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Contabilidade Geral I 13

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Aula 13
 Contabilidade Geral I p/ Polícia Federal
(Agente) 2021 Pré-Edital (Preparação de
A a Z)
Autor:
Gilmar Possati
Aula 13
7 de Abril de 2021
 
 
 
 
 
 
 
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CPC 25 - PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E 
ATIVOS CONTINGENTES 
Sumário 
1. CPC 25 - Provisões, Passivos e Ativos Contingentes .................................................................... 2 
1.1. Aspectos Introdutórios ........................................................................................................... 2 
1.1.1. Objetivo ........................................................................................................................... 2 
Alcance ....................................................................................................................................... 2 
1.2. Provisões ................................................................................................................................. 3 
1.2.1.Definição ........................................................................................................................... 3 
1.2.2. Reconhecimento .............................................................................................................. 3 
1.2.3. Contabilização e Divulgação ............................................................................................ 7 
1.2.4. Mudança na Provisão ..................................................................................................... 11 
1.2.5. Uso de Provisão ............................................................................................................. 11 
1.3. Passivo Contingente ............................................................................................................. 11 
1.3.1. Definição ........................................................................................................................ 11 
1.4. Ativo Contingente ................................................................................................................ 17 
1.4.1. Definição ........................................................................................................................ 17 
1.4.2. Reconhecimento ............................................................................................................ 17 
1.5. Mensuração .......................................................................................................................... 19 
1.5.1. Melhor Estimativa .......................................................................................................... 19 
1.6. Reestruturação ...................................................................................................................... 20 
1.7. Divulgação ............................................................................................................................ 23 
2. Questões Comentadas ............................................................................................................... 29 
3. Resumo ....................................................................................................................................... 65 
4. Lista das Questões ...................................................................................................................... 66 
5. Gabarito ...................................................................................................................................... 84 
 
 
 
Gilmar Possati
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1. CPC 25 - PROVISÕES, PASSIVOS E ATIVOS 
CONTINGENTES 
1.1. Aspectos Introdutórios 
1.1.1. Objetivo 
O Objetivo do CPC 25 é estabelecer que sejam aplicados critérios de reconhecimento e bases de 
mensuração apropriados a provisões e a passivos e ativos contingentes e que seja divulgada 
informação suficiente nas notas explicativas para permitir que os usuários entendam a sua 
natureza, oportunidade e valor. 
Alcance 
O CPC 25 deve ser aplicado por todas as entidades na contabilização de provisões, e de passivos 
e ativos contingentes, exceto: 
a) os que resultem de contratos a executar*, a menos que o contrato seja oneroso1; e 
b) os cobertos por outro Pronunciamento Técnico**. 
* Contratos a executar, segundo o CPC 25, são contratos pelos quais nenhuma parte cumpriu 
qualquer das suas obrigações ou ambas as partes só tenham parcialmente cumprido as suas 
obrigações em igual extensão. 
** Quando outro Pronunciamento Técnico trata de um tipo específico de provisão ou de passivo 
ou ativo contingente, a entidade aplica esse Pronunciamento Técnico em vez do CPC 25. Por 
exemplo, certos tipos de provisões são tratados nos Pronunciamentos Técnicos relativos a: 
a) tributos sobre o lucro (CPC 32); 
b) arrendamento mercantil (CPC 06). Porém, como esse CPC 06 não contém requisitos específicos 
para tratar arrendamentos mercantis operacionais que tenham se tornado onerosos, o CPC 25 
aplica-se a tais casos; 
c) benefícios a empregados (CPC 33); 
d) contratos de seguro (CPC 11). Contudo, o CPC 25 aplica-se a provisões e a passivos e ativos 
contingentes de seguradora que não sejam os resultantes das suas obrigações e direitos 
contratuais, segundo os contratos de seguro dentro do alcance do CPC. 
e) contraprestação contingente de adquirente em combinação de negócios (CPC 15). 
Ademais, o CPC 25 não se aplica a instrumentos financeiros (incluindo garantias) que se encontrem 
dentro do alcance do CPC 48 – Instrumentos Financeiros. 
 
