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Ação Direta de Inconstitucionalidade

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – CAMPUS R9
ALUNO: ALINE PEREIRA DE CAMPOS MATRÍCULA: 20140808338-8
TURNO: NOITE CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO
PROFESSOR: MARIANA RASGA
AÇÃO
DIRETA
DE INCONSTITUCIONALIDADE
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
O PARTIDO POLÍTICO SIGMA, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº XXX, e registro definitivo no TSE sob o nº XXX, partido político com representação no Congresso Nacional, com sede no endereço XXX, neste ato representado pelo seu Presidente Nacional XXX, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade nº XXX, expedida pelo XXX, inscrito no CPF/MF sob o nº XXX, XXX@, vem por seu advogado infra-assinado, com procuração em anexo, com poderes específicos para impugnar a Lei Estadual Y, com escritório na XXX, endereço que indica para fins do art. 106, I do CPC, propor a presente 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
, com medida cautelar, com fundamento no art. 102, I, “a”, da CRFB/88 e no art. 2º, VIII, da Lei 9.868/99, em face da Assembleia Legislativa e do Governo do Estado ALFA, pelos fatos e fundamentos que passa a expor. 
- DA LEGITIMIDADE ATIVA
Com fulcro no art. 103, VIII da CRFB/88, O Partido Político Sigma é legitimado universal para propor a presente ação direta de inconstitucionalidade.
- DA LEGITIMIDADE PASSIVA
A Assembleia Legislativa do Estado Alfa e o Governo do Estado Alfa
I – DOS FATOS
A Assembleia Legislativa aprovou e o Governo no Estado Alfa sancionou uma minirreforma política que direciona as eleições seguintes para os cargos de deputado estadual do Estado em questão. Essa reforma foi veiculada por meio da Lei X. O art. 1º dispunha que não seria admitido o registro de candidatura de qualquer pessoa com antecedentes criminais; o art. 2º afastava a possibilidade de campanha eleitoral no rádio e na televisão para os partidos políticos que abrigassem, em seus quadros, pessoas com antecedentes criminais; o art. 3º dispunha sobre as distintas formas de exercício da cidadania no território do Estado Alfa; o art. 4º dispunha que sua entrada em vigor seria imediata, aplicando-se, inclusive, às eleições que seriam realizadas três meses após sua sanção.
II – DOS FUNDAMENTOS 
DA INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL POR VIOLAR A COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO ELEITORAL
A Lei X aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado Alfa e sancionada pelo Governo do Estado Alfa possui inconstitucionalidade formal, pois viola a norma constitucional prevista no art. 22, I da CRFB/88, que dispõe que compete privativamente à União legislar sobre Direito Eleitoral, e, ao dispor que compete privativamente à União, o legislador quis dizer que somente ela pode legislar sobre certos temas ou áreas, não podendo nenhum outro ente estatal criar, modificar ou extinguir regras jurídicas sobre as matérias elencadas no dispositivo legal acima citado, exceto os Estados, se autorizados por lei complementar, que como podemos constatar, não é o caso.
Portanto, com base no exposto acima, fica caracterizada a inconstitucionalidade formal da Lei X, pois a mesma viola o dispositivo constitucional que trata da competência privativa da União para legislar sobre Direito Eleitoral.
DA INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL POR VIOLAR O DISPOSTO NA CRFB/88 ACERCA DA INELEGIBILIDADE
Dispunha os artigos 1º e 2º da Lei X que, não seria admitido o registro de candidatura de qualquer pessoa com antecedentes criminais e afastava a possibilidade de campanha eleitoral no rádio e na televisão para os partidos políticos que abrigassem em seus quadros, pessoas com antecedentes criminais. No entanto. Com fulcro no disposto no art. 14, § 9º da CRFB/88 c/c Lei complementar nº 64, de 18/05/1990, que elenca os casos que ocasionarão a inelegibilidade.
Portanto, com base no exposto acima, fica evidente que houve violação a dispositivo constitucional no que tange à inelegibilidade e, por via de consequência, os artigos 1º e 2º da Lei X, são inconstitucionais por violarem disposição do Ordenamento Jurídico Pátrio.
DA INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL POR VIOLAR A COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO PARA LEGISLAR SOBRE CIDADANIA 
Dispunha o art. 3º da Lei X sobre as distintas formas de exercício da cidadania no território do respectivo Estado. No entanto, com base no art. 22, XIII da CRFB/88, a competência para legislar sobre cidadania compete privativamente à União, não podendo o Estado legislar sobre este assunto, exceto, se autorizado por lei complementar, o que não se aplica ao caso.
Portanto, com base no exposto acima, fica configurada a inconstitucionalidade forma do art. 3º da Lei X, por violar o dispositivo constitucional que trata da competência privativa da União para legislar sobre cidadania.
DA VIOLAÇÃO À NORMA QUE TRATA DA ENTRADA EM VIGOR DA LEI ELEITORAL
Dispunha o art. 4º da Lei X que, sua entrada em vigor seria imediata, inclusive, aplicando-se às eleições que seriam realizadas três meses depois. No entanto, no art. 16 da CRFB/88, que é o nosso Ordenamento Pátrio, está disposto que a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, porém, não se aplicará à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
Portanto, com base no exposto acima, fica caracterizada a inconstitucionalidade formal do art. 4º da Lei X, por violar o dispositivo constitucional que trata da anterioridade da lei que altera o processo eleitoral.
- DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA JURISDICIONAL
A medida cautelar é cabível, conforme o disposto no art. 102, I, “p”, da CRFB/88 e artigos 10 a 12 da Lei 9.868/99, pois a entrada em vigor da Lei X traz elementos que evidenciam a probabilidade do direito e o perigo de dano aos candidatos e aos partidos políticos que não se enquadrarem nas exigências. Isto posto, fica evidente a necessidade da concessão da medida cautelar para evitar violação a direito e possíveis danos aos candidatos e aos partidos políticos também.
- DOS PEDIDOS 
Com base no exposto, requer:
A concessão da medida cautelar, para suspender os efeitos da Lei X, na forma do art. 102, I, “p”, CRFB/88 e artigos 10 a 12 da Lei 9.868/99;
Que sejam solicitadas informações à Assembleia Legislativa e ao Governo do Estado Alfa, a serem prestadas no prazo de 30 dias contados do recebimento do pedido, na forma do art. 6º, caput e § único, da Lei 9.868/99;
Sejam citados o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, para que se manifestem no prazo de 15 dias, na forma do art. 8º da Lei 9.868/99;
Que seja julgado procedente o pedido principal da ação, para assim ser declarada a inconstitucionalidade da Lei X, na forma do art. 102, I, “a”, da CRFB/88 e Lei 9.868/99.
Nestes termos, 
Pede deferimento.
Local, data
Advogado/OAB

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