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3 DESENHO TÉCNICO MECÂNICO

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SUMÁRIO
Sumário
INTRODUÇÃO	.	2
Razão e importância .	9
Geometria .	10
CALIGRAFIA TÉCNICA .	13
LINHAS CONVENCIONAIS	.	15
Linhas .	15
Exercício .	22
PROJEÇÕES ORTOGONAIS	.	23
Projeção.	23
As três vistas do Desenho Técnico .	23
Exercício .	26
Supressões de vistas .	29
Exercícios .	30
DIMENCIONAMENTO E SIMBOLOGIA	.	31
Sistema de Cotagem .	31
Cotas .	31
Regras Gerais .	31
Dimensionamento em espaços limitados .	33
Localização das cotas .	33
Construindo as Linhas de Cotas .	33
Exemplos de Cotagem .	35
Exercício .	36
ESCALAS .	37
A linguagem do desenho .	37
Exercício .	38
NORMALIZAÇÃO	.	39
Formato de Papel .	39
Legenda .	40
Legendas Industriais .	40
Exemplo .	41
CORTES E SEÇÕES	.	42
Planos de Corte .	42
Hachuras .	43
Corte Total .	44
Meio corte .	45
Corte em Desvio .	47
Corte Parcial.	47
Exercício .	48
Omissão de cortes .	50
Seções .	50
Rupturas .	52
�
VISTA AUXILIAR .	53
ROTAÇÃO DE DETALHES OBLÍQUOS	.	54
Corte Rebatido .	54
DESENHO DE ROSCAS .	55
Roscas externas .	55
Roscas Internas .	55
DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS	.	55
Desenho de conjunto .	55
Vista Explodida .	57
Desenho de Detalhe .	59
PERSPECTIVA	.	62
Perspectiva Isométrica .	62
Fases do Traçado.	63
Circunferências e de Arcos de Circunferência .	63
3° DIEDRO	.	64
Exercício .	66
TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA	.	67
Importância .	67
Classificação .	67
Símbolos indicativos. .	68
RUGOSIDADE	.	72
Avaliação da rugosidade .	72
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.	75
�
1 - INTRODUÇÃO
1.1 Razão e importância
Imagine que você tenha que fazer uma determinada peça na escola ou na indústria. As informações para a execução desta peça poderão ser apresentadas de diversos modos:
Recebendo a descrição verbal da peça
Recebendo uma fotografia da peça
Recebendo um modelo da peça
Recebendo um desenho da peça
Analisemos, agora, cada um deles.
Você deve concordar que a palavra não é o bastante para transmitir a idéia da forma de uma peça, mesmo que ela não seja muito complicada. Experimente, usando SOMENTE o recurso da palavra, descrever um objeto de maneira que outra pessoa o faça. Você concluirá que isto é, praticamente impossível.
Embora a fotografia transmita relativamente bem a idéia da parte exterior da peça, não mostra seus detalhes interiores, além de não transmitir a idéia das dimensões, logo, a fotografia não resolve o seu problema.
O modelo resolve, até certo ponto, alguns problemas, mas nem todos, imagine você transportando um eixo de navio para executá-lo...
Além disso, a peça a ser feita, pode estar sendo idealizada, não existindo ainda um modelo.
�
Finalmente, através de desenho é que se pode com clareza e precisão, de maneira simples, transmitir todas idéias de FORMA e DIMENSÕES de uma peça.
Além disso, há uma série de outras informações necessárias que, somente o desenho pode dar, tais como: o material de que a peça é feita, os diferentes acabamentos das superfícies, as tolerâncias de suas medidas, etc.
Podemos então concluir que:
O conhecimento do desenho é indispensável a todos aqueles que, como você, terão necessidade de executar tarefas da indústria.
O ensino de desenho, no curso que você está fazendo, não visa formá-lo desenhista, e sim, prepará-lo a orientar-se por meio dele, dando-lhe condições de:
Ler e interpretar, com segurança, desenhos técnicos.
Executar traçados à mão livre e com instrumentos básicos.
Criar hábitos de ordem nos trabalhos, sendo elementos de cultura para educação
geral.
Para que o emprego do desenho torne-se fácil e preciso, recorre-se ao uso de instrumentos apropriados e, neste caso, é chamado “desenho com instrumento” ou “desenho rigoroso”; quando feito à mão, sem auxílio de instrumentos, denomina-se “desenho à mão livre”, “esboço” ou “croqui”.
Todos os assuntos, apresentados em nossas aulas, seguirão as recomendações estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
1.2 Geometria
�
�
�
2 - CALIGRAFIA TÉCNICA
Uma caligrafia simples, perfeitamente legível e facilmente desenhável, constitui uma das mais importantes condições dos Desenhos Técnicos.
Você usará a caligrafia técnica, diferente da que escrevemos habitualmente. Observe a diferença:
Exemplos de escrita habitualmente usada.
Exemplo de escrita técnica.
Tabela – Proporções e dimensões de símbolos gráficos
Exemplo de escrita Vertical
�
Exemplos de escrita Inclinada
�
3 - LINHAS CONVENCIONAIS
3.1 Linhas
As linhas são a base do desenho. Combinando-se linhas de diferentes tipos e espessuras, é possível descrever graficamente qualquer peça, com riqueza de detalhes. Desse modo, o profissional, com conhecimentos básicos de leitura de desenho, pode visualizar, com precisão, a forma da peça apresentada.
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), são as seguintes as linhas básicas recomendadas para o desenho técnico, segundo norma NBR 8403/1984.
