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Sistema Integrado de Administração Financeira

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Sistema Integrado de Administracao Financeira – SIAFI
1. CONCEITO
O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) é um sistema informatizado que tem por finalidade contabilizar e controlar toda a execução orçamentária, financeira e patrimonial da União em tempo real. Portanto, através de terminais de acesso ou computadores on line, os usuários das diversas Unidades Gestoras ou Orçamentárias integrantes do sistema realizam as transações: registros contábeis, mensagens, consulta à banco de dados, transferências de recursos orçamentários, transferências de recursos financeiros, etc. Em outras palavras, o SIAFI é um sistema integrado de administração financeira implantado pelo Governo Federal com o intuito de promover a modernização e a integração dos sistemas contábeis e de programação financeira da União. Em síntese, é um sistema informatizado que processa e controla as execuções orçamentária, financeira e patrimonial da União, utilizado como ferramenta para registro contábil, através de terminais e computadores instalados nos órgãos/entidades em todo o território nacional. Tem como premissa básica a contabilização de todos os atos e fatos praticados pelos gestores públicos.
2. HISTORICO
Quando foi implantado o SIAFI?
O SIAFI foi concebido em 1986, passando a funcionar a partir de 1987.
O que motivou a criação do SIAFI?
Foram os diversos problemas existentes na administração pública federal que motivaram a implantação do SIAFI, não apenas relacionados com os registros intempestivos e inadequados das informações pela contabilidade, mas também deficiências de gestão orçamentária e financeira. Dentre eles podemos destacar:
► Falta de informações gerenciais em todos os níveis da Administração Pública e utilização da Contabilidade como mero instrumento de registros formais;
► Defasagem na escrituração contábil de, pelo menos, 45 dias entre o encerramento do mês e o levantamento das demonstrações Contábeis, inviabilizando o uso das informações para fins gerenciais;
► Inconsistência dos dados utilizados em razão da diversidade de fontes de informações e das várias interpretações sobre cada conceito, comprometendo o processo de tomada de decisões;
► Despreparo técnico de parte do funcionalismo público, que desconhecia técnicas mais modernas de administração financeira e ainda concebia a contabilidade como mera ferramenta para o atendimento de aspectos formais da gestão dos recursos públicos;
► Inexistência de mecanismos eficientes que pudessem evitar o desvio de recursos públicos e permitissem a atribuição de responsabilidades aos maus gestores;
► Estoque ocioso das disponibilidades financeiras, dificultando a administração de caixa, decorrente da existência de inúmeras contas bancárias, no âmbito do Governo Federal. Em cada Unidade havia uma conta bancária para cada despesa. Exemplo: Conta Bancária para Material Permanente, Conta bancária para Pessoal, conta bancária para Material de Consumo, etc.
3. ESTRUTURA
O SIAFI está estruturado em sistema e subsistemas, cada sistema está organizado por subsistemas – atualmente são 21 – e estes, por módulos. Dentro de cada módulo estão agregadas inúmeras transações, que guardam entre si características em comum. Nesse nível de transação é que são efetivamente executadas as diversas operações do SIAFI, desde entrada de dados até consultas.
SISTEMA 21 SUBSISTEMAS -> MODULOS
O SIAFI foi concebido para se estruturar por exercícios financeiros, assim sendo, a cada ano equivale a um SISTEMA diferente. Assim, quando o usuário necessitar de informações de um exercício anterior deverá especificar (digitar) o ano referente aos dados armazenados. Portanto, o nome do sistema é a sigla SIAFI acrescida de quatro dígitos referentes ao ano do sistema que se deseja acessar.
Exemplo: SIAFI2011, SIAFI 2012, etc.
Exemplos de subsistemas:
Controle de Haveres e Obrigações:
- Dívida Pública – DIVIDA;
- Haveres – HAVERES;
- Controle de Obrigações – OBRIGACAO;
- Operações Oficiais de Crédito – O2C.
Administração do Sistema:
- Administração do Sistema – ADMINISTRA.
- Auditoria – AUDITORIA.
- Centro de Informação – CI.
- Conformidade – CONFORM.
