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Hinduismo Trabalho PDF

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS 
 ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INERNACIONAIS 
 Bacharelado em Direito 
Teologia e Ciências Sociais e Humanas aplicadas 
 Prof.°Ms. Hebert Vieira 
 
 
 
 
 O HINDUÍSMO 
 
 
 
 
 
 
ISABELLA BORGES DE OLIVEIRA 
 LUIZ CARLOS ANDRADE FILETI 
 RODRIGO TORMIN REIS 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2018 
 ISABELLA BORGES DE OLIVEIRA 
 LUIZ CARLOS ANDRADE FILETI 
 RODRIGO TORMIN REIS 
 
 
 
 
 
 
 
 O HINDUÍSMO 
 
 
 
 
Trabalho realizado no 2ᵒ período do 
curso Bacharelado em Direito pela 
Pontifícia Universidade Católica de 
Goiás na disciplina Teologia e Ciên-
cias Sociais e Humanas aplicadas 
com a finalidade de avaliação N1. 
Orientador: Prof.°Ms. Hebert Vieira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
 2018 
 SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO.....................................................................................................3 
ORIGEM DA EXPRESSÃO RELIGIOSA............................................................5 
O DESENVOLVIMENTO DO HINDUÍSMO.........................................................6 
ORGANIZAÇÃO INTERNA.................................................................................9 
INFLUÊNCIA NO BRASIL................................................................................11 
HARE KRISHNA...............................................................................................11 
TEMPLO VRINDA.............................................................................................11 
CONCLUSÃO....................................................................................................13 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................14 
3 
 
INTRODUÇÃO 
 
O hinduísmo é uma religião originária do subcontinente indiano. Diferente 
das principais religiões ocidentais, ela não possui um fundador, e se formou a 
partir da união de diversas crenças e tradições, se tornando uma religião plura-
lista. 
 Por ser uma religião pluralista, o hinduísmo admite sua divisão em inúme-
ras correntes internas, que se diferem umas das outras em certos aspectos, mas 
compartilham dos mesmos princípios e fundamentos hindus. As principais cor-
rentes do hinduísmo são: o hinduísmo popular, o hinduísmo dérmico, o hindu-
ísmo vedanta, o bhakti, o hinduísmo bramânico e o hinduísmo iogue. Todas jun-
tas formam o hinduísmo conhecido por nós. 
 Além de se dividir em diversas correntes internas, o hinduísmo também 
compartilha de crenças e tradições com outras religiões, sendo as principais re-
ligiões associadas o “Siquismo”, o “Jainismo” e o “Budismo”. Inclusive alguns 
estudiosos afirmam que todas estas religiões surgiram juntas, apesar de haver 
um consenso de que o hinduísmo é a mais antiga de todas. 
 Atualmente o hinduísmo conta com cerca de 1 bilhão de devotos, sendo 
900 milhões da Índia e o restante espalhados ao redor do mundo. Isso faz dela 
a terceira maior religião do planeta, perdendo apenas para o cristianismo e o 
islamismo. 
 
