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Com o crescimento absoluto do capitalismo e do consumismo durante a Revolução Industrial, e definitivamente após o fim da União Soviética, surgiram padrões de consumo dentro da sociedade, alguns desses almejados pela maioria mas alcançados apenas pelas elites. Nesse contexto, insere-se a problemática das desigualdades sociais brasileiras e o aumento da violência urbana que, por motivos hora culturais, hora de revolta, só tendem a aumentar impedindo o estancamento dessa no corpo social. Em primeira análise, é notório que a cultura musical das periferias e favelas das grandes cidades brasileiras são movidas essencialmente pelo Funk, estilo que se caracteriza na maioria das vezes pela busca dos desejos carnais e materiais, no simples ato de ‘’ostentação’’, de parecer ser superior a alguém. E em um lugar onde carece de educação e instrução, a bestialização causada pela música gera o desejo de ‘’ostentar’’, e onde a pobreza é muito grande, os meios para obter tal seriam apenas entrando no mundo do crime. Além do fator mencionado anteriormente, salienta-se que o crescimento da desigualdade social no Brasil anda ao lado do crescimento da violência, como constatado no Jornal A Gazeta da Região Sudeste, onde países com níveis de desigualdade semelhantes aos do Brasil tem índices iguais ou até superiores de violência. Uma razão para tal é a revolta daqueles que têm pouco para quem tem muito, a vontade exagerada, minimamente até compreensível de ser o que não tiveram a oportunidade de ser. Fica evidente, portanto, que a má distribuição de riquezas acarreta em altos índices de violência. Sendo assim é necessário que o MEC apoie e desenvolva mais a educação em áreas de baixa renda, criando dentro das escolas projetos musicais que desviem o protagonismo do Funk nessas áreas, e faça esses jovens desenvolverem intelectualidade suficiente para concorrerem a uma boa vaga no mercado de trabalho, e finalmente, tentar remover a violência e a desigualdade do corpo social.
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