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Ovinocaprinocultura em Assentamentos de Reforma Agrária

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OVINOCAPRINOCULTURA - ALTERNATIVA DE PRODUÇÃO PARA
ASSENTADOS DE REFORMA AGRÁRIA
Cinthya Leite Madureira de Oliveira1
Alessandra Félix Sena Botelho2
Eugênia Mara Dias Gonçalves3
Luiz Aroldo Oliveira Almeida4
Resumo: Devido à rusticidade e adaptabilidade dos caprinos e ovinos, a criação intensiva
permite maior produtividade e lucratividade e possibilita a utilização de recursos existentes
na propriedade e a integração de atividades da agricultura familiar, apresentando grande
importância social para as populações rurais, fornecendo carne, pele e principalmente o
leite, com ótima composição nutricional e fácil digestão. O objetivo dessa proposta de
projeto de segurança alimentar e geração de renda é desenvolver a ovinocaprinocultura de
maneira sustentável para produção de leite e carne em áreas de assentamento de reforma
agrária em sistema de pastejo. O uso de lotação rotativa, a produção, a conservação e a
disponibilidade de forragem inclusive para o período de seca, a organização e gestão, o
descarte de animais e controle sanitário do rebanho são pontos fundamentais para o sucesso
do empreendimento. Serão criados 10 fêmeas e um reprodutor por hectare, utilizando
pastejo rotacionado com seis piquetes e área de capineira e cana de açúcar (para o período
de seca). Os resultados esperados com criação de 10 ovelhas/ha é de R$ 900,00
(Novecentos reais) por ano com venda de cordeiros. Com a criação de 10 cabras/ha, espera-
se renda aproximada de R$ 3.600,00 (Três mil e seiscentos reais) por ano com a venda de
leite e R$1.092,00 (Hum mil e noventa e dois reais) por ano com a venda de cabritos.
1- INTRODUÇÃO
A região do semi-árido tem sido considerada área de vocação pecuária, especialmente para
a exploração dos ruminantes domésticos, com ênfase na criação de caprinos e ovinos, face
suas características de adaptação a ecossistemas adversos, o que é fortemente influenciado
pelos seus hábitos alimentares. Alia-se a este fato a característica reprodutiva de poliestria
contínua, isto é, as fêmeas apresentam estro (cio) e ovulam ao longo de todos os meses do
ano nesta região, onde o fotoperíodo não constitui fator limitante para a reprodução, desde
que atendida as necessidades de alimentação, nutrição e sanidade dos rebanhos.
1 Médica Veterinária -UFMG, MSc.
 Coordenadora Técnica de Pecuária - EMATER-MG 
2 Estudante de zootecnia da FEAD-BH. Estagiária da EMATER-MG
3 Cientista social -Pós-graduada em Ciências Políticas – PUC-PREPES/MG; 
 Coordenadora Técnica de Reforma Agrária - EMATER-MG 
4 Engenheiro Agrônomo – Coordenador Técnico de Pecuária - EMATER-MG
Devido à rusticidade e adaptabilidade, a cabra e a ovelha apresentam grande importância
social para as populações rurais de menor poder aquisitivo, fornecendo carne, pele e
principalmente o leite, com ótima composição nutricional e fácil digestão.
A criação intensiva de cabras leiteiras permite maior produtividade e lucratividade, e
possibilita a utilização de recursos existentes na propriedade e a integração de atividades da
agricultura familiar.
A ovinocultura de corte representa hoje uma atividade crescente economicamente e vem se
firmando como alternativa de viabilização da pequena e média propriedade rural. A
docilidade, o tamanho e a relativa rusticidade dos ovinos permitem a sua exploração
utilizando a mão-de-obra familiar e instalações simples e de baixo custo. O mercado da
carne ovina está em franca ascensão em todo o país. Os preços hoje praticados no âmbito
da unidade produtiva representam bem mais do que o preço pago pela carne bovina nas
mesmas condições. E a pele por sua vez, agrega valor ao produto, uma vez que forem
adotadas regras básicas de manejo, este produto poderá representar ate 30% do preço final
do animal.
