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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ LICENCITATURA EM LETRAS

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ LICENCITATURA EM LETRAS - INGLÊS 
DISCIPLINA:ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO 
CÓDIGO: CEL0466
PROFESSOR(A): 
ALUNA: MAYARA COELHO BALBINO DE ALMEIDA
DATA: MAIO/2019
PROPOSTA DE PRÁTICA CURRICULAR - 2019
OBSERVAÇÃO E ANÁLISE SOCIOLÓGICA REFLEXIVA DAS RELAÇÕES
ENTRE A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE.
Local de Observação: Rio Paraibuna – Juiz de Fora - MG
Data da observação: 06/05/2019
INTRODUÇÃO 
Esse trabalho tem como finalidade observar o rio Paraibuna, com foco na cidade de Juiz de Fora, que está localizado no Campo das Vertentes no estado de Minas Gerais. 
O ponto forte da minha pesquisa é a poluição no principal rio da cidade de Juiz de Fora, o Rio Paraibuna, que vem aumentando nas últimas décadas, causando a poluição do mesmo. Tendo em mente que alguns relatos de antigos moradores da cidade, dizem que anos atrás o rio era propício para pesca e nado. Pelo estado do mesmo tal afirmação torna-se difícil de acreditar. O objetivo é mostrar que a educação e o governo tem que estar integrados para assim poder reverter essa realidade. Desta maneira podemos conscientizar as pessoas que precisamos da natureza para sobreviver, e que cada um deve fazer a sua parte, através de uma educação de forma responsável, e através do governo criação de serviços que dê o devido destino ao lixo e um programa melhor de saneamento básico.
DESENVOLVIMENTO 
O Rio Paraibuna, cuja nascente é no município de Antônio Carlos, no Campo das Vertentes, atravessa a cidade de Juiz de Fora por mais de 20 km. Aproximadamente 12,5% do abastecimento energético de Juiz de Fora é mantido pelas usinas do Rio Paraibuna, conhecidas como Joasal, Paciência e Marmelos. Ao longo de sua faixa retilínea do na área de Juiz de Fora não são raros os casos de descarte de materiais da construção civil, móveis velhos, entulhos diversos e lixo comum. 
A importância do Rio Paraibuna inicia-se na época da corrida do ouro em Minas Gerais. Em medos de 1700, era necessária uma rota mais curta e segura entre o porto do Rio de Janeiro e a região das Minas Gerais a ser seguida. Esse novo trajeto denominou-se “caminho novo". Esta viagem de Minas Gerais para o Rio de Janeiro levava no mínimo doze dias, onde passavam tropas carregadas de ouro e diamantes extraídos das minas O caminho novo era rota comercial, econômica e estratégica, lugar de tocaias e assaltos. Em sua volta surgiram os primeiros povoamentos. Santo Antônio do Paraibuna (Juiz de Fora), Borda do Campo (Barbacena) e João Gomes (Santos Dumont). O Caminho Novo funcionou até 1836, e era necessário melhorar a comunicação entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro. 
O Rio Paraibuna sofre com o descarte irregular de detritos em Juiz de Fora.
De acordo com dados publicados pela Cesama em 2010, são coletados, semanalmente, dez toneladas de pneus, sacolas plásticas, pedaços de madeira, caixas e restos de feira ao longo do trecho que corta Juiz de Fora. 
Isso é um reflexo de duas coisas a falta de gestão integrada de saneamento, isto é, uma integração entre os serviços de reciclagem, coleta seletiva e tratamento de água e esgoto. Pesquisadores afirmam que o maior problema do Paraibuna está na falta de tratamento do esgoto domiciliar, 1.200 litros de esgoto que são lançados no rio a cada segundo. Já o outro ponto é a mudança de perfil do consumidor brasileiro, já que o maior impacto no rio vem do lixo depositado em bocas de lobo e nas ruas, sobretudo no período de chuvas que o mesmo acaba transbordando e às vezes chegado a invadir algumas casas próximas, que aponta para a falta de conscientização da população. 
Essa realidade é ainda mais visível na época da seca como o nível da água fica abaixo do normal, a sujeira presente nas águas fica ainda mais evidente. O assoreamento, um dos problemas que a seca expõe, bancos de areias são formados no meio do rio, consequências do esgoto concentrado que sai das tubulações.
Ao passarmos na margem do rio podemos sentir um cheiro que é resultado da mistura do lixo com o esgoto. Conversando com alguns moradores que moram bem próximo do local os mesmos não sentem há muito tempo o cheiro, dizem que já se acostumaram. Notamos que a total falta de conscientização da população o que aparenta ser algo cultural, passado de geração em geração. As pessoas não procuram outro local para morar por conta do forte odor e nem quando suas casas são alagadas. 
