente da República a prática de atos de chefia de Estado, de chefia de Governo e de chefia de Administração, esta, abrangendo tanto a esfera civil (Administração Pública propriamente dita) como a militar (Forças Armadas). O Presidente da República, na condição de Chefe de Estado, corporifica a unidade interna do nosso Estado, cabendo-lhe representar o Brasil perante outros Estados ou organizações internacionais multilaterais, a exemplo da ONU e da OEA; e exercer os atos relacionados com a soberania nacional, a exemplo da declaração de guerra e da celebração da paz. Os incs. VII, VIII, XIX e XX, do art. 84, da CF enumeram competências exercidas pelo Presidente da República, na condição de Chefe de Estado. Na condição de Chefe de Governo, o Presidente da República conduz a gestão dos assuntos de interesse interno, sejam eles de caráter político ou administrativo, e comanda a Administração Pública federal, atuando, pois como Chefe da Administração. Como assevera Alexandre de Moraes, o Presidente, enquanto Chefe de Governo, "exercerá a liderança da política nacional, pela orientação das decisões gerais e pela direção da máquina administrativa". Os incs. I a VI, IX a XVIII e XXI a XXVII da CF enumeram competências exercidas pelo Presidente da República, na condição de Chefe de Governo e de Administração. CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 2 Na sistemática constitucional da divisão de Poderes, além dessas funções típicas, ao Presidente da República, como titular do Poder Executivo federal, foram outorgadas de forma atípica funções de natureza legislativa (elaboração de medidas provisórias, leis delegadas e decretos autônomos) e jurisdicional (contencioso administrativo). 2) INVESTIDURA NO CARGO Nos termos do caput, do art. 77, da Constituição a eleição para a Presidência e a Vice-Presidência da República será realizada, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. Desde logo, vale ressaltar que o sistema eleitoral brasileiro não admite nem a candidatura autônoma, nem a candidatura avulsa para a eleição à Presidência e Vice-Presidência da República. A vedação à candidatura autônoma diz respeito à impossibilidade de um dos aspirantes a qualquer desses cargos candidatar-se, sem estar registrado por partido político. Tal conclusão decorre do art. 14, § 3º, V, da CF, o qual estabelece a filiação partidária como uma das condições genéricas de elegibilidade para a candidatura a qualquer cargo eletivo nos Poderes Legislativo e Executivo, e do art. 77, § 2º, da CF, adiante analisado. Já a proibição à candidatura avulsa corresponde à impossibilidade de o Presidente (ou o Vice-Presidente) concorrer sozinho ao cargo, sem o nome do candidato a Vice-Presidente (ou Presidente) registrado junto ao seu, compondo a mesma chapa eleitoral. O art 77, § 1º, da CF é claro a esse respeito ao dispor que “a eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado”, de modo que a eleição do primeiro acarreta automaticamente a eleição do segundo. De se destacar, que Gabriel Dezen Junior chama de avulsa a candidatura desvinculada de filiação partidária. Complementando a matéria, enumeramos todos os requisitos para a investidura nos mandatos de Presidente e de Vice-Presidente da República (os requisitos são idênticos, uma vez que o Vice é o sucessor do Presidente), nos termos do art. 12, § 3°, combinado com o art. 14, § 3°, ambos da CF: a) a condição de brasileiro nato; b) o gozo dos direitos políticos; c) o alistamento eleitoral; d) o domicílio eleitoral na circunscrição; e) a filiação partidária; f) a idade mínima de trinta e cinco anos; CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 3 g) a não-incidência em alguma das hipóteses de inelegibilidade (CF, art. 14, §§ 4° a 9°). O § 2º, do art. 77, da CF, acima citado, dispõe que “será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos”, instituindo para as eleições presidenciais o sistema majoritário. Pode-se perceber, pelos termos do dispositivo, que a maioria absoluta a que ele se refere corresponde ao primeiro número inteiro acima da metade dos votos, excluídos deste total os votos brancos e os nulos. O STF já teve oportunidade de decidir que os votos obtidos por candidatos declarados inelegíveis antes da data da votação são considerados nulos, não sendo, portanto, computados para o cálculo da maioria absoluta exigida pela Constituição (RMS 24485). Se o candidato eleito para o cargo de Presidente falecer após a sua eleição, mas antes da sua diplomação, considera-se eleito o Vice-Presidente, já que a eleição é realizada simultaneamente para os dois cargos. Desse modo, com o falecimento do candidato à Presidência, antes da diplomação, o candidato à Vice-Presidência passa à condição de legítimo titular da chefia do Executivo federal, uma vez iniciado o período do mandato. O sistema eleitoral majoritário admite duas modalidades: o sistema majoritário simples ou puro e o sistema majoritário de dois turnos (ou, segundo alguns, de maioria absoluta). O sistema majoritário simples ou puro é utilizado para a eleição dos Senadores e dos Prefeitos em Municípios com até duzentos mil eleitores, e sua sistemática é simples: é considerado eleito o candidato que obtiver o maior número de votos, independentemente, do percentual que a votação obtida represente em relação ao total de votos ou do número de votos recebidos pelo partido ou coligação política pela qual concorre o candidato. Enfim, o candidato que atingir o maior número de votos (ou os dois mais votados, em se tratando de eleição para duas vagas de Senadores), em um só turno de votação, é consagrado vencedor do pleito. Não há, em qualquer hipótese, possibilidade de dois turnos. O sistema majoritário de dois turnos é adotado para a eleição do Presidente da República, dos Governadores dos Estados e do Distrito Federal e dos Prefeitos de Municípios com mais de duzentos mil eleitores. Exige ele, que o candidato eleito tenha obtido a maioria absoluta dos votos válidos, sendo desconsiderados, para esse cômputo, os votos em branco e os nulos.Se não for atingido este índice, no primeiro turno da eleição, realizar-se-á um segundo turno, sendo chamados a concorrer apenas os dois candidatos mais votados, e considerando-se eleito aquele que, nesta oportunidade, obtiver a maioria absoluta dos votos válidos (CF, art. 77, § 3º). Diga-se, de passagem, que nessa hipótese isso não poderá deixar de ocorrer no segundo turno, pois, se restam apenas dois candidatos na disputa e são desconsiderados os votos em branco e os nulos, necessariamente o CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 4 candidato com maior número de votos atingirá a maioria absoluta dos votos válidos. Alexandre de Moraes sintetiza tais regras nos seguintes termos: Em ambos os turnos, portanto, embora aparente diferenciação feita pelo texto constitucional, será considerado eleito o candidato que obtiver mais votos que todos os demais candidatos, sejam vários oponentes (1° turno), seja um único (2° turno). Dessa forma, será considerado eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos válidos dados a candidatos, excluindo-se todos os votos em branco e os votos nulos. Ressalte-se que a EC nº 16, de 1997, alterou o caput, do art. 77, da Constituição passando a estabelecer o último domingo de outubro como a data para um eventual segundo turno da eleição, porém deixou sem modificações o § 3º, do art. 77, da Carta, que permanece prevendo a ocorrência do segundo turno em até vinte dias da proclamação do resultado do primeiro. Em face desta contradição lógica no texto constitucional, deve- se considerar, como a data em vigor, a fixada pela EC nº 16 – último domingo de outubro -, uma vez que, na condição de norma posterior, revogou as disposições anteriores que lhe são contrárias. Neste caso, devemos, portanto, desconsiderar a data fixada pelo § 3º, do art. 77, da CF, que permanece vigente nas demais matérias que regula. Se no primeiro turno de votação, dois ou mais candidatos tiverem empatado em segundo lugar, será convocado o mais idoso dentre eles para concorrer no segundo turno (CF, art. 77, § 5º). Se o empate ocorrer no primeiro lugar, entre dois candidatos, são convocados para prosseguir os dois; entre três ou mais, aplica-se o critério da maior idade, prosseguindo na eleição os dois mais idosos. Se algum dos candidatos falecer, desistir ou vier a ser legalmente impedido de concorrer no segundo turno, será convocado em seu lugar, dentre os remanescentes, o candidato que tiver obtido a maior votação, ou seja, o terceiro colocado no primeiro turno. Se houver dois ou mais candidatos empatados nessa posição, por terem atingido o mesmo número de votos no primeiro turno, será convocado para participar do segundo turno o mais idoso (CF, art. 77, §§ 4º e 5º). De se ressaltar que, em sendo atingida a maioria absoluta dos votos válidos por um dos candidatos já no primeiro turno da eleição, não haverá segundo turno. Tal constatação justifica que muitos estudiosos chamem esse sistema de majoritário por maioria absoluta. Preferimos, entretanto, adotar a expressão mais usual na doutrina: majoritário de dois turnos. O mandato do Presidente da República é de quatro anos, segundo o art. 82 da CF, podendo o mandatário do cargo ser reeleito para um único período subseqüente, de acordo com o art. 14, § 5º, da CF. Esta é a regra aplicável a partir da Emenda nº 16/97, que alterou o regime anterior, quando então a duração do mandato presidencial era maior, de cinco anos, porém não havia CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 5 possibilidade de reeleição. Atualmente, o período do mandato não é mais de cinco anos, porém é possível a reeleição para um único período subseqüente. 