Por conseguinte, dentre as várias alternativas encontradas para a exploração agropecuária
racional em Minas Gerais, principalmente em assentamentos da região semi-árida, a
ovinocaprinocultura destaca-se como uma alternativa economicamente viável de geração
de emprego e renda, apesar das intempéries climáticas que, ciclicamente, se abatem sobre
essa região.
2-OBJETIVOS
 2.1 Objetivo geral
Este projeto de segurança alimentar e geração de renda tem o objetivo de desenvolver a
ovinocaprinocultura de maneira sustentável, através da criação de cabras e ovelhas para
produção de leite e carne em áreas de assentamento de reforma agrária na região semi-
árida, em sistema de pastejo.
 2.2 - Objetivos específicos
· Disponibilizar caprinos e ovinos de qualidade genética aos produtores da região;
· Disponibilizar informações sobre manejo sustentável da criação de caprinos e
ovinos;
· Melhorar a alimentação das famílias, suprindo as necessidades de proteína animal,
através da disponibilidade de carne e leite;
· Proporcionar renda às famílias de agricultores familiares com a venda de
excedentes;
· Proporcionar utilização de recursos existentes na propriedade rural;
· Promover o associativismo entre as famílias rurais.
3 – SISTEMA DE PRODUÇÃO
O uso de lotação rotativa, a produção, a conservação e a disponibilidade de forragem
inclusive para o período de seca, a organização e gestão, o descarte de animais e controle
sanitário do rebanho são pontos fundamentais para o sucesso do empreendimento.
Os ovinos serão criados em pastos manejados em esquema de lotação rotativa, visando
possibilitar um manejo mais adequado, garantindo, principalmente, um período mínimo de
repouso para a forragem, possibilitando a sua plena recuperação antes de um novo ciclo de
pastejo. No período de seca os animais receberão alimentação volumosa nos cochos. A
adoção do sistema rotacionado possibilita o rebaixamento da gramínea, com remoção da
quase totalidade das folhas. Com isso obtém-se a renovação total da massa foliar a ser
pastejada, disponibilizando forragem nova com maior teor de proteína e melhor
digestibilidade, o que proporciona maior consumo pelos animais. 
A área de pastejo será de 01ha de pastagem, dividida em 6 piquetes utilizando-se tela ou
cerca, com área comum de descanso com sombra, água e cocho de mineral. O período de
ocupação de cada piquete será de 5 dias, tendo por objetivo o controle de parasitas
intestinais por minimizar a exposição dos animais às larvas infestantes de parasitas
intestinais eclodidas naquele mesmo ciclo de pastejo (auto infestação). O período de
repouso será de aproximadamente 30 dias (verão) possibilitando a recuperação da forragem
após ter sofrido o desfolhamento severo. O monitoramento da altura da forragem pelo
técnico e/ou agricultor é de fundamental importância porque o momento de utilização da
forragem deve levar em conta que as forrageiras necessitam de área foliar para realizar
fotossíntese e produzir massa, e que os animais devem consumir essa área foliar para
obtenção de nutrientes com qualidade. Sendo assim, o manejo deve garantir a rebrota e o
crescimento da pastagem, conciliando quantidade disponível para atender as demandas
nutricionais do animal conforme seu estado fisiológico e qualidade da massa ofertada. Para
encontrar esse ponto de equilíbrio é necessário encontrar nas propriedades o número ideal
de animais por unidade de forragem disponível nos piquetes de pastagem.
A proposta desse trabalho é colocar de 6 a 10 animais adultos/ha/ano na pastagem durante o
período de verão, utilizando a altura do pasto como estratégia de manejo. No período de
inverno (seca), os animais serão suplementados no cocho com cana de açúcar, capim
elefante ou sorgo picados. 