1 Contrato Oneroso, segundo o CPC 25, é um contrato em que os custos inevitáveis de satisfazer as obrigações do contrato excedem 
os benefícios econômicos que se esperam sejam recebidos ao longo do mesmo contrato. 
Gilmar Possati
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1.2. Provisões 
1.2.1.Definição 
Segundo o CPC 25, Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos. 
O Manual de Contabilidade Societária (FIPECAFI) ressalta que o termo provisão foi amplamente 
utilizado pelos contadores como referência a qualquer obrigação ou redução do valor de um ativo 
(por exemplo, depreciação acumulada e desvalorização de ativos), no qual sua mensuração 
decorra de alguma estimativa. Entretanto, conforme vimos acima, atualmente o termo provisão, 
seguindo a orientação das normas internacionais, refere-se apenas aos passivos com prazos ou 
valor incertos. Logo, o termo provisão para contas retificadoras do ativo não tem utilização 
adequada considerando o tratamento atual das Normas. 
Nesse contexto, referido Manual destaca que no Brasil o termo provisão para as contas 
retificadoras do ativo foi sempre bastante utilizado, mas considera essa utilização inadequada. 
Assim, para essas contas o Manual faz uma adaptação do termo para "perdas estimadas". Desse 
modo, passa a utilizar, por exemplo, "Perdas Estimadas Para Créditos De Liquidação Duvidosa" 
(PECLD) e não mais "Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa". 
Por fim, cabe destacar também a diferenciação entre as provisões propriamente ditas e as 
“provisões derivadas de apropriações por competência” (accruals). Segundo o Manual FIPECAFI, 
estas são caracterizadas como obrigações já existentes, registradas no período de competência, 
em que não existe grau de incerteza relevante. Assim, pode-se dizer que já se caracterizam como 
passivos genuínos e não devem ser reconhecidos como "provisões". São exemplos desses 
passivos: férias e 13º salários devidos aos funcionários, bem como os respectivos encargos sociais, 
os dividendos mínimos obrigatórios propostos, as gratificações e participações devidas aos 
empregados e administradores, as participações de partes beneficiárias e outros. Esses devem ser 
contabilizados como “férias a pagar", "décimo-terceiroa pagar", "encargos sociais a pagar", 
"dividendos a pagar" etc. 
O CPC 25 destaca que os passivos derivados de apropriação por competência (accruals) são 
frequentemente divulgados como parte das contas a pagar, enquanto as provisões são divulgadas 
separadamente. 
1.2.2. Reconhecimento 
Esse é um ponto do CPC 25 muito exigido em provas, portanto, deve estar na “massa do sangue”. 
 
 
 
 
 
Gilmar Possati
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Uma provisão deve ser reconhecida quando: 
§ a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada2) como resultado de evento 
passado; 
§ seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos 
para liquidar a obrigação; e 
§ possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. 
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. 
Conforme veremos nas questões comentadas, boa parte das exigências desse ponto são literais, 
conforme exemplo de questão abaixo. 
 
(Exame de Suficiência CFC) De acordo com a NBC TG 25 – Provisões, Passivos Contingentes e 
Ativos Contingentes, analise os requisitos abaixo em relação ao reconhecimento de uma 
provisão. 
I. Uma provisão deve ser reconhecida quando a entidade tem uma obrigação presente, legal ou 
não formalizada, como resultado de evento passado. 
II. Uma provisão deve ser reconhecida quando seja provável, que será necessária, uma saída de 
recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação. 
III. Uma provisão deve ser reconhecida quando possa ser feita uma estimativa confiável do valor 
da obrigação. 
 