3) POSSE O Presidente da República e o Vice-Presidente da República tomarão posse em 1° de janeiro do ano subseqüente ao das eleições, em sessão conjunta do Congresso Nacional, na qual prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil (CF, art. 78). É com a posse que se dá a investidura dos eleitos nas funções do mandato e inicia-se seu transcurso. O parágrafo único, do art. 78, da CF determina que, “se decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago”. A declaração de vacância, por se tratar de ato político, cabe ao próprio Congresso Nacional. Segundo Gabriel Dezen Junior, também é de competência do Congresso a decisão pela procedência ou improcedência de eventual alegação de força maior para a ausência, promovida por qualquer um dos eleitos. Na hipótese de o candidato eleito para a Presidência não comparecer, mas seu Vice estiver presente, cabe a ele assumir a Presidência, em caráter de substituição (investidura temporária). Não justificada a ausência, ocorre a sucessão no cargo (investidura definitiva). Também ocorre a sucessão se o não-comparecimento, apesar de justificado, é permanente. Se a ausência for justificada e temporária, uma vez cessados seus motivos, o candidato eleito para a Presidência assumirá regularmente as funções do cargo. Se não comparecerem ambos os candidatos eleitos, deverão ser realizadas novas eleições, como analisaremos posteriormente. Se apenas o candidato eleito para a Vice-Presidência não comparecer, seu cargo simplesmente permanecerá vago. Nessa hipótese, não haverá substituição ou sucessão, nem nova eleição. 4) VACÂNCIA A seguir, transcrevemos parcialmente os arts. 79 e 80 da Constituição: Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente. (...) CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 6 Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. Interpretando o dispositivo constitucional, podemos concluir que substituição é a assunção das funções presidenciais em caráter transitório, devido a impedimento passageiro do titular do cargo (férias, viagens ao exterior, licenças para tratamento de saúde etc.), cessando ao término do impedimento, quando o titular do cargo retorna ao exercício regular de suas funções; ao passo que a sucessão é a investidura nas funções presidenciais em caráter definitivo, em virtude de vacância do cargo (perda do cargo, renúncia, falecimento), pelo restante do período do mandato. Apenas o Vice-Presidente goza de competência constitucional para substituir ou suceder o Presidente, ou seja, para ser investido nas funções presidenciais em caráter transitório ou permanente. Já o Presidente da Câmara dos Deputados, o Presidente do Senado Federal e Presidente do Supremo Tribunal Federal, nesta ordem, podem assumir as funções presidenciais (e somente na hipótese de impedimento do Vice- Presidente) apenas em caráter transitório. Uma vez cessado o motivo do afastamento, o Presidente retornará ao seu regular desempenho. Podem substituir o titular do cargo, mas não sucedê-lo. Assim, em caso de impedimento (afastamento temporário) do Presidente da República, a linha de substituição no cargo é a seguinte: (1°) Vice-Presidente da República; (2°) Presidente da Câmara dos Deputados; (3°) Presidente do Senado; e (4°) Presidente do Supremo Tribunal Federal. Por outro lado, não cabe se falar em linha de sucessão, pois na hipótese de vacânciado cargo de Presidente só o Vice-Presidente tem competência para assumir definitivamente o cargo. Em qualquer dos casos, o sucessor e os substitutos poderão exercer plenamente as atribuições inerentes ao cargo. Deste modo, possuirão competência para representar o Brasil perante outros Estados, para declarar a guerra, para expedir decretos regulamentadores, para editar medidas provisórias, para conceder indultos, enfim, para exercer todas as competências que a Constituição outorga à autoridade presidencial, em especial, no art. 84. Como apenas o Vice-Presidente pode suceder o Presidente da República, reza a Constituição que, na hipótese de ficarem vagos ambos os cargos, o de Presidente e o de Vice-Presidente da República, serão realizadas novas eleições (CF, art. 81). Nos termos do artigo 81 da Carta: a) se a vacância se configurar nos dois primeiros anos do mandato, a eleição é direta, noventa dias depois de aberta a última vaga; b) se a vacância se configurar nos dois últimos anos do mandato, a eleição é indireta, a ser realizada trinta dias depois de aberta a última vaga, pelo CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 7 Congresso Nacional, na forma da lei. Essa é a única hipótese em que a Constituição prevê uma eleição indireta para um mandato eletivo. Nas duas hipóteses os eleitos apenas completarão o período de mandato de seus antecessores (mandato-tampão). Não há, pois, direito ao gozo de um mandato de 4 anos, pois a eleição é válida apenas para o período que falta do mandato dos antecessores. Se, por exemplo, quando da dupla vacância, faltarem 15 meses para o término do mandato, será este o período dos novos eleitos, descontado o lapso temporal necessário para a realização das eleições. De se destacar, mais uma vez, que somente será realizada nova eleição presidencial, na hipótese de dupla vacância. Se ficar vago apenas o cargo de Presidente, não há eleição, mas sucessão no cargo pelo Vice-Presidente; se vagar apenas a Vice-Presidência, a vaga simplesmente fica a descoberto, sendo diretamente chamados para substituir o Presidente da República, sucessivamente, os Presidentes da Câmara, do Senado e do STF. Ademais, a segunda vacância, que justifica a realização da eleição, sempre ocorre no cargo de Presidente (pois, mesmo que este tenha se tornado vago, anteriormente, houve a sucessão no mesmo pelo Vice). O art. 83, da Constituição prevê uma hipótese específica de perda do cargo, ao determinar que "o Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo". Configurada a hipótese, caberá ao Congresso Nacional, por decreto legislativo, declarar a vacância do cargo de Presidente ou do cargo de Vice- Presidente da República. 5) ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA No art. 84 da Constituição Federal encontramos um rol de competências do Presidente da República. Apesar de o caput do artigo valer-se do termo privativamente, as competências definidas em seus diversos incisos, em regra, são exclusivas, ou seja, insuscetíveis de delegação pelo Presidente da República a outras autoridades, à exceção das arroladas nos incs. VI, XII e XV, primeira parte, que são efetivamente privativas, pois passíveis de delegação pelo Chefe do Executivo federal, nos termos do seu parágrafo único. As competências prescritas nos incs. VII, VIII, XIX e XX do art. 84 são exercidas Pelo Presidente da República na condição de Chefe de Estado; as demais atribuições do artigo, na condição de Chefe de Governo. Isto posto, são competências do Presidente da República, segundo o art. 84 da Constituição: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 8 I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; Os Ministros de Estado são os auxiliares imediatos do Presidente da República, sendo de sua livre nomeação e exoneração. II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal; III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; Os decretos regulamentadores ou executivos são atos expedidos exclusivamente por chefes de Poder Executivo com o objetivo de detalhar os dispositivos das leis a serem aplicadas pela Administração, de modo a assegurar que os órgãos e entidades que a compõem, além de terem condições de executar a lei, façam-no de forma isonômica, com base nas normas editadas pelo Chefe do Poder Executivo. O poder regulamentar é um poder necessariamente infralegal, uma vez que o regulamento jamais pode ultrapassar os termos e limites da lei a partir da qual é editado. Disso decorre que este ato não possui aptidão para inovar na ordem jurídica, criando Direito novo, sendo, portanto, um ato normativo (porque contém normas), mas não legislativo (pois não pode criar Direito novo). V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; O inciso VI, alterado pela EC nº 32, de 2001, veio acrescentar ao nosso sistema constitucional o decreto autônomo, figura inconfundível com o decreto regulamentador, previsto no inc. IV, porque, ao contrário deste, tem idoneidade para inovar na ordem jurídica, nas matérias especificamente indicadas neste dispositivo. Trata-se, pois, de um ato efetivamente legislativo, pois apto para a instauração de regras jurídicas inéditas, a partir da outorga de poderes emanada diretamente deste dispositivo constitucional. De se destacar, ainda, que o decreto autônomo é delegável pelo Presidente da República, nos termos do parágrafo único, do art. 84, da CF, ao contrário do decreto regulamentador, que não admite delegação. VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 9 A incorporação dos tratados e convenções internacionais ao nosso ordenamento jurídico segue essencialmente três etapas: inicialmente, é o tratado ou convenção celebrado pelo Poder Executivo e passa a adquirir a denominada vigência internacional; a seguir, deve ser o mesmo aprovado pelo Congresso Nacional, por decreto legislativo, a partir do que passa a gozar de status hierárquico equivalente ao de lei ordinária, mas ainda não tem vigência interna (CF, art. 49, I); por fim, deve o Presidente da República editar um decreto de execução, com o que o tratado ou convenção passa a gozar de efetivas condições de aplicabilidade em nosso País. IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; X - decretar e executar a intervenção federal; XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; O indulto e a comutação de penas são atos privativos do Presidente, exercidos por decreto, ao contrário da anistia, que é matéria de lei (CF, art. 48, VIII). XIII - exercer o comando supremodas Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do Banco Central e outros servidores, quando determinado em lei; Como consta no dispositivo, todos os Ministros de Tribunais Superiores são nomeados pelo Presidente. Apenas desejamos aqui ressaltar que, apesar de todos os Ministros do Tribunal Superior Eleitoral serem nomeados pelo Presidente da República, nenhum deles é escolhido pela autoridade, e nem sua indicação é submetida à apreciação do Senado Federal. XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; Todos os Ministros do TCU são nomeados pelo Presidente, mas dois terços deles são escolhidos pelo Congresso (CF, art. 49, XIII). XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União; O dispositivo alcança os magistrados dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais, oriundos da classe dos advogados, e os desembragadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 10 XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; Nos termos do art. 49, II, da CF, a permissão do Presidente da República só poderá ser concedida se previamente o Congresso Nacional o houver autorizado a tanto. XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; Apesar do caráter genérico da previsão, a competência do Presidente para prover e extinguir cargos públicos federais é restrita ao Poder Executivo, pois deve ser observada a competência na matéria conferida pela Constituição aos Tribunais Federais, ao MPU, à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. Dentre essas atribuições, podemos citar a competência para convocar o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional (CF, art. 89 e 90), e para apresentar ao Congresso proposta de concessão e de renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão (CF, art. 223). Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. O dispositivo autoriza o Presidente da República a delegar as competências para: (a) dispor sobre organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (b) extinguir funções ou cargos públicos, quando vagos; (c) conceder indulto e comutar penas; (d) prover os cargos públicos na esfera do Poder Executivo federal. Tais competências, porque passíveis de CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 11 delegação, são privativas, ao contrário das demais arroladas no art. 84 da CF, que devemos considerar exclusivas. 5.1) ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA (estou achando este tópico com parágrafos repetitivos e cíclicos, mas só falando com vc.) O parágrafo único, do art. 79, da Constituição é extremamente lacônico ao dispor sobre as atribuições do Vice-Presidente da República, limitando-se a estauir que "o Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais". Também são competências do Vice-Presidente da República (a) substituir o Presidente da República (CF, art. 79); suceder o Presidente da República (CF, art. 79); participar do Conselho da República (CF, art. 89, I) e do Conselho de Defesa Nacional (CF, art. 91, I). Outras competências poderão ser outorgadas ao Vice-Presidente da República por lei complementar. Ademais, independentemente de qualquer previsão normativa, poderá a autoridade ser convocada pelo Presidente da República para missões especiais, como dispõe o parágrafo único, do art. 79, da CF. Alexandre de Moares considera atípicas ou impróprias as atribuições do Vice- Presidente, quando atende à determinação do Presidente para atuar em missões especiais. Já as atribuições da autoridade especificamente definidas na Constituição (sucessão, substituição, participação nos Conselhos), bem como aquelas que vierem a ser previstas em lei complementar, o Autor considera como próprias ou típicas pois, em seu entender, foi em virtude delas que a Carta instituiu o mandato de Vice-Presidente, sendo, pois, a ele inerentes. 6) RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE, PRERROGATIVA DE FORO E IMUNIDADES A Constituição estabeleceu regras especiais para o Presidente da República, quanto ao foro de julgamento, ao processo e à prisão da autoridade. Essas regras serão nosso objeto de análise, nesse momento. 6.1) PRERROGATIVA DE FORO Ao Presidente da República foi conferido foro especial por prerrogativa de função: por infrações penais comuns, responderá a autoridade perante o Supremo Tribunal Federal (CF, art. 102, I, b); por crimes de responsabilidade, perante o Senado Federal (CF, art. 52, I). CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 12 Da mesma forma que os membros do Congresso Nacional, os foros especiais só compreendem as infrações penais e só são aplicáveis durante o prazo de duração do mandado eletivo. Nos processos não-penais, a autoridade se sujeita às regras ordinárias de competência e, uma vez cessado o exercício de suas funções, mesmo os foros especiais aplicáveis aos processos penais deixam de ter incidência, devendo os autos de eventuais processos interpostos contra o Presidente ser remetidos para a Justiça Comum. 