a)- arestas e contornos visíveis;
b)- arestas e contornos não visíveis;
c)- de centro e para eixo de simetria;
d)- de chamada, de cota e de construção;
Apresentaremos, a seguir, uma breve descrição destas linhas, com exemplos do seu emprego.
NOTA: A espessura das diversas linhas está na dependência do tamanho e proporções do desenho; a linha para arestas e contornos visíveis é que determina a espessura das demais, obedecendo-se sempre, às normas abaixo especificadas.
Linha para arestas e contornos visíveis
É contínua larga e indica todas as partes visíveis do objeto, determinando-lhe o contorno.
Linha para arestas e contornos não visíveis
Para ser bem compreendido, o desenho deve apresentar linhas mostrando todas as arestas e interseção das superfícies de uma peça. Muitas destas linhas não são visíveis para o observador porque estão encobertas por outras partes da peça.
Para a indicação destas partes não visíveis, usa-se uma linha tracejada estreita.
�
Linhas de centro e eixo de simetria Trata-se de uma linha estreita, formada por traços e pontos alternados.
Certas peças possuem elementos que não aparecem à vista do observador, um exemplo é o que se apresenta abaixo:
Em vistas:
Note que na 1ª e 3ª vistas o furo não aparece aos olhos do observador. Assim, este deverá ser indicado por uma linha tracejada.
�
Linhas Auxiliar
Uma linha contínua e estreita, auxiliar para a linha de cota.
Linha de cota
Trata-se de uma linha estreita e contínua limitada por flechas agudas. Em casos especiais, usam-se pontos ou traços no lugar das flechas. As pontas das flechas devem tocar as linhas auxiliares.
Outros tipos de linhas
Em desenho técnico são empregados, ainda, outros tipos de linhas, tais como:
Linha traço e ponto estreita, larga nas extremidades e na mudança de direção, para indicar
cortes e	seções.
�
Linha traço dois pontos estreita, para perfis e contornos auxiliares e complementares.
Linha contínua estreita à mão livre para indicar rupturas e cortes parciais.
Linha contínua estreita em zigue-zague. Esta linha destina-se a desenhos confeccionados por máquinas.
Linha contínua estreita para hachuras
�
Linha contínua estreita para chamada.
�
�
�
Exercício
1. Numere nas linhas de chamada do desenho, de acordo com a indicação:
2. Estude o desenhoe no quadro abaixo:
Indique como essas linhas podem ser empregadas.
Descreva os tipos de linhas de A a Q.
�
4 - PROJEÇÕES ORTOGONAIS
4.1 Projeção
A projeção ortogonal é uma forma de representar o modelo em sua verdadeira grandeza. É feita sobre o plano de projeção através de linhas projetantes.
Muitas vezes, para projetar um sólido geométrico, precisamos de mais de um plano de projeção.
4.2 As três vistas do Desenho Técnico
Peças que têm formas regulares e apresentam apenas operações mecânicas simples podem ser desenhadas em uma única vista. Entretanto, quando a forma da peça torna-se mais complexa ou, quando certas operações de usinagem devem ser representadas, uma única vista não será suficiente para descrevê-la adequadamente.
Para a obtenção das três vistas, por processo simples e prático, adota-se o seguinte critério.
1º) Escolhe-se a face da peça que melhor a identifique para a vista frontal.
�
Face Principal	Vista Frontal
�
2º) Posiciona-se esta vista de modo que as outras duas vistas apresentem o maior número de detalhes visíveis
Posição ideal da vista frontal
3º) Da vista frontal, obtemos a vista superior, pelo simples giro da peça para baixo a 90º.
4º) A vista lateral obtém-se girando a peça também a 90º de sua posição inicial para a direita.
Assim, de acordo com o que ficou exposto, as vistas do desenho são apresentadas como está exemplificado.
�
As peças são desenhadas comumente em três vistas, como já foi explicado. Além dessas três vistas básicas, outras poderão ser utilizadas, como vistas auxiliares, quando tal se fizer necessário para uma perfeita representação da peça.
possível a representação dos objetos em menos de três vistas quando isso não prejudicar sua clareza.
�
Veja
�
outros
exemplos:
�
Exercício
1. Fazer as projeções ortogonais das peças à mão livre conforme perspectiva dada:
2. Complete a mão livre, as projeções das peças apresentadas:
3. Complete as projeções:
�
4. Complete as projeções:
�
5. Identifique e numere as projeções correspondentes a cada peça apresentada em perspectiva.
�
5 - Supressões de vistas
Quando representamos uma peça pelas suas projeções, usamos as vistas que melhor identificam suas formas e dimensões. Podemos usar três ou mais vistas, como também podemos usar duas vistas e, em alguns casos, até uma única vista.
Nos exemplos seguintes estão representadas peças com duas vistas. Continuará havendo uma vista principal - vista de frente -, sendo escolhida como segunda vista aquela que melhor complete a representação da peça.
Nos exemplos seguintes estão representadas peças por uma única vista. Neste tipo de projeção é indispensável o uso de símbolos.
�
Exercícios