Os animais serão abrigados nos currais de manejoao final do dia, sempre que possível. 
Os cordeiros ou cabritos serão mantidos com a mãe até o desmame e terão acesso a ração
concentrada com 15 a 17% de proteína e 75 a 78% de energia, fornecidas à vontade em
“creep-feeding” (cocho cercado para alimentação exclusiva dos animais jovens), visando
acelerar seu desenvolvimento. 
O creep-feeding será construído com material disponível na propriedade, considerando
0,20m2/animal.
No sistema semi-intensivo os cabritos e cordeiros deverão ser desmamados com 45 a 90
dias de idade e no sistema extensivo, com 5 6 meses de idade.
Após o desmame os cordeiros ou cabritos serão mantidos em pastos separados ou, se
possível, serão levados para terminação em confinamento.
Os animais receberão mineral nos cochos e água de qualidade em bebedouros distribuídos
nos piquetes e no curral. 
Tabela 1 - Mistura para utilização em creep-feeding
Componentes da mistura Ração 1
 (%)
Ração 2 
(%)
Milho em grão moído ou fubá 76 70
Farelo de soja 20 -
Farelo de algodão - 26
Açúcar 2 2
Sal mineral para ovinos 1,5 0,5
Calcário calcítico 0,5 1,5
total 100 100
% valores nutricionais
PB 17 15
NDT 78 75
Ca 0,6 0,8
P 0,3 0,4
Fonte: Manual técnico para a criação de ovinos e caprinos, EMATER-MG, 2005.
 3.1 – Confinamento de cordeiros e cabritos
Alguns fatores como peso ao nascer, idade, sexo e cruzamento podem interferir no
crescimento do cordeiro. O peso vivo médio ideal de abate deve ser entre 28 e 30 kg aos 6
a 8 meses de idade, pois com a elevação da idade e do peso de abate, há um aumento do
teor de gordura e do custo de manutenção dos animais, interferindo no ganho da renda
líquida.
Os cordeiros e cabritos a serem confinados devem ser recém-desmamados (45 a 90 dias) e
estar em bom estado físico e sanitário.
O consumo de alimentos é de cerca de 3 a 4% do peso vivo/cab./dia em matéria seca. 
O sal mineral deve ser fornecido à vontade.
3.2 – Uso de mistura múltipla
No período seco, o aproveitamento da pastagem pelos ovinos e caprinos é dificultada
devido ao baixo teor de proteína, minerais e quantidade de matéria seca. Para evitar a queda
de peso dos animais criados a pasto pode-se fornecer uma mistura múltipla na qual são
agrupados os minerais, uréia, fontes de energia e proteína verdadeira (farelos), com a
finalidade de manter na seca o peso dos animais em recria, das matrizes e dos animais de
terminação.
Tabela 2 - Mistura múltipla (kg)
Componentes da mistura 1ª semana
(adaptação)
2ª semana
Sal mineral de ovino/caprino pronto para uso 50 40
Uréia pecuária 12 20
Sulfato de amônia 01 03
Fubá grosso 25 25
Farelo algodão ou soja 12 12
TOTAL 100 100
Fonte: Manual técnico para a criação de ovinos e caprinos, EMATER-MG, 2005.
Para iniciar o fornecimento da mistura múltipla, deve-se seguir o esquema de adaptação dos
animais. A mistura deve estar disponível em cocho coberto diariamente, se ocorrer
interrupção no fornecimento, deverá ser procedida nova adaptação dos animais. Deve-se
evitar que borregos e cabritos abaixo de 02 meses tenham acesso à mistura. É
imprescindível que tenha boa disponibilidade de volumoso para os animais, principalmente
porque com o uso da mistura, o consumo da pastagem seca tende a aumentar.