6.2) IMUNIDADES FORMAIS De pronto, deve-se destacar que o Presidente da República não foi agraciado com a inviolabilidade ou imunidade material outorgada pela Constituição aos congressistas, de modo que a autoridade não goza de qualquer proteção especial por suas palavras e opiniões proferidas no exercício do mandato presidencial. As imunidades conferidas pela Carta Política ao Presidente são formais, correspondendo às seguintes modalidades: a) imunidade relativa à prisão: nos termos do art. 86, § 3°, da Constituição,nas infrações penais comuns, o Presidente não poderá ser preso enquanto não sobrevier decisão penal condenatória. Desse modo, as prisões preventiva, temporária, e em situação de flagrante delito não podem ser aplicadas ao Presidente da República. Destaque-se que nem mesmo em caso de flagrante em crime inafiançável pode o Presidente ser preso, ao contrário do que ocorre com os membros do Congresso, uma vez que a Constituição é peremptória ao exigir para sua prisão uma decisão penal condenatória regularmente proferida pelo Poder Judiciário. As hipóteses de prisão civil – depositário infiel e inadimplemento voluntário de pensão alimentícia – também não podem ser aplicadas contra a autoridade. Por outro lado, a Constituição não exige, para a prisão do Presidente da República, o trânsito em julgado da decisão condenatória penal, de modo que uma decisão judicial ainda passível de recurso é idônea para essa finalidade. b) imunidade relativa ao processo: o Presidente somente poderá ser processado por crime comum, perante o STF, ou por crime de responsabilidade, perante o Senado Federal, após a autorização da Câmara dos Deputados, pelo voto de dois terços dos seus membros (CF, art. 86, caput); c) irresponsabilidade relativa durante o mandato: segundo o art. 86, § 4°, da CF, o Presidente da República, durante a vigência de seu mandato, não poderá ser chamado a responder por atos estranhos ao exercício de suas funções. Na hipótese de co-autoria, a imunidade da autoridade não se comunica ao co-autor do ilícito. Deve-se ressaltar novamente que o Presidente da República não goza de qualquer imunidade material, podendo ser chamado a responder por crimes de responsabilidade (que justificam a instauração do processo de CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 13 impeachment), por crimes funcionais (praticados no exercício do mandato e em função dele) e por crimes comuns. O que o § 4°, do art. 86, da CF outorga ao Presidente é a imunidade processual temporária, ou seja, embora a autoridade possa praticar, durante seu mandato, qualquer espécie de infração penal, só poderá ser responsabilizada durante seu transcurso por aquelas que se relacionem com o exercício das funções presidenciais. Essa imunidade processual temporária abrange eventuais delitos penais cometidos pelo Presidente, em data anterior à da investidura no cargo. Se o processo penal já teve início, terá seu curso suspenso até o final do mandato; se ainda não foi iniciado, só poderá sê-lo após o encerramento do mandato. Embora a Constituição não traga regra expressa a respeito, é entendimento pacífico que o curso da prescrição penal fica suspenso, enquanto estiver em vigor a imunidade processual temporária. Enfim, a imunidade prescrita no art. 86, § 4°, da Constituição impede que o Presidente da República seja responsabilizado por atos estranhos à função presidencial, enquanto ainda as tiver exercendo, ou seja, enquanto ainda não se expirou o período do mandato. Com o encerramento do mandato, poderá ser regularmente instaurado o processo penal cabível, perante a Justiça Comum. A sistemática constitucional pode ser assim sintetizada: - por crimes de responsabilidade, responde o Presidente durante o mandato perante o Senado Federal, se houver autorização da Câmara dos Deputados; - por infrações penais comuns, que guardem relação com o exercício das funções presidenciais, poderá o Presidente ser processado durante o transcurso de seu mandato, perante o STF, se para tanto houver autorização da Câmara dos Deputados; - por infrações penais desvinculadas das funções presidenciais, não poderá o processo judicial ser instaurado, enquanto em curso o mandato, mas apenas ao seu término, ficando o prazo prescricional, até então, suspenso. Ao término do mandato, independentemente de qualquer autorização da Câmara dos Deputados, poderá ser promovido o processo penal cabível, perante os órgãos da Justiça Comum (uma vez que o foro especial por prerrogativa de função cessa com o término do mandato). Pode-se concluir que o STF em nenhuma hipótese terá competência para julgar o Presidente por infrações penais não relacionadas ao ofício presidencial, pois aquelas que eventualmente já tiverem originado processos judiciais são suspensas pelo início do mandato, e aquelas praticadas, durante o mandato, só poderão justificar a instauração de processos após o decurso do período de quatro anos, e serão de competência da Justiça Comum. Por outro lado, a imunidade processual, ora analisada, não compreende as matérias e infrações de caráter não-penal, as quais podem ser objeto de processo judicial instaurado durante o período do mandado presidencial. CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 14 Esse entendimento é pacífico no STF, como podemos concluir pela transcrição parcial do seguinte julgado (HC 83.154): (...) o Presidente da República não dispõe de imunidade, quer em face de ações judiciais que visem a definir-lhe a responsabilidade civil, quer em função de processos instaurados por suposta prática de infrações político-administrativas, quer ainda em virtude de procedimentos destinados a apurar, para efeitos estritamente fiscais, a sua responsabilidade tributária. A Constituição do Brasil não consagrou na regra positivada no art. 86, parágrafo 4°, o princípio da irresponsabilidade penal absoluta do Presidente da República. 6.3) CRIMES COMUNS A competência para o julgamento do Presidente da República se altera, conforme esta autoridade esteja sendo acusada pelo cometimento de infração penal comum ou por crime de responsabilidade. No caso de infração penal comum, compete ao Supremo Tribunal Federal o julgamento do Presidente da República, se a Câmara dos Deputados, pelo voto de dois terços de seus membros, autorizar a instauração do processo contra a autoridade (CF, art. 86). Pelos termos do dispositivo, cabe à Câmara dos Deputados proferir o juízo de admissibilidade para o julgamento do Presidente da República. Se o juízo for positivo, quando pelo menos dois terços dos membros da Casa autorizam o recebimento da denúncia ou da queixa-crime contra o Presidente da República, a decisão da Câmara não é vinculante para o Supremo Tribunal Federal, que decidirá com autonomia sobre o recebimento ou não de denúncia ou da queixa-crime oferecida contra o Presidente. Se o STF, após a autorização da Câmara, admitir a acusação, recebendo a denúncia ou a queixa-crime, o Presidente será automaticamente suspenso de suas funções, durante o transcurso do processo judicial (CF, art. 86, § 1º, I). E, nessa hipótese, assume o cargo o Vice-Presidente, em substituição. Tal afastamento, entretanto, não é por prazo indeterminado, pois, nos termos do § 2º, do art. 86, da Constituição, se o julgamento não estiver concluído no prazo de 180 dias, a contar do recebimento da denúncia ou da queixa-crime pelo STF, cessará o afastamento da autoridade, prosseguindo o processo judicial para fins de definição de sua responsabilidade e aplicação das penalidades cabíveis, se for o caso. Na hipótese contrária, quando o juízo de admissibilidade da Câmara é negativo, porque não foi atingido o quorum exigido pela Constituição, a decisão da Casa Legislativa é vinculante para o STF, que não poderá recepcionar a denúncia ou a queixa-crime proposta contra a autoridade, encerrando-se, então, o trâmite processual. De se ressaltar que a atuação da Câmara dos Deputados não é exigida para a instauração de inquérito policial que se destine a investigar o cometimento pelo Presidente de crimes comuns, e nem para o oferecimento da denúncia CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL– CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 15 ou da queixa-crime. Somente após o eferecimento da denúncia ou da queixa- crime, deve o STF, antes de decidir pela sua recepção, solicitar a autorização da Câmara dos Deputados. Por fim, a expressão crimes comuns, nesse contexto, deve ser compreendida de modo a abranger todas as modalidades de infrações penais, inclusive as contravenções penais, os crimes eleitorais e os crimes dolosos contra a vida. Enfim, por qualquer infração penal, será o Presidente julgado pelo STF, mediante juízo positivo de admissibilidade proferido pela Câmara dos Deputados. 