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DIDÁTICA Didática: caminhos para que o ensino atinja o ensino-aprendizagem de forma ativa e significativa. Objeto de estudo da Didática: processo de ensino e aprendizagem. Onde tem processo de ensino-aprendizagem, tem didática. Didática tem objetivo, conteúdo, metodologia, avaliação, referência científica. Comenius (1592-1670): Considerado o Pai da Didática Magna Propõe que o aluno deveria ser instruído para os bons costumes, desenvolver virtudes para viver em sociedade, visando o progresso da nação. Herbart (1766-1841): Considerado o Pai da Pedagogia Tradicional. Propôs o método da transmissão-assimilação, tomando por base os estudos da Filosofia e da Psicologia. Podemos dizer que Herbart e Comenius são os principais representantes do modelo tradicional de ensino. Rousseau (1712-1778): “O homem é bom no seu estado natural”. O papel do educador: afastar a criança dos vícios da sociedade, permitindo-lhe desabrochar espontaneamente suas potencialidades inatas; não impor e sim desenvolver a curiosidade, a sabedoria. Pestalozzi (1746-1827): Defendia a doutrina naturalista: que o homem nasce bom e que o seu caráter era formado pelo ambiente que o rodeia. Froebel (1782-1852): Criador do Jardim de Infância, em 1837 “As crianças são como as plantas, cujo desenvolvimento futuro é uma consequência do tratamento que recebem nos primeiros anos de vida. Por isso, elas devem crescer à luz da natureza, lançando raízes sobre a sua terra, alimentando-se do seu próprio ambiente”. Decroly (1871-1932): A escola ideal: ambiente onde a criança pudesse observar, diariamente, os fenômenos da natureza e a manifestação de todos os seres humanos; além de conhecer o meio social em que vive. Maria Montessori (1870-1952): Em 1912, elaborou o método montessoriano Dava importância à educação sensorial e recusava as técnicas didáticas fixas. Método montessoriano: centrado na autoeducação por meio de brinquedos educativos. Dewey (1859-1952): Sua pedagogia baseia-se nas noções de experiência e atividade. Insiste em que só se pode realmente aprender aquilo que corresponde a um interesse verdadeiro e espontâneo, que conecta o indivíduo ao objeto do conhecimento Kilpatrick (1871–1965): Organismo intervém em toda a atividade: o pensar, o sentir, os impulsos (o objetivo, a necessidade é que impulsiona o indivíduo), ação corporal, secreções glandulares. Claparède (1873-1940): A favor de uma educação funcional, de uma escola sob medida: pedagogia adaptada ao caráter individual do aluno. Freinet (1896-1966): A favor da não ruptura entre escola e meio social (vida e escola). O professor deve considerar os interesses de seus alunos, permitindo a livre expressão deles: conversas livres, composição de pequenos textos e desenhos livres. Piaget (1896-1980): Escola: oferecer ensinamentos sobre a educação moral, social, cívica. É considerado interacionista e conhecido pelos seus estudos sobre os estágios cognitivos/estágios de desenvolvimento intelectual da criança. Correntes pedagógicas LIBERAIS Modelo Tradicional Esse modelo tem como representantes principais Comenius (Pai da Didática Magna) e Herbart (Pai da Pedagogia Tradicional) O professor é o centro do processo de aprendizagem; ele detém o poder do conhecimento. O conhecimento é transmitido vertical e hierarquicamente do professor para o aluno que recebe, passivamente, uma massa de informações para arquivar em sua mente. Escola Nova Dewey como principal representante Na Escola Nova o professor passará a estreitar os vínculos com o aluno, se relacionando de forma mais amigável, centralizando o ensino no educando, permitindo, ao mesmo, mais espontaneidade e comportamento ativo. Esse é um modelo de ensino que mobiliza a motivação pessoal, desperta o interesse do aluno, pois ele não ficaria mais parado, sentado para aprender através da memorização Tecnicismo Segundo essa perspectiva educacional, o comportamento desejado é fixado pela recompensa. Tradicional Escolanovista Tecnicista Professor É o transmissor dos conteúdos aos alunos. É o facilitador da aprendizagem, o auxiliador no desenvolvimento “livre” da criança. É o técnico, tutor que aplica um conjunto de meios que garantem a eficiência do ensino, controlando o resultado. Aluno Um ser passivo que deve assimilar os conteúdos transmitidos pelo professor. Um ser “ativo”, centro do processo ensino-aprendizagem. Um elemento para quem o material é preparado, devendo ser eficiente, produtivo, técnico. Relação Aluno-Professor Autoridade do professor exige atitude receptiva dos alunos e impede qualquer comunicação entre eles. Relação “democrática”, autoritarismo diluído na fisionomia de camaradagem. Relação objetiva onde o professor transmite informações e o aluno vai fixá-las, seguir o comando externo. Método Exposição verbal da matéria, centrado no professor Leituras Cópias Ditados Exercícios de fixação Uso excessivo do quadro: previamente determinado e pronto (não altera conforme andamento da aula) Solução de problemas Desafios cognitivos Pesquisa Experimentos Experiência Jogos Trabalhos em grupo. Estudo do meio natural e social Registro empírico. Instrução programada, módulos. Ênfase nos recursos audiovisuais Apostilas Teoria Comportamental: recompensa e punição (estímulo-resposta). Transmissão de informações precisas, objetivas, rápidas. Tele-educação, EAD. Correntes Pedagógicas PROGRESSISTAS Libertadora: Década de 1960 Paulo Freire (1921-1997) como referência, considerado um dos maiores educadores brasileiros do século XX. O professor deve incentivar a curiosidade, a liberdade de expressão, a criatividade, o pensamento crítico através da