Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 40 AULA 5: Lei 4.320/1964: Receita, Despesa e Execução do Orçamento SUMÁRIO PÁGINA Apresentação do tema 1 Classificações da Receita Pública na Lei 4320/1964 3 Classificações da Despesa Pública na Lei 4320/1964 11 Execução do Orçamento: Programação da Despesa 18 Mais Questões de Concursos Anteriores 20 Memento (resumo) 28 Lista das questões comentadas nesta aula 31 Gabarito 40 Olá amigos! Como é bom estar aqui! Em uma das passagens do livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, Alice está perdida e trava uma conversa com o gato. Ela pergunta qual caminho deve seguir, o gato retruca perguntando aonde ela quer ir e ela diz que não sabe. Assim o gato responde: "Se você não sabe para onde quer ir, então qualquer caminho serve...". Um estudante interessado em passar em um concurso deve criar um projeto pessoal de vida e seguir algumas premissas: é necessário sentir que precisa mudar; que é vantajoso mudar; que é possível mudar; e que chegou a hora de mudar. Os fatores que determinam o sucesso são entusiasmo, fazer por prazer, dedicação, empenho, persistência, atitude positiva, otimismo, bom humor, inovação, autenticidade, simplicidade, decisão ágil, ação efetiva, comunicação eficaz e, principalmente, ter clareza para onde se quer ir e como chegar, além de desenvolver os meios para atingir o compromisso consigo. Os fatores que impedem o sucesso são negativismo, pessimismo, abatimento, baixa auto- estima, insegurança, inibição, medo de correr riscos e de errar, mentiras, trapaças, tramóias e mau humor. Buscando o sucesso, trataremos agora da receita, da despesa pública e da programação da despesa, tudo da Lei 4320/1964. A palavra Receita é utilizada em todo o mundo pela contabilidade para evidenciar a variação positiva da situação líquida patrimonial resultante do aumento de ativos ou da redução de passivos de uma entidade. A receita pública pode ser definida em sentido amplo (lato) e em sentido restrito Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 40 (stricto). Receita pública em sentido amplo (lato sensu) ou ingresso público: são todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos a qualquer título, em certo período de tempo, que o Estado utiliza para financiar seus gastos, podendo ou não se incorporar ao seu patrimônio e independente de haver contrapartida no passivo. Exemplos: receitas tributárias, operações de crédito, operações de crédito por antecipação de receita, cauções, etc. Receita pública em sentido estrito (stricto sensu): são todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos, em certo período de tempo, que se incorporam ao patrimônio público sem compromisso de devolução posterior. Exemplos: alienação de bens, receita de contribuições, receitas industriais, etc. Segundo Aliomar Baleeiro (1997), despesa pública é a aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma autorização legislativa, para execução de fim a cargo do governo. Consoante o Glossário do Tesouro Nacional, a despesa pública é a aplicação (em dinheiro) de recursos do Estado para custear os serviços de ordem pública ou para investir no próprio desenvolvimento econômico do Estado. É o compromisso de gasto dos recursos públicos, autorizados pelo Poder competente, com o fim de atender a uma necessidade da coletividade prevista no orçamento. Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 40 1. CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA PÚBLICA NA LEI 4320/1964 1.1 Categoria Econômica A classificação por Categoria Econômica obedece ao critério econômico. É utilizado para mensurar o impacto das decisões do Governo na economia nacional (formação de capital, custeio, investimentos, etc.). Receitas Correntes: classificam-se nessa categoria aquelas receitas oriundas do poder impositivo do Estado – Tributária e de Contribuições; da exploração de seu patrimônio – Patrimonial; da exploração de atividades econômicas – Agropecuária, Industrial e de Serviços; as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes – Transferências Correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores – Outras Receitas Correntes. Receitas de Capital: são as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o Superávit do Orçamento Corrente. Em geral, essas receitas são representadas por mutações patrimoniais que nada acrescentam ao patrimônio público, só ocorrendo uma troca de elementos patrimoniais, isto é, um aumento no sistema financeiro (entrada de recursos financeiros) e uma baixa no sistema patrimonial (saída do patrimônio em troca de recursos financeiros). O superávit do orçamento corrente é receita de capital, porém não é receita orçamentária. Segundo a Lei 4.320/1964, o superávit do Orçamento Corrente resulta do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, porém não constituirá item de receita orçamentária. Isso ocorre para evitar a dupla contagem, porque ela já foi considerada no orçamento corrente. Por exemplo, ao final de 2010, em determinado ente, a diferença entre as receitas correntes arrecadadas, no valor de R$ 10 bilhões, e as despesas correntes realizadas, de R$ 8,0 bilhões, é considerada superávit do orçamento corrente e receita de capital. Categorias econômicas: correntes e de capital O superávit do orçamento corrente é receita de capital, porém não é receita orçamentária. Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 40 1) (FCC – Técnico Judiciário - Contabilidade – TRF 3ª – 2007) São categorias econômicas da receita: (A) ordinária e extraordinária. (B) originária e derivada. (C) corrente e de capital (D) orçamentária e extraorçamentária. (E) custeio e de capital. a) Errada. São classificações quanto à regularidade ou periodicidade. b) Errada. São classificações quanto à coercitividade. c) Correta. São categorias econômicas da receita: corrente e de capital. d) Errada. São classificações quanto à forma de ingresso. e) Errada. As despesas de custeio são uma parte das despesas correntes, logo não se confundem com elas. Junto com as transferências correntes fazem parte da categoria econômica das despesas correntes, segundo a Lei 4320/1964. Resposta: Letra C 1.2 Subdivisões das Categorias Econômicas - Origem A subdivisão das Categorias Econômicas tem por objetivo identificar a origemdas receitas, no momento em que estas ingressam no patrimônio público. A Lei 4320/1964 não traz o nome “origem”, mas podemos adotá-lo para definir as subdivisões. Identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e outras). No caso das receitas correntes, tal classificação serve para identificar se as receitas são compulsórias (tributos e contribuições), provenientes das atividades em que o Estado atua diretamente na produção (agropecuárias, industriais ou de prestação de serviços), da exploração do seu próprio patrimônio (patrimoniais), se provenientes de transferências destinadas ao atendimento de despesas correntes, ou, ainda, de outros ingressos. No caso das receitas de capital, distinguem-se as provenientes de operações de crédito, da alienação de bens, da amortização dos empréstimos, das transferências destinadas ao atendimento de despesas de capital, ou, ainda, de outros ingressos de capital. Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital são: Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 40 ORIGENS DAS RECEITAS RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL 1. Receita Tributária 2. Receita de Contribuições 3. Receita Patrimonial 4. Receita Agropecuária 5. Receita Industrial 6. Receita de Serviços 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes 1. Operações de Crédito 2. Alienação de Bens 3. Amortização de Empréstimos 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital 1.2.1 Origens das receitas correntes Receitas tributárias Para que o Estado possa custear suas atividades, são necessários recursos financeiros. Uma de suas fontes é o tributo. De acordo com a Lei 4320/1964: Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito publico, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinado-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades Independentemente do nome ou da destinação, o que vai caracterizar o tributo é o seu fato gerador, o qual é a situação definida em lei como necessária e suficiente a sua ocorrência. Assim, são irrelevantes sua denominação e a destinação legal do produto de sua arrecadação. O art. 5.º do CTN define que as espécies de tributos são impostos, taxas e contribuições de melhorias: Imposto: conforme o art. 16, “imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Taxa: de acordo com o art. 77, “as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 40 específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição”. As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. Contribuição de Melhoria: segundo o art. 81, “a contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado”. Nas classificações orçamentárias, os impostos, taxas e contribuições de melhorias são receitas tributárias. As demais contribuições são receitas de contribuições. Contribuição de melhoria 2) (FCC – Procurador de Contas – TCE/AP – 2010) A receita tributária se classifica, de acordo com a Lei nº 4.320/64, como (A) transferência de capital. (B) transferência corrente. (C) receita de capital. (D) receita corrente. (E) receita patrimonial. A receita tributária pertence à categoria econômica das receitas correntes. Resposta: Letra D 3) (FCC – APOPF/SP – 2010) Um tributo que remunera o exercício regular do poder de polícia consistente na concessão de alvará de construção é da espécie (A) contribuição de segurança pública. (B) imposto. (C) contribuição de interesse de categoria econômica. (D) taxa. (E) tarifa. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 40 serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Resposta: Letra D Receitas de contribuições As receitas de contribuições correspondem ao ingresso proveniente de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e para o custeio de serviço de iluminação pública, como instrumento de intervenção nas respectivas áreas. Exemplos: contribuição para o salário-educação, contribuições sobre a receita de concursos de prognósticos (loterias), contribuição para o fundo de saúde das Forças Armadas etc. 4) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRT 4ª – 2011) De acordo com a Lei nº 4.320/64, quando derivadas de impostos e contribuições, as receitas públicas são classificadas como (A) de capital. (B) extraordinárias. (C) fixas. (D) correntes. (E) suplementares. As receitas tributárias (como as oriundas de impostos) e as receitas de contribuições pertencem à categoria econômica da receitas correntes. Resposta: Letra D Demais origens Receita Patrimonial: é o ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. Por exemplo, temos as receitas de arrendamentos, como o que acontece quando se arrenda os terrenos da União, em que o Poder Público concede à outra parte o gozo temporário de um terreno mediante retribuição. Tal retribuição se torna receita patrimonial. Outros exemplos: aluguéis, foros e laudêmios, taxas de ocupação de imóveis, juros de títulos de renda, dividendos, participações, bônus de assinatura de contrato de concessão, remuneração de depósitos bancários, remuneração de depósitos especiais e remuneração de saldos de recursos não desembolsados. Receita Agropecuária: é o ingresso proveniente da atividade ou da exploração agropecuáriade origem vegetal ou animal. Incluem-se nessa Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 40 classificação as receitas advindas da exploração da agricultura (cultivo do solo), da pecuária (criação, recriação ou engorda de gado e de animais de pequeno porte) e das atividades de beneficiamento ou transformação de produtos agropecuários em instalações existentes nos próprios estabelecimentos. Receita Industrial: é o ingresso proveniente da atividade industrial de extração mineral, de transformação, de construção e outras, provenientes das atividades industriais definidas como tal pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Receita de Serviços: é o ingresso proveniente da prestação de serviços de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços. Transferência Corrente: é o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes. Outras Receitas Correntes: são os ingressos correntes provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: recebimento de dívida ativa, multas em geral, restituições, etc. 5) (FCC – APOPF/SP – 2010) É uma receita patrimonial aquela originária (A) de restituições de convênios. (B) do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana. (C) da prestação de serviços de telecomunicação. (D) de dividendos recebidos. (E) de serviços recreativos e culturais. a) Errada. Restituições são “outras receitas correntes”. b) Errada. Impostos são “receitas tributárias”. c) Errada. Prestação de serviços são “receitas de serviços”. d) Correta. Os dividendos são “receitas patrimoniais”. e) Errada. Serviços são “receitas de serviços”. Resposta: Letra D 6) (FCC – ACE/TI - TCE/AM – 2008) A categoria econômica Receitas Correntes contém, entre outras, uma receita pública orçamentária denominada (A) alienação de bens. (B) receita patrimonial. Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 40 (C) amortização de empréstimos. (D) operação de crédito. (E) transferência de capital. A receita patrimonial pertence a categoria econômica receitas correntes. Alienação de bens, amortização de empréstimos, operações de crédito e transferência de capital são receitas de capital. Resposta: Letra B 7) (FCC – Analista Judiciário – Apoio Especializado – TRF 5° Região – 2008) O recebimento pela União de recursos financeiros provenientes da distribuição de dividendos por empresas por ela controladas compõe a fonte de receita denominada (A) Receita Patrimonial. (B) Operações de Crédito. (C) Transferências Correntes. (D) Receita de Serviços. (E) Outras Receitas Correntes. Recursos de dividendos são receitas patrimoniais. Resposta: Letra A 1.2.2 Origens das receitas de capital Operações de Crédito: são os ingressos provenientes da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos internos ou externos, obtidos junto a entidades estatais ou privadas. Para efeitos de classificação orçamentária, os empréstimos compulsórios também são classificados como operações de crédito. Alienação de Bens: é o ingresso proveniente da alienação de componentes do ativo imobilizado ou intangível. Exemplos: privatizações, venda de um prédio público, etc. Amortização de Empréstimos: é o ingresso referente ao recebimento de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou contratos. Transferências de Capital: é o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital. Outras Receitas de Capital: são os ingressos de capital provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: integralização de capital de empresas estatais, resultado positivo do Banco central e remuneração das disponibilidades do tesouro. Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 40 Transferência Corrente ≠ Transferência de Capital O que interessa para diferenciar as transferências é a aplicação da receita e não a sua procedência. Se for aplicada em despesas de capital, será transferência de capital; se for aplicada em despesas correntes, será transferência corrente. 8) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRF 3ª – 2007) É classificada como receita de capital aquela proveniente de (A) juros de empréstimos efetuados pelo ente público à empresa estatal dependente. (B) venda de produtos agropecuários oriundos de propriedades rurais do ente público. (C) alienação de bens móveis de propriedade do ente público. (D) foros e laudêmios cobrados pelo Poder Público. (E) locação de bens imóveis de propriedade do ente público. a) Errada. Juros de empréstimos são receitas correntes patrimoniais. b) Errada. Venda de produtos agropecuários são receitas correntes agropecuárias. c) Correta. Alienação de bens são receitas de capital. d) Errada. Foros e laudêmios são receitas correntes patrimoniais. e) Errada. Receitas de locações são receitas correntes patrimoniais. Resposta: Letra C 9) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) Em um governo municipal, um exemplo de receita de capital é aquela oriunda (A) de multas e juros de mora sobre tributos em atraso. (B) de transferências do Fundo de Participação dos Municípios. (C) do recebimento de tributos inscritos em dívida ativa. (D) da arrecadação de Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza. (E) de transferências para a aquisição de equipamentos hospitalares. A transferência para a realização de uma despesa de capital, como para a aquisição de equipamentos hospitalares, é considerada uma transferência de capital. Portanto, pertence à categoria econômica das receitas de capital. Resposta: Letra E Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 40 10) (FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira – TCE/SP – 2010) São, dentre outras, receitas correntes as provenientes (A) de recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital. (B) de receitas tributárias. (C) do superávit do Orçamento Corrente. (D) da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas. (E) da conversão, em espécie, de bense direitos. As receitas tributárias são receitas correntes. As demais se enquadram no conceito de receitas de capital: são as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em despesas de capital e, ainda, o superávit do orçamento corrente. Resposta: Letra B 2. CLASSIFICAÇÕES DA DESPESA PÚBLICA NA LEI 4320/1964 A Lei 4.320/1964 trata da classificação da despesa por categoria econômica e elementos nos arts. 12 e 13. Assim como a receita, este nível da classificação por natureza obedece ao critério econômico. Permite analisar o impacto dos gastos públicos na economia do país. Segundo o art. 12, a despesa será classificada nas categorias econômicas correntes e de capital. DESPESAS CORRENTES: Despesas de Custeio: as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Transferências Correntes: as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. 11) (FCC – Procurador de Contas – TCE/AL – 2008) Segundo a Lei nº 4.320/64, as dotações para a manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis classificam-se como Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 40 (A) despesas de custeio. (B) despesas correntes. (C) transferências correntes. (D) subvenções. (E) receitas correntes. De acordo com o art. 12 da Lei 4320/1964, as despesas de custeio correspondem às dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Resposta: Letra A 12) (FCC – Procurador de Contas – TCE/RR – 2008) A Lei nº 4.320/64 classifica as despesas e as receitas públicas, dispondo que as dotações para despesas às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado, classificam-se como (A) Despesas de Custeio. (B) Transferências de Capital. (C) Investimentos. (D) Transferências Correntes. (E) Inversões Financeiras. Segundo o art. 12 da Lei 4.320/1964: § 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. Resposta: Letra D 13) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRF 3ª – 2007) As dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços classificam-se como (A) despesas de custeio. (B) extra-orçamentárias. (C) investimentos. (D) inversões financeiras. (E) transferências correntes. Segundo a Lei 4320/1964, integram as despesas correntes: Despesas de Custeio: as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Transferências Correntes: as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 40 contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. Resposta: Letra E DESPESAS DE CAPITAL: Investimentos: as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. Inversões Financeiras: as dotações destinadas a aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. Transferências de Capital: as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública. Juros e Encargos da Dívida Consoante a natureza da despesa, o grupo “amortização da dívida” deverá ser classificado na categoria econômica de despesas de capital. No entanto, o grupo “juros e encargos da dívida” deverá ser classificado na categoria econômica de despesas correntes. Mais uma! Cuidado com as amortizações! O grupo “amortização da dívida” deverá ser classificado na categoria econômica de despesas de capital. Não se confunde com “amortização de empréstimos”, que é uma das origens das receitas de capital. Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 40 Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital. Trata-se de uma exceção ao princípio da discriminação. Consideram-se subvenções, para os efeitos da Lei 4.320/1964, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como subvenções sociais e econômicas. Subvenções sociais: as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras, a concessão de subvenções sociais visará à prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses objetivos revelar-se mais econômica. O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unidades de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados obedecidos os padrões mínimos de eficiência previamente fixados. Somente à instituição cujas condições de funcionamento forem julgadas satisfatórias pelos órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções. Subvenções econômicas: as que sedestinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes do orçamento da União, dos estados, dos municípios ou do Distrito Federal. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas: as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais; e as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais. A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial. A subvenção econômica e a contribuição são os instrumentos de cooperação financeira da União com entidades ou empresas do setor privado que dependem de autorização expressa em lei especial. Segundo o Decreto 93.872/1986: “Art. 61. A subvenção econômica será concedida a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril, mediante expressa autorização em lei especial. (...) Art. 63, § 2º A contribuição será concedida em virtude de lei especial, e se Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 40 destina a atender ao ônus ou encargo assumido pela União.” 14) (FCC – Analista Judiciário - Administrativo – TRF 5° Região – 2008) Considere as seguintes dotações financeiras e suas destinações: I. aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; II. aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas quando a operação não importe em aumento de capital; III. constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. Estas dotações classificam-se como (A) investimentos. (B) inversões financeiras. (C) transferências a instituições privadas. (D) despesas de custeio. (E) transferências correntes. Segundo o art. 12 da Lei 4320/1964: § 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a: I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; II - aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. A questão é uma transcrição do referido dispositivo, logo essas dotações classificam-se como inversões financeiras. Resposta: Letra B 15) (FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira – TCE/SP – 2010) Classificam-se como Transferências Correntes as (A) dotações para despesas às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. (B) que se destinam à aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importar aumento do capital. Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 40 (C) dotações para aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização. (D) que se destinam a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa. (E) que se destinam a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. a) Correta. São transferências correntes as dotações para despesas às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. b) Errada. São inversões financeiras despesas que se destinam à aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importar aumento do capital. c) Errada. São inversões financeiras dotações para aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização. d) Errada. São subvenções sociais as despesas que se destinam a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa. e) Errada. São subvenções econômicas as despesas que se destinam a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. Resposta: Letra A 16) (FCC - Analista Judiciário – Economia – TJ/PA – 2009) Segundo a Lei nº 4.320, de 1964, é classificada na rubrica de inversões financeiras a seguinte despesa de capital: (A) gastos com a construção de obras públicas. (B) aquisição de material permanente. (C) aquisição de títulos representativos de capital de empresas industriais ou agrícolas. (D) pagamento de juros sobre a dívida pública interna ou externa. (E) aquisição de imóveis usados. De acordo com a Lei 4320/1964, Inversões Financeiras são as dotações destinadas a aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização (imóveis usados); aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. Resposta: Letra E 17) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/SP – 2008) É um gasto público classificado como despesa de capital: (A) Pagamento de juros sobre a dívida pública. Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 40 (B) Subvenções para investimento em empresas estatais. (C) Aquisição de material de consumo. (D) Aquisição de imóveis usados para uso das repartições públicas. (E) Pagamentos a inativos e pensionistas. A aquisição de imóveis usados é uma inversão financeira, pertencente à categoria econômica das despesas de capital. As demais despesas são correntes. Resposta: Letra D Outros artigos importantes: Unidade Orçamentária: segundo o art. 14 da Lei 4.320/1964, constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias. As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas às unidades orçamentárias, que são as estruturas administrativas responsáveis pelas dotações e pela realização das ações. Órgão orçamentário é o agrupamento de unidades orçamentárias. Elementos: de acordo com o art. 15, na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material,serviços, obras e outros meios de que se serve a administração publica para consecução dos seus fins. Material de permanente: para efeito de classificação da despesa, considera- se material permanente o de duração superior a dois anos. 18) (FCC - Técnico Judiciário – Contabilidade - TRF 2ª Região - 2007) No Orçamento Público, a discriminação da despesa será feita no mínimo por a) Categorias Econômicas. b) Modalidades de Aplicação. c) Subelementos. d) Fontes. e) Elementos. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 40 elementos (art. 15 da Lei 4320/1964). Resposta: Letra E 19) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRF 3ª – 2007) Tratando-se de despesa pública, na Lei de Orçamento a discriminação da despesa orçamentária será feita, no mínimo, por elementos. Entende-se por elementos: a) a despesa paga à margem da Lei Orçamentária, independente de autorização legislativa. b) ao desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração pública para a consecução dos seus fins . c) o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias. d) a despesa cuja realização depende de autorização legislativa mas pode ser realizada sem crédito orçamentário. e) a despesa cuja realização não depende de autorização legislativa e pode ser realizada sem crédito orçamentário. Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração publica para consecução dos seus fins (art. 15, § 1º, da Lei 4320/1964). Resposta: Letra B 3. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO: PROGRAMAÇÃO DA DESPESA De acordo com os artigos 47 a 50 da Lei 4320/1964, imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar. Tal limitação acontece por meio de créditos orçamentários. A fixação das cotas tem como objetivos assegurar às unidades orçamentárias, em tempo útil a soma de recursos necessários e suficientes a melhor execução do seu programa anual de trabalho; e manter, durante o exercício, na medida do possível o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada, de modo a reduzir ao mínimo eventuais insuficiências de tesouraria. Além dos créditos orçamentários previstos na LOA, a programação da despesa orçamentária levará em conta os créditos adicionais e as operações extraorçamentárias. As cotas trimestrais poderão ser alteradas durante o exercício, observados o limite da dotação e o comportamento da execução orçamentária. Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 40 20) (FCC - Analista Judiciário – Ciências Contábeis – TJ/PA – 2009) De acordo com o art. 47 da Lei nº 4.320/64, imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar. Esta limitação acontece por meio de (A) notas de empenho. (B) lançamentos de receitas. (C) créditos orçamentários. (D) contas de ativo financeiro. (E) contas de ativo permanente. As cotas trimestrais limitarão a despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar por meio de créditos orçamentários. Resposta: Letra C Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 40 MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES DA FCC 21) (FCC – APOPF/SP – 2010) Considere os dados relativos às receitas arrecadadas pela prefeitura do município XZR no exercício de X1: R$ (mil) Alienação de Títulos Mobiliários ...........................................60 Amortização de Financiamentos .......................................... 20 Impostos .........................................................................6.000 Indenizações e Restituições ............................................ 100 Operações de Crédito Internas ......................................... 500 Receita da Dívida Ativa não Tributária ............................... 300 Receita de Contrato de Permissão de Uso .......................... 700 Receita de Serviços de Comunicação ................................. 300 Receita de Valores Mobiliários ......................................... 150 Receitas Imobiliárias ........................................................ 400 Taxas ...............................................................................1.000 Transferências da União para cobrir despesas correntes....6.000 Transferências de Instituições Privadas para cobrir despesas de capital..........................................................................1.000 Transferências do Estado para cobrir despesas correntes... 5.000 A receita de capital foi, em milhares de reais, (A) 3.330 (B) 2.280 (C) 1.880 (D) 1.580 (E) 1.520 CATEGORIAS DAS RECEITAS ARRECADADAS RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL Impostos 6.000 Indenizações e Restituições 100 Receita da Dívida Ativa não Tributária 300 Receita de Contrato de Permissão de Uso 700 Receita de Serviços de Comunicação 300 Receita de Valores Mobiliários 150 Receitas Imobiliárias 400 Taxas 1000 Transferências da União para cobrir despesas correntes 6000 Transferências do Estado para cobrir despesas correntes 5000 Alienação de Títulos Mobiliários 60 Amortização de Financiamentos 20 Operações de Crédito Internas 500 Transferências de Instituições Privadas para cobrir despesas de capital 1000 Total = 19.950,00 Total = R$ 1.580,00 Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 40 Resposta: Letra D 22) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRT 8ª – 2010) O Balanço Orçamentário do exercício de 2009 de determinada Entidade Pública demonstra a realização de receitas no total de R$ 1.000,00. Receitas Valores (R$) Alienação de Bens Imóveis 400,00 Taxas 50,00 Receitas da Dívida Ativa 300,00 Amortização de Empréstimos 150,00 Receitas Imobiliárias 100,00 Total das Receitas 1.000,00 Com base nas receitas apresentadas no Balanço Orçamentário, Receitas Correntes e as Receitas de Capital totalizam, respectivamente, (A) R$ 150,00 e R$ 850,00. (B) R$ 350,00 e R$ 650,00. (C) R$ 450,00 e R$ 550,00. (D) R$ 550,00 e R$ 450,00. (E) R$ 750,00 e R$ 250,00. CATEGORIAS DAS RECEITAS ARRECADADAS RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL Taxas 50,00 Receitas da Dívida Ativa 300,00 Receitas Imobiliárias 100,00 Alienação de Bens Imóveis 400,00 Amortização de Empréstimos 150,00Total = 450,00 Total = 550,00 Resposta: Letra C 23) (FCC – ACE - TCE/AM – 2008) No âmbito da receita pública, (A) as receitas correntes nunca podem superar as despesas correntes. (B) as receitas de capital são integradas por operações de crédito, receitas patrimoniais e receitas agropecuárias. (C) as receitas tributárias são compostas por impostos, taxas e contribuições a outros níveis de governo. (D) os rendimentos de aplicação financeira são classificados como receita patrimonial. Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 40 (E) a receita da dívida ativa jamais se desdobra nas categorias tributária e não-tributária. a) Errada. O princípio do equilíbrio visa assegurar que as despesas não serão superiores à previsão das receitas. E ainda, são incluídas as despesas/receitas correntes e de capital. b) Errada. Receitas patrimoniais e agropecuárias são receitas correntes. c) Errada. As receitas tributárias são compostas por impostos, taxas e contribuições de melhoria. d) Correta. As receitas provenientes de aplicações de disponibilidades em operações de mercado são patrimoniais. e) Errada. As receitas da dívida ativa são os créditos da Fazenda Pública de natureza tributária (proveniente da obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais, atualizações monetárias, encargos e multas tributárias) ou não tributária (demais créditos da fazenda pública) exigíveis em virtude do transcurso do prazo para pagamento. Resposta: Letra D 24) (FCC – APOPF/SP – 2010) Um determinado governo estadual recebeu de um contribuinte o valor de R$ 15.000,00, referente ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), R$ 7.500,00 pelo contribuinte ter deixado de fornecer documentos necessários à alteração do Cadastro de Contribuintes do IPVA e R$ 907,50 por juros de mora. Sendo assim, houve a arrecadação de receita tributária no valor de, em reais, (A) 15.000,00 e de outras receitas correntes no valor de 8.407,50. (B) 15.000,00 e de receita patrimonial no valor de 8.407,50. (C) 22.500,00 e de receita patrimonial no valor de 907,50. (D) 22.500,00 e de outras receitas correntes no valor de 907,50. (E) 23.407,50. Impostos são receitas tributárias = R$ 15.000,00 Multas e juros de mora são “outras receitas correntes” = 7.500,00 + 907,50 = R$ 8.407,50 Sendo assim, houve a arrecadação de receita tributária no valor de R$ 15.000,00 e de outras receitas correntes no valor de R$ 8.407,50 Resposta: Letra A 25) (FCC – ACE - TCE/AM – 2008) O recebimento pela União do valor correspondente a multas e juros de mora dos tributos compõe a fonte de receita denominada (A) receita patrimonial. (B) receita tributária. (C) transferências correntes. Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 40 (D) outras receitas correntes. (E) receita de serviços. As multas constituem-se em ato de penalidade de natureza pecuniária aplicada pela Administração Púbica aos administrados. As multas também se constituem num tipo de receita pública, de caráter não tributário e dependem, sempre, de prévia cominação em lei ou contrato, cabendo sua imposição ao respectivo órgão competente. As multas e juros de mora dos tributos classificam-se como “outras receitas correntes”. Cuidado para não confundir com receita tributária. Resposta: Letra D 26) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRE/RN – 2011) Os recursos derivados da arrecadação de Impostos e Contribuições denominam-se (A) Transferências Correntes. (B) Receitas de Capital. (C) Mutações Patrimoniais. (D) Receitas Correntes. (E) Transferências Financeiras. As receitas tributárias (como as oriundas de impostos) e as receitas de contribuições pertencem à categoria econômica da receitas correntes. Resposta: Letra D 27) (FCC - Analista Judiciário – Ciências Contábeis – TJ/PA – 2009) Considere os dados relativos às receitas orçamentárias arrecadadas pela Prefeitura Modelo no exercício de X1: R$ (mil) Alienação de Bens Imóveis 30 Amortização de Financiamentos 10 Dívida Ativa 80 Impostos 3.000 Indenizações e Restituições 50 Operações de Crédito Internas 100 Receita de Serviços Recreativos e Culturais 100 Receitas Imobiliárias 200 Taxas 500 Transferências da União para cobrir despesas correntes 5.000 Transferências do Estado para cobrir despesas correntes 3.000 A Receita Corrente foi de, em milhares de reais, (A) 11.850. (B) 11.800. (C) 11.730. (D) 11.940. (E) 11.930. Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 40 CATEGORIAS DAS RECEITAS ARRECADADAS RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL Dívida Ativa 80 Impostos 3.000 Indenizações e Restituições 50 Receita de Serviços Recreativos e Culturais 100 Receitas Imobiliárias 200 Taxas 500 Transferências da União para cobrir despesas correntes 5.000 Transferências do Estado para cobrir despesas correntes 3.000 Alienação de Bens Imóveis 30 Amortização de Financiamentos 10 Operações de Crédito Internas 100 Total = 11.930,00 Total = 140,00 Resposta: Letra E 28) (FCC – Técnico Judiciário - Contabilidade – TRF 3ª – 2007) Classifica-se como Receita Patrimonial (A) a cobrança da dívida ativa. (B) as participações e dividendos. (C) as contribuições. (D) a alienação de bens móveis. (E) as multas. a) Errada. A cobrança em si da dívida ativa não é receita, nem despesa. De qualquer forma, o recebimento da dívida ativa oriundo da cobrança são “outras receitas correntes”. b) Correta. As participações e os dividendos são “receitas patrimoniais”. c) Errada. As contribuições são “receitas de contribuições”. d) Errada. A alienação de bens móveis é receita de “alienação de bens”, pertencente à categoria econômica das receitas de capital. e) Errada. As multas são “outras receitas correntes”. Resposta: Letra B 29) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRE/RN – 2011) Serão registradas, respectivamente, como receitas correntes e de capital os valores provenientes de (A) retenção do Imposto de Renda, em folha de pagamento, e recebimento de Caução para execução de obras. (B) retenção do Imposto de Renda, em folha de pagamento, e recebimento de aluguéis pela utilização de próprios do poder público. Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 40 (C) remuneração de depósitos bancários e operação de crédito por antecipação de receita orçamentária. (D) recebimento de imposto inscrito em dívida Ativa e Alienação de Bens Imóveis. (E) recebimento de imposto inscrito em dívida Ativa e operação de crédito por antecipação de receita orçamentária. O recebimento de imposto inscrito em dívida Ativa é receita corrente. A Alienação de Bens Imóveis é receita de capital. Resposta: Letra D 30)(FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 2ª Região-2008) É classificado como uma receita de capital o ingresso proveniente de (A) multas e juros cobrados sobre a dívida ativa. (B) atividades industriais ou agrícolas exercidas pelo Poder Público. (C) foros e laudêmios. (D) alienação de bens móveis pertencentes ao Poder Público. (E) aluguel de bens imóveis pertencentes ao Poder Público. A alienação de bens é classificada como receita de capital. As demais são receitas correntes. Resposta: Letra D 31) (FCC – Procurador de Contas - TCE/RO – 2010) A despesa que surge no curso da execução de uma obra pública em que se verifica a necessidade da aquisição de um imóvel e a espécie de crédito adicional que deverá ser aberto para este fim denominam-se, respectivamente, (A) inversão financeira e crédito extraordinário. (B) despesa de custeio e crédito suplementar. (C) transferência corrente e crédito especial. (D) transferência de capital e crédito extraordinário. (E) investimento e crédito especial. A aquisição de um imóvel é um investimento. Uma possibilidade de crédito adicional é o especial, caso a despesa não tenha sido prevista na LOA. Resposta: Letra E 32) (FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 18° Região- 2008) É classificado como despesa corrente o gasto com (A) aquisição de imóveis que já estejam sendo utilizados pelo Poder Público. (B) amortização da dívida pública interna e externa. (C) aumento de capital em empresas estatais. (D) aquisição de ações de empresas em geral. (E) juros e encargos da dívida pública. Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 40 Consoante a natureza da despesa, o grupo “amortização da dívida” deverá ser classificado na categoria econômica de despesas de capital. No entanto, o grupo “juros e encargos da dívida” deverá ser classificado na categoria econômica de despesas correntes. Resposta: Letra E 33) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRF 3ª – 2007) Dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, são: a) transferências de capital. b) investimento em regime de execução especial. c) subvenções econômicas. d) transferências correntes. e) transferências extra-orçamentária. São transferências de capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública (art. 12, § 6º, da Lei 4320/1964). Resposta: Letra A 34) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRF 3ª – 2007) A fonte de receita gerada por meio de recursos financeiros recebidos de outras entidades de direito público ou privado e destinados ao atendimento de gastos, classificáveis em despesas correntes denomina-se a) receita de serviços. b) receita de contribuições. c) receita patrimonial. d) transferências correntes. e) receita industrial. Classificam-se como transferências correntes as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado (art. 12, § 2º, da Lei 4320/1964). Resposta: Letra D 35) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRE/TO – 2011) É um exemplo de uma despesa de capital: Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 40 (A) pagamento de juros da dívida pública interna. (B) subvenções econômicas para custeio de empresas estatais dependentes. (C) subvenções sociais para custeio de empresas estatais dependentes. (D) pagamentos a aposentados e pensionistas. (E) aquisição de títulos representativos de capital de empresas em funcionamento. A aquisição de títulos representativos de capital de empresas em funcionamento é uma despesa de capital. As demais despesas são correntes. Resposta: Letra E E assim terminamos a aula 5. Na próxima aula continuaremos com a Execução do Orçamento na Lei 4320/1964, tratando dos Estágios da Receita e da Despesa Orçamentária. Forte abraço! Sérgio Mendes Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 40 MEMENTO V CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA 1.