6.4) CRIMES DE RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA O julgamento do Presidente da República por crime de responsabilidade compete ao Senado Federal, dependendo a condenação do voto de dois terços de seus membros (CF, art. 52, parágrafo único), após autorização da Câmara dos Deputados para a instauração do respectivo processo, também pela manifestação de dois terços dos seus integrantes (CF, arts. 86 e 51, I). Estamos, aqui, perante o processo de impeachment contra o Chefe do Poder Executivo federal. Na matéria, vale destacar, que o STF analisando o art. 52, I, da Constituição, decidiu que, no caso de crimes comuns e de responsabilidade imputados contra Ministros de Estado, só é necessária a autorização prévia da Câmara dos Deputados se o delito tiver conexão com infração de mesma natureza imputada ao Presidente da República. Não havendo essa conexão, os Ministros de Estado podem ser processados por crimes comuns e de responsabilidade, independentemente, de autorização prévia da Câmara dos Deputados. Retornando ao tópico, é relevante considerarmos que, ao contrário do que ocorre na hipótese de crimes comuns imputados à autoridade presidencial, cujo julgamento é da alçada do STF, nos crimes de responsabilidade a decisão acerca do juízo de admissibilidade da acusação, proferida pela Câmara dos Deputados, é sempre vinculante para o Senado Federal, seja qual for o sentido da decisão. Se a Câmara proferir um juízo positivo de admissibilidade, o Senado estará obrigado a instaurar o processo contra o Presidente da República pela prática de crime de responsabilidade; se o juízo da Câmara for negativo, o Senado estará impedido de fazê-lo. Portanto, uma vez tendo pelo menos dois terços dos membros da Câmara proferido a autorização, o Senado obrigatoriamente procederá à instauração do processo. Neste caso, a instauração acarretará automaticamente a suspensão do Presidente da República, sendo a autoridade afastada do exercício de suas funções, enquando perdurar o processo. Porém, da mesma forma que nos crimes comuns, cessará o afastamento da autoridade se o julgamento no Senado não estiver concluído em 180 dias, a contar da instauração do processo de impeachment, ocorrendo, então, o retorno do Presidente ao exercício de suas funções, sem prejuízo da continuidade do processo. CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 16 Apesar de a Constituição se valer da expressão crimes de responsabilidade, porque consagrada na dourina e na jurisprudência, na verdade, estamos, na hipótese, tratando de infrações de natureza político-administrativa, que não correspondem necessariamente a infrações efetivamente penais, que possam acarretar sanções privativas ou restritivas de liberdade. Se o mesmo fato evetualmente enquadrar-se como crime de responsabilidade e como infração penal, poderá ser o Presidente condenado a sanções de natureza penal, mas não pelo Senado, e sim pelo Poder Judiciário, no transcurso de um processo judicial. A Constituição, no art. 85, arrola em rol não-taxativo os crimes de responsabilidade do Presidente. Segundo nossa doutrina, não basta a previsão constitucional para a responsabilização da autoridade, sendo necessário que haja lei, regularmente aprovada pelo Congresso Nacional, definindo especificamente as condutas do Presidente que se enquadram nessa espécie de infração, como consta expressamente no referido dispositivo constitucional, em seu parágrafo único. Na matéria, o STF assentou o entendimento de que a definição formal dos crimes de responsabilidade enquadra-se na competência legislativa privativa da União, mesmo no caso de autoridades de outras esferas de Governo, como os Governadores de Estado e os Prefeitos Municipais. Esse entendimento resultou na edição da Súmula nº 22, segundo a qual: "São de competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento". Atualmente a matéria é regulada pela Lei 1.079, de 1950, recepcionada pela atual Constituição. O art. 85 da Constituição dispõe sobre o assunto nos seguintes termos: Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: I - a existência da União; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento. A decisão do Senado no julgamento do Presidente é eminentemente política, o que a torna insuscetível de impugnação, quanto ao mérito, perante o Supremo Tribunal Federal. Se, pelos fatos trazidos à apreciação do Senado, CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 17 não ficar cabalmente comprovada que o Presidente praticou crime de responsabilidade, uma eventual decisão condenatória do Senado não poderá ser alterada pelo STF; do mesmo modo, se pelos fatos publicizados durante o processo ficar patente que o Presidente praticou ato caracterizado como crime de responsabilidade, eventual decisão absolutória não pode ser modificada pelo STF. O Senado, no caso, está exercendo de forma atípica função jurisdicional, em virtude de competência emanada diretamente da Constituição Federal, sendo o teor de sua decisão, por esse motivo, insuscetível de alteração pelo Supremo Tribunal Federal. Por outro lado, é competente o STF para apreciar a regularidade do processo de impeachment, comprendendo nessa análise o exame do cumprimento das regras processuais, em especial das que se destinam a assegurar ao acusado a observância dos princípios do contraditório e ampla defesa. Se o Presidente for condenado, pelo voto de dois terços dos membros do Senado, a condenação acarreta como sanções a pena de perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis (CF, art. 52, parágrafo único). Esta vedação ao exercício de nova função pública pelo período de oito anos não se restringe a mandatos eletivos, compreendendo qualquer outra função pública, até mesmo as decorrentes de investiduta em cargo em comissão, cargo efetivo ou emprego público. Estas são as sanções políticas, advindas diretamente da condenação pelo Senado, o que não exclui a possibilidade de outras sanções, de natureza civil ou penal, serem eventualmente imputadas ao Presidente pelo mesmo fato, no bojo de um processo judicial, como ressalva o próprio parágrafo único do art. 52, da CF, em sua parte final. Segundo o STF, a renúncia do Presidente da República, apresentada na sessão de julgamento do Senado, após o seu início, não tem o efeito de interromper o julgamento,objetivando impedir a aplicação, pela Casa, das penalidades previstas na Constituição, inclusive a pena de inabilitação, por oito anos, para o exercício de qualquer outra função pública. 7) MINISTROS DE ESTADO Os Ministros de Estado ocupam a posição institucional de auxiliares diretos do Presidente da República, sendo, nos termos do art. 87 da CF, de sua livre nomeação e exoneração, escolhidos dentre: (a) brasileiros, natos ou naturalizados (ou portugueses equiparados); (b) maiores de vinte e um anos; (c) no pleno gozo de seus direitos políticos. De se destacar que, segundo o inc. VII, do § 3°, do art. 12, da CF, com redação acrescentada pela EC nº 23, de 1999, o cargo de Ministro de Estado da Defesa é privativo de brasileiro nato. CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 18 O STF considerou inconstitucional lei estadual que condicionou a escolha de Secretários de Estado, pelos respectivos Governadores, à aprovação da Assembléia Legislativa (ADI), por ofensa ao princípio da separação dos Poderes. Como os Secretários, em nível estadual, são também os auxiliares direitos dos respectivos chefes de Poder Executivo, é de se considerar tal entendimento do STF plenamente extensível à esfera federal, significando que também padecerá de inconstitucionalidade eventual lei federal que pretenda condicionar a nomeação de Ministros, pelo Presidente da República à aprovação do Congresso Nacional ou do Senado. O parágrafo único do art. 87 declara que compete aos Ministros de Estado, além de outras atribuições enumeradas pela Constituição e na lei: a) exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República: o referendo dos Ministros de Estado nos atos e decretos assinados pelo Presidente na sua área de atribuições é requisito indispensável para sua validade, sendo tais atos e decretos nulos, se não observada a exigência constitucional; b) expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos: trata-se das instruções normativas, atos normativos editados pelos Ministros de Estado a fim de possibilitar a aplicação das leis, decretos e regulamentos que disponham sobre matérias relacionadas à sua área de atuação; c) apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério; d) praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República. Como outras competências previstas na Constituição aos Ministros de Estado podemos citar a de comparecer ao Congresso Nacional ou a qualquer de suas Comissões, quando convocado para tanto ou por sua própria iniciativa, e de responder por escrito a informações solicitadas pelos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (CF, art. 50, § 2º). Nos termos do art. 88 da CF, a lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, sendo a regulamentação de tais leis competência do Presidente da República, a ser exercida por decreto (CF, art. 84, IV). 