2 Segundo o CPC 25, obrigação legal é uma obrigação que deriva de: (a) contrato (por meio de termos explícitos ou implícitos); (b) 
legislação; ou (c) outra ação da lei. Obrigação não formalizada é uma obrigação que decorre das ações da entidade em que: (a) por 
via de padrão estabelecido de práticas passadas, de políticas publicadas ou de declaração atual suficientemente específica, a 
entidade tenha indicado a outras partes que aceitará certas responsabilidades; e (b) em consequência, a entidade cria uma 
expectativa válida nessas outras partes de que cumprirá com essas responsabilidades. 
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São requisitos necessários para o reconhecimento de uma provisão o(s) item(ns): 
a) I e II, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) III, apenas. 
d) I, II e III. 
Comentários 
Vamos analisar cada um dos itens: 
Item I – Certo. Uma provisão deve ser reconhecida quando a entidade tem uma obrigação 
presente, legal ou não formalizada, como resultado de evento passado. 
Segundo o CPC 25, 
14. Uma provisão deve ser reconhecida quando: 
(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de 
evento passado; [...] 
Item II – Certo. Uma provisão deve ser reconhecida quando seja provável, que será necessária, 
uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação. 
Segundo o CPC 25, 
14. Uma provisão deve ser reconhecida quando: 
[...] 
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios 
econômicos para liquidar a obrigação; e [...] 
Item III – Certo. Uma provisão deve ser reconhecida quando possa ser feita uma estimativa 
confiável do valor da obrigação. 
Segundo o CPC 25, 
14. Uma provisão deve ser reconhecida quando: 
[...] 
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. 
Gabarito: D 
Vamos ver de forma mais detalhada cada um dos requisitos dispostos no CPC 25. 
Obrigação Presente 
A Obrigação presente caracteriza-se por evidência disponível de que é mais provável que vai 
existir a obrigação do que não. Na maioria dos casos essas evidências serão claras, mas quando 
as evidências não forem tão claras, pode-se recorrer, como no caso de processos judiciais, a 
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opinião de peritos. Ainda com relação às evidências, qualquer evidência adicional proporcionada 
por eventos após a data do balanço deve ser considerada. 
Evento Passado 
O evento passado é aquele que cria obrigação. Segundo o CPC 25, para um evento ser um evento 
que cria obrigação, é necessário que a entidade não tenha qualquer alternativa realista senão 
liquidar a obrigação criada pelo evento. Esse é o caso somente: 
a) quando a liquidação da obrigação pode ser imposta legalmente; ou 
b) no caso de obrigação não formalizada, quando o evento (que pode ser uma ação da 
entidade) cria expectativas válidas em terceiros de que a entidade cumprirá a obrigação. 
Nesse sentido, o Manual FIPECAFI ensina que não são reconhecidas contabilmente obrigações a 
derivarem de fatos geradores contábeis futuros, nem aquelas que dependam de eventos futuros 
para efetivamente se materializarem, mesmo que derivadas de compromissos firmados 
anteriormente. Por exemplo, a assinatura de um contrato de compra de uma mercadoria é um 
evento que não gera, por si só, obrigação reconhecível contabilmente, porque a obrigação 
nascera, efetivamente, após o recebimento da mercadoria. Nesse caso o contrato, no passado, 
provocará o nascimento da obrigação, mas apenas quando, no futuro, o contratado fornecer o 
bem. 
O CPC 25 destaca que as demonstrações contábeis tratam da posição financeira da entidade no 
fim do seu período de divulgação e não da sua possível posição no futuro. Por isso, nenhuma 
provisão é reconhecida para despesas que necessitam ser incorridas para operar no futuro. Os 
únicos passivos reconhecidos no balanço da entidade são os que já existem na data do balanço. 
O item 19 do CPC 25 é bem esclarecedor, vamos transcrevê-lo aqui: 
São reconhecidas como provisão apenas as obrigações que surgem de eventos passados que 
existam independentemente de ações futuras da entidade (isto é, a conduta futura dos seus 
negócios). São exemplos de tais obrigações as penalidades ou os custos de limpeza de danos 
ambientais ilegais, que em ambos os casos dariam origem na liquidação a uma saída de recursos 
que incorporam benefícios econômicos independentemente das ações futuras da entidade. De 