º nível: Categoria Econômica da Receita 1. Receitas Correntes; 2. Receitas de Capital; 2.º nível: Origens Receitas Correntes Receitas de Capital 1. Receita Tributária 2. Receita de Contribuições 3. Receita Patrimonial 4. Receita Agropecuária 5. Receita Industrial 6. Receita de Serviços 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes 1. Operações de Crédito 2. Alienação de Bens 3. Amortização de Empréstimos 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital Origens das Receitas Correntes: Tributária: receita proveniente das seguintes espécies: Impostos: é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Taxas: cobradas por União, Estados, DF ou Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Contribuição de Melhoria: cobrada por União, Estados, DF ou Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Contribuições: receita proveniente de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e para o custeio de serviço de iluminação pública; Receita Patrimonial: é o ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. Exemplos: arrendamento, aluguéis, foros e laudêmios, taxas de ocupação de imóveis, juros de títulos de renda, dividendos, participações, bônus de assinatura de contrato de concessão, remuneração de depósitos bancários, remuneração de depósitos especiais e remuneração de saldos de recursos não desembolsados. Agropecuária: receita proveniente de produção vegetal, produção animal e derivados e outras; Industrial: receita proveniente da indústria extrativa mineral, de transformação e de construção; Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 40 Serviços: transporte, comunicação, armazenagem e outros; Transferências Correntes: receita proveniente de transferências intergovernamentais, de instituições privadas, do exterior, de pessoas, de convênios e para o combate à fome; Outras Receitas Correntes: receitas provenientes de multas e juros de mora, indenizações e restituições, dívida ativa, entre outras. Origens das Receitas de Capital: Operações de Crédito: receita proveniente de operações de crédito internas e externas; Alienação de Bens: receita proveniente da alienação de bens móveis e imóveis; Amortizações de Empréstimos: recebimento do principal de um empréstimo concedido; Transferências de Capital: receita proveniente de transferências intergovernamentais, de instituições privadas, do exterior, de pessoas, de convênios e para o combate à fome; Outras Receitas de Capital: receita proveniente da integralização do capital social, da remuneração das disponibilidades do Tesouro e outras. CLASSIFICAÇÕES DA DESPESA Categoria Econômica Despesas Correntes e Despesas de Capital. Despesas Correntes Despesas de Custeio: as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Transferências Correntes: as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. Despesas de Capital Investimentos: as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. Inversões Financeiras: as dotações destinadas a aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. Transferências de Capital: as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 40 independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública. Outras definições UO: é o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias. As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas às unidades orçamentárias, que são as estruturas administrativas responsáveis pelas dotações e pela realização das ações. Órgão orçamentário é o agrupamento de UOs Elementos: na LOA a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração publica para consecução dos seus fins Material de permanente: para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração superior a dois anos. Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 40 LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 1) (FCC – Técnico Judiciário - Contabilidade – TRF 3ª – 2007) São categorias econômicas da receita: (A) ordinária e extraordinária. (B) originária e derivada. (C) corrente e de capital (D) orçamentária e extraorçamentária. (E) custeio e de capital. 2) (FCC – Procurador de Contas – TCE/AP – 2010) A receita tributária se classifica, de acordo com a Lei nº 4.320/64, como (A) transferência de capital. (B) transferência corrente. (C) receita de capital. (D) receita corrente. (E) receita patrimonial. 3) (FCC – APOPF/SP – 2010) Um tributo que remunera o exercício regular do poder de polícia consistente na concessão de alvará de construção é da espécie (A) contribuição de segurança pública. (B) imposto. (C) contribuição de interesse de categoria econômica. (D) taxa. (E) tarifa. 4) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRT 4ª – 2011) De acordo com a Lei nº 4.320/64, quando derivadas de impostos e contribuições, as receitas públicas são classificadas como (A) de capital. (B) extraordinárias. (C) fixas. (D) correntes. (E) suplementares. 5) (FCC – APOPF/SP – 2010) É uma receita patrimonial aquela originária (A) de restituições de convênios. (B) do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana. (C) da prestação de serviços de telecomunicação. (D) de dividendos recebidos. (E) de serviços recreativos e culturais. 6) (FCC – ACE/TI - TCE/AM – 2008) A categoria econômica Receitas Correntes contém, entre outras, uma receita pública orçamentária denominada (A) alienação de bens. (B) receita patrimonial. Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 40 (C) amortização de empréstimos. (D) operação de crédito. (E) transferência de capital. 7) (FCC – Analista Judiciário – Apoio Especializado – TRF 5° Região – 2008) O recebimento pela União de recursos financeiros provenientes da distribuição de dividendos por empresas por ela controladas compõe a fonte de receita denominada (A) Receita Patrimonial. (B) Operações de Crédito. (C) Transferências Correntes. (D) Receita de Serviços. (E) Outras Receitas Correntes. 8) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRF 3ª – 2007) É classificada como receita de capital aquela proveniente de (A) juros de empréstimos efetuados pelo ente público à empresa estatal dependente. (B) venda de produtos agropecuários oriundos de propriedades rurais do ente público. (C) alienação de bens móveis de propriedade do ente público. (D) foros e laudêmios cobrados pelo Poder Público. (E) locação de bens imóveis de propriedade do ente público. 9) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) Em um governo municipal, um exemplo de receita de capital é aquela oriunda (A) de multas e juros de mora sobre tributos em atraso. (B) de transferências do Fundo de Participação dos Municípios. (C) do recebimento de tributos inscritos em dívida ativa. (D) da arrecadação de Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza. (E) de transferências para a aquisição de equipamentos hospitalares. 10) (FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira – TCE/SP – 2010) São, dentre outras, receitas correntes as provenientes (A)de recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital. (B) de receitas tributárias. (C) do superávit do Orçamento Corrente. (D) da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas. (E) da conversão, em espécie, de bens e direitos. 11) (FCC – Procurador de Contas – TCE/AL – 2008) Segundo a Lei nº 4.320/64, as dotações para a manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis classificam-se como (A) despesas de custeio. Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 40 (B) despesas correntes. (C) transferências correntes. (D) subvenções. (E) receitas correntes. 12) (FCC – Procurador de Contas – TCE/RR – 2008) A Lei nº 4.320/64 classifica as despesas e as receitas públicas, dispondo que as dotações para despesas às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado, classificam-se como (A) Despesas de Custeio. (B) Transferências de Capital. (C) Investimentos. (D) Transferências Correntes. (E) Inversões Financeiras. 13) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRF 3ª – 2007) As dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços classificam-se como (A) despesas de custeio. (B) extra-orçamentárias. (C) investimentos. (D) inversões financeiras. (E) transferências correntes. 14) (FCC – Analista Judiciário - Administrativo – TRF 5° Região – 2008) Considere as seguintes dotações financeiras e suas destinações: I. aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; II. aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas quando a operação não importe em aumento de capital; III. constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. Estas dotações classificam-se como (A) investimentos. (B) inversões financeiras. (C) transferências a instituições privadas. (D) despesas de custeio. (E) transferências correntes. 15) (FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira – TCE/SP – 2010) Classificam-se como Transferências Correntes as Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 40 (A) dotações para despesas às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. (B) que se destinam à aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importar aumento do capital. (C) dotações para aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização. (D) que se destinam a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa. (E) que se destinam a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. 16) (FCC - Analista Judiciário – Economia – TJ/PA – 2009) Segundo a Lei nº 4.320, de 1964, é classificada na rubrica de inversões financeiras a seguinte despesa de capital: (A) gastos com a construção de obras públicas. (B) aquisição de material permanente. (C) aquisição de títulos representativos de capital de empresas industriais ou agrícolas. (D) pagamento de juros sobre a dívida pública interna ou externa. (E) aquisição de imóveis usados. 17) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/SP – 2008) É um gasto público classificado como despesa de capital: (A) Pagamento de juros sobre a dívida pública. (B) Subvenções para investimento em empresas estatais. (C) Aquisição de material de consumo. (D) Aquisição de imóveis usados para uso das repartições públicas. (E) Pagamentos a inativos e pensionistas. 18) (FCC - Técnico Judiciário – Contabilidade - TRF 2ª Região - 2007) No Orçamento Público, a discriminação da despesa será feita no mínimo por a) Categorias Econômicas. b) Modalidades de Aplicação. c) Subelementos. d) Fontes. e) Elementos. 19) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRF 3ª – 2007) Tratando-se de despesa pública, na Lei de Orçamento a discriminação da despesa orçamentária será feita, no mínimo, por elementos. Entende-se por elementos: a) a despesa paga à margem da Lei Orçamentária, independente de autorização legislativa. b) ao desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração pública para a consecução dos seus fins . Noções de Orçamento Público p/ TST Analista Judiciário – Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas da FCC Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 40 c) o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias. d) a despesa cuja realização depende de autorização legislativa mas pode ser realizada sem crédito orçamentário. e) a despesa cuja realização não depende de autorização legislativa e pode ser realizada sem crédito orçamentário. 20) (FCC - Analista Judiciário – Ciências Contábeis – TJ/PA – 2009) De acordo com o art. 47 da Lei nº 4.320/64, imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar. Esta limitação acontece por meio de (A) notas de empenho. (B) lançamentos de receitas. (C) créditos orçamentários. (D) contas de ativo financeiro. (E) contas de ativo permanente. 21) (FCC – APOPF/SP – 2010) Considere os dados relativos às receitas arrecadadas pela prefeitura do município XZR no exercício de X1: R$ (mil) Alienação de Títulos Mobiliários ...........................................60 Amortização de Financiamentos .......................................... 20 Impostos .........................................................................6.000 Indenizações e Restituições ............................................ 100 Operações de Crédito Internas ......................................... 500 Receita da Dívida Ativa não Tributária ............................... 300 Receita de Contrato de Permissão de Uso .......................... 700 Receita de Serviços de Comunicação ................................. 300 Receita de Valores Mobiliários ......................................... 150 Receitas Imobiliárias ........................................................ 400 Taxas ...............................................................................1.000 Transferências da União para cobrir despesas correntes....6.000 Transferências de Instituições Privadas para cobrir despesas de capital..........................................................................1.000 Transferências do Estado para cobrir despesas correntes...
Compartilhar