- Manual – MANUALMF.
Execução Orçamentária e Financeira:
- Contábil – CONTABIL.
- Documentos do SIAFI – DOCUMENTO.
- Orçamentário e Financeiro – ORCFIN.
Exemplo de Módulos
Modulo siafi Gerencial
O siafi Gerencial tem por objetivo atender às demandas de informações gerenciais das áreas que possuem atribuições de gerência orçamentária, financeira e controle e subsidiar as áreas estratégicas de informações para o aperfeiçoamento do processo de tomada de decisões
Modulo siafi Educacional
O Decreto MEC n° 2.494/98 define o Ensino a Distância como "uma forma de ensino que possibilita a auto-apredizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação".
Modulo Sistema de Administração de Serviços Gerais – SIASG
O SIASG é um conjunto informatizado de ferramentas para operacionalizar internamente o funcionamento sistêmico das atividades inerentes ao Sistema de Serviços Gerais - SISG, quais sejam: gestão de materiais, edificações públicas, veículos oficiais, comunicações administrativas, licitações e contratos, etc. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG é o órgão central normativo do SIASG.
Atenção! O portal COMPRASNET é parte integrante do SIASG. A implantação do Comprasnet – Portal de Compras do Governo Federal permite a transparência dos processos de compras do Governo com a divulgação através da internet, aumentando a participação dos fornecedores, com a consequente redução dos preços praticados. Este portal pretende ser o ponto de convergência para todos os interessados nos processos licitatórios, tais como a sociedade, fornecedores, imprensa, órgãos de controle e unidades do governos federal, que acessarão o sistema SIASG através deste portal.
4. OBJETIVOS
Os objetivos do SIAFI são:
► Prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária, financeira e patrimonial aos órgãos da Administração Pública;
► Fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal.
Importante! A Conta única do Tesouro Nacional atualmente é operacionalizada pelo Banco do Brasil, porém, o Ministro da Fazenda poderá autorizar, em caráter excepcional, que outras instituições financeiras operacionalizem essa conta, mesmo que sejam instituições privadas, a exemplo do Banco Bradesco S/A;
► Permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de informações gerenciais destinadas a todos os níveis da Administração Pública Federal;
► Padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos, sem implicar rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele permanece sob total controle do ordenador de despesa de cada unidade gestora;
► Permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências negociadas;
► Integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal;
► Permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos; e
► Proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal. 
5. PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES
O SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla por meio de terminais ou computadores instalados nos órgãos/entidades públicos em todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos da administração pública direta federal, das autarquias, fundações e empresas públicas federais e das sociedades de economia mista que estiverem contempladas nos orçamentos fiscal e da seguridade social da União.
Importante! Empresas públicas e sociedades de economia mista que exercem atividade econômica não movimentam seus recursos atravésdo SIAFI. Essas entidades, quando utilizam o SIAFI, o fazem por meio da conta única institucional.
Exemplo: o BB exerce atividade econômica e não movimenta seus recursos através da conta única do tesouro nacional, ou seja, o BB não participa dos orçamentos fiscal e da seguridade social, haja vista que suas despesas operacionais (de custeio) e seus servidores não são pagos pela União, mas sim, pela própria instituição, através de seus ganhos, suas receitas. Assim, o BB utiliza a conta única institucional, através do SIAFI, para fins de recolhimento de receitas federais (tributos arrecadados) e recebimento de recursos da União para empréstimos de fomento à agricultura. O sistema SIAFI pode ser utilizado pelas entidades públicas federais, estaduais e municipais apenas para receberem, pela conta única do Governo Federal, suas receitas (taxas de água, energia elétrica, telefone, etc.) dos órgãos que utilizam o sistema. Entidades de caráter privado também podem utilizar o SIAFI, desde que autorizadas pela STN. No entanto, essa utilização depende da celebração de convênio ou assinatura de termo de cooperação técnica entre os interessados e a STN, que é o órgão gestor do siafi. Todos os recursos arrecadados, com raríssimas exceções, a exemplo dos fundos especiais, são recolhidas ao caixa único do Tesouro Nacional, mantido junto a Banco Central, sendo contabilizada através de uma conta contábil matriz. São muitas as atribuições e facilidades que o SIAFI oferece a toda administração pública. Pode-se mencionar, simplificadamente, que essas atribuições e facilidades foram desenvolvidas para registrar as informações pertinentes às três tarefas básicas da gestão pública federal relativas à arrecadação dos recursos, às quais podemos mencionar:
Execução orçamentária;
Execução financeira;
Elaboração das demonstrações contábeis.