8) CONSELHO DA REPÚBLICA A Constituição confere ao Conselho da República a posição de órgão superior de consulta do Presidente da República. Pelos termos da Carta evidencia-se que o órgão não possui competências decisórias, apenas discutindo e manifestando sua opinião nas seguintes matérias (CF, art. 90): CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 19 a) intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio; b) as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas (cabendo ao próprio Presidente da República definir quais são esses assuntos relevantes, para fins de levá-los à discussão no Conselho); O Conselho da República deve ser obrigatoriamente consultado nessas matérias, mas, porque se trata de um mero aconselhamento, sua posição, por deliberação da maioria, não é de nenhum modo vinculante para o Presidente da República, que detém a competência decisória em tais questões. Em continuidade, como se trata de um Conselho, a composição do órgão é colegiada, sendo ele integrado pelas seguintes autoridades (CF, art. 89): a) o Vice-Presidente da República; b) o Presidente da Câmara dos Deputados; c) o Presidente do Senado Federal; d) os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados: maioria é o maior partido ou coligação da Casa que dá apoio ao Presidente da República; minoria é o maior partido ou coligação que faz oposição ao Presidente (não o partido com menor representação na Casa); e) os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; f) o Ministro da Justiça; g) seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal, e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução: a nomeação dos seis cidadãos é de competência do Presidente da República, e aqueles escolhidos pelo próprio Presidente e pela Câmara não estão sujeitos à aprovação do Senado. Além desses membros permanentes, o Presidente poderá convocar Ministro de Estado para as reuniões do Conselho, quando constar da pauta de discussões questão relacionada com o respectivo Ministério (CF, art. 90, § 1º). No mais, caberá à lei dispor sobre a organização e o funcionamento do órgão (CF, art. 90, § 2º). 9) CONSELHO DE DEFESA NACIONAL Nos termos do art. 91 da Constituição, o Conselho de Defesa Nacional é o órgão de consulta do Presidente da República nas questões relacionadas com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático. É, a exemplo, do Conselho da República, um órgão com competências opinativas, não decisórias, dele participando como membros natos: a) o Vice-Presidente da República; CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 20 b) o Presidente da Câmara dos Deputados; c) o Presidente do Senado Federal; d) o Ministro da Justiça; e) o Ministro de Estado da Defesa (cargo criado pela EC nº 23, de 1999); f) o Ministro das Relações Exteriores; g) o Ministro do Planejamento; h) os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica (cargos também criados pela EC nº 23, de 1999). As atribuições do Conselho são previstas no § 1º, do art. 91, da CF, nos termos do qual cabe ao órgão: a) opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta Constituição; b) opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal (hipóteses em que também é obrigatória a oitiva do Conselho da República); c) propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo; d) estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático: nessa última hipótese, a competência do Conselho deixa de ser meramente opinativa, já que ao órgão caberá acompanhar a evolução das iniciativas aqui referidas. O § 2º do art. 91 determina que à lei caberá dispor sobre a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional. A matéria foi regulada pela Lei 8.183, de 1991. Por oportuno, cabe ressaltar que compõem tanto o Conselho da República como o Conselho de Defesa Nacional: (a) o Vice-Presidente da República; (b) o Presidente da Câmara dosDeputados; (c) o Presidente do Senado Federal; e (d) o Ministro da Justiça. Por sua vez, fazem parte somente do Conselho da República: (a) os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; (b) os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; (c) seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade. Por fim, integram apenas o Conselho de Defesa Nacional: (a) o Ministro de Estado da Defesa; (b) o Ministro das Relações Exteriores; (c) o Ministro do Planejamento; (d) os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. 10) GOVERNADORES DE ESTADO CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 21 O STF assentou o entendimento de que, dentre todas as imunidades outorgadas pela Constituição Federal ao Presidente da República, apenas a relativa à necessidade de autorização do Poder Legislativo para o processo penal pode ser prevista nas Constituições estaduais para os Governadores de Estado (ADIN 1.021-2). Assim, é válida prescrição em Constituição Estadual que estabeleça que o Governador só poderá ser processado por crime comum, perante o Tribunal de Justiça, após autorização prévia da Assembléia Legislativa, por dois terços de seus membros. Mas será inconstitucional previsão na Constituição Estadual que outorgue ao Governador qualquer imunidade formal relativa a processo ou à prisão. Com isto, temos que os Governadores, durante o exercício de seu mandato, poderão responder por atos estranhos ao exercício de suas atribuições, e que eles estão sujeitos a todas as prisões processuais previstas em nosso ordenamento jurídico. A Corte também considera inconstitucional, por falta de simetria com o modelo adotado na Constituição Federal, norma estadual que sujeite a saída do Governador, do País ou do território do Estado, por qualquer que seja o período, à prévia autorização da Assembléia Legislativa. No caso, para que previsão dessa espécie seja válida, é necessário que seja observado o parâmetro instituído na Constituição, pelo qual só se faz necessária a autorização do Poder Legislativo, quando a ausência ultrapassar o período de quinze dias (ADI 738). CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 22 QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 1) CESPE 1 (Procurador TCE/RN – 2002) - O presidente da República deverá afastar-se do exercício de suas funções após a instauração de processo de impeachment pelo Senado Federal ou, nas infrações penais comuns, após o recebimento, pelo STF, de queixa-crime ou de denúncia formulada pelo procurador-geral da República. 2 (Fiscal de Tributos Municipais – Maceió/AL – 2003) - Acerca das atribuições privativas do presidente da República, julgue os itens 161 e 162. A Compete ao presidente da República decretar o estado de defesa e o estado de sítio, bem como decretar e executar a intervenção federal. B Cabe ao presidente da República celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. 3 (Defensor Público da União – 2004) - As eleições para o Poder Executivo no Brasil adotam o sistema majoritário, sendo o majoritário puro para os prefeitos municipais em municípios menores e o majoritário de dois turnos para o presidente da República, os governadores dos estados e do Distrito Federal e os prefeitos dos municípios maiores. 4 (Juiz Substituto – TJMT -2004) - No processo legislativo estadual, o governador deverá ter iniciativa privativa de leis assemelhada àquela que tem o presidente da República na Constituição Federal. 5 (Juiz Substituto – TJSE – 2004 - adaptada) - Considere a hipótese de crime comum praticado por governador de um estado da Federação. A partir dessa situação e levando em conta as imunidades e prerrogativas do chefe do Poder Executivo estadual, julgue o item a seguir. CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 23 Mesmo processado criminalmente por delito cometido durante o mandato, enquanto não sobrevier sentença condenatória, o governador não estará sujeito à prisão cautelar. 