forma similar, a entidade reconhece uma provisão para os custos de descontinuidade de poço de 
petróleo ou de central elétrica nuclear na medida em que a entidade é obrigada a retificar danos 
já causados. Por outro lado, devido a pressões comerciais ou exigências legais, a entidade pode 
pretender ou precisar efetuar gastos para operar de forma particular no futuro (por exemplo, 
montando filtros de fumaça em certo tipo de fábrica). Dado que a entidade pode evitar os gastos 
futuros pelas suas próprias ações, por exemplo, alterando o seu modo de operar, ela não tem 
nenhuma obrigação presente relativamente a esse gasto futuro e nenhuma provisão é reconhecida. 
Saída provável de recursos que incorporam benefícios econômicos 
Segundo o CPC 25, para que um passivo se qualifique para reconhecimento, é necessário haver 
não somente uma obrigação presente, mas também a probabilidade de saída de recursos que 
incorporam benefícios econômicos para liquidar essa obrigação. Para a finalidade do CPC, uma 
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saída de recursos ou outro evento é considerado como provável se o evento for mais provável 
que sim do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o evento ocorrerá for maior do 
que a probabilidade de isso não acontecer. Logo, se a probabilidade for maior que 50% 
devemos considerarcomo provável! 
Quando não for provável que exista uma obrigação presente, a entidade divulga um passivo 
contingente (estudaremos esse conceito na sequência), a menos que a possibilidade de saída de 
recursos que incorporam benefícios econômicos seja remota. 
Estimativa confiável da obrigação 
Segundo o CPC 25, o uso de estimativas é uma parte essencial da elaboração de demonstrações 
contábeis e não prejudica a sua confiabilidade. Isso é especialmente verdadeiro no caso de 
provisões, que pela sua natureza são mais incertas do que a maior parte de outros elementos do 
balanço. Exceto em casos extremamente raros, a entidade é capaz de determinar um conjunto de 
desfechos possíveis e, dessa forma, fazer uma estimativa da obrigação que seja suficientemente 
confiável para ser usada no reconhecimento da provisão. 
Nos casos extremamente raros em que nenhuma estimativa confiável possa ser feita, existe um 
passivo que não pode ser reconhecido. Esse passivo é divulgado como passivo contingente, 
conforme estudaremos a seguir. 
O Manual FIPECAFI ensina que a estimativa confiável é resultante da capacidade da entidade 
determinar um conjunto de desfechos possíveis. A estimativa aplicada para mensuração do valor 
é a "melhor estimativa" do desembolso para liquidação da data do balanço, ou seja, o valor 
requerido na hipótese da entidade pagar para liquidar a obrigação ou transferi-la para terceiros 
nesse momento. 
Por fim, destaca-se que os riscos e incertezas que inevitavelmente existem em torno de muitos 
eventos e circunstâncias devem ser levados em consideração para se alcançar a melhor estimativa 
da provisão. 
Segundo o CPC 25, o risco descreve a variabilidade de desfechos. Uma nova avaliação do risco 
pode aumentar o valor pelo qual um passivo é mensurado. É preciso ter cuidado ao realizar 
julgamentos em condições de incerteza, para que as receitas ou ativos não sejam superavaliados 
e as despesas ou passivos não sejam subavaliados. Porém, a incerteza não justifica a criação de 
provisões excessivas ou uma superavaliação deliberada de passivos. Por exemplo, se os custos 
projetados de desfecho particularmente adverso forem estimados em base conservadora, então 
esse desfecho não é deliberadamente tratado como sendo mais provável do que a situação 
realística do caso. É necessário cuidado para evitar duplicar ajustes de risco e incerteza com a 
consequente superavaliação da provisão. 
1.2.3. Contabilização e Divulgação 
Um ponto muito exigido em provas sobre o assunto “provisões e passivos contingentes” é a 
questão da contabilização e divulgação. Assim, objetivamente saiba que: 
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i. Se a saída futura de recursos for provável, deve ser contabilizada a provisão e divulgada em nota 
explicativa. 
ii. Se a saída for possível (mas não provável), não deve ser contabilizada, mas deve ser divulgada 
em nota explicativa. 
iii. Se a possibilidade de saída de recursos for remota, não contabili, nem divulga 
 Provável Possível Remoto 
Registro Contábil Sim Não Não 
Divulgação em Notas Explicativas Sim Sim Não 
 
