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Apol Epistemologia da Geografia

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Questão 1/5 - Epistemologia da Geografia
Atente para a seguinte citação: 
“No século XIX, a concepção de um conhecimento apoiado na descrição dos lugares, com ênfase nas relações de causalidade entre o homem e o meio, colocou a geografia sob a égide da análise regional: uma ciência empírica, descritiva e de síntese. Entre as décadas de 1950-1970, o embate entre a geografia quantitativa, a geografia cultural e a geografia crítica, em relação ao seu objeto de estudo, ainda ocupava o centro das preocupações. O reducionismo epistemológico não tardou em classificar essas abordagens em ‘quase-escolas’: geografia pragmática (positivismo lógico), geografia crítica (materialismo histórico e dialético) e geografia da percepção (fenomenologia)”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GODOY, P. R. T. de. Algumas considerações para uma revisão crítica da história do pensamento geográfico. In: GODOY, P. R. T. (Org.). História do pensamento geográfico e epistemologia em Geografia. p. 146-157, São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. p. 154. 
Considerando o fragmento de texto dado e os conteúdos do livro-base Epistemologia da Geografia: elementos para apre(e)nder e ensinar a dinâmica do espaço sobre o pensamento geográfico dos geógrafos críticos, assinale a alternativa correta:
Nota: 20.0
	
	A
	Os pensadores da geografia crítica negavam a influência demasiada do sistema político e econômico vigente.
	
	B
	Os autores da chamada geografia crítica foram ao encontro dos pressupostos positivistas e neopositivistas, somando a eles o método fenomenológico.
	
	C
	Os geógrafos críticos se utilizam do método desenvolvido por Hegel e Marx juntamente com as ideias da corrente filosófica denominada de construtivismo.
	
	D
	Os geógrafos críticos se opuseram ao empirismo exacerbado e à fundamentação positivista e neopositivista que orientava as pesquisas até então.
Você acertou!
“Os geógrafos críticos se opuseram ao empirismo exacerbado e à fundamentação positivista e neopositivista que orientava as pesquisas até então. As transformações geopolíticas derivadas da Guerra Fria produziram questionamentos profundos de geógrafos sobre o papel dessa ciência na sociedade” (livro-base, p. 170).
	
	E
	Os geógrafos críticos se aliaram aos neopositivistas na crítica ao positivismo de Augusto Comte, aprimorando e desenvolvendo uma metodologia renovada para as análises do espaço.
Questão 2/5 - Epistemologia da Geografia
Considere o trecho de texto: 
“A dicotomia entre Geografia Humana e Geografia Física enfraquece a ciência geográfica, pois, ao renegar uma delas, o geógrafo restringe o seu campo de trabalho. Perde, portanto, espaço em uma sociedade cada vez mais competitiva, ao referir-se, por exemplo, à importância da temática ambiental, possivelmente o tema que mais une os diferentes ramos da Geografia, mas, ao mesmo tempo, é cobiçado por várias outras ciências. Essa perda da Geografia é devido à sua fragmentação. A formação dualista da Geografia, englobando os aspectos físicos e sociais associados à capacidade de síntese, fornece uma ampla vantagem dessa ciência perante as demais”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Sérgio Henrique Pinto. Geografia Física e Geografia Humana: uma dicotomia a ser superada?. Outros Tempos, v. 4, n. 4. 2007. <https://www.outrostempos.uema.br/Volume04/vol04art05.pdf>. Acesso em 03 mar 2019. 
De acordo com Vitte, o desafio da geografia tem resolução pela junção da filosofia com a ciência. Assim, por meio da investigação filosófica, de uma análise filosófica-artística-científica, é possível uma pesquisa pertinente ao contexto histórico atual. A partir do fragmento de texto citado e dos conteúdos do livro-base Epistemologia da Geografia: elementos para apre(e)nder e ensinar a dinâmica do espaço sobre a posição do geógrafo Vitte quanto ao desafio da geografia e seus impasses contemporâneos, assinale a alternativa correta:
Nota: 20.0
	
	A
	A produção de uma ciência geográfica levará a filosofia a encontrar seu verdadeiro valor, utilizando os aspectos espaciais para compreender os objetos e as diferentes formas de pensar o mundo.
	
	B
	A dicotomia entre a geografia física e a humana já foi resolvida, tendo as duas suas permanências históricas asseguradas.
	