6 (Papiloscopista Policial Federal – 2004) - Na noite de 14 de março, Tancredo Neves não mais suportou a dor e passou no Hospital de Base, em Brasília, para receber alguma medicação que o mantivesse em pé na cerimônia de passagem da faixa presidencial. A situação era mais grave do que ele havia pensado, e os médicos o mantiveram internado. Às dez horas da manhã do dia 15 de março, foi o vice- presidente José Sarney quem assumiu a Presidência da República. Figueiredo recusou-se a passar-lhe a faixa presidencial. Na opinião dele, o poder deveria ser passado a Ulysses Guimarães, presidente da Câmara dos Deputados, que prepararia novas eleições. O general deixou o Palácio do Planalto pela porta dos fundos. Fábio Koifman (Org.). Presidentes do Brasil: de Deodoro a FHC. Rio de Janeiro: 2002, p. 744 (com adaptações). O texto acima retrata uma situação entendida por alguns como impasse político, que surgiu na sucessão presidencial em 1985, e a solução institucional adotada. Considerando esse texto, julgue os itens a seguir, acerca da disciplina conferida ao Poder Executivo no regime da Constituição da República. A Caso situação idêntica ocorresse hoje (término de mandato presidencial com presidente eleito hospitalizado no dia previsto para a posse), a solução adotada em 1985 não seria possível. B O presidente e o vice-presidente da República são empossados em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição da República e os acordos internacionais, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. C No caso de vacância dos cargos de presidente e de vice-presidente da República, deve-se proceder a eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. Se a vacância ocorrer nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita, trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional. Nesses casos, os eleitos deverão apenas completar o período presidencial de seus antecessores. 7 (Analista Judiciário – Área Administrativa – STJ – 2004) - O conselho da República é órgão deliberativo cujos membros são o vice-presidente da República, o presidente da Câmara dos Deputados, o presidente do CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 24 Senado Federal, os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados, os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal, o ministro da Justiça e seis cidadãos brasileiros natos. 8 (Auxiliar Judiciária – Ar. Adm/Jud – TJAP – 2004) - Julgue os itens subseqüentes, com relação ao Poder Executivo. A O presidente da República compete nomear privativamente os ministros do Tribunal de Contas da União, os magistrados, constitucionalmente previstos, o advogado geral da união e os membros do Conselho da República. B O ministro de Estado deve exercer a orientação e a coordenação dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência, cabendo exclusivamente ao presidente da República sua supervisão. C Ao presidente da República compete privativamente exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais generais e nomeá-los para cargos que lhes são privativos. 9 (Procurador Consultivo – MP TCE/PE – 2004)- Quanto ao poder normativo, julgue os itens a seguir. A O poder normativo originário é aquele cuja competência é outorgada pela Constituição Federal. B O poder normativo é privativo do chefe do Poder Executivo. C O presidente da República pode, mediante decreto, extinguir funções e cargos públicos vagos. 10 (Defensor Público – SE – 2005) - O presidente da República não está sujeito a prisão em flagrante, salvo em face de crime inafiançável ou por determinação da autoridade judiciária competente. 2) ESAF 11 (Analista Jurídico – SERPRO/2001) - Assinale a opção correta. CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 25 a) O Presidente da República não pode ser preso enquanto durar o seu mandato. b) O Presidente da República não responde, enquanto durar o seu mandato, a processo criminal por fato que não se conecte com o exercício das suas funções. c) Cabe ao STF julgar as ações penais, as ações populares e as de improbidade administrativa em que o Presidente da República figure como réu. d) A garantia da vitaliciedade dos juízes de qualquer instância é adquirida depois de provada a sua adequação ao cargo, no período de prova de dois anos. e) A Constituição assegura a plena imunidade penal ao advogado por todo o ato praticado no processo em que atua. 12 (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT 7ª Região 2003) - Nos crimes comuns, o Presidente da República é julgado pelo: a) Supremo Tribunal Federal. b) Superior Tribunal de Justiça. c) Congresso Nacional em sessão conjunta. d) Tribunal de Justiça do Estado em que o fato aconteceu. e) Juiz de Direito da comarca em que o fato aconteceu. 13 (Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG – 2003) - Não se inclui entre as atribuições do Presidente da República: a) Criar cargos públicos no âmbito da Administração direta federal. b) Extinguir cargos públicos federais, na forma da lei. c) Conceder indulto e comutar penas. d) Declarar guerra. e) Celebrar tratados internacionais. 14 (Técnico do MPU/2004 – Área Administrativa) - Sobre o Poder Executivo, marque a única opção correta. a) É da competência privativa do presidente da república extinguir, mediante decreto, funções ou cargos públicos. CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 26 b) Haverá eleições indiretas para presidente e vice-presidente da República se ambos os cargos ficarem vagos nos dois últimos anos do período presidencial. c) Admitida a acusação contra o presidente da República por infração penal comum, ele será submetido a julgamento perante o Senado Federal. d) Integram o Conselho da República o vice-presidente da República e o ministro do Planejamento. e) Compete ao Conselho de Defesa Nacional, órgão superior de consulta do presidente da República, opinar sobre as questões relevantes para a estabilidade das instituições nacionais. 15 (Analista - MPU - 2004 Área: Administrativa) - Sobre o Poder Executivo, marque a única opção correta. a) O presidente da República pode delegar a Ministro de Estado sua competência para dispor, mediante decreto, sobre a extinção de funções ou cargos públicos vagos. b) Se, por qualquer motivo, o presidente da República não tomar posse na data fixada no texto constitucional, o cargo será declarado vago, após dez dias, contados dessa data. c) O vice-presidente da República substituirá o presidente da República no caso de vacância do cargo e, nessa hipótese, responderá pela presidência da República nos afastamentos do titular, sucessivamente, o presidente da Câmara dos Deputados, o presidente do Senado Federal e o presidente do Supremo Tribunal Federal. d) Será considerado eleito presidente da República, em primeiro turno, o candidato que atingir uma votação que seja igual ou superior à maioria absoluta dos votos apurados na eleição. e) Para a constitucionalidade da declaração de guerra, pelo presidente da República, no caso de agressão estrangeira, ela terá que ser, sempre, submetida ao referendo do Congresso Nacional. 16 (AFRF/2005) - Sobre a organização do Poder Executivo, na Constituição de 1988, marque a única opção correta. a) Na eleição para presidente da República, será considerado eleito em primeiro turno de votação o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta do total de votos apurados na eleição. CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 27 b) Tendo sido autorizada, pela Câmara dos Deputados, a instauração de processo contra o presidente da República, por prática de crime comum, o presidente ficará suspenso de suas funções, em decorrência da autorização, por cento e oitenta dias, cabendo ao Supremo Tribunal Federal processá-lo e julgá-lo. c) O Conselho da República é o órgão superior de consulta do presidente da República competente para pronunciar-se sobre questões relevantes para a soberania nacional e a defesa do Estado Democrático. d) Compete aos ministros de Estado, na sua área de competência, referendar os atos e decretos assinados pelo presidente da República. e) Do Conselho de Defesa Nacional participam os líderes da maioria e minoria na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. 17 (Advogado – IRB – 2006) - Sobre Poder Executivo e Defesa do Estado Democrático e das Instituições Democráticas, assinale a única opção correta. a) Por força de disposição constitucional, as posses do Presidente e do Vice-Presidente da República deverão ser sempre simultâneas, sob pena dos cargos serem declarados vagos. b) Compete ao Presidente da República nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros dos Tribunais Superiores, o presidente e os diretores do Banco Central. c) Nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, o Presidente da República ficará suspenso de suas funções após a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da instauração do processo por crime de responsabilidade ou do recebimento da denúncia pelo Supremo Tribunal Federal, nos crimes comuns. d) Em razão de sua condição de mero órgão de consulta, a audiência prévia do Conselho de Defesa Nacional, pelo Presidente da República, para fins de decretação do estado de defesa é facultativa, decorrendo de decisão discricionária do Presidente da República. e) Na vigência do estado de sítio, poderá haver restrição da liberdade de reunião, não sendo admitida a suspensão desse direito, uma vez que ele tem proteção constitucional até mesmo contra alterações pelo poder constituinte derivado. 