De acordo com Queiroz (2012, p.2), Segundo Guimarães (2004), a crise ambiental é uma crise civilizatória de um modelo de sociedade e de seu modo de produção capitalista, o qual cria necessidades e estimula o consumo por uma pequena parcela da população, ao mesmo tempo em que exclui a maioria. 
É imprescindível que haja uma integração entre a educação e o governo, se há um trabalho mais amplo e eficiente na educação isso acarretará um impacto na vida das famílias. Juntamente com essa educação vem o trabalho do governo de criar um serviço que dê um destino adequado ao lixo. Pois não adianta só a população se conscientizar sendo que não há um serviço que dê suporte e descarte tais materiais. 
De acordo com Queiroz (2012, p.2), Nesse contexto, enfocamos uma educação direcionada para a denúncia das relações de dominação e exploração hegemônicas e para a construção de novas relações entre ser humano, sociedade e natureza. Nesse ínterim, as escolas preparariam seus alunos não apenas para o mercado de trabalho, mas, especialmente, para ingressarem na sociedade com as habilidades que lhes permitam refletir criticamente e intervir no mundo a fim de mudá-lo (apud GIROUX, 1997).
Todos devemos nos conscientizar e cobrar do governo tal serviço, para que através da preservação ambiental possamos melhorar a nossa qualidade de vida e assim sair da imagem do país que só desperdiça e adotar posturas e leis mais rigorosas em relação a descartar o lixo incorretamente já que nos países desenvolvidos quem pratica tal ato é multado.
“O ser humano vive da natureza. Isto significa que a natureza é seu corpo, com o qual ele precisa estar e m processo contínuo para não morrer. Que a vida física e espiritual do ser humano está associada à natureza não tem outro sentido do que afirmar que a natureza está associada a si mesma, pois o ser humano é parte da natureza”. (Karl Marx – 1844)
Articulando meu pensamento com Karl Marx, já que de fato somos parte da natureza, devemos cuidar proteger porque precisamos dela para a sobrevivência, vivemos dos recursos que são encontrados nela. Se tais recursos acabarem estaremos procurando a nossa própria extinção. 
CONCLUSÃO
Concluímos que é necessária a educação ambiental nas escolas, pois muitas pessoas não percebem a gravidade que a poluição pode acarretar. O primeiro passo seria a integração da escola com o governo, para que haja uma forte conscientização das pessoas quanto ao lixo e um programa do governo que descarte de forma adequada o mesmo. Sem falar na questão do saneamento básico. 
Com base na pesquisa realizada, identifiquei a precariedade do poder público em realizar projetos, tanto para a melhora do saneamento quanto a respeito dos lixos descartados, juntamente com a conformidade e a falta de conscientização das pessoas de que os lixos descartados no rio e nas ruas acabam prejudicando o meio ambiente que por sua vez prejudica a saúde das mesmas. 
De acordo com Silva (2012, p.6)
“A natureza nos contém, nós e nossas obras, daí porque continuamos a existir. A cultura é uma natureza cultivada, na qual esse produto da natureza, que é o homem, toma sentido: se a natureza morre, então a cultura, e todos seus artefatos, morrem também (1997b, p. 15).”
Entender que fazemos parte da natureza, e que a mesma é a fonte da nossa vida, é o primeiro caminho a ser tomado. 
http://paraibunajf.blogspot.com
Caminhos para a inserção da dimensão socioambiental na formação inicial de educadores. 
Autora: Edileuza Dias de Queiroz
(Trabalho apresentado na 35ª Reunião Anual da ANPED em outubro de 2012)
http://35reuniao.anped.org.br/images/stories/trabalhos/GT22%20Trabalhos/GT22-1397_int.pdfO dualismo homem natureza e suas implicações à educação ambiental.
Autora: Ana Tereza Reis da Silva 
(Trabalho apresentado na 35ª Reunião Anual da ANPED em outubro de 2012)
http://35reuniao.anped.org.br/images/stories/trabalhos/GT22%20Trabalhos/GT22-2024_int.pdf 
Sugestão de vídeos 
Lixo Extraordinário Documentário / Filme Completo 
https://www.youtube.com/watch?v=61eudaWpW b8 
 
A história das coisas 
https://www.youtube.com/watch?v=7qFiGM 
 
O Vale 
(de Marcos Sá Corrêa e João Moreira Salles) 
https://www.youtube.com/watch?v=g5m7F

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