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Unidade VI - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (CPC 25)

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Prévia do material em texto

Tópicos de 
Contabilidade
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms João Paulo Lima
Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (CPC 25)
• Provisões, Passivos Contingentes e 
Ativos Contingentes – CPC 25 – IAS 37
• Mudanças nas provisões
• Aplicação das regras de reconhecimento e mensuração
• Divulgação
 · O objetivo principal desta unidade consiste em compreender como 
as provisões, passivos contingentes e ativos contingentes devem ser 
mensurados, reconhecidos e contabilizados com base no CPC 25. 
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Caro(a) aluno(a),
Para que você tenha um melhor aproveitamento nesta última unidade da 
disciplina Tópicos de Contabilidade, seguem algumas orientações de estudo.
Inicialmente, é fundamental que você compreenda quais são os objetivos do 
CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Dessa 
forma, recomendamos que, além de ler o conteúdo teórico da unidade, você 
também, leia a norma em questão na íntegra. A referida norma está indicada 
no item Materiais Complementares. 
Ao longo da leitura do conteúdo teórico, você deve atentar para as 
importantes discussões acerca de como provisões, passivos contingentes e 
ativos contingentes devem ser reconhecidos, mensurados e contabilizados. 
Após os estudos de todos esses itens, você está preparado(a) para fazer 
as atividades desta unidade. Lembre-se de não deixar para estudar e 
fazer as atividades na última hora do vencimento dos prazos. Crie uma 
rotina de estudos e seja disciplinado(a). Isso é fundamental para o seu 
desenvolvimento profissional.
ORIENTAÇÕES
Provisões, Passivos Contingentes e Ativos 
Contingentes (CPC 25)
UNIDADE Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (CPC 25)
Contextualização
Para iniciarmos esta unidade, convidamos você para emergir no Relatório 
Financeiro da Natura Cosméticos S.A. de 2015
Disponível em: http://goo.gl/EUBKKv
Ex
pl
or
Explore o referido relatório à procura de informações sobre o CPC 25 – 
Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes – e, ao mesmo tempo, 
reflita sobre o conteúdo teórico desta unidade.
6
7
Provisões, Passivos Contingentes e 
Ativos Contingentes – CPC 25 – IAS 37
As definições abaixo foram extraídas na íntegra do Pronunciamento Técnico 
CPC 25 e serão utilizadas neste material com os seguintes significados:
Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos. Passivo é uma obrigação 
presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera 
que resulte saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
Evento que cria obrigação é um evento que cria uma obrigação legal ou não 
formalizada, que faça com que a entidade não tenha nenhuma alternativa realista 
senão liquidar essa obrigação. 
Obrigação legal é uma obrigação que deriva de: 
a) contrato (por meio de termos explícitos ou implícitos); 
b) legislação; ou 
c) outra ação da lei. 
Obrigação não formalizada é uma obrigação que decorre das ações da entidade 
em que: 
a) por via de padrão estabelecido de práticas passadas, de políticas publicadas 
ou de declaração atual, suficientemente específicas, a entidade tenha indicado 
a outras partes que aceitará certas responsabilidades; e 
b) em consequência, a entidade cria uma expectativa válida nessas outras 
partes de que cumprirá com essas responsabilidades.
Passivo contingente é: 
a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência 
será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos 
futuros incertos não totalmente sob controle da entidade; ou 
b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é 
reconhecida porque: 
I. não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios 
econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou 
II. o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente 
confiabilidade. 
Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja 
existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos 
futuros incertos não totalmente sob controle da entidade. (CPC_25 6).
7
UNIDADE Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (CPC 25)
Contrato oneroso é um contrato em que os custos inevitáveis de satisfazer as 
obrigações do contrato excedem os benefícios econômicos que se esperam que 
sejam recebidos ao longo do mesmo contrato. Reestruturação é um programa 
planejado e controlado pela administração e que altera materialmente: 
a) o âmbito de um negócio empreendido por entidade; ou 
b) a maneira como o negócio é conduzido. 
Provisão e outros passivos 
As provisões podem ser distintas de outros passivos tais como contas a pagar e 
passivos derivados de apropriações por competência (accruals) porque há incerteza 
sobre o prazo ou o valor do desembolso futuro necessário para a sua liquidação. 