18 (AFC – CGU – 2006) - Sobre organização dos poderes, assinale a única opção correta. CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 28 a) Conforme estabelece a Constituição Federal, o Presidente da República só poderá comutar penas depois da audiência prévia dos órgãos instituídos em lei. b) O Presidente da República só poderá decretar a mobilização nacional depois de previamente autorizado pelo Congresso Nacional. c) O Presidente da República comete crime de responsabilidade se praticar ato que atente contra a lei orçamentária. d) Segundo a Constituição Federal, a proibição ao Presidente da República de se ausentar do País sem licença do Congresso Nacional, por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo, só se aplica ao Vice-Presidente da República quando ele estiver no exercício do cargo de Presidente. e) É condição para ser escolhido Ministro de Estado, estar no pleno exercício de sua capacidade eleitoral passivae ativa e ser maior de trinta anos. 19 (AFC – CGU – 2006) - Sobre o Poder Executivo, assinale a única opção correta. a) Na eleição para Presidente da República, se antes do segundo turno ocorrer a morte do candidato a Presidente da República, o candidato a Vice-Presidente assume a cabeça da chapa e, no caso de sua eleição, em seus impedimentos, ele será substituído, sucessivamente, pelo Presidente da Câmara dos Deputados, pelo Presidente do Senado Federal e pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. b) Os eleitos para assumirem os cargos de Presidente e Vice- Presidente da República, no caso de vacância dos dois cargos, serão sempre eleitos apenas para completar o período que resta do mandato, seja essa eleição uma eleição geral ou uma eleição indireta, feita no âmbito do Congresso Nacional. c) Compete ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre a criação ou extinção de órgãos públicos, desde que não implique aumento de despesa. d) Compete ao Presidente da República exercer o comando supremo das Forças Armadas e ao Ministro de Estado da Defesa, por força das suas atribuições administrativas, a nomeação dos oficiais-generais para os cargos que lhes são privativos. e) Nos termos da Constituição Federal, o Presidente da República, na vigência de seu mandato, só pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções quando o ilícito for de natureza penal. CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 29 20 (PFN/2006) - Suponha que o Congresso Nacional aprove lei, de iniciativa de Deputado Federal, que reduz alíquota do Imposto de Renda de Pessoas Físicas. O Presidente da República sanciona o projeto. Mais tarde, percebe que a lei é ruinosa e ouve seus conselheiros jurídicos que lhe dizem: 1. Houve vício de iniciativa na elaboração da lei. 2. O Presidente da República não pode provocar o Supremo Tribunal Federal a exercer o controle de constitucionalidade sobre a lei, porque sancionou o projeto. 3. O Presidente da República pode, desde que se atenha ao prazo de veto de que dispõe constitucionalmente, voltar atrás na sanção e vetar o projeto. 4. Tendo o Presidente da República sancionado a lei, toda discussão sobre eventual invasão da sua iniciativa privativa fica prejudicada, já que, qualquer que seja o caso, a sanção supre o vício de iniciativa. Assinale a opção correta. a) Todas as afirmações estão corretas. b) Apenas uma das afirmações está correta. c) Apenas duas das afirmações estão corretas. d) Apenas três das afirmações estão corretas. e) Nenhuma das afirmações está correta. 3) FCC 21 (Auditor – TCE/MG – 2005) - Na hipótese de prática de conduta tipificada na legislação penal como crime comum, o Presidente da República (A) poderá ser preso em flagrante, em se tratando de crime inafiançável, devendo o assunto ser submetido de imediato à Câmara dos Deputados. (B) ficará suspenso de suas funções, por até cento e oitenta dias, após instauração de processo pelo Senado Federal. CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 30 (C) será submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, após admitida a acusação por dois terços dos membros do Congresso Nacional. (D) perderá o mandato e, mediante julgamento do Senado Federal, será inabilitado por cinco anos para o exercício de função pública. (E) não poderá ser responsabilizado, na vígência de seu mandato, em se tratando de ato estranho ao exercício de suas funções. 22 (Auditor – TCE/PI – 2005) - Relativamente à responsabilização do Presidente da República por infrações penais comuns, estabelece a Constituição que (A) ficará suspenso de suas funções, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Superior Tribunal de Justiça. (B) a acusação deverá ser admitida pela Câmara dos Deputados e o julgamento realizado pelo Senado Federal. (C) o Presidente não se sujeita à prisão, exceto na hipótese de flagrante de crime inafiançável. (D) não poderá o Presidente ser responsabilizado por atos estranhos ao exercicio de suas funções, na vigência de seu mandato. (E) se o julgamento não estiver concluido em 180 dias a contar do recebimento da denúncia, fica prejudicado o prosseguimento do processo. 23 (Procurador – TCE/PI – 2005) - Poderá ocorrer, sem a participação do Presidente da República, a elaboração de (A) lei complementar (B) lei delegada (C) lei ordinária (D) emenda constitucional (E) medida provisória 24 (Procurador – TCE/PI – 2005) - No processo legislativo brasileiro há matérias cuja iniciativa é de competência privativa do Presidente da República. Dentre essas se inclui a de dispor sobre (A) os servidores públicos da União, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria. (B) a organização dos Tribunais Superiores. CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 31 (C) matéria tributária. (D) a exploração de gás canalizado. (E) o sistema monetário. 25 (Procurador – TCE/PI – 2005) - Em regimes republicanos, costuma haver a previsão de procedimentos especiais para apurar e julgar os crimes do Presidente da República, que costumam ser divididos em crimes de responsabilidade e crimes comuns. A Constituição Federal prevê, para essas espécies de crimes, dois procedimentos diversos. Sobre eles, é correto afirmar que (A) o julgamento, nos casos de crime de responsabilidade, será perante o Supremo Tribunal Federal e dependerá de autorização prévia da Câmara dos Deputados. (B) os crimes de responsabilidade serão julgados no Senado Federal e os crimes comuns serão julgados na Câmara dos Deputados. (C) da decisão condenatória proferida pelo Senado Federal, nos casos de crime de responsabilidade, cabe recurso ao Supremo Tribunal Federal. (D) o julgamento dos crimes de responsabilidade será realizado no Congresso Nacional, em sessão conjunta, sob a presidência do Presidente do Supremo Tribunal Federal. (E) é necessária a autorização de dois terços da Câmara dos Deputados para que o Presidente da República seja submetido a julgamento, tanto nos casos de crime de responsabilidade quanto nos casos de crime comum. 26 (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/RN – 2005) - O Presidente da República (A) somente será julgado por crime comum ou de responsabilidade após autorização de dois terços do Senado Federal. (8) ficará suspenso de suas funções, nas infrações penais comuns, após a instauração do processo pelo Senado Federal. (C) não poderá ser responsabilizado na vigência de seu mandato por atos estranhos ao exercício de suas funções. (O) ficará suspenso de suas funções, nos crimes de responsabilidade, após instauração do processo pelo Supremo Tribunal Federal. (E) poderá ser preso preventivamente durante o transcorrer do processo por infração comum CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 32 27 (Técnico Judiciário – Área Administrativa– TRE/RN – 2005) - Em caso de impedimento do Presidente da República e de seu Vice, serão sucessivamente chamados ao exercício daquele cargo, o Presidente (A) do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados e o do Supremo Tribunal Federal. (B) da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. (C) do Supremo Tribunal Federal, o do Senado Federal e o da Câmara dos Deputados. (D) do Conselho da República, o da Câmara dos Deputados e o do Senado Federal. (E) do Congresso Nacional, o do Supremo
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