 
4 
 
 
(Na imagem, o deus Buda, divindade adorada pelo no hinduísmo como pelo 
budismo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
ORIGEM DA EXPRESSÃO RELIGIOSA 
 O hinduísmo se originou há aproximadamente 3500 anos atrás, sendo 
considerada a mais antiga das principais religiões existentes. Ou seja, sabe-se 
de crenças e tradições religiosas anteriores ao hinduísmo, porém estas não se 
classificam de fato como religião. 
 Sua caracterização inicial se deu nas margens do rio Indo, na Índia. Isso 
se deu decorrente de uma disputa territorial entre os hindus e os mulçumanos, o 
que posteriormente culminou na independência da Índia e do Paquistão. 
 O hinduísmo possui seus princípios fundamentais descritos nos textos 
sagrados, que são: os “4 Vedas”, os “Brâmanas”, os “Upanishads” e o “Rama-
yana” e o “Mahabharata”. 
 Dentre os princípios hindus, um dos principais é o princípio de “Ah-
imsa”, que é descrito nos textos sagrados e a maioria das correntes internas o 
pregam. Este significa “Fazeis o bem para obteres o bem”, ou seja, seria um 
“principio da reciprocidade” ou da “empatia”. Este princípio foi veementemente 
defendido por Gandhi em sua luta pela independência da Índia. 
Conceito de Deus 
 Os hindus cultuam e veneram diversos deuses, porém eles acreditam 
em um ser supremo que está acima de todos, inclusive dos deuses, o Brâhma. 
Este ser não possui uma personalidade e ele é descrito como uma entidade onis-
ciente e onipresente. Ele também é descrito como sendo um estado de espírito 
supremo, que qualquer um pode atingir, porém poucos conseguiram. 
 Abaixo do Brâhma, estão os “devas”, que são os deuses do hinduísmo. 
Dentre os inúmeros deuses, três se destacam: Brahma, Vishnu e Shiva. Eles são 
o criador de tudo, o mantedor de tudo e o destruidor de tudo, para que assim o 
ciclo da criação sempre se renove e o equilíbrio do universo seja mantido. Eles 
são classificados como a supremacia dos deuses. 
 Outra entidade adorada pelos hindus são os Avatares, que nada mais 
são que manifestações corpóreas dos deuses. Cada deus possui inúmeros ava-
tares, que vieram ao planeta em épocas diferentes, com missões diferentes, po-
rém sempre representando algum deus e sua vontade. Ao todo é comprovada a 
6 
 
existência de mais de 300 mil (trezentos mil) divindades hindus, entre Devas e 
Avatares. 
 
O DESENVOLVIMENTO DO HINDUÍSMO 
A literatura hindu deve ser dividida de acordo com os diversos estágios de 
sua religião. O primeiro estágio é o Védico (2000 a.C.- 1000 a.C.). Os Vedas (sa-
bedoria, conhecimento) são os principais livros desse período. Foram completa-
dos por volta de 1000 a.C. Escritos originalmente em sânscrito, compreendem 
quatro obras: Rig Veda (Salmos dos Conhecimentos — é formado por 1028 hi-
nos dirigidos a vários deuses), Yajur Veda (Conhecimento das Fórmulas Sagra-
das), Sama Veda (Sabedoria dos Hinos, das Melodias) e Atharva Veda (Conhe-
cimento da Magia, dos Encantamentos). Nessa literatura não há menção de vida 
após a morte. A idéia de reencarnação surgiria no segundo estágio. Vedas são 
as verdades divinas reveladas. A palavra sânscrita veda, significa conhecimento. 
Cada um desses trabalhos consiste de duas partes: Samhitā e Brāhmana. A pri-
meira contém hinos, e a segunda explica esses hinos, instruindo a respeito de 
quando e como usa-los. Os Vedas também contém alguns textos altamente fi-
losóficos, conhecidos como Upanishads. 
Os Upanishads também se chamam Vedānta – o apogeu, ou a culminação 
do conhecimento. Entre os 108 Upanishads disponíveis hoje, os seguintes são 
os mais populares: Isha, Kena, Katha, Mundaka, Māndūkya, Aitareya, Taittirīya, 
Chhāndogya, Prashna, Shvetāshvatara e Brihadāranyaka. 
Todas as escrituras hindus, com exceção das Darshanas e Tantras, se en-
caixam em duas categorias: (1) Vedas e (2) Smritis. As escrituras védicas são a 
autoridade final. As escrituras pertencentes a categoria smriti, têm somente uma 
autoridade secundária, e todas as escrituras, exceto os Vedas, pertencem a ca-
tegoria smriti. A palavra smriti tem também um significado técnico. Significa, livro 
de leis, ou, manual de códigos de conduta para os hindus. Entre esses antigos 
livros de leis, o livro de leis de Manu é o mais conhecido. Yājnavalkya, 
Baudhāyana, Āpastamba, Vashishtha e Gautama são outros antigoslegislado-
res. O livro de leis mais recente, teve como autor, Raghunandana. 
7 
 