Por contraste: 
a) as contas a pagar são passivos a pagar por conta de bens ou serviços 
fornecidos ou recebidos e que tenham sido faturados ou formalmente 
acordados com o fornecedor; e 
b) os passivos derivados de apropriações por competência (accruals) são 
passivos a pagar por bens ou serviços fornecidos ou recebidos, mas que não 
tenham sido pagos, faturados ou formalmente acordados com o fornecedor, 
incluindo valores devidos a empregados (por exemplo, valores relacionados 
com pagamento de férias). Embora algumas vezes seja necessário estimar o 
valor ou prazo desses passivos, a incerteza é geralmente muito menor do que 
nas provisões. 
Os passivos derivados de apropriação por competência (accruals) são 
frequentemente divulgados como parte das contas a pagar, enquanto as provisões 
são divulgadas separadamente. 
Relação entre provisão e passivo contingente
Em sentido geral, todas as provisões são contingentes porque são incertas 
quanto ao seu prazo ou valor. Porém, neste Pronunciamento Técnico o termo 
“contingente” é usado para passivos e ativos que não sejam reconhecidos porque 
a sua existência somente será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais 
eventos futuros incertos não totalmente sob o controle da entidade. Adicionalmente, 
o termo passivo contingente é usado para passivos que não satisfaçam os critérios 
de reconhecimento. (CPC_25 7).
Este Pronunciamento Técnico distingue entre: 
a) provisões – que são reconhecidas como passivo (presumindo-se que possa 
ser feita uma estimativa confiável) porque são obrigações presentes e é 
provável que uma saída de recursos que incorpora benefícios econômicos 
seja necessária para liquidar a obrigação; e 
8
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b) passivos contingentes – que não são reconhecidos como passivo porque são: 
I. obrigações possíveis, visto que ainda há de ser confirmado se a entidade 
tem ou não uma obrigação presente que possa conduzir a uma saída 
de recursos que incorporam benefícios econômicos, ou 
II. obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reconhecimento 
deste Pronunciamento Técnico (porque não é provável que seja 
necessária uma saída de recursos que incorporem benefícios 
econômicos para liquidar a obrigação, ou não pode ser feita uma 
estimativa suficientemente confiável do valor da obrigação).
Introdução ao IAS 37
O objetivo da IAS 37, e do CPC 25, é definir critérios de reconhecimento e 
bases de mensuração para provisões, contingências passivas e contingências ativas 
e regras para divulgação de informações suficientes nas notas explicativas, com o 
objetivo de permitir que os usuários das demonstrações entendam sua natureza, 
época e valor.
Reconhecimento
Provisões
Para reconhecer uma provisão, é necessário que: 
a) A entidade tenha uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como 
resultado de um evento passado;b) Seja provável que será necessário uma saída de recursos que incorporem 
benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e
c) Possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Importante!
O termo provisão foi amplamente utilizado no Brasil como referência a qualquer obrigação 
ou redução ao valor de um ativo, no qual sua mensuração decorra de alguma estimativa. 
Entretanto, este termo refere-se apenas aos passivos com prazo ou valor incertos.
Você Sabia?
Obrigação presente
Para reconhecer uma obrigação presente é necessário que seja mais 
provável que vá existir a obrigação do que não. Na maioria dos casos, fica 
claro se há essa obrigação, caso contrário, é necessário que toda evidência 
seja considerada para verificar se é mais provável que a obrigação vai existir ou 
não. Uma obrigação envolve sempre outra parte a quem se deve a obrigação, 
mesmo que não seja identificável.
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UNIDADE Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (CPC 25)
Evento passado
Denominado fato gerador, é aquele que tem condições de criar uma obrigação. 
As obrigações são criadas quando a entidade não tem alternativa, senão liquidar a 
obrigação gerada. Isto ocorre: 
d) Quando a liquidação da obrigação puder ser executada por lei; ou 
e) No caso de uma obrigação presumida, quando o evento (que pode ser uma 
ação da entidade) criar expectativas válidas para outras partes da entidade 
que liquidará a obrigação.
Não são reconhecidas provisões que derivem de custos que precisam ser 
incorridos para operar no futuro. Apenas obrigações provenientes de eventos 
passados que aconteçam independentemente de ações futuras de uma entidade 
serão reconhecidas como provisões.
Saída provável de recursos
Além da obrigação presente, a probabilidade de desembolso de recursos que 
incorporem benefícios econômicos para liquidar essa obrigação é necessária 
para que um passivo se qualifique para reconhecimento. Um fluxo de saída de 
recursos ou outro evento só é considerado como provável se o evento tiver maior 
probabilidade de ocorrer (mais que sim do que não). Caso uma obrigação existente 
não seja provável, a entidade deve divulgar um passivo contingente.
