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Prática Constitucional Prova N2 (1)

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Prática Constitucional- Avaliação N2
Yan Curado Maranhão
CPD: 031595
QUESTÃO 1 (PEÇA PROCESSUAL): A Assembleia Legislativa do Estado Y edita, em 3º de maio de 2020, a Lei nº 9999, que estabelece que a concessionária exploradora do serviço de fornecimento de energia elétrica no território do Estado fica obrigada a remover, sem qualquer ônus para os interessados, os postes de sustentação à rede elétrica que estejam causando transtornos aos proprietários e aos promitentes compradores de terrenos. Ressalta-se que não há qualquer Lei Complementar que autorize excepcionalmente ao Estado Y dispor sobre a questão, sendo certo que, ao contrário, no âmbito federal existe norma expedida pela agência reguladora que autoriza a remoção desses postes de energia, cujo serviço fica às expensas dos usuários interessados. Há notícia também de que o Governador do Estado Y vetou integralmente o projeto de Lei Estadual, mas restou superado pela vontade da Assembleia Legislativa do Estado, que, ao final, promulgou a referida Lei. Diante da relevância e da urgência da questão, o partido político “Progresso e Força” – PF, representado unicamente por um Deputado Federal, procura os seus serviços para objetar contra a Lei Estadual, por entender que a norma estadual viola diretamente a Constituição Federal. Considerando os dados acima, formule a peça adequada, fazendo introito sobre a legitimidade ativa e observando que o partido entende ser urgente a questão. (Valor: 5,00)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO COLENDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PARTIDO POLÍTICO PROGRESSO E FORÇA, entidade política devidamente representada no Congresso Nacional, inscrito no CNPJ nº. XXX, com sede nacional em..., CEP nº. XXX, telefone XXX, endereço eletrônico XXX vem, por intermédio de seu advogado signatário (procuração anexa), com escritório na Rua XXX, CEP XXX, endereço eletrônico XXX respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 102, inciso I, alínea “a”, da Constituição Federal, no artigo 2º, inciso VIII da Lei nº 9.868/1999, ajuizar a presente
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO LIMINAR
em face do ESTADO Y, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na , inscrito no CNPJ nº. XXX, com sede na rua XXX, bairro XXX, cidade XXX, estado XXX, CEP nº. XXX, telefone XXX, endereço eletrônico XXX e contra a Lei Estadual nº 9999, ato da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO Y, pelos motivos seguir aduzidos.
DOS FATOS
Trata- se de Ação Direta de Inconstitucionalidade em razão da Lei nº 9999, de autoria da Assembleia Legislativa do Estado Y, que mesmo na ausência de Lei Complementar que autorize o Estado a dispor sobre esta matéria, estabeleceu a concessionária exploradora do serviço de fornecimento de energia elétrica no território do Estado a obrigação remover, sem qualquer ônus para os interessados, os postes de sustentação à rede elétrica que estejam causando transtornos aos proprietários e aos promitentes compradores de terrenos.
Ressalta-se ainda, que existe no âmbito federal norma expedida pela agência reguladora que autoriza a remoção desses postes de energia, cujo serviço fica às expensas dos usuários interessados, e que o Governador do Estado Y vetou integralmente o projeto de Lei Estadual, mas teve sua vontade superada pela da Assembleia Legislativa do Estado, que posteriormente promulgou a referida lei.
DO CABIMENTO
A Ação Direta de Inconstitucionalidade advém do controle concentrado de constitucionalidade e é promovida mediante ação judicial, com a finalidade de invalidar lei ou ato normativo federal ou estadual que se mostrarem incompatíveis com a Constituição Federal, na forma dos artigos 102 I, “a” CF/88.
Neste sentido, observa-se no caso em tela que se trata de Lei Estadual editada pela Assembleia Legislativa do estado que viola flagrantemente a competência administrativa e privativa da União, bem como de demonstra ingerência na política tarifária do serviço público, ensejando assim a presente ação.
DA LEGITIMIDADE
Conforme o Artigo 103, inciso VIII da constituição Federal de 1988, e artigo 2º, inciso VIII da Lei nº 9.868/1999, uma vez representado por Deputado Federal no Congresso Nacional, o Partido Político é legitimado universal para propor a presente ação, tendo os requisitos pertinentes para tanto.
Quanto ao polo passivo, encontram-se o Estado Y e a Assembleia Legislativa do Estado, responsáveis pela edição da Lei Estadual nº 9999, que representa afronta aos ditames constitucionais.
Portanto comprovada a legitimidade ativa e estando presente a pertinência temática, a presente Ação Direta de Inconstitucionalidade deve ser conhecida.
DO DIREITO
Cumpre salientar, primeiramente que o Art. 21, XII, “b”, da Constituição Federal, prevê que compete à União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos. Desta forma, ao impor a obrigação de remover, sem custo para o usuário, postes de sustentação da rede elétrica que estejam causando transtornos ou impedimentos a particulares, a Lei Estadual nº 9999 viola a competência administrativa da União.
Ressalta-se também que referida ei Estadual viola também o Art. 22, IV, da Constituição Federal, que prevê a competência privativa da União para legislar sobre águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão, que são matérias de competência federal, sendo incabível a atuação dos Estados e dos Municípios.
Por fim a Lei Estadual afronta ainda o art. 175, parágrafo único, inciso III, da Constituição Federal, ao dispor que a remoção dos postes fica a cargo da concessionária do serviço público, invadiu a competência da União de definir a política tarifária na exploração desse serviço.
Dessa forma, resta evidente a violação da Lei nº 9999 aos dispositivos a, razão pela qual deve ser declarada a inconstitucionalidade da referida lei, em razão de sua incompatibilidade com Constituição Federal de 1988.