pesquisa; viver e aprender com o diferente, criar possibilidades e saber escutar; Libertária: Década de 1980 Na tendência libertária, há um sentido expressamente político, à medida que se afirma o indivíduo como produto do social e que o desenvolvimento individual somente se realiza no coletivo. Célestin Freinet (1896-1966) Maurice Tragtenberg (1929-1998) Crítico social dos conteúdos Na tendência crítico-social dos conteúdos (Saviani, Snyders, Makarenko, Libâneo, Luckesi), a ideia é difundir os conteúdos escolares concretos, porém, indissociáveis da realidade social do aluno. Libertador Libertário Crítico Social Professor É o transmissor dos conteúdos aos alunos. Autoridade democrática Autoridade democrática. Aluno Sujeito protagonista da história. Livres, autodisciplinados. Livres, autodisciplinados. Relação Aluno-Professor Igualitária, não paternalista. Baseada no respeito mútuo, visando objetivos comuns. Relação democrática. Método Conscientização Polemização Problematização Grupo de discussão Confrontação Dialógica Dialética Teoria e prática Temas geradores Vivência grupal Tomada de decisões Votações Privilegia a aquisição de um saber, vinculado à compreensão da realidade. Articulação teoria e prática Escola e sociedade Conteúdo e forma PLANEJAMENTO NO CAMPO DA EDUCAÇÃO: NÍVEIS DE PLANEJAMENTO E SEUS FUNDAMENTOS Podemos dizer que planejar é estudar, é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema. O planejamento se preocupa com “para onde ir” e quais as maneiras adequadas de se chegar lá, tendo em vista a situação presente e as possibilidades futuras. Planejamento no campo educacional Planejamento Educacional: É aquele que se desenvolve em um nível mais amplo de um país ou região, estando a cargo de especialistas e autoridades educacionais no âmbito do Ministério da Educação, dos Conselhos de educação e dos órgãos específicos relacionados a cada segmento de ensino. Planejamento Curricular: planos desenvolvidos por instituições educacionais que tomando como base os órgãos governamentais para elaborar e executar suas propostas pedagógicas (definição de conteúdo, carga horária, tipos de atividades), obedecendo às orientações das Diretrizescurriculares. Planejamento de Ensino: aquele planejamento desenvolvido por educadores/professores no âmbito de suas atividades. Planejamento participativo: Assume que a efetividade de um processo está na capacidade de entender que o poder emana da responsabilidade de cada um e não da posição hierárquica que ocupa na organização. Neste modelo, todos têm um nível de responsabilidade, que se transforma em corresponsabilidade na tomada e execução das decisões. OS OBJETIVOS EDUCACIONAIS Objetivos gerais: São mais amplos, alcançados em médio e longo prazo, mas abstratos, refletindo uma filosofia de educação; ou seja, consistem na nossa contribuição na formação do sujeito. Objetivos específicos: São mais precisos, concretos, alcançados em curto prazo, imediatistas, operacionais, instrucionais. OS CONTEÚDOS ESCOLARES Conteúdos Escolares: conhecimento científico que se ensina aos alunos para que desenvolvam as capacidades que lhe permitam produzir e usufruir dos bens culturais, sociais e econômicos. Os conteúdos não devem ter características de terminalidade e devem servir como ponto de partida para novos conhecimentos. OS PROCEDIMENTOS DE ENSINO São meios para alcançar objetivos gerais e específicos do ensino, englobando as ações a serem realizadas pelo professor e pelos alunos para atingir objetivos e conteúdos. Estratégia: Meios disponíveis pelo professor para atingir os objetivos específicos. Método: caminho a seguir para alcançar um fim; um roteiro geral para a atividade. O método indica as grandes linhas de ação. Técnica: é a operacionalização do método. Ex.: utilização das diferentes técnicas de dinâmica de grupo. Procedimentos: Maneira de efetuar alguma coisa. Consiste em descrever as atividades desenvolvidas pelo professor e as atividades desenvolvidas pelos alunos. Método da contradição: essa abordagem se trata de enfrentarmos os paradoxos entre a teoria e a prática no processo de aprendizagem. Método da Aula Prática/Aula-passeio: medida em que se permite a participação do aluno no processo de aprendizagem; porém, não garantem necessariamente uma visão crítica sobre o que se está estudando. Método do Aprender Fazendo: método ativo que valoriza a experiência concreta do aluno, que observa, manipula materiais, objetos, experimenta, pesquisa. É considerado método da descoberta. Método da Produção de Conhecimentos: trata-se de abrirmos um espaço para o debate, indagando os alunos sobre o que poderiam dizer sobre o assunto. Método da Interdisciplinaridade: estabelecimento de relações entre as temáticas de ensino de uma mesma disciplina. AVALIAÇÃO ESCOLAR Nérici (1969): enfatiza o resultado final (modelo tradicional) Piletti (2010): enfatiza o processo (modelo progressista) Funções da avaliação Função pedagógico-didática: Refere-se ao papel da avaliação no cumprimento dos objetivos gerais e específicos da educação escolar. Função diagnóstica: Permite identificar progressos e dificuldades dos alunos e a atuação do professor, determinando modificações do processo de ensino para melhor cumprir as exigências dos objetivos. Função de controle: Refere-se aos meios e à frequência das verificações e de qualificação dos resultados escolares, possibilitando o diagnóstico das situações didáticas. Tipos de Instrumentos de Avaliação: Testes Provas Redação Trabalhos Seminários Pesquisas Observação e registro em diário de bordo Portfólio Autoavaliação Conselho de classe
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