	C
	Há uma falta de unidade investigativa no curso de geografia, uma dicotomia histórica, que necessita de elucidação, sendo um ponto central para entender as exigências atuais dessa ciência.
Você acertou!
Inaugurando o caminho de uma ciência filosófica, a geografia deve abrir-se a uma atividade filosófica no trato dos objetos.  O conflito entre ambas, geografia física e geografia humana, está longe de qualquer solução e, por isso, deve ser o centro dos esforços dos geógrafos contemporâneos. A dicotomia entre uma geografia física e outra humana é o ponto de confluência do saber contemporâneo, importante para entender as demandas da ciência geográfica. Para o autor, a geografia precisa da filosofia para descobrir seu método de análise, se descobrindo como uma ciência filosófica do espaço (livro-base, p. 212).
	
	D
	Para Vitte, a geografia deve se afastar da filosofia, pois recorreu a outras ciências, o que permitiu o desenvolvimento de um método de análise de seu objeto.
	
	E
	A geografia é uma ciência que possui um método próprio e independe de outras ciências ou do tratamento filosófico de seus objetos de análise.
Questão 3/5 - Epistemologia da Geografia
Atente para a seguinte citação: 
“O que marca o conhecimento e o método são os circuitos recursivos entre sujeito e objeto, espírito e mundo. Por isso, as relações de incerteza e os buracos negros dão o tom do conhecimento dos conhecimentos, assim como da consciência de seus limites. Os conhecimentos vivem sempre no limite de sua própria destruição. As relações de causalidade e determinismo devem ser colocadas em seu devido lugar e não serem tomadas como deflagradoras exclusivas dos processos cognitivos, sociais, culturais.” 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Edgar de Assis. Circuitos metodológicos da complexidade. Anais IV SE&PQ. Rio Claro, 2010. <https://arquivo.sepq.org.br/IV-SIPEQ/Anais/artigos/22.pdf>. Acesso em 03 mar. 2019. 
A partir do fragmento de texto e conforme os conteúdos do livro-base Epistemologia da Geografia: elementos para apre(e)nder e ensinar a dinâmica do espaço sobre o circuito recursivo da cultura, assinale a alternativa correta:
Nota: 20.0
	
	A
	O ser humano se expressa nas dimensões política, técnica e ética. Já as mediações existenciais seriam: o universo do poder, do fazer e do saber, que são permeadas pelo universo do conviver, reproduzindo-se num circuito recursivo da cultura.
Você acertou!
As dimensões política, técnica e ética fazem parte da realidade humana, de sua maneira de se expressar, e desembocam no universo do poder, do fazer e do saber, que são permeados pelo universo do conviver.  A cultura seria o conjunto dos saberes, fazeres, regras, normas, proibições, estratégias, crenças, ideias, valores, mitos, e se transmite de geração em geração, se reproduz em cada indivíduo, controla a existência da sociedade e mantém a complexidade psicológica e social. Todas as ciências são circunscritas na dimensão cultural. A cibercultura também é influenciada na relação recursiva (livro-base, p. 219).
	
	B
	O conjunto dos saberes, normas, estratégias, crenças, valores e mitos se perde ao longo das gerações e, por isso, cada indivíduo, possui uma baixa complexidade psicológica e social.
	
	C
	O circuito recursivo não representa as ciências que estão circunscritas à dimensão cultural, já que a cibercultura demanda uma revisão desses princípios, pois é um espaço que produz modos de relacionamento, de busca de informações.
	
	D
	A geografia ainda está muito distante de conceber o indivíduo como agente de transformaçõessocioespaciais.
	
	E
	A identidade humana é resultado da interação entre sociedade-intelecto-ação, resultando na autonomia em relação aos traços culturais.
Questão 4/5 - Epistemologia da Geografia
Atente para a citação: 
“Hannah Arendt, na sua obra prima The human condition (orig. 1958), critica essa postura marxista, com razão, quando aponta a fundamental diferença entre ‘trabalhar’ (arbeiten) e ‘fazer’ (herstellen, werken), designando o homem dialeticamente tanto como animal laborans como homo faber [...]. Assim, encontra na ‘condição humana’ um termo acionista para a alienação entre trabalho e fazer. Nessa visão, a sociedade moderna transforma-se, sim, numa sociedade na qual predominam atividades produtivistas alienadoras e de consumo, cujo equilíbrio oscila entre produção e destruição, em que existe uma forte circulação de mercadorias e em que a sedução do homem é princípio e fim da produção. [...] Mas, para Arendt, essa característica é apenas marcante para a cultura de massa que é ‘usada, abusada e esgotada para expulsar o tempo vazio’... ‘para os fins do divertimento’ [...]. Nesse sentido, Arendt afasta qualquer felicidade na sociedade moderna que vai além da satisfação do animal laborans”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SAHR, Wolf-Dietrich. Ação e espaçoMUNDOS – a concretização de espacialidades na geografia cultural. In: SERPA, A., (org). Espaços culturais: vivências, imaginações e representações. Salvador: EDUFBA, 2008, p. 31-58. <http://books.scielo.org/id/bk/pdf/serpa-9788523211899-03.pdf>. Acesso em 03 mar. 2019. 
A geografia cultural recebeu contribuições de vários pesquisadores, entre eles Arendt, que propõe uma geografia voltada às práticas sociais do ser humano, com o objetivo de pesquisar os enquadramentos do agir, os quais asseguram continuidade e coerência a uma comunidade. Ela relaciona três formas distintas de ação para elucidar um determinado cenário: o trabalhar, o espaço do fazer e do agir. A partir do fragmento de texto e conforme os conteúdos do livro-base Epistemologia da Geografia: elementos para apre(e)nder e ensinar a dinâmica do espaço sobre o trabalhar, o espaço do fazer e o ato de agir, conforme Arendt, assinale a proposição correta:
Nota: 0.0
	