Estimativa confiável de obrigação
Quase sempre, a entidade é capaz de determinar um grande conjunto de 
desfechos possíveis e pode, portanto, fazer uma estimativa que seja suficientemente 
confiável para usar no reconhecimento de uma provisão.
Quando não é possível fazer uma estimativa confiável, o passivo deve ser 
divulgado como um passivo contingente.
Por exemplo: a assinatura de um contrato de compra de mercadoria não gera 
sozinha obrigação reconhecível contabilmente. A obrigação acontecerá apenas 
após o recebimento da mercadoria.
Passivos contingentes
A entidade não deve reconhecer um passivo contingente, deve apenas divulgá-lo 
em nota explicativa.
Passivos contingentes caracterizam-se por uma saída de recursos possível, mas 
não provável.
No caso de uma responsabilidade conjunta e solidária, a parte da obrigação que 
se espera ser cumprida pelas outras partes é tratada como um passivo contingente.
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Passivos contingentes devem ser avaliados continuamente para verificar se esse 
fluxo de saída de recursos que gera benefícios econômicos se tornou provável. Em 
caso positivo, uma provisão deve ser reconhecida nas demonstrações financeiras 
do período subsequente à mudança.
Ativos contingentes
A entidade não deve reconhecer um ativo contingente até que a realização de 
ganho seja praticamente certa. Deve-se divulgar em notas explicativas quando for 
provável a entrada de benefícios econômicos futuros.
Ativos contingentes devem ser avaliados continuamente, sendo reconhecidos 
como um ativo quando sua realização se tornar provável.
Mensuração
Melhor estimativa 
Uma provisão terá seu valor reconhecido como a melhor estimativa do gasto 
necessário para liquidar a obrigação na data do balanço ou para transferir para uma 
terceira parte. Frequentemente, é impossível ou incompensável liquidar ou transferir 
a obrigação no final do período. Estimativas do resultado e efeito financeiro ficam a 
julgamento da administração da entidade. A evidência considerada inclui qualquer 
evidência adicional fornecida por eventos subsequentes ao período de relatório.
Quando a provisão envolver uma grande quantidade de itens, a obrigação 
será estimada por meio da ponderação de todos os possíveis resultados por suas 
probabilidades associadas (método do valor esperado).
A provisão deve ser mensurada antes dos impostos.
Riscos e incertezas 
Riscos e incertezas são inevitáveis e importantes para se chegar à melhor 
estimativa de uma provisão. Porém, a entidade deve ter cautela para o julgamento 
sob condições de incerteza para que os ativos ou receitas não sejam subavaliados e 
os passivos ou despesas sobreavaliados, pois um ajuste de risco pode aumentar o 
valor pelo qual um passivo é mensurado.
Entretanto, essa incerteza não deve implicar na criação de provisões em excesso 
ou numa superavaliação deliberada de passivos.
Por exemplo: se os custos projetados de um resultado particularmente adverso 
forem estimados de forma prudente, esse resultado então não é tratado de forma 
deliberada como mais provável do que é realisticamente o caso.
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UNIDADE Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (CPC 25)
Valor presente 
Se o efeito do valor temporal do dinheiro for relevante, o valor de uma provisão 
deverá ser o valor presente dos gastos esperados para liquidar a obrigação.
A taxa de desconto não refletirá os riscos para os quais as estimativas foram 
ajustadas, ela será uma taxa antes de impostos que reflete as avaliações atuais de 
mercado do valor temporal do dinheiro e os riscos específicos para o passivo.
Eventos futuros 
Os eventos futuros que possam afetar o valor necessário para liquidar uma 
obrigação devem ser refletidos no valor de uma provisão quando houver evidência 
objetiva suficiente de que eles ocorrerão. Eventos futuros esperados podem ser 
importantes na mensuração de provisões.
Alienação esperada de ativos
Ganhos na baixa esperada de um ativo não deverão ser levados em consideração 
na mensuração de uma provisão, mesmo que estejam intimamente ligados ao 
evento que origina a provisão.
Reembolsos
Quando a entidade espera que parte ou todo o desembolso necessário para 
liquidar uma provisão será reembolsado, este só será reconhecido quando seu 
recebimento for praticamente certo. A entidade deve tratar o reembolso como um 
ativo separado e seu valor reconhecido não excederá o valor da provisão.