Procure nos desenhos abaixo as vistas que se relacionam entre si, (elevação e planta) e coloque os números correspondentes como no exemplo 1.
�
6 - DIMENCIONAMENTO E SIMBOLOGIA
6.1 Sistema de Cotagem
6.1.1 Cotas
Os desenhos devem conter todas as cotas necessárias de maneira a permitir a completa execução da peça sem que para isso seja necessário recorrer à medição no desenho, o que não seria cômodo e nem adequado.
6.2 Regras Gerais
1- As cotas devem ser distribuídas nas vistas que melhor caracterizam as partes cotadas, podendo ser colocadas dentro ou fora dos elementos que representam, obtendo-se melhores condições de clareza e facilidade de execução. Nas transferências de cotas para fora do desenho empregam-se linhas auxiliares evitando o seu cruzamento com linhas de cota.
2- A linha de cota é limitada por flechas agudas:
3- Os algarismos ou números devem ser indicados nas linhas de cotas:
em posição horizontal sempre sobre estas:
em posição vertical sempre ao lado esquerdo destas:
- em posição inclinada como mostra o exemplo abaixo:
�
As linhas de centro podem ser empregadas como linhas “auxiliares’’ sendo prolongadas com traço estreito e contínuo. Nunca porém, poderão ser usadas como linhas de cota, devem continuar como linhas de centro até a linha de contorno do desenho.
Os furos de diâmetro grandes e pequenos podem ser cotados como segue:
A linha de cota para indicação de raio parte do centro do arco e levará somente uma flecha na extremidade ligada à circunferência.
As dimensões são colocadas fora do contorno da peça, a não ser que sua colocação dentro, auxilie a clareza do desenho. Quando uma dimensão refere-se a duas vistas, poderá ser colocada entre elas, conforme exemplificado abaixo. Em desenhos de tamanho médio, as linhas de cotas devem ser colocadas a uma distância de aproximadamente 7 mm.
�
6.3 Dimensionamento em espaços limitados
Quando canaletas ou rasgos tiverem que ser cotados, em virtude da limitação do espaço, as cotas são colocadas conforme indicado abaixo.
6.4 Localização das cotas
Todos os sólidos têm três dimensões: comprimento, largura e altura (ou espessura). As linhas de cota referentes a essas dimensões são distribuídas nas vistas que melhor caracterizam as partes cotadas, conforme mostra a ilustração abaixo.
6.5 Construindo as Linhas de Cotas
No dimensionamento de um desenho, o primeiro passo é traçar as linhas auxiliares (figura a esquerda).
As linhas de cota e flechas são acrescentadas posteriormente.
�
Ø - Sinal indicativo de diâmetro
Usado na indicação de partes cilíndricas e nas vistas onde as seções circulares das mesmas
não estejam bem caracterizadas. O sinal é colocado sempre antes dos algarismos.
- Sinal indicativo de quadrado
Usado na indicação de elementos de seção quadrada onde não estejam bem caracterizados.
Observação: Os símbolos de Ø devem ser omitidos quando a forma for claramente indicada.
Diagonais cruzadas
Duas diagonais cruzadas, traçadas com linha contínua estreita, são usadas na:
a) Representação de espigas com seção quadrada.
�
b) Representação de superfícies planas em peças cilíndricas.
Outros símbolos:
R = Raio
R. ESF = Raio esférico
Ex
em
plo
s
de
Co
�
Exemplos de cotagem
Exercício
Desenhe as peças a seguir em três vistas e coloque todas as cotas convenientemente distribuídas.
�
7 - ESCALAS
Desenhos, como já vimos, são séries de linhas que descrevem as formas e as dimensões de uma peça ou mecanismo. No entanto, para se construir ou usinar uma peça, o desenho deve incluir notações que indiquem: o tamanho e localização de superfícies, reentrâncias e furos, o tipo de material a ser empregado, o grau requerido de precisão de usinagem, detalhes de montagem, e outras informações que o profissional necessita para bem compreender a tarefa a executar.
7.1 A linguagem do desenho
No Brasil são adotadas, para o desenho técnico, as normas recomendadas pela ABNT. Essas normas têm por finalidade padronizar notações e símbolos, de maneira que possa haver uma linguagem do desenho, entendida por todos aqueles que conhecem os seus princípiosbásicos.
De acordo com essas normas, os desenhos devem apresentar todas as medidas necessárias a fim de evitar que o profissional tenha de tomá-las diretamente.
Todavia, não deverá haver repetição desnecessária de medidas, salvo se isso contribuir para tornar o desenho mais claro ou mais fácil de ser compreendido. É conveniente, sempre que o desenho apresente as medidas totais de comprimento, largura e altura.
Muitas peças não podem ser desenhadas no seu tamanho natural em virtude de suas grandes dimensões, ou porque são tão pequenas que os detalhes não podem ser mostrados claramente. Há necessidade, então, de fazer o desenho em escala, isto é, ampliado ou reduzido, conforme o caso.
Escala é a razão entre as dimensões da peça na sua representação gráfica (desenho) e suas dimensões naturais.
A escala natural é representada pela notação 1:1 de acordo com a NBR 8196. As escalas recomendadas em desenho técnico para redução e ampliação são:
	REDUÇÃO
	