Seis diferentes sistemas de filosofia, chamados de Darshanas, foram de-
senvolvidos por sábios hindus em épocas diferentes. Esses são sistemas filosó-
ficos “religiosos” porque são fundamentados nos Vedas. Também conhecidos 
como os Seis Sistemas da Filosofia Indiana, esses são: . Sānkhya, fundado por 
Kapila . Pūrva Mīmāmsā, fundado por Jaimini . Uttara Mīmāmsā, ou Vedānta, 
fundado por Vyāsa . Yoga, fundado por Patanjali . Nyāya, fundado por Gotama . 
Vaisheshika, fundado por Kanāda. 
O sistema filosófico chamado de Vedānta, não deve ser confundido com o 
outro significado da palavra, os Upanishads. Todos os autores desses sistemas 
religio-filosóficos, escreveram tratados originais, usando aforismos concisos que 
se chamam, em sânscrito, sūtras. Os sūtras, por serem breves e tersos, neces-
sitavam de notas exploratórias e comentários, que foram escritos mais tarde por 
outros eruditos. O tratado de Vyāsa, que forma a base do sistema Uttara 
Mīmāmsā, é também conhecido como Vedānta Darshana ou Brahmasūtra. Mui-
tos comentadores escreveram a respeito desse tratado, por exemplo: Shan-
karāchārya (700 – 740 a.C.), Rāmānujāchārya (1017 – 1137) e Madhvāchārya 
(1199 – 1278). 
As verdades mais profundas das escrituras do hinduísmo, são muito difíceis 
e de difícil compreensão. Estão alem da capacidade da maioria das pessoas. 
Por isso, os sábios da Índia, criaram um tipo especial de literatura religiosa, cha-
mada Purānas, para que pudessem apresentar aquelas verdades, de forma in-
teressante e fácil de entender. Nos Purānas , os ensinamentos são apresentados 
através de estórias e parábolas. Ao todo, hoje existem dezoito Purānas, e entre 
eles estão o Bhāgavata Purāna, o Skanda Purāna, o Vâyu Purāna, o Padma 
Purāna, o Mārkandeya Purāna e Agni Purāna. O Chandī, ou Devīmāhātmyam, 
um popular livro do hinduísmo, é na verdade, parte do Mārkandeya Purāna. 
Paralelo as disciplinas védicas, o hinduísmo tem um outro conjunto de dis-
ciplinas chamado de Tantras. Nas disciplinas tântricas, Deus é visto como um 
princípio masculino e feminino, respectivamente, Shiva e Shakti. Shakti é o poder 
criativo de Shiva. Em termos modernos, Shiva pode ser comparado a energia 
potencial, e Shakti, a energia cinética. Quando a energia potencial se torna ativa, 
ela se chama energia cinética. Quando Shiva se torna ativo, Ele se chama 
8 
 