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Primeiramente cabe esclarecer a diferença entre execução orçamentária e financeira. É normal haver interpretação equivocada do que seja execução orçamentária e financeira, mesmo porque essas execuções ocorrem concomitantemente e estão interligadas uma a outra. Execução orçamentária é a utilização dos créditos consignados no orçamento (Lei Orçamentária Anual – LOA) e a execução financeira, por sua vez, representa a utilização de recursos financeiros (dinheiro), visando atender à realização das ações de governo atribuídas às unidades orçamentárias ou gestoras.
Depois de publicada a LOA e observadas as normas de execução orçamentária e de programação financeira da União para o exercício financeiro, são lançadas as informações orçamentárias fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal, no SIAFI, por intermédio da geração automática do documento Nota de Dotação – ND. A partir daí, gera-se o crédito orçamentário e, em conseqüência, o início da execução orçamentária propriamente dita. Executar o Orçamento é, portanto, realizar as despesas públicas nele fixadas, uma vez que, para que haja realização de despesa, a primeira condição é que esse gasto tenha sido legal e oficialmente fixado na LOA e autorizado, por lei, pelo Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República.
A execução orçamentária da despesa exige-se que sejam seguidos à risca os estágios da execução das despesas previstos na Lei nº 4.320/64: fixação, empenho, liquidação e pagamento. Continuando a execução orçamentária, o empenho é o primeiro estágio da despesa e pode ser conceituado como o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado a obrigação de pagamento, pendente ou não, de implemento de condição. Esse primeiro estágio é efetuado no SIAFI utilizando-se o documento denominado Nota de Empenho – NE.
Atenção! Não confundir empenho da despesa com nota de empenho. Esta (nota de empenho), na verdade, é apenas a materialização daquele.
Lembre-se! Nos casos previstos na legislação poderá ser dispensada a impressão da nota de empenho. Portanto, o empenho da despesa será efetuado no SIAFI, todavia, a legislação desobrigou que fosse impressa a nota de empenho.
Isso ocorre porque a Lei 4.320/64 determina que o pagamento de qualquer despesa pública, seja ela de que importância for, passe pelo crivo da liquidação. É nesse segundo estágio da execução da despesa que será cobrada a prestação dos serviços ou a entrega dos bens, ou ainda, a realização da obra, evitando, dessa forma, o pagamento sem o implemento de condição. Portanto, o segundo estágio da execução despesa pública é a liquidação, que consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito, ou seja, na liquidação deve-se verificar se o credor cumpriu todas as obrigações constantes do empenho.
A fase de liquidação da despesa tem por finalidade reconhecer ou apurar a origem e o objeto do que se deve pagar, a importância exata a pagar e a quem se deve pagar para extinguir a obrigação e é efetuado no SIAFI através do documento Nota de Lançamento – NL, também denominado de Nota de Liquidação de Despesa. Assim, esse estágio envolve todos os atos de verificação e conferência, desde a entrega do material ou a prestação do serviço até o reconhecimento da despesa. Ao fazer a entrega do material ou a prestação do serviço, o credor deverá apresentar a nota fiscal, fatura ou conta correspondente, devendo o servidor competente atestar o recebimento do material ou a prestação do serviço correspondente.