	AMPLIAÇÃO
	1:2
	
	2:1
	1:5
	
	5:1
	1:10
	
	10:1
	1:20
	
	20:1
Assim sendo, a escala 1:5 significa que, para a representação gráfica (desenho), cada dimensão da peça foi reduzida à quinta parte. É importante notar, porém, que no desenho, as medidas da peça aparecem, nas cotas, sempre como normais, isto é, como o são na realidade.
�
Exercício
1. Complete as lacunas:
	Dimensão da Peça
	
	Escala
	
	Dimensão do Desenho
	32
	1:2
	
	
	50
	
	
	
	
	
	
	1:5
	
	12
	25
	
	
	
	125
	35
	
	1:2
	
	
	90
	
	1:5
	
	
	6
	
	2:1
	
	
	25,4
	
	
	
	25,4
	75
	
	
	
	15
	12
	
	2:1
	
	
	55
	
	5:1
	
	
	60
	
	
	
	30
	300
	
	1:10
	
	
	
	
	1:2
	
	16
	
	
	2:1
	
	74
	40
	
	
	
	8
	3,8
	
	10:1
	
	
	
	
	5:1
	
	96
	1,2
	
	
	
	12
	
	
	1:2
	
	7
	9
	
	
	
	9
	145
	1:5
	
	
	50,8
	
	
	
	
	
	
	1:2
	
	125
	127
	
	1:5
	
	
�
8 - NORMALIZAÇÃO
8.1 Formato de Papel
De acordo com a NBR 1068, o formato básico do papel, designado por A0 (A zero) é o retangular, cujos lados medem 841 mm e 1189 mm, tendo a área de 1 metro quadrado. Do formato básico, derivam os demais formatos.
	