	A
	O trabalhar é dominado por esquemas culturais e semióticos, e se exterioriza culturalmente por meio de padrões normatizados. Baseados nas racionalidades simples (matemáticas, capitalistas), formam-se os territórios do trabalho e do consumo.
“O trabalhar ocorre em sua forma de força de trabalho e se manifesta culturalmente dentro de padrões normatizados e dominados por esquemas culturais e semióticos. Formam-se os territórios do trabalho e do consumo, baseados nas racionalidades simples e homogeneizadoras [...] . O agir [...] é o espaço da expressão humana criativa envolvendo a invenção de linguagem inovadoras espaciais [...] [como a poesia e a música]” (livro-base, p. 220,221). O espaço do fazer enfatiza a significação como parte integral da forma de produzir: o mundo vivido familiar, os espaços étnicos e de resistência (p. 220-221).
	
	B
	O trabalhar é o espaço do ofício relacionado à música e às artes, em contraponto às bases capitalistas dominantes.
	
	C
	O agir é o mundo vivido familiar, os espaços étnicos, os cenários sociais, artísticos, religiosos. O importante é a significação da maneira de produzir.
	
	D
	O espaço do fazer aqui tem como exemplo a poesia e a música, um espaço da expressão humana criativa, por meio de linguagens que permitem a comunicação em territórios de liberdade.
	
	E
	O espaço do fazer é baseado na racionalidade e está condicionado às políticas trabalhistas vigentes.
Questão 5/5 - Epistemologia da Geografia
Leia o fragmento de texto: 
“As Geografias de Ratzel e de Vidal tiveram sua raiz filosófica no positivismo de Augusto Comte, o qual foi passado acriticamente para seus seguidores. A geografia de Hettner e Hartshorne fundamentava-se no neokantismo de Rickert e Windelband. O fato de ter sido menos empirista não quer dizer que essa proposta tenha rompido com este traço marcante de toda a Geografia; apenas ela não se negou também ao uso da dedução”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MORAES, A. C. R. Geografia: pequena história crítica. São Paulo: Hucitec, 1987. p. 31. 
Considerando o fragmento de texto dado e os conteúdos do livro-base Epistemologia da Geografia: elementos para apre(e)nder e ensinar a dinâmica do espaço sobre os geógrafos neokantianos, assinale a alternativa correta sobre os pensadores vinculados a essa corrente do pensamento:
Nota: 20.0
	
	A
	Os pensadores denominados como neokantianos reafirmaram a classificação da ciência em dois grupos propostos por Kant: ciências da natureza e ciências da cultura.
	
	B
	Os geógrafos neokantianos defendiam a dicotomia possibilismo-determinismo, afirmando não ser necessário superá-la em prol do desenvolvimento científico da geografia.
	
	C
	Os principais expoentes da geografia neokantiana foram La Blache, na França e Ratzel, na Alemanha.
	
	D
	Os geógrafos neokantianos buscaram defender a geografia como uma ciência humana idiográfica, coadunando com os pensadores franceses da corrente possibilista.
	
	E
	Os geógrafos neokantianos procuraram reafirmar a visão de que a geografia se trata de ciência de síntese, incumbida de articular a geografia geral e regional, com vistas ao conhecimento das áreas diversas da superfície terrestre.
Você acertou!
“A necessidade de requalificação da geografia no meio científico fomentou a busca de um método que superasse a dicotomia possibilismo-determinismo, reacendendo o debate proposto por Immanuel Kant, que postulara que, por meio das ciências naturais monotéticas e das ciências humanas idiográficas, nasceram as ciências da natureza e as ciências da cultura. Os geógrafos neokantianos questionaram essa classificação e atribuíram novos sentidos ao estudo geográfico, procurando reafirmar a visão de que se trata de uma ciência de síntese, incumbida de articular a geografia geral e a regional, com vistas ao conhecimento das áreas diversas da superfície terrestre” (livro-base, p. 90).

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