Vez ou outra pode ser esperado que outra entidade pague parte ou integralmente 
os gastos para liquidar uma provisão. Esta parte pode reembolsar os valores pagos 
pela entidade ou pagá-los diretamente.
Mudanças nas provisões
A entidade deve revisar as provisões no fim de cada período de relatório e devem 
refletir a melhor estimativa atual. A provisão deve ser revertida quando não há mais 
probabilidade de que um fluxo de saída que incorpora benefícios econômicos seja 
exigido para liquidar a obrigação.
Uso de provisões
A entidade deve usar uma provisão apenas para os gastos a que ela foi 
originalmente designada. A definição de gastos contra esta provisão para os quais 
ela não tenha sido reconhecida ocultaria o impacto de dois eventos diferentes.
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Aplicação das regras de reconhecimento 
e mensuração
Perdas operacionais futuras
A entidade não deve reconhecer provisões para essas perdas. Elas indicam que 
determinados ativos da operação podem ter problemas de recuperação.
Esses ativos são testados quanto à redução no seu valor recuperável.
Note-se que neste caso (perdas operacionais futuras) o fato gerador ainda não 
ocorreu; por essa razão não existe reconhecimento de uma provisão. Entretanto, 
é recomendável quea empresa proceda ao teste de redução ao valor recuperável 
deste ativo, conforme preconizado pela IAS 36.
Contratos onerosos
A obrigação presente prevista num contrato oneroso deverá ser mensurada 
como uma provisão.
Contrato oneroso é um contrato em que custos inevitáveis de cumprir obrigações 
previstas excedem os benefícios econômicos esperados a receber do contrato. 
Custos inevitáveis no contrato refletem o menor custo líquido de sair do contrato 
(menor valor entre o custo de cumpri-lo e qualquer remuneração ou penalidade 
pelo não cumprimento).
Reestruturação
Eventos que podem ser definidos como reestruturação:
a) Venda ou encerramento de uma linha de negócios;
b) Fechamento de locais de negócios em um país ou região ou a realocação de 
atividades comerciais de um país ou região para outro;
c) Mudanças na estrutura administrativa, por exemplo, a eliminação de um 
nível de administração; e
d) Reorganizações fundamentais que possam ter um efeito relevante na 
natureza e no foco de operação da entidade.
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UNIDADE Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (CPC 25)
Surge uma obrigação presumida para reestruturar quando a entidade: 
a) Ter um plano formal detalhado para a reestruturação, identificando pelo menos: 
i) O negócio ou parte de um negócio em questão;
ii) Os principais locais afetados;
iii) O novo local, a função e o número aproximado de funcionários que 
serão remunerados pelo encerramento de seus serviços;
iv) Os gastos que serão incorridos; e
v) Quando o plano for implementado.
b) Ter criado uma expectativa válida nas partes afetadas de que irá realizar a 
reestruturação, começando a implementar esse plano ou anunciando suas 
principais características àqueles afetados por ela.
O anúncio público de um plano de reestruturação constitui uma obrigação 
presumida somente se for feita de um modo e com as principais características 
do plano que crie expectativas válidas às outras partes (clientes fornecedores, 
empregados etc.) de que a entidade irá realizá-la. Para o plano, originar uma 
obrigação presumida quando comunicado aos afetados, a entidade deve planejar 
sua implementação para iniciar assim que possível e ser concluída dentro de um 
cronograma que tornem improváveis alterações significativas no plano.
Se a administração ou o conselho da entidade decidir realizar a reestruturação 
antes do final do período, ela não origina uma obrigação presumida no final do 
período, a menos que, antes do final do período: 
a) A entidade tenha começado a implementar o plano de reestruturação; ou 
b) A entidade tenha anunciado as principais características do plano de 
reestruturação àqueles afetados por ela de uma forma suficientemente 
específica para criar uma expectativa validade de que a entidade irá realizar 
a reestruturação.
A autoridade final é exercida por um conselho em alguns países, cujos membros 
são representantes de interesse que não sejam os da administração ou a notificação 
a eles pode ser necessária antes que o conselho tome uma decisão, podendo resultar 
numa obrigação presumida de reestruturar.
Obrigações não decorrem da venda de uma operação até que a entidade esteja 
comprometida com a venda (caso haja um contrato).