Shakti. Da mesma forma, quando Shakti está inativa, Ela se chama Shiva. É 
Shakti que cria esse mundo. A relação entre Shiva e Shakti, é como a relação 
entre o fogo e o seu poder de queimar, ou seja, são sempre um, inseparáveis. 
Contudo, Shakti tem outros nomes, e um deles é Pārvatī. As escrituras e textos 
do Tantra, estão geralmente em forma de diálogo entre Shiva e Pārvatī. Nos 
diálogos em que Shiva é aquele que fala, e Pārvatī é quem escuta os ensina-
mentos espirituais, os textos se chamam Āgama. Quando Pārvatī faz o papel de 
instrutora, e Shiva é quem escuta, os textos se chamam Nigama. O Tantra é um 
sistema religioso todo abrangente, e é capaz de ajudar as pessoas em todos os 
níveis do crescimento espiritual. Prescreve disciplinas espirituais adequadas a 
pessoas de nível cultural mais elevado ao mais inferior. A literatura Tantra é 
vasta e contem. 
O segundo estágio, o Bramânico – também conhecido como Bramanismo 
(1000 a.C.- 800 a.C.) fez surgir outro grupo de literatura, a saber, os Brahma-
nas (Sacerdotes). Tendo seu poder fortalecido pela necessidade contínua de sa-
crifício aos deuses, os brâmanes (sacerdotes) produziram tal literatura contendo 
instruções sobre os diversos sacrifícios, tanto domésticos como públicos. Con-
têm também lendas e instruções sobre a vida religiosa. Por meio de tais obras, 
os sacerdotes hindus apontaram os sacrifícios por eles realizados como a ma-
neira para se obter a salvação. Exigiam pagamento pela realização dos rituais. 
Nessa literatura surgiram idéias como a transmigração da alma (reencarnação), 
a proibição de se comer carne bovina e a institucionalização das castas (sistema 
que dividia a sociedade indiana em vários grupos sociais, sendo os brâmanes a 
classe primaz). 
O terceiro estágio denomina-se Hinduísmo Filosófico (800 a.C.–300 d.C.) e é 
onde surgem os Upanishades . 
O hinduísmo reconhece quatro metas da vida humana: Kāma – satis-
fação dos desejos por prazeres sensórios. Artha – aquisição de coisas do mundo 
e dinheiro. Dharma – observância de deveres religiosos. Moksha – liberação 
atingida através da realização de Deus Entre essas quatro, Kāma é considerada 
a mais inferior, porque esse impulso é comum aos homens e aos animais. Artha, 
por outro lado, é percebido principalmente nos seres humanos, e é considerado 
9 
 
superior a Kāma. A terceira meta, Dharma, não é nada mais que treinar-se no 
sacrifício próprio. Kāma e Artha estão enraizadas no egoísmo, enquanto que 
Dharma, não está. Portanto, dharma é superior a kāma e artha. O modo de vida 
hindu consiste na performance de uma série de deveres religiosos, ou Dharma, 
que são ditados pelas escrituras. Até mesmo para adquirir coisas do mundo ou 
para satisfazer suas paixões, um hindu deve considerar seu dharma. Por isso, 
kāma e artha – que são mencionadas como sendo duas metas diferentes de 
dharma – são incluídas na categoria de dharma por alguns eruditos. Moksha, 
que significa “liberação”, pode ser alcançada apenas através da realização de 
Deus. 
A morte é a transição efetuada pela alma de um corpo para outro. Declara 
o Bhagavad-gita: "Assim como, neste corpo, a alma corporificada seguida-
mente passa da infância à juventude e à velhice, do mesmo modo, chegando a 
morte, a alma passa para outro corpo". O ciclo de nascimento e renascimento 
termina quando o indivíduo alcança a moksa. 
ORGANIZAÇÃO INTERNA 
Originalmente o sistema de castas tinha uma base qualitativa e todas as 
castas eram tratadas com igualdade Os indo-arianos se dividiam em quatro cas-
tas, ou categorias sociais, conhecidas como o sistema de castas. Originalmente, 
essa divisão baseava-se em uma “carreira em potencial” ou qualidades inerentes 
aos indivíduos. Uma pessoa naturalmente dotada de qualidades como a veraci-
dade, a serenidade mental, a não-violência, a compaixão e o não-egoísmo, per-
tenceria a casta sacerdotal, ou brahmin. Possuidora de grandes virtudes morais 
e espirituais, tal pessoa era considerada a pessoa certa para ensinar e dar ori-
entação espiritual. Alguém naturalmente dotado de qualidades marciais, era ade-
quado para a casta militar, ou kshatriya. Reis e administradores, geralmente vi-
nham da casta kshatriya. Da mesma forma, uma pessoa com agudeza para os 
negócios, pertencia a casta dos mercadores, ou vaishya. Todos os outros per-
tenciam a casta shūdra, que incluía os fazendeiros e artesãos, etc. Nem todos 
os arianos aderiam ao sistema de castas. Por exemplo, os monges renunciantes, 
ou sannyāsins, estavam além das regras das castas, e apesar de não pertence-
rem a nenhuma, eles eram respeitados por todos. Os não-arianos, e os filhos de 
10 
 