 
E o que é considerado provável? 
Estudamos anteriormente que uma saída de recursos ou outro evento é considerado como 
provável se o evento for mais provável que sim do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade 
de que o evento ocorrerá for maior do que a probabilidade de isso não acontecer. 
Logo, se a probabilidade for maior que 50% devemos considerar como provável! 
Para cada classe de provisão, a entidade deve divulgar: 
§ o valor contábil no início e no fim do período; 
§ provisões adicionais feitas no período, incluindo aumentos nas provisões existentes; 
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§ valores utilizados (ou seja, incorridos e baixados contra a provisão) durante o período; 
§ valores não utilizados revertidos durante o período; e 
§ o aumento durante o período no valor descontado a valor presente proveniente da passagem 
do tempo e o efeito de qualquer mudança na taxa de desconto. 
 Não é exigida informação comparativa. 
Vamos ver um exemplo de questão que exigiu esses conhecimentos que acabamos de estudar! 
 
(Exame de Suficiência CFC) Uma sociedade empresária apresentou o seguinte quadro, 
construído a partir da identificação de diversas obrigações presentes decorrentes de eventos 
passados, cujas probabilidades de saída de recurso foram classificadas como prováveis ou 
possíveis. 
 
De acordo com a NBC TG 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, o 
valor de provisões a ser constituído e apresentado no Balanço Patrimonial será de: 
a) R$400.000,00. 
b) R$850.000,00. 
c) R$860.000,00. 
d) R$1.250.000,00. 
Comentários 
Conforme estudamos, uma provisão deve ser reconhecida quando: 
a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento 
passado; 
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seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos 
para liquidar a obrigação; e 
possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. 
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. 
Assim, as seguintes naturezas de obrigações dispostas na questão deverão ser alvo de 
constituição da provisão, pois possuem os três requisitos previstos pela Norma: 
Garantias 150.000,00 
Riscos Fiscais, trabalhistas e cíveis 700.000,00 
Total a ser provisionado 850.000,00 
Gabarito: B 
(TCE-RS) A Cia. XPTO S.A. respondia, em 31/12/2013, aos seguintes processos judiciais: 
 
A Cia. XPTO S.A. deveria ter apresentado como Provisão, em seu Balanço Patrimonial de 
31/12/2013, o valor de, em reais, 
a) 610.000,00 
b) 320.000,00 
c) 660.000,00 
d) 290.000,00 
e) 340.000,00 
Comentários 
Para fixar! 
i. Se a saída futura de recursos for provável, deve ser contabilizada a provisão e divulgada em nota 
explicativa. 
ii. Se a saída for possível (mas não provável), não deve ser contabilizada, mas deve ser divulgada 
em nota explicativa. 
iii. Se a possibilidade de saída de recursos for remota, não contabilizada, nem divulgada. 
Portanto, basta somarmos o valor dos processos judiciais com probabilidade de perda provável. 
Assim, temos: 
Processo trabalhista: 90.000,00 
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Processo ambiental: 230.000,00 
Total: 320.000,00 
Gabarito: B 
1.2.4. Mudança na Provisão 
Segundo o CPC 25, as provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para 
refletir a melhor estimativa corrente. Se já não for mais provável que seja necessária uma saída de 
recursos que incorporam benefícios econômicos futuros para liquidar a obrigação, a provisão deve 
ser revertida. 
Pessoal, no momento da constituição da provisão nós efetuamos o seguinte lançamento: 
D – Despesa com Provisão com Processo X (resultado à - PL) 
C – Provisão com Processo X (passivo) 
Assim, no momento da reversão da provisão temos o seguinte registro: 
D – Provisão com Processo X (passivo) 
C – Reversão de Provisão com Processo X (resultado à + PL) 
O CPC 25 destaca que quando for utilizado o desconto a valor presente, o valor contábil da 
provisão aumenta a cada período para refletir a passagem do tempo. Esse aumento deve ser 
reconhecido como despesa financeira. 
1.2.5. Uso de Provisão 
Segundo o CPC 25, uma provisão deve ser usada somente para os desembolsos para os quais a 
provisão foi originalmente reconhecida.Assim, se a provisão foi constituída para um processo ambiental, ela não pode ser usada para fazer 
frente a um processo trabalhista. 
Somente os desembolsos que se relacionem com a provisão original são compensados com a 
mesma provisão. Segundo a Norma, reconhecer os desembolsos contra uma provisão que foi 
originalmente reconhecida para outra finalidade esconderia o impacto de dois eventos diferentes. 
1.3. Passivo Contingente 
1.3.1. Definição 
Segundo o CPC 25, Passivo Contingente é: 
a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada 
apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob 
controle da entidade; ou 
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b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida 
porque: 
§ não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja 
exigida para liquidar a obrigação; ou 
§ o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade. 
Veja como esse conceito já foi explorado em prova. 
 