A provisão para reestruturação deve incluir apenas os gastos diretos resultantes 
da reestruturação, ou seja, gastos que: 
a) Estiveram necessariamente vinculados à reestruturação; e 
b) Os que não estiverem associados às atividades em andamento da entidade.
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Custos que não são incluídos:
a) Retreinamento ou realocação de equipe contínua;
b) Marketing; ou
c) Investimento em novos sistemas através das redes de distribuição.
Divulgação
Para cada classe de provisão, a entidade divulgará: 
a) O valor contábil no início e no final do período;
b) Provisões adicionais feitas no período, incluindo aumentos nas provisões existentes;
c) Valores utilizados (ou seja, incorridos e lançados contra a provisão) durante 
o período;
d) Valores não atualizados revertidos durante o período; e 
e) O aumento durante o período no valor descontado resultante da passagem 
de tempo e o efeito de qualquer mudança na taxa de desconto.
Informações comparativas não são exigidas.
Para cada classe de provisão, deve ser divulgado o seguinte: 
a) Uma breve descrição da natureza da obrigação e a época prevista de 
quaisquer fluxos de saída de benefícios econômicos resultantes;
b) Uma indicação das incertezas sobre o valor ou a época desses fluxos de saída. 
Quando necessário para fornecer informações adequadas, uma entidade 
divulgará as principais pressuposições feitas em relação a eventos futuros; e
c) O valor de qualquer reembolso previsto, demonstrando o valor de qualquer 
ativo que tiver sido reconhecido para esse reembolso previsto.
A não ser que a possibilidade de qualquer fluxo de saída seja remota, a entidade 
deverá divulgar para cada classe de passivo contingente no final do período uma 
descrição da natureza deste e, quando possível:
a) Uma estimativa de seu efeito financeiro;
b) Uma indicação das incertezas relacionadas ao valor ou época de qualquer 
fluxo de saída; e
c) A possibilidade de qualquer reembolso.
Tratar como uma única classe de provisão os valores relacionados às garantias 
de diferentes produtos pode ser apropriado. Mas tratar dessa forma valores 
relacionados às garantias normais e aos valores que estejam sujeitos a processos 
judiciais não seria apropriado.
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UNIDADE Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (CPC 25)
Quando for provável um fluxo de entrada de benefícios econômicos, a entidade 
deve divulgar uma breve descrição da natureza dos ativos contingente no final do 
período e uma estimativa de seus efeitos financeiros (quando praticável).
As divulgações para ativos devem evitar dar indicações enganosas da probabilidade 
do surgimento de uma receita.
Agora, convidamos você a pesquisar diretamente no CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável 
de Ativos – os requisitos de Divulgação exigidos na norma.
Disponível em: http://goo.gl/hlfYqq
Ex
pl
or
16
17
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
Para que você tenha a oportunidade de aprofundar os seus estudos na disciplina 
Tópicos de Contabilidade, acesse:
http://goo.gl/hlfYqq
 Livros
Curso de contabilidade avançada em IFRS e CPC
ALMEIDA, M. C. São Paulo: Atlas, 2014. (e-book)
Contabilidade avançada e internacional
MULLER, A. N.; SCHERER, L. M. 3 ed. São Paulo : Saraiva, 2013. (e-book)
17
Referências
CARVALHO, L. N.; LEMES, S.; COSTA, F. M. da (Colab.). Contabilidade 
internacional: aplicação das IFRS 2005. São Paulo: Atlas, 2011.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Técnico: 
CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos. Disponível em: http://www.
cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Técnico: 
CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Disponível em: 
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos
FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS CONTÁBEIS, ATUARIAIS E 
FINANCEIRAS; IUDÍCIBUS, S. de; MARTINS, E.; GELBCKE, E. R. Manual de 
contabilidade das sociedades por ações: (aplicável para as demais sociedades). 
7. ed., rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2010.
GLAUTIER, M. W. E.; UNDERDOWN, B. Accounting: theory and practice. 7th 
ed. Harlow: Prentice-Hall, 2001.
HENDRIKSEN, E. S.; BREDA, M. F. Van. Teoria da contabilidade. São Paulo: 
Atlas, 1999.
SCHMIDT, P.; SANTOS, J. L.; FERNANDES, L. A. Contabilidade internacional 
avançada. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
NIYAMA, J. K. Contabilidade internacional: causas das diferenças internacionais, 
convergência contábil internacional,estudo comparativo entre países, divergências 
nos critérios de reconhecimento e mensuração, evidenciação segundo FASB e 
IASB. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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