 3.3- Parâmetros de produção
· Período de gestação: 5 meses
· Idade à 1ª cobertura: 11 meses para ovelhas
 08 meses para cabras
A borrega ou cabrita só deverá ser utilizada como matriz após atingir peso corporal
equivalente a 65 a 70% do peso de uma fêmea adulta da mesma raça.
l Fertilidade (fêmeas paridas/ano): 80 – 85%
l Parição (parto/matriz/ano): 1
l Nascimentos: 1,3 cordeiros/ovelha/ano
 1,7 cabritos/cabra/ano
· Mortalidade até desmame: 10%
· Idade de desmame: 90 dias
· Peso vivo ao abate: acima de 30 Kg
· Idade ao abate: 180 dias
 4- MANEJO SANITÁRIO
Manejo sanitário é um conjunto de medidas cuja finalidade é proporcionar aos animais
ótimas condições de saúde. Por meio de procedimentos que compõem o manejo sanitário,
busca-se evitar, eliminar ou reduzir ao máximo a incidência de doenças no rebanho, para
que se obtenham um maior proveito do potencial genético e ganho econômico.
Dentre as doenças que atacam os ovinos e caprinos, a verminose se destaca como um dos
fatores limitantes à produção. Causa grandes perdas econômicas, sendo responsável por alta
taxa de mortalidade, crescimento retardado, baixa produção de carne, baixa produção de
leite e baixa fertilidade.
Os animais jovens e as fêmeas prenhas ou em lactação são os mais atacados.
Para reduzir os níveis de infecção parasitária recomenda-se além da aplicação de
vermífugos, prática de manejo, como limpeza e desinfecção periódica das instalações,
manejo do esterco, separação dos animais por faixa etária e pastejo rotacionado. O esterco
da área de descanso e das instalações será recolhido de 3 em 3 dias e amontoado próximo a
capineira, para ser usado como adubo nas pastagens após 30 dias de curtimento.
 ESQUEMA DE VERMIFUGAÇÃO RECOMENDADO:
- Reprodutor: antes da estação de monta;
- Ovelha: antes da estação de monta, após o parto e na desmama;
- Cordeiro: com 15 dias de vida, na desmama e repetir depois de 45 dias.
-
VACINAÇÃO RECOMENDADA:
- Raiva: animais acima de 4 meses, reforço após 30 dias e revacinação anual;
- Clostridiose: animais nunca vacinados: uma dose e reforço após 30 dias; 
 Borrego: quando as mães são vacinadas - 1ª dose aos 60 dias de idade e
reforço aos 90 dias de idade; filhos de mães não vacinadas - 1ª dose aos 30 dias de idade, 2ª
dose 60 dias e reforço aos 90 dias de idade.
 5 - INSTALAÇÕES 
O tipo e a forma de construir as instalações dependerá da finalidade da exploração.
Geralmente, os caprinos leiteiros são criados em sistema de confinamento ou
semiconfinamento, enquanto que os caprinos e os ovinos para corte são criados
extensivamente (soltos) ou semiconfinados. Muitas das vezes só é possível criar apenas
algumas categorias totalmente confinadas, é o que ocorre com a fase de cria de ovinos de
corte.
As instalações devem oferecer segurança e conforto aos animais protegendo-os da chuva,
do frio e do ataque de predadores, serem fáceis de limpar, arejadas e de baixo custo. O
abrigo deve ser construído em local de fácil acesso, seco, alto e ventilado. Podem ser
utilizados currais, barracões, baias próprias. O piso pode ser cimentado ou de terra, com
cama de material seco (cepilho de madeira, casca de café, capim seco picado, etc.). A
cobertura pode ser total ou parcial, cobrindo a linha dos cochos, e fornecendo sombras para
os animais. Devem oferecer áreas secas e bem drenadas, permitir a estocagem de alimentos
e equipamentos e facilitar o manejo dos animais. As cercas divisórias podem ser de arame
liso, tela ou madeira, com altura de 1,20 m. Se for de arame liso, deve ter oito ou nove fios
e altura de 1,50m. 