(CM Pradópolis) Uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é 
reconhecida ou porque não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios 
econômicos seja exigida para liquidar a obrigação, ou porque o valor da obrigação não pode 
ser mensurado com suficiente confiabilidade, refere-se a um dos conceitos de 
a) impairment. 
b) contas a pagar. 
c) reserva de contingência. 
d) provisão para redução de ativos. 
e) passivo contingente. 
Comentários 
A questão exige conhecimento da definição de passivo contingente que acabamos de estudar. 
Gabarito: E 
Agora que já estudamos os conceitos de provisões e passivo contingente, cabe destacarmos as 
diferenças entre os conceitos, pois costuma ser confundido e, portanto, é um campo fértil para 
o examinador. 
O termo "contingente" é utilizado para passivos e ativos não reconhecidos em virtude de sua 
existência depender de um ou mais eventos futuros incertos que não estejam totalmente sob o 
controle da instituição. 
O CPC 25 destaca que: 
Provisões são reconhecidas como passivo (presumindo-se que possa ser feita uma estimativa 
confiável) porque são obrigações presentes e é provável que uma saída de recursos que 
incorporam benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação; e 
Passivos contingentes não são reconhecidos como passivo porque são: 
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§ obrigações possíveis, visto que ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma 
obrigação presente que possa conduzir a uma saída de recursos que incorporam benefícios 
econômicos; ou 
§ obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reconhecimento da Norma (porque não 
é provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para 
liquidar a obrigação, ou não pode ser feita uma estimativa suficientemente confiável do valor da 
obrigação). 
O Manual FIPECAFI ensina que os requisitos exigidos para o reconhecimento das provisões estão 
vinculados ao conceito de passivo e, quando tais passivos não atendem aos critérios necessários 
para o seu reconhecimento, são tratados na norma como passivos contingentes. 
Reconhecimento 
Conforme já estudamos acima, a entidade não deve reconhecer um passivo contingente. O 
apêndice B do CPC 25 apresenta um fluxograma (árvore de decisão) que resume os principais 
requerimentos de reconhecimento do Pronunciamento para provisões e passivos contingentes. 
Adaptamos referido fluxograma abaixo para o nosso propósito: 
 
 
Início 
Obrigação presente como 
resultado de evento que 
gera obrigação? 
Obrigação 
possível? 
 
Remota? 
Saída 
provável
? 
Estimativa 
Confiável? 
Sim 
Não 
Sim 
Sim 
Sim 
Sim 
Não 
Não 
Não 
Não (raro) 
 