	FORMATO DIMENSÃO
	
	
	MARGEM
	
	
	A 0
	
	841 x 1189
	
	10
	
	
	A 1
	
	594 x 841
	
	
	10
	
	
	A 2
	
	420 x 594
	
	
	7
	
	
	A 3
	
	297 x 420
	
	
	7
	
	
	A 4
	
	210 x 297
	
	
	7
	
	
	A 5
	
	148 x 210
	
	
	7
	
OBS. - A margem esquerda é de 25 mm.
�
8.2 Legenda
A legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos A3, A2, A1, A0, ou ao longo da largura da folha de desenho no formato A4.
8.3 Legendas Industriais
As legendas nos desenhos industriais variam de acordo com as necessidades internas de cada empresa, mas devem conter obrigatoriamente:
designação da firma;
projetista, desenhista ou outro responsável pelo conteúdo do desenho;
local, data e assinatura;
nome e localização do projeto;
conteúdo do desenho;
escala (conforme NBR 8196);
número do desenho;
designação da revisão;
indicação do método de projeção (conforme NBR 10067);
unidade utilizada no desenho (conforme NBR 10126);
A legenda pode, além disso, ser provida de informações essenciais ao projeto e desenho em questão. O número do desenho e da revisão são colocados juntos e abaixo, no canto direito do padrão de desenho.
Após completar a representação de uma peça por intermédio do desenho cotado, determinados dados técnicos relativos à peça ou ao seu processo de fabricação necessitam, às vezes, ser acrescentados sob a forma de notas escritas.
Eles podem ser colocados de diversas maneiras; uma delas é numa lista geralmente localizada acima ou ao lado da legenda.
Nessa lista estão contidos os elementos específicos relativos à peça ou às peças desenhadas na folha.
Embora existam inúmeras formas de listas de peças, abaixo vemos uma bem comum, preenchida para uma folha que contivesse três desenhos
�
Exemplo
�
9 - CORTES E SEÇÕES
9.1 Planos de Corte
Uma vista exterior mostra a peça como ela aparece ao observador. Detalhes internos dessa peça aparecem no desenho através de linhas indicando os contornos não visíveis.
Quando os detalhes no interior da peça tornam-se complexos, mais e mais linhas não visíveis são necessárias para mostrar, com precisão, tais detalhes e o desenho torna-se difícil de interpretar.
Uma técnica que o desenhista usa em tais casos para simplificação do desenho, é cortar uma parte da peça e expor as superfícies internas. Em tais seccionamentos todas as partes que se tornam visíveis são representadas por linhas de contornos visíveis.
�
Para obter vista em corte, um plano de corte imaginário é passado através da peça como mostra a figura (A). A outra parte anterior é removida (B). A direção do plano de corte é representada no desenho por uma linha de corte.
As superfícies expostas, que foram cortadas, são identificadas por linhas convencionais (hachuras), apresentadas na (figura B).
Os cortes são utilizados para representar de modo claro, os detalhes internos das peças ou de conjuntos. Em desenhos de conjunto ressaltam a posição das peças que os constituem, facilitando a colocação de cotas internas.
9.2 Hachuras
São traços eqüidistantes e paralelos que produzem em desenhos e gravuras o efeito do sombreado. No desenho técnico, as hachuras são representadas por linhas contínuas estreitas, traçadas a 45º em relação à base da peça, ou em relação ao eixo desta.
Exemplo: União de chapas através de parafuso e porca.
�
De acordo com a ABNT, as hachuras para materiais mais usados na industrias são os seguintes:
9.3 Corte Total
O corte total pode ser dado em dois sentidos:
Longitudinal: quando é indicado no sentido horizontal, de maior dimensão (no comprimento).
Transversal: quando é indicado no sentido vertical de menor dimensão (na largura).
Exemplos
�
A vista frontal mostra o corte dado no sentido longitudinal e indicado na vista de cima por AB e na vista lateral, o corte dado é sentido transversalmente na vista de cima por CD. Note que o corte é sempre indicado em uma vista e representado em outra.
�
9.4 Meio corte
empregado no desenho de peças simétricas, onde somente meia vista aparece em corte. Apresenta, ainda, a vantagem de indicar, em uma só vista, a parte interna e a externa da peça.
Na projeção da peça com aplicação de meio-corte, as linhas tracejadas devem ser omitidas na parte não cortada.
Em peças com eixos de simetria verticais, o corte é representado à direita da linha de simetria.
�
Em peças com eixos de simetria horizontais, o meio corte deve ser representado abaixo da linha de simetria (norma lSO e DIN).
�
As linhas de cota, para dimensionar os elementos internos, devem ultrapassar alguns milímetros o eixo de simetria e levam seta somente na extremidade que toca o contorno ou a linha de extensão.
A cotagem de peças cilíndricas com furos internos em meio corte deve ser executada conforme o desenho abaixo.
�
9.5 Corte em Desvio
A direção do corte, normalmente, passa pelo eixo principal da peça, mas pode também, quando isso se fizer necessário,mudar de direção (corte em desvio), para passar por detalhes situados fora do eixo e que devem ser mostrados em corte.
A mudança de direção do corte é feita mediante dois traços grossos em ângulo.
9.6 Corte Parcial
Apenas uma parte da peça é CORTADA para indicar algum detalhe interno. Este corte é limitado por linha de ruptura.
Linha de ruptura é uma linha contínua estreita a mão livre.
�
Conforme foi observado, neste caso, permanecem as linhas tracejadas, correspondentes aos detalhes não visíveis, na parte não atingida pelo CORTE PARCIAL.
�
Exercício
Complete os desenhos em corte total e meio corte, conforme o exemplo.
�
Execute as projeções, aplicando um corte total.
�
9.7 Omissão de cortes
Nervuras e braços de peças não são atingidos pelo corte no sentido longitudinal, conforme os exemplos abaixo.
Nos desenhos de conjuntos, eixos, pinos, rebites, chavetas, parafusos e porcas também não são considerados cortados quando atingidos pelo corte no sentido longitudinal, conforme os exemplos abaixo.
Entretanto, quando necessário, cortes parciais poderão ser empregados.
Eixos, quando cortados no sentido transversal, aparecem hachurados.
9.8 Seções
Traçadas sobre a vista
São executadas diretamente sobre a vista, com linha estreita contínua, permitindo o recurso prático e satisfatório de se representar o perfil de certas partes de uma mesma peça, tais como: nervuras, braços de volante, perfilados, etc.
�
Evitam-se, assim, vistas que nem sempre identificam com clareza a forma da peça. O eixo da seção é sempre perpendicular ao eixo principal da peça ou da parte secionada.
Quando as linhas de contorno da peça interferem na clareza da seção, a vista pode ser interrompida por linhas de rupturas, deixando espaço suficiente para a representação da seção, que neste caso será desenhada com linha larga contínua. Exemplo:
Traçadas fora da vista
Têm a mesma finalidade da seção anterior. Entretanto, em lugar de serem desenhadas sobre a vista, são desenhadas fora da vista, com linha larga contínua e em posição que facilite a colocação de cotas.
A direção do secionamento deve ser indicada por traços, como no caso dos cortes.
�
9.9 Rupturas
Peças simples, porém longas (como chapas, aço em barras, tubos para fins diversos), não precisam ser desenhadas em folhas de papel de dimensões exageradas nem em escala muito reduzida para caber em papel de formato habitual.
Economiza-se espaço e tempo, empregando rupturas.
Quebra-se imaginariamente a peça nos dois extremos e remove-se a parte quebrada, aproximando as extremidades partidas. O comprimento será dado pela cota real.
Exemplo:
�
10 - VISTA AUXILIAR
A vista auxiliar é empregada para se obter a forma real de partes que estejam fora de posição habitual (horizontal ou vertical).
Podem ser totais ou parciais como exemplificado abaixo, onde somente a superfície oblíqua e outros detalhes necessários são incluídos.
Numa vista auxiliar a superfície oblíqua é tombada paralelamente a ela. Superfície e furos circulares situados em planos oblíquos e que aparecem em forma de elipse nas vistas regulares, aparecem na forma e tamanho exatos numa vista auxiliar.
�
11 - ROTAÇÃO DE DETALHES OBLÍQUOS
A rotação de detalhes oblíquos tem por finalidade evitar o encurtamento que resultaria da verdadeira projeção de detalhes inclinados. Faz-se a rotação desses detalhes de modo a projeta-los sem deformação.
Este tipo de representação também é aplicado em peças mostradas em corte (corte rebatido).
11.1 Corte Rebatido
Peças com partes ou detalhes que não estão na vertical, ou na horizontal, têm sua representação em corte facilitada com o deslocamento em rotação dessas partes, sobre o eixo principal, evitando assim a projeção deformada destes elementos.
�
12 - DESENHO DE ROSCAS
12.1 Roscas externas
Nas figuras a seguir você verá a representação norma (real), e a representação simplificada de roscas externas.
12.2 Roscas Internas
Nas figuras a seguir você verá a representação normal (real), e a representação simplificada de roscas externas.
13 - DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
13.1 Desenho de conjunto
Desenho de conjunto é o desenho da máquina, dispositivos ou estrutura, com suas partes montadas.
As peças são representadas nas mesmas posições que ocupam no conjunto mecânico.
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O primeiro conjunto que você vai estudar, a fim de interpretar desenhos para execução de conjunto mecânico é o grampo fixo.
O grampo fixo é uma ferramenta utilizada para fixar peças temporariamente. As peças a serem fixadas ficam no espaço "a". Esse espaço pode ser reduzido ou ampliado, de acordo com o movimento rotativo do manípulo (peça nº 4) que aciona o parafuso (peça nº 3)e o encosto móvel (peça nº 2). Quando o espaço "a" é reduzido, ele fixa a peça e quando aumenta, solta a peça.
O desenho de conjunto é representado, normalmente, em vistas ortográficas. Cada uma das peças que compõem o conjunto é identificada por um numeral.
O algarismo do número deve ser escrito em tamanho facilmente visível. Observe esse sistema de numeração na representação ortográfica do grampo fixo. Note que a numeração das peças segue o sentido horário.
Os numerais são ligados a cada peça por linhas de chamada. As linhas de chamada são representadas por uma linha contínua estreita. Sua extremidade termina com um ponto, quando toca a superfície do objeto. Quando toca a aresta ou contorno do objeto, termina com seta.
Uma vez que as peças são desenhadas da mesma maneira como devem ser montadas no conjunto, fica fácil perceber como elas se relacionam entre si e assim deduzir o funcionamento de cada uma.
Geralmente, o desenho de conjunto em vistas ortográficas não aparece cotado. Mas, quando o desenho de conjunto é utilizado para montagem, as cotas básicas podem ser indicadas.
O desenho de conjunto, para montagem, pode ser representado em perspectiva isométrica, como mostra a ilustração seguinte.
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Por meio dessa perspectiva você tem a idéia de como o conjunto será montado.
13.2 Vista Explodida
Outra maneira de representar o conjunto é através do desenho de perspectiva não montada. As peças são desenhadas separadas, mas permanece clara a relação que elas mantêm entre si.
Esse tipo de representação é também chamada perspectiva explodida.
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Geralmente, os desenhos em perspectiva são raramente usados para fornecer informações para a construção de peças. O uso da perspectiva é mais comum nas revistas e catálogos técnicos.
Veremos ainda como é feita a interpretação de desenhos para execução de conjuntos mecânicos em projeções ortográficas, que é a forma de representação empregada nas indústrias. O conjunto mecânico que será estudado primeiramente é o grampo fixo.
Interpretação da Legenda
Veja, a seguir, o conjunto do grampo fixo desenhado numa folha de papel normalizada.
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13.3 Desenho de Detalhe
Desenho de componente é o desenho de uma peça isolada que compõe um conjunto mecânico.
Desenho de detalhe é o desenho de um elemento, de uma parte de um elemento, de uma parte de um componente ou de parte de um conjunto montado.
O desenho de componente dá uma descrição completa e exata da forma, dimensões e modo de execução da peça.
O desenho de componente deve informar,claramente sobre a forma, o tamanho, o material e o acabamento de cada parte. Deve esclarecer quais as operações de oficina que serão necessárias, que limites de precisão deverão ser observados etc.
Cada peça que compõe o conjunto mecânico deve ser representada em desenho de componente.
Apenas as peças padronizadas que não precisam ser executadas, pois são compradas de fornecedores externos, não são representadas em desenho de componente.
Essas peças aparecem representadas apenas no desenho de conjunto e devem ser requisitadas com base nas especificações da lista de peças.
Os desenhos de componentes também são representados em folha normalizada.
A folha do desenho de componente também é dividida em duas partes: espaço para o desenho e para a legenda.
A interpretação do desenho de componente depende da interpretação da legenda e da interpretação do desenho propriamente dito.
Veja a seguir, o desenho da peça 1 e 2 do grampo fixo.
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14 - PERSPECTIVA
14.1 Perspectiva Isométrica
O desenho em perspectiva mostra o objeto como ele aparece aos olhos do observador. Dá a idéia clara por apresentar diversas faces do objeto.