O último estágio da despesa é o pagamento. Este consiste na entrega de numerário ao credor do Estado, extinguindo, dessa forma, o débito ou obrigação. O pagamento da despesa normalmente é efetuado por tesouraria, mediante registro no SIAFI de uma Ordem Bancária – OB, que deve ter como favorecido o credor do empenho. Existem diversos tipos de OB, algumas específicas utilizadas para pagamento mediante crédito de valores em contas bancárias dos favorecidos, outras utilizadas para pagamento de boletos bancários. Todas essas operações registradas no SIAFI são processadas pelo Banco do Brasil, o agente financeiro que operacionaliza a Conta Única do Tesouro Nacional. Caso haja importância paga a maior ou indevidamente, sua restituição aos órgãos públicos deverá ocorrer dentro do próprio exercício, mediante crédito à conta bancária da UG que efetuou o pagamento. Quando a reposição se efetuar em outro exercício, o seu valor deverá ser restituído por DARF ao Tesouro Nacional.
EXECUÇÃO FINANCEIRA
A partir de agora veremos a execução financeira, ou seja, o fluxo de recursos financeiros necessários à realização de gastos.
Lembre-se!
Crédito Orçamentário = Recurso Orçamentário = Autorização de Gasto
Crédito Financeiro = Recurso Financeiro = Dinheiro
O art. 34 da Lei 4.320/64 determina que o exercício financeiro coincidirá com o ano civil, e o art. 35 dispõe que pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas. Portanto, no Brasil o exercício financeiro é o espaço de tempo compreendido entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de cada ano, no qual a administração promove a execução orçamentária e demais fatos relacionados com as variações qualitativas e quantitativas pertinentes aos elementos patrimoniais da entidade ou do órgão público.
O dispêndio de recursos financeiros oriundos do Orçamento Geral da União – OGU, realiza-se exclusivamente por meio de Ordem Bancária – OB, através da Conta Única do Tesouro Nacional (princípio da unidade de caixa ou unificação dos recursos do Tesouro nacional). Deve-se entender que a movimentação de recursos do Governo
Federal destina-se tanto ao pagamento de compromissos, quanto à transferência de recursos entre as Unidades Gestoras, tais como liberação de recursos para fins de adiantamento, suprimento de fundos, cota, repasse, sub-repasse e afins. O ingresso dos recursos financeiros (estágio da arrecadação) se dá quando o contribuinte efetua o pagamento de seus tributos junto ao agente arrecadador (normalmente bancos). Este deverá efetuar o recolhimento dos recursos arrecadadosao BACEN, no prazo de um dia. Através do DARF Eletrônico e da GRPS Eletrônica os usuários do sistema podem efetuar o recolhimento dos tributos contribuições previdenciárias federais diretamente à conta única do Tesouro Nacional, sem trânsito pela rede bancária. De forma concomitante, a Secretaria da Receita Federal recebe informações da receita bruta arrecadada, esse valor deve corresponder ao mesmo montante registrado no BACEN.
Uma vez tendo recursos em caixa, começa a fase de saída desses recursos para os diversos pagamentos. O pagamento entre Unidades Gestoras ocorre mediante a transferência de limite de saque, que é a disponibilidade financeira da UG on-line, existente na Conta Única. No caso de pagamento de credores não integrantes do SIAFI, a Unidade Gestora efetua o registro de OB no SIAFI. Ao final do dia é gerado um arquivo de OB, que é encaminhado ao Banco do Brasil para processamento. Este (BB) comunica ao Banco Central o limite da reserva bancária a ser disponibilizada. Até o dia seguinte ao da emissão da OB, a Unidade Gestora deve encaminhar ao Banco do Brasil a relação de ordens bancárias para pagamento junto a ele ou a outros bancos. Ocorre que a entrada das receitas que o governo arrecada dos contribuintes nem sempre coincide com as necessidades de realização de despesas públicas, já que a arrecadação de tributos e outras receitas não se concentra apenas no início do exercício financeiro, mas sim distribuída ao longo de todo o ano civil. É por essa razão que existe um conjunto de atividades objetivando ajustar o ritmo da execução do orçamento ao fluxo provável de entrada de recursos financeiros para assegurar a realização dos programas anuais de trabalho e, conseqüentemente, impedir eventuais insuficiências de tesouraria. Esse conjunto de atividades denomina-se programação financeira.