Reconhecer 
Divulgar o 
passivo 
contingente 
 
Não fazer 
nada 
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O apêndice do Pronunciamento traz alguns exemplos de aplicação dessa árvore de decisão. 
Abaixo temos alguns exemplos selecionados e adaptados para o nosso propósito: 
Exemplo 1 – Garantia 
Um fabricante dá garantias no momento da venda para os compradores do seu produto. De acordo 
com os termos do contrato de venda, o fabricante compromete a consertar, por reparo ou 
substituição, defeitos de produtos que se tornarem aparentes dentro de três anos desde a data da 
venda. De acordo com a experiência passada, é provável (ou seja, mais provável que sim do que 
não) que haverá algumas reclamações dentro das garantias. 
Há obrigação presente como resultado de evento passado que gera obrigação? 
Sim. O evento que gera a obrigação é a venda do produto com a garantia, o que dá origem a uma 
obrigação legal. 
Há saída provável de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação? 
Sim. Há saída provável para as garantias como um todo*. 
Conclusão: A provisão é reconhecida pela melhor estimativa dos custos para consertos de 
produtos com garantia vendidos antes da data do balanço 
* Segundo o item 24 do CPC 25, quando há várias obrigações semelhantes (por exemplo, garantias sobre 
produtos ou contratos semelhantes), a avaliação da probabilidade de que uma saída de recursos será 
exigida na liquidação deverá considerar o tipo de obrigação como um todo. Embora possa ser pequena a 
probabilidade de uma saída de recursos para qualquer item isoladamente, pode ser provável que alguma 
saída de recursos ocorra para o tipo de obrigação. Se esse for o caso, uma provisão é reconhecida (se os 
outros critérios para reconhecimento forem atendidos). 
Exemplo 2 – Terreno contaminado – é praticamente certo que a legislação será aprovada 
Uma entidade do setor de petróleo causa contaminação, mas efetua a limpeza apenas quando é 
requerida a fazê-la nos termos da legislação de um país em particular no qual ela opera. O país no 
qual ela opera não possui legislação requerendo a limpeza, e a entidade vem contaminando o 
terreno nesse país há diversos anos. Em 31 de dezembro de 20X0 é praticamente certo que um 
projeto de lei requerendo a limpeza do terreno já contaminado será aprovado rapidamente após 
o final do ano. 
Há obrigação presente como resultado de evento passado que gera obrigação? 
Sim. O evento que gera a obrigação é a contaminação do terreno, pois é praticamente certo que 
a legislação requeira a limpeza. 
Há saída provável de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação? 
Sim. Há saída provável. 
Conclusão: Uma provisão é reconhecida pela melhor estimativa dos custos de limpeza. 
Exemplo 3 – Atividade de extração de petróleo 
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Uma entidade opera em uma atividade de extração de petróleo na qual seu contrato de licença 
prevê a remoção da perfuratriz petrolífera ao final da produção e a restauração do solo oceânico. 
Noventa por cento dos custos eventuais são relativos à remoção da perfuratriz petrolífera e a 
restauração dos danos causados pela sua construção, e dez por cento advêm da extração do 
petróleo. Na data do balanço, a perfuratriz foi construída, mas o petróleo não está sendo extraído. 
Há obrigação presente como resultado de evento passado que gera obrigação? 
Sim. A construção da perfuratriz petrolífera cria uma obrigação legal nos termos da licença para 
remoção da perfuratriz e restauração do solo oceânico e, portanto, esse é o evento que gera a 
obrigação. Na data do balanço,entretanto, não há obrigação de corrigir o dano que será causado 
pela extração do petróleo. 
Há saída provável de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação? 
Sim. Há saída provável. 
Conclusão: Uma provisão é reconhecida pela melhor estimativa de noventa por cento dos custos 
eventuais que se relacionam com a perfuratriz petrolífera e a restauração dos danos causados pela 
sua construção. Esses custos são incluídos como parte dos custos da perfuratriz petrolífera. Os dez 
por cento de custos que são originados a partir da extração do petróleo são reconhecidos como 
passivo quando o petróleo é extraído. 
Exemplo 4 – Política de reembolso 
Uma loja de varejo tem a política de reembolsar compras de clientes insatisfeitos, mesmo que não 
haja obrigação legal para isso. Sua política de efetuar reembolso é amplamente conhecida. 
Há obrigação presente como resultado de evento passado que gera obrigação? 
Sim. O evento que gera a obrigação é a venda do produto, que dá origem à obrigação não 
formalizada porque a conduta da loja criou uma expectativa válida nos seus clientes de que a loