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1 Relé direcional Definição • O relé de sobrecorrente direcional (67) tem sensibilidade para perceber o sentido do fluxo de energia que trafega pelo sistema; • É utilizado para coordenar a proteção de sistemas em anel; • Geralmente, este relé funciona como uma “característica” dos relés de sobrecorrente, ou seja, é uma unidade, incorporada no relé de sobrecorrente, utilizada apenas para monitoração do sentido do fluxo e permitir ou não a atuação das funções 50/51; • Há três tipos de relés direcionais: � Direcional de sobrecorrente de fase; � Direcional de sobrecorrente de neutro; � Direcional de potência. 2 Relé direcional Princípio de funcionamento • Os relés de sobrecorrente direcionais necessitam de duas grandezas de atuação: � Uma grandeza de polarização (em geral utiliza-se a tensão) � Uma grandeza de operação (corrente elétrica) � � �������� � 3 Relé direcional Princípio de funcionamento Φpolarização r Ipolarização ϕa Ia β θ normal Van Vpolarização = Vbc α � � ��� �� �� � � � � ������� � ���çã���� � � � �������� � � : ângulo de torque máximo (característica do relé direcional); �: ângulo da impedância da bobina de polarização (ajuste de �, ângulo de projeto); �: ângulo relacionado com a corrente de defeito. 4 Relé direcional Princípio de funcionamento • No limiar de operação: ��� �� �� � � ��� � � 0 • Se considerarmos que V bc permanece constante para um curto na fase a, teremos: �� �� � � � ��� � � �� ��: corrente de pick-up, isto é, menor corrente que deixa o relé no seu limiar de operação. �� �� � � � �� r Im normal Van Vpolarização = Vbc Limiar de operação 5 Relé direcional Tipos de polarização por tensão • Nos relés eletromecânicos existe basicamente três tipos de polarização por tensão: � Conexão 30º - Esboce a tensão de polarização para as demais fases 6 Relé direcional Tipos de polarização por tensão • Nos relés eletromecânicos existe basicamente três tipos de polarização por tensão: � Conexão 60º - Esboce a tensão de polarização para as demais fases 7 Relé direcional Tipos de polarização por tensão • Nos relés eletromecânicos existe basicamente três tipos de polarização por tensão: � Conexão 90º - Esboce a tensão de polarização para as demais fases 8 Relé direcional Atuação do relé direcional O relé direcional funciona como um relé de monitoração de sentido de fluxo e atua na unidade de sobrecorrente para permitir ou não sua atuação. 9 Relé direcional Atuação do relé direcional • Existe três possibilidades de inversão do plano de operação: � Troca do contato normalmente aberto por normalmente fechado � Inversão da polaridade da bobina de potencial � Inversão da polaridade da bobina de corrente 10 Relé direcional Aplicação • Seja a linha paralela abaixo, em condição normal de operação. ���51)� t=0,6 s ���51)� t=0,6 s ���51)� t=0,3 s ���51)� t=0,3 s ���67)� t=0 s ���67)� t=0 s 11 Relé direcional Aplicação • Seja a linha paralela abaixo, em condição normal de operação. ���51)� t=0,6 s ���51)� t=0,6 s atua ���51)� t=0,3 s atua ���51)� t=0,3 s ���67)� t=0 s atua ���67)� t=0 s 12 Relé direcional Exemplo livro caminha – página 32 • Seja um subestação recebedora de uma grande indústria, conforme apresentada no diagrama trifilar, cujo sistema de proteção utiliza o relé JBC-GE ( com ângulo de conjugado máximo igual a 45º) � Verificar a condição do esquema de proteção para um curto-circuito que produz uma corrente atrasada de 45º da tensão e fazer mudanças caso seja necessário. � Verificar o comportamento do sistema de proteção para uma carga com fator de potência 0,8 indutivo. 13 Relé direcional Exemplo livro caminha – página 34 14 Relé direcional Exemplo livro caminha – página 36 15 Relé direcional Exemplo livro caminha – página 36 16 Relé direcional Relé direcional de Neutro • São utilizados para a proteção de defeitos fase-terra (desequilibrados) em que seja necessária a informação de direção da corrente de neutro; • São sensibilizados para as mesmas condições do relé de Neutro (não direcional). Polaridade da tensão invertida 17 Relé direcional Relé direcional de Neutro Condição normal Curto 1� – fase a Polarização relé r=-60º 18 Relé direcional Coordenação de sistemas em anel com relés direcionais e de sobrecorrente 19 Relé direcional de potência Definição O relé direcional de potência (código 32) apresenta conjugado máximo na direção da tensão da barra a ser protegida. Aplicação: proteção contra motorização de geradores (gerador próprio) 20 Relé de sobrecorrente – diferencial Definição • O relé de sobrecorrente diferencial (87) tem a função de comparar a corrente elétrica na entrada e na saída do equipamento a ser protegido; • Tal função é baseada na 1ª lei de Kirchhoff aplicada à área protegida; • Atuação � Se ���� ��� � ���í�� � relé não atua � Se ���� ��� ���í�� � ������� � relé não atua � Se ���� ��� ���í�� � ������� � relé atua 21 Relé de sobrecorrente – diferencial Tipos de relé diferencial • Há dois tipos de relés diferenciais: Relé Diferencial PercentualRelé Diferencial Comum 22 Relé de sobrecorrente – diferencial Princípio de funcionamento do relé diferencial comum Defeito fora da área de proteção: As correntes que entram e que saem somam zero e o relé não atua. Defeito dentro da área de proteção: A diferença entre as correntes que entram e saem da área protegida sensibilizam o relé. 23 Relé de sobrecorrente – diferencial Princípio de funcionamento do relé diferencial percentual Defeito fora da área de proteção: Com a diferença das correntes somando zero, o torque de operação é zero. Enquanto o torque de restrição é máximo. Defeito dentro da área de proteção: Se considerarmos �� � ��, temos torque de operação máximo e torque de restrição mínimo. 24 Relé de sobrecorrente – diferencial Princípio de funcionamento do relé diferencial percentual Torque de operação: �� �� �� � Torque de restrição: �� ����� � � Fazendo: y � �� �� ; x � ����� � ; � � �� �� , temos � � �� � No limiar de operação: �� �� �� � � �� ����� � � 25 Relé de sobrecorrente – diferencial Curvas de declividade do relé diferencial percentual As declividades são obtidas por: 26 Relé de sobrecorrente – diferencial Exemplo de ligação trifilar da proteção diferencial de um transformador Como regra geral tem-se: � Transformador de força ligado em delta� TC ligado em estrela � Transformador de força liga em estrela� TC ligado em delta 27 Relé de sobrecorrente – diferencial Ajuste de tapes do relé diferencial • As RTC’s do início e fim de uma área protegida podem ser diferentes, devido as diferenças de correntes nominal e curto-circuito (fator de sobrecorrente) nesses pontos. • Ao se ajustar os tapes do início e fim de uma área protegida deve se tomar o cuidado de fazer o balanço de corrente para compensar o erro em função das RTC’s. 28 Relé de sobrecorrente – diferencial Uso de TC’s auxiliares para ajustar o balanço de corrente Quando houver uma diferença de 10% a 15% entre as correntes do secundário dos TC’s em condições normais de operação, é necessário o uso de TC’s auxiliares para fazer o ajuste de balanço de corrente. 29 Relé de sobrecorrente – diferencial Restrição do relé diferencial percentual a componentes harmônicas • Os relés diferenciais são sensíveis às correntes de carregamento do sistema; • Por exemplo, quando um transformador de potência é energizado, sua corrente demagnetização pode provocar a atuação indevida do relé; • Contudo, a elevada percentagem de correntes harmônicas contidas nas correntes de magnetização são meios eficientes para evitar a atuação indevida dos relés. • Restrição: � 2ª harmônica: inibe atuação do disjuntor durante a energização do transformador; � 3ª e 5ª harmônicas: inibe atuação durante uma situação de sobre-excitação (carga capacitiva). 30 Relé de sobrecorrente – diferencial Exemplo aplicação Determinar os parâmetros principais dos TC’s e os ajustes necessários do relé diferencial para a proteção de um transformador de potência de 56 MVA, na tensão de 138/13.8 kV, ligado em triângulo no primário e estrela no secundário. Curto-circuito primário do transformador: ����� � 2,8 �� Curto-circuito no secundário do transformador: ����� � 3,7 �� � ����� � 17 �� 31 Interseção de zonas de proteção: As definições de início e término de cada zona pode ser estabelecida de duas maneiras diferentes (em função do custo) que dependem do particular arranjo da subestação bem como da localização física dos TC’s. No primeiro caso, a confiabilidade do sistema de proteção é maior, no entanto, a seletividade estará comprometida em caso de uma falta no disjuntor sobreposto. As duas zonas são desligadas Apenas a zona A é desligada Relé de sobrecorrente – diferencial 32 Exercício: Descubra os possíveis curtos ocorridos no sistema. Pode ocorrer mais de uma situação de curto e também pode ser considerada a falha de proteção de uma zona, sendo a proteção de retaguarda a responsável pela abertura do disjuntor. Disjuntores abertos: A) 4, 5 e 8 B) 3, 7 e 8 C) 3, 4, 5 e 6 D) 1, 4, 5 e 6 E) 4, 5, 7 e 8 F) 4, 5 e 6 Relé de sobrecorrente – diferencial 33 Exercício: Descubra os possíveis curtos ocorridos no sistema. Pode ocorrer mais de uma situação de curto e também pode ser considerada a falha de proteção de uma zona, sendo a proteção de retaguarda a responsável pela abertura do disjuntor. Disjuntores abertos: A) 4, 5 e 8 B) 3, 7 e 8 C) 3, 4, 5 e 6 D) 1, 4, 5 e 6 E) 4, 5, 7 e 8 F) 4, 5 e 6 Relé de sobrecorrente – diferencial 34 Exercício: Descubra os possíveis curtos ocorridos no sistema. Pode ocorrer mais de uma situação de curto e também pode ser considerada a falha de proteção de uma zona, sendo a proteção de retaguarda a responsável pela abertura do disjuntor. Disjuntores abertos: A) 4, 5 e 8 B) 3, 7 e 8 C) 3, 4, 5 e 6 D) 1, 4, 5 e 6 E) 4, 5, 7 e 8 F) 4, 5 e 6 I Curto Barra � falha do disjuntor 6 II Curto na região de interseção do disjuntor 6 � falha do disjuntor 6 Relé de sobrecorrente – diferencial 35 Exercício: Descubra os possíveis curtos ocorridos no sistema. Pode ocorrer mais de uma situação de curto e também pode ser considerada a falha de proteção de uma zona, sendo a proteção de retaguarda a responsável pela abertura do disjuntor. Disjuntores abertos: A) 4, 5 e 8 B) 3, 7 e 8 C) 3, 4, 5 e 6 D) 1, 4, 5 e 6 E) 4, 5, 7 e 8 F) 4, 5 e 6 I, III e IV Curto de Linha � falha do disjuntor 4, 6 e 5 respectivamente II Curto de Barra � falha da proteção da barra Relé de sobrecorrente – diferencial 36 Exercício: Descubra os possíveis curtos ocorridos no sistema. Pode ocorrer mais de uma situação de curto e também pode ser considerada a falha de proteção de uma zona, sendo a proteção de retaguarda a responsável pela abertura do disjuntor. Disjuntores abertos: A) 4, 5 e 8 B) 3, 7 e 8 C) 3, 4, 5 e 6 D) 1, 4, 5 e 6 E) 4, 5, 7 e 8 F) 4, 5 e 6 I Curto na região de superposição do disjuntor 4 � nada falhou Relé de sobrecorrente – diferencial 37 Exercício: Descubra os possíveis curtos ocorridos no sistema. Pode ocorrer mais de uma situação de curto e também pode ser considerada a falha de proteção de uma zona, sendo a proteção de retaguarda a responsável pela abertura do disjuntor. Disjuntores abertos: A) 4, 5 e 8 B) 3, 7 e 8 C) 3, 4, 5 e 6 D) 1, 4, 5 e 6 E) 4, 5, 7 e 8 F) 4, 5 e 6 I Curto na região de superposição do disjuntor 4 � falha do disjuntor 3 Relé de sobrecorrente – diferencial 38 Exercício: Descubra os possíveis curtos ocorridos no sistema. Pode ocorrer mais de uma situação de curto e também pode ser considerada a falha de proteção de uma zona, sendo a proteção de retaguarda a responsável pela abertura do disjuntor. Disjuntores abertos: A) 4, 5 e 8 B) 3, 7 e 8 C) 3, 4, 5 e 6 D) 1, 4, 5 e 6 E) 4, 5, 7 e 8 F) 4, 5 e 6 I Curto na região de superposição do disjuntor 5 � falha do disjuntor 6 Relé de sobrecorrente – diferencial 39 Exercício: Descubra os possíveis curtos ocorridos no sistema. Pode ocorrer mais de uma situação de curto e também pode ser considerada a falha de proteção de uma zona, sendo a proteção de retaguarda a responsável pela abertura do disjuntor. Disjuntores abertos: A) 4, 5 e 8 B) 3, 7 e 8 C) 3, 4, 5 e 6 D) 1, 4, 5 e 6 E) 4, 5, 7 e 8 F) 4, 5 e 6 I Curto na Barra � nada falhou Relé de sobrecorrente – diferencial 40 Estudar no livro do Amadeu Caminha Capítulo 1: Exercício 1 Relé de sobrecorrente – diferencial
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