DA MEDIDA LIMINAR
O artigo 102, I, “p” da Constituição Federal e os artigos 10 e 12 da Lei 9868/1999 preveem a possibilidade de concessão de medida cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade mediante decisão da maioria absoluta dos membros do Supremo Tribunal Federal, nos casos de urgência ou perigo de lesão grave, ensejando na da eficácia do ato impugnado, com efeitos ex nunc, salvo se o Tribunal expressamente entender que deva conceder-lhe efeitos retroativos, na art. 11, § 1º, da Lei nº 9.868/99.
Assim, passa-se a demonstrar o fumus boni iuris e o periculum in mora para que seja deferida a liminar pleiteada.
O fumus boni iuris que traduz-se, literalmente, como “fumaça do bom direito”. É um sinal ou indício de que o direito pleiteado de fato existe e no presente caso, assenta na violação aos artigos 21, XII, “b”, 22, IV, e 175, parágrafo único, inciso III da CF/88.
No que tange ao periculum in mora, este traduz-se, literalmente, como “perigo na demora”. Ou seja, o receio que a demora da decisão judicial cause um dano grave ou de difícil reparação ao bem tutelado.
Com relação, o perigo da demora este resta caracterizado, considerando que a Lei nº 9999 impõe uma obrigação de alto custo a ser prestada para as concessionárias de serviço público, para o proveito de interesses individuais, concedendo poder aos de titulares de direito real sobre terrenos, de encargos extraordinários, não previstos nos contratos de concessão estatal.
Assim requer a concessão da medida liminar, de modo a suspender a eficácia da Lei Estadual nº 9999, na forma dos artigos 10 e 12 da Lei 9868/1999.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
A) A concessão da medida cautelar inaudita altera pars conforme os artigos 10 e 12 da Lei 9868/99, a fim de suspender a vigência e a eficácia do decreto impugnado;
B) A intimação da autoridade, para que se manifeste no prazo legal, sobre o mérito da presente ação, na forma do artigo 6º da lei 9868/99;
C) A intimação do Governador do EstadoY, para prestar informações sobre o processo legislativo.
D) A oitiva do Ministério Público e da Advocacia Geral da União.
E) Que, ao final, seja julgado procedente o pedido, e declarada a inconstitucionalidade do ato impugnado;
Dá-se à causa o valor de R$ XXX (reais).
Nesses Termos,
Pede Deferimento
 Local..., Data...
Advogado...
OAB...
QUESTÃO 2: Em 2004, entrou em vigor a lei estadual “X”, de autoria de um deputado governista (partido A), sob protestos de alguns parlamentares da oposição (partido B), já que a lei era flagrantemente inconstitucional de acordo com a jurisprudência pacífica do STF. A oposição, contudo, venceu as eleições naquele ano e já em 2005, quando o partido B conquistou a maioria das cadeiras na Assembleia Legislativa, foi aprovada a lei Y que revogou a lei ”X”, ao dispor de forma distinta sobre a mesma matéria (revogação tácita), embora mantido vício de inconstitucionalidade. 
A partir do caso descrito, utilizando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso, responda aos itens a seguir.
A) Após a entrada em vigor da Lei “Y”, pode o partido B ajuizar ADI, junto ao STF, pedindo a declaração de inconstitucionalidade da lei “X”? (Valor: 1,25) 
RESPOSTA: Não, o partido B não poderia ajuizar ADI, junto ao STF, pedindo a declaração de inconstitucionalidade da lei “X”, uma vez que esta foi revogada tacitamente com entrada em vigor da Lei “Y”, logo ocorreu a perda do objeto da ação. Ressalta-se ainda que o partido político não tinha representação no Congresso Nacional mas na Assembleia Legislativa, logo não poderia ingressar com a ADI de qualquer forma em razão da ilegitimidade ativa, na forma do art 103, VIII.
B) O Procurador-Geral da República pode ajuizar ADI pedindo a declaração de inconstitucionalidade das leis “Y” e “X”, sucessivamente? (Valor: 1,25) 
RESPOSTA: Sim, conforme entendimento do STF o Procurador-Geral da República pode ajuizar ADI pedindo a declaração de inconstitucionalidade das leis “Y” e “X”, sucessivamente, pois quando uma lei é revogada por outra e posteriormente a própria norma revogadora é revogada a primeira lei tem sua vigência restabelecida caso assim determine em seu texto legal. Logo, se fosse declarada a inconstitucionalidade da Lei “Y”, poderia então, ocorreria o chamado “efeito repristinatório”, voltando a vigorar a Lei “X”
QUESTÃO 3: Determinado Estado-membro aprovou uma lei que incluiu a disciplina de formação para o trânsito nos currículos do 1º e do 2º graus de ensino da rede pública estadual. A esse respeito, responda aos itens a seguir, utilizando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
A) Analise a constitucionalidade dessa lei estadual. (Valor: 1,25) 
RESPOSTA: A lei é constitucional, considerando que artigo 24, IX, da CF, atribui competência concorrente à União, aos Estados e ao Distrito Federal para legislar sobre educação, cultura, ensino e desporto. Desta forma, a lei trata de educação no trânsito e não sobre trânsito e transporte, de modo que não invade a competência privativa da União Federal prevista no artigo 22, XI, CF.
B) O Governador de outro Estado pode ajuizar ADI ou ADPF contra esta lei? Por qual (is) motivo (s)? (Valor: 1,25) 
RESPOSTA: Não, uma vez que, de acordo com a jurisprudência do STF, o Governador do Estado é legitimado especial, deste modo, só poderia ajuizar a ação caso demonstre a existência de pertinência temática, que é o nexo entre o interesse do Estado e o objeto da ação, o que não ocorre neste caso, tendo em vista se tratar de governador de outro Estado.

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