arianos que haviam violado as leis da sociedade ariana, no que diz respeito a 
comida, matrimonio etc. Eram geralmente banidos de suas castas. De acordo 
com Manu, o legislador mais famoso, “Um homem nascido duas vezes, que 
mesmo sabendo, come cogumelos, um porco da aldeia, alho, um galo da aldeia, 
cebolas, ou alho porro, será expulso de sua casta.” Os que eram banidos, por 
razões óbvias, não desfrutavam das mesmas posições daqueles pertencentes 
ao sistema de castas. Tinham uma posição inferior na sociedade ariana, e em-
bora não haja evidência de que tenham sido maltratados ou odiados, muito maistarde, durante o período de decadência do sistema de castas, os banidos pas-
saram a ser tratados como inferiores, recebendo o nome de “intocáveis”. 
O sistema de castas se deteriorou quando se tornou hereditário Original-
mente todas as castas recebiam igual importância e cada uma era considerada 
essencial para a sociedade ariana. Mais tarde, com o passar do tempo, surgiram 
os direitos adquiridos, e as castas que eram originalmente determinadas pelas 
qualidades e aptidões individuais se tornaram hereditárias, por causa do inte-
resse próprio de pessoas em posições de poder e autoridade, que queriam per-
petuar os privilégios sociais baseados nas castas. A noção equivocada de castas 
“superiores” e “inferiores” resultou na degeneração do sistema de castas. Os 
brahmin que formavam a educada classe sacerdotal, tradicionalmente não eram 
ricos, embora ocupassem posições de respeito e honra na sociedade. Os kshatri-
yas, que pertenciam a segunda classe mais elevada, eram reis, administradores 
e guerreiros, desfrutando de riqueza e do poder. Os vaishyas, mesmo que nunca 
pudessem se tornar sacerdotes ou oficiais militares, podiam encontrar satisfação 
com a riqueza proveniente do comércio. Já os shūdras, reduzidos a casta inferior 
e com muitos privilégios negados, inclusive a educação védica e outros tipos de 
educação elevada, foram os que mais sofreram. Essa disparidade de privilégios 
corrompeu o sistema de castas, o que eventualmente deu origem ao ciúme, ao 
ódio e ao conflito. Nessas circunstâncias, a condição dos intocáveis, ou banidos, 
tornou-se ainda pior. 
O casamento hindu não é simplesmente um relacionamento entre marido 
e mulher; ele também inclui um relacionamento próximo e duradouro entre os 
11 
 
membros de ambas as famílias. As vezes diz-se, e não tão incorretamente, que 
um casamento hindu é mais entre duas famílias do que entre duas pessoas. 
Os hindus geralmente cremam seus mortos. O corpo do falecido ganha um 
banho e é vestido com roupas novas. Pasta de sândalo é aplicada no corpo que 
é então enfeitado com flores e guirlandas. Um pouco de pó de ouro é também 
espalhado em diferentes partes do rosto e do corpo. Após alguns cantos de pu-
rificação e rituais de adoração, o corpo é colocado na pira funerária, com a ca-
beça para o norte ou para o sul. Um parente próximo, geralmente o filho mais 
velho, acende uma tocha e caminha ao redor da pira enquanto recita uma prece 
pelo bem estar da alma que partiu, depois de tocar o corpo com a tocha, ele 
acende a pira funerária. 
INFLUÊNCIA NO BRASIL 
O Hinduismo no Brasil é pouco comum e é encontrado em poucas cidades 
e estados. Em São Paulo, por exemplo, há uma comunidade HARE KRISHNA. 
Localizada na Fazenda Nova Gokula em Pindamonhangaba- SP. Também loca-
lizada em São Paulo, temos o TEMPLO VRINDA. 
HARE KRISHNA 
O Movimento Hare Krishna data de uma época imemorial, pois se baseia 
nas coleção de quatro obras hindus denominadas shruti (ou escrituras védicas, 
compiladas por Veda Vyasa mas gerada pelo próprio Krishna, a Suprema Pes-
soa. Como segue uma tradição onde o conhecimento é passado de mestre para 
discípulo, sobreviveu intacto até os dias hoje, chegando ao século 21, onde vá-
rios mestres espirituais predicam seus preceitos. 
 