Sendo um desenho ilustrativo, a perspectiva é facilmente compreensível aos leigos, o que não acontece com o desenhos técnico. Comparem-se as figuras abaixo.
A perspectiva isométrica (medidas iguais) é das mais simples e eficientes. Parte de três eixos a 120O, sobre os quais se marcam as medidas reais das peça.
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14.2 Fases do Traçado
14.3 Circunferências e de Arcos de Circunferência
São geralmente representados pela elipse isométrica, cujo traçado oferece exatidão suficiente para os trabalhos comuns.
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15 - 3° DIEDRO
No estudo e nos exercícios de projeção que vimos até agora, as vistas têm a seguinte distribuição:
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As projeções com esta disposição das vistas são chamadas "projeção no 1º diedro", sendo esse sistema recomendado pela norma para os desenhos efetuados no Brasil.
Este tipo de projeção é também usado na Alemanha e em toda a Europa. Nos Estados Unidos e Canadá, entretanto, convencionou-se usar as projeções com disposição diferente das vistas, sendo esse sistema chamado de projeção no 3º diedro. É importante o conhecimento deste tipo de representação, visto existir no Brasil um grande numero de indústrias de origem norte-americana e canadense.
Observa-se que a vista de cima fica acima da vista de frente, enquanto que as laterais direita e esquerda ficam, respectivamente, à direita e à esquerda da vista de frente.
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Exercício
As peças abaixo estão desenhadas no 3º diedro. Todas elas estão incompletas. Complete-as, colocando as linhas faltantes.
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16 - TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA
16.1 Importância
Num conjunto mecânico, é indispensável que as peças se articulem, conforme é especificado no projeto. Muitas vezes, as peças que constituem o conjunto provêm de diferentes distribuidores ou fabricadas em locais diferentes.
Perante esta situação deve existir uma forma de garantir o funcionamento e montagem dos conjuntos, o que em certas situações vai além das tolerâncias dimensionais.
A forma de garantir é utilizando a Tolerância Geométrica.
16.2 Classificação
A tolerância pode se referir a um elemento isolado, quando se aplica diretamente a este elemento, ou a elementos associados, quando um elemento será tolerado e o outro será um elemento de referência.
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16.3 Símbolos indicativos.
Cada tipo de tolerância é identificado por um símbolo apropriado.
O quadro mostra os principais símbolos de tolerância.
Exemplos de aplicação – Tolerância de Forma
Tolerância de Retitude
Tolerância de Planeza
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Tolerância de Circularidade
Tolerância de Cilindricidade
Tolerância de Perfil de Linha Qualquer
Tolerância de Perfil de Superfície Qualquer
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Exemplos de aplicação – Tolerância de Orientação
Tolerância de Paralelismo
Tolerância de Perpendicularidade
Tolerância de Inclinação
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Exemplos de aplicação – Tolerância de Posição
Tolerância de Posição
Tolerância de Concentricidade
Tolerância de Coaxialidade
Tolerância de Simetria
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Exemplos de aplicação – Tolerância de Batimento
17 - RUGOSIDADE
17.1 Avaliação da rugosidade
De acordo com a ABNT, a rugosidade é avaliada pelo desvio médio (RA), ou seja: a rugosidade de uma superfície é a média das áreas compreendidas acima da linha média, num comprimento de amostragem.
Simbologia
Para a indicação nos desenhos da rugosidade da superfície, sempre expressa em micro, deve ser usado o símbolo da figura abaixo, com as proporções aproximadamente iguais à indicada.
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A indicação da rugosidade da superfície, sempre expressa em micro, deve ser colocada no interior do símbolo.
Para as indicações complementares, deve ser ampliada a linha maior do símbolo. Sobre essa linha será indicado o tipo de usinagem ou acabamento (exemplo: tornear, retificar, jato de areia, polir, etc). abaixo da linha horizontal será indicada a orientção preferencial dos sulcos, conforme mostra a tabela.
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17.2 Tabela de rugosidade das superfícies

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