A elaboração de uma programação financeira requer muita habilidade e conhecimento técnico de finanças e comportamento da arrecadação dos tributos federais que compõem a receita, bem como da estrutura do Estado. Infelizmente a programação financeira está submetida à vontade política do Governo, uma vez que o orçamento é uma lei autorizativa (ela não obriga, apenas autoriza a execução dos programas de trabalho nela contidos). Lamentavelmente fica a critério de o Governo executar este ou aquele projeto, sem obedecer a qualquer hierarquia ou prioridade orçamentária. Diante desse cenário, tem sido quase uma regra constante a utilização dos recursos públicos em situações emergenciais ou paliativas, conforme os reclames da sociedade, divulgação na mídia, denúncias, etc.
Portanto, pelo menos conforme as normas e para fins de concursos, a execução orçamentária deve estar interligada ao real ingresso de recursos. À medida que esses recursos vão ingressando nos cofres do Governo, paulatinamente serão liberados para as unidades setoriais dos Ministérios ou Órgãos, com base em suas programações financeiras para a execução dos seus programas de trabalho. Geralmente cada ministério ou órgão tem um prazo determinado para a elaboração de seu próprio cronograma de desembolso (planejamento das saídas de recursos financeiros). Cabe à Secretaria do Tesouro Nacional, na condição de Órgão Central, a consolidação e aprovação de toda a programação financeira de desembolso para o Governo Federal, procurando, sempre que possível, ajustar as necessidades da execução do orçamento ao fluxo de caixa do Tesouro, a fim de obter um fluxo de caixa realista e consentâneo com as políticas fiscal e monetária do governo. Todo o processamento da execução financeira ocorre dentro do
SIAFI, que foi desenvolvido para que cada Unidade Gestora ou Orçamentária possa elaborar sua programação financeira, submetê-la ao seu órgão setorial de programação e este, por sua vez, realiza os ajustes necessários e encaminha ao órgão central de programação financeira. Dessa forma o Sistema permite um acompanhamento preciso do cronograma de desembolso dos recursos financeiros de cada unidade.
6. PRINCIPAIS DOCUMENTOS
No SIAFI é controlada toda a execução orçamentária através da inserção de dados no sistema, ou seja, em documentos previamente preparados.
Resumo dos principais documentos do SIAFI:
► Nota de Lançamento por Evento – NL: A Nota de Lançamento é o documento utilizado para registrar a apropriação/liquidação de receitas e despesas, bem como outros atos e fatos administrativos, inclusive os relativos a entidades supervisionadas, associados a eventos contábeis não vinculados a documentos específicos.
► Nota de empenho – NE: A Nota de Empenho é o documento utilizado para registrar as operações que envolvem despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pública federal, ou seja, o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o nome do credor, a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução desse valor do saldo da dotação própria.
► Nota de Movimentação de Credito – NC: A Nota de Movimentação de Crédito é o documento utilizado para registrar a movimentação interna e externa de créditos e suas anulações, ou seja, destina-se à descentralização de crédito.
► Nota de Dotação – ND: A Nota de Dotação é o documento utilizado para registro das informações orçamentárias elaboradas pela Secretaria de Orçamento Federal, ou seja, dos créditos previstos no Orçamento Geral da União (OGU). Também se presta à inclusão de créditos no OGU não previstos inicialmente e ao registro do desdobramento do Plano Interno e do detalhamento da fonte de recursos.
► Ordem Bancaria – OB: A Ordem Bancária é o documento utilizado para o pagamento de compromissos, bem como à liberação de recursos para fins de adiantamento, suprimento de fundos, cota, repasse, sub-repasse e afins, em contas bancárias mantidas no Banco do Brasil. Dependendo do tipo de pagamento, deverá ser utilizada uma OB específica.
► GRU – é o documento utilizado pelas Unidades do Governo Federal para a arrecadação de suas receitas, via rede bancária ou diretamente no SIAFI quando o recolhedor for uma Unidade Gestora (UG).
► GSE Eletrônica - GSE é a sigla para Guia do Salário Educação. A GSE é o documento que registra o recolhimento do salário educação destinado aos seus beneficiários e do valor que lhes é pago, mediante transferências intra-SIAFI de recursos entre a Unidade Gestora recolhedora e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE.
► Nota de Programação Financeira – PF - A Nota de Programação Financeira é o documento que permite registrar os valores constantes da Proposta de Programação Financeira (PPF) e a Programação Financeira Aprovada (PFA), envolvendo a Coordenação-Geral de Programação Financeira da Secretaria do Tesouro Nacional - COFIN/STN e os Órgãos Setoriais de Programação Financeira - OSPF.
7. SEGURANCA DO SIAFI
O SIAFI apresenta uma série de métodos e procedimentos para disciplinar o acesso e assegurar a manutenção da integridade dos dados e do próprio sistema. Essa proteção se dá tanto contra utilizações indevidas ou desautorizadas, quanto a eventuais danos que podem ser causados aos dados do sistema. A segurança do Sistema tem por base os seguintes princípios e instrumentos:
• Sistema de Segurança;
• Navegação; e
• Habilitação do SIAFI – SENHA
Instrumentos de segurança:
► Senha;
► Conformidade diária;
► Conformidade Contábil;
► Conformidade de Registro de Gestão;
► Conformidade de Operadores;
► Conformidade de Documental;
► Identificação das Operações do Usuário;
► Integridade e Fidedignidade dos Dados;
► Inalterabilidade dos Documentos.
8. FORMAS DE ACESSO
O SIAFI permite que as UG, na efetivação dos registros da execução orçamentária, financeira e patrimonial o acessem de forma "on line" ou "off line". 
A forma de acesso "on line" caracteriza-se pelo fato de:
Todos os documentos orçamentários, financeiros e patrimoniais das UGs serem emitidos diretamente pelo sistema;
A forma de acesso "off line" caracteriza-se pelo fato de:
◊ As disponibilidades financeiras da Unidade serem individualizadas em contacorrente bancária e não compõem a conta única;
◊ A UG emitir seus documentos orçamentários, financeiros e patrimoniais previamente à introdução dos respectivos dados no sistema;
◊ A UG não insere os dados relativos aos seus documentos no sistema. Essa tarefa é realizada através de outra unidade, denominada Polo de Digitação. Cabe a Secretaria do Tesouro Nacional definir qual a forma de acesso de cada UG, ouvido o respectivo ministério ou órgão. A alteração da forma de acesso de determinada UG será efetuada pela Secretaria do Tesouro Nacional, por solicitação do respectivo ministério ou órgão.
Exemplo de aceso off line: uma unidade gestora localizada em região inóspita e não provida por sistemas computacionais ou energia elétrica. Nesse caso, essa UG utiliza o terminal de outra UG que possui toda a estrutura do SIAFI – unidade pólo de digitação.
Geralmente ocorre com unidades militares em regiões de fronteira.
9. MODALIDADES DE USO
O SIAFI permite aos Órgãos a sua utilização nas modalidades total ou parcial.
As principais características da utilização do sistema na modalidade de USO TOTAL são:
◊ Processamento de todos os atos e fatos de determinado Órgão pelo SIAFI, incluindo as eventuais receitas próprias;
◊ Movimentação de todas as disponibilidades financeiras das UG on-line do Órgão através da conta única do Governo Federal.
◊ Sujeição dos procedimentos orçamentários e financeiros do Órgão ao tratamento padrão do SIAFI incluindo o uso do Plano de Contas do Governo Federal.
As principais características da utilização do sistema na modalidade de USO PARCIAL são as seguintes:
◊ Execução financeira dos recursos previstos no OGU efetuada pelo SIAFI;
◊ Não permitir tratamento de recursos próprios da entidade;
◊ Não substituir a contabilidade do Órgão, sendo necessário, portanto, o envio de balancetes para incorporação de saldos.
Atenção! É obrigatória a utilização do sistema na modalidade de uso total por parte dos Órgãos e entidades do Poder Executivo que integram os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, ressalvadas as entidades de caráter financeiro. Os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário podem, também, utilizar o sistema na modalidade total. Atualmente todos os órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário, Ministério Público e TCU estão operando o SIAFI na modalidade total.

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