Os cochos para volumoso e concentrado serão instalados nas baias com proteção para evitar
a entrada dos animais nele, ou serão colocados presos a lateral da baia, porém do lado de
fora. Saleiro e bebedouro também estarão devidamente instalados nas baias. 
Será cercada uma área em torno do abrigo para a movimentação dos animais (solário).
O reprodutor ficará em piquete com 6 m2, separado das fêmeas e com uma área coberta de
4m2 .
6 – MANEJO REPRODUTIVO
Ovinos e caprinos são poliéstricos estacionais, ou seja, apresentam cios que se repetem em
média a cada 16 dias nas ovelhas e 21 dias nas cabras, com duração média entre 24 e 48
horas nasovelhas e 12 a 24 horas nas cabras, durante determinada época do ano. A época
em que a fertilidade é máxima coincide com o outono (meses de março, abril, maio e
junho) para as raças ovinas de lã e caprinas leiteiras. Para as raças ovinas deslanadas e
caprinas nativas ocorre o ciclo estral praticamente o ano inteiro. Quando são criados em
regiões onde não são expostas a variações significativas de fotoperíodo (comprimento do
dia) ao longo do ano, a atividade reprodutiva parece ser mais relacionada com a
disponibilidade de alimentos, passando a comportar-se como poliéstricas contínuas, com
ciclo todo o ano.
A utilização da estação de monta oferece uma série de vantagens, pela concentração de
nascimentos e uniformização na produção de cabritos e cordeiros e otimização do uso da
mão-de-obra. Neste projeto será utilizada a monta por 60 a 90 dias, onde as fêmeas que
estiverem no cio serão colocadas com o reprodutor durante a noite. Como o cio tem
duração aproximada de 48 horas, esse procedimento será repetido três vezes. 
Em alguns assentamentos, onde as propriedades estão próximas, poderá ser usado um
reprodutor para 2 ou 3 criações.
7 - RESULTADOS ESPERADOS COM 10 OVELHAS
Nº ovelhas Nº cordeiros Peso abate (kg) Peso total (kg) Preço kg Preço total
10 10 30 300 R$ 3,00 R$ 900,00
8 - RESULTADOS ESPERADOS COM 10 CABRAS
Nº cabras Nº cabritos Peso abate (kg) Peso total (kg) Preço kg Preço total
10 13 28 364 R$ 3,00 R$ 1.092,00
Nº cabras Leite
produzido(litros)
Preço leite
(litro)
Leite comercializado
(litros/dia)
Preço total
(anual)
10 20 R$1,00 12 R$ 3.600,00
7 – ANEXO
Modelo de creep-feeding:
Desenho 1: Cabras leiteiras em
assentamento
Ilustração 2: creep-feeding na
pastagem
Ilustração 3: Ovelhas alimentadas com feno
Ilustração 4: Assentamento em Taiobeiras MG 
Ilustração 5: Assentamento em Berizal MG
8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MONTEIRO, A.L.G. & BARROS, C.S. O manejo das pastagens e a verminose ovina.
Farm Point. Disponível em: http://www.farmpoint.com.br. 05/07/2007.
RIBEIRO, S.D.A. Caprinocultura – Criação racional de caprinos. São Paulo/SP: Nobel,
1997.
LEITE JÚNIOR, L.M., MARTINS, M.R.. Manual técnico para criação de ovinos e
caprinos. Belo Horizonte/MG: EMATER-MG, 2005. 28p. 
CAVALCANTI, A.C.R.;NEIVA, J.N.M.; CÂNDIDO,M.J.D.; VIEIRA,L.S. Produção de
ovinos e caprinos de corte em pastos cultivados sob manejo rotacionado. Sobral/CE:
EMBRAPA, 2005.
SIMPLÍCIO,A.A.; SIMPLÍCIO, K. M. M. G. Caprinocultura e ovinocultura de corte:
Desafios e oportunidades. Revista CFMV – Brasília/DF -Ano XII, n39.

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