TEMPLO VRINDA 
Vrinda é o Instituto Vrindavana para a Cultura e Estudos Vaisnavas. Esta-
belecido em 1984 e atualmente com mais de 25 centros ao redor do mundo, 
Vrinda é a união de todas as comunidades espirituais fundadas com a inspiração 
de Sri Sri Guru Gouranga Radha Vrajesvara por Srila Bhaktialoka Paramadvaiti 
Swami. Busca oferecer o refúgio a espiritualidade ao foco e a partir de práticas 
12 
 
como o Yoga e práticas religiosas, pretende reconectar o homem com seu dever 
eterno. 
O Templo Vrinda e outros grupos Hinduístas de São Paulo, não se preocu-
pam só em transmitir a sua fé, há diversos projetos na área sócio cultural e eco-
lógica, como. A Revolução da Colher, por exemplo, que busca difundir o vegeta-
rianismo a não exploração dos animais e a não a violência. 
 
COMO ESSES TEMPLOS INFLUENCIAM SÃO PAULO (ESTRATÉGIAS MIS-
SIONÁRIAS) 
 Revolução da Colher (culinária vegetariana); 
 Palestras; 
 Venda de livros na Av. Paulista; 
 Movimentos Ecológicos; 
 Terapia e cura; 
 Festividades; 
 Dança Indiana, teatro 
 Projetos Sociais, entre outros. 
 
MUNICIPIOS BRASILEIROS COM MAIOR PERCENTUAL HINDU: 
 Nazário (GO) – 0,48% 
 Palmeiras (BA) – 0,46% 
 Itapina (ES) – 0,14% 
 Lindolfo Collor (RS) – 0,14% 
 Bocaina de Minas (MG) – 0,13% 
 São Lourenço da Serra (SP) – 0,11% 
 Xambrê (PR) – 0,10% 
 Itanagra (BA) – 0,06% 
 Porto Calvo (AL) – 0,06% 
 Tiradentes (MG) – 0,06% 
13 
 
 
CONCLUSÃO 
Ao longo de sua história, o subcontinente indiano sofreu diversas invasões. 
Para conciliar as diferentes divindades que cada nono povo invasor trazia ao 
subcontinente, o povo indiano desenvolveu o conceito de que todos os diferentes 
deuses seriam apenas diferentes expressões de uma mesma divindade suprema 
e única. Está divindade teria como atributo básico o amor, entendido aqui como 
sinônimo de felicidade, contentamento e alegria. Este conceito revolucionário na 
história das religiões torna-se muito importante no mundo atual, em que a globa-
lização coloca lado a lado culturas e religiões diferentes. Para superar os eventos 
choques decorrentes deste encontro de culturas, torna-se muito importante a 
ideia hindu de tolerância e coexistência pacífica entre diferentes religiões e cren-
ças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MENEZES,Aldo. Hinduísmo. 2014. Disponivel em: 
http://members.tripod.com/marcos_bernini/hinduismo.htm. 
Acesso em: 18/03/2019 às 20:00. 
 
VEDANTA. Síntese do Hinduísmo. 2009. Disponivel em: 
http://www.vedantacuritiba.org.br/txt/sintese_hinduismo.pdf. 
Acesso em: 19/03/2019 às 10:00. 
 
WIKIPÉDIA. Hinduísmo no Brasil.2016. Disponivel em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hindu%C3%ADsmo_no_Brasil. 
Acesso em: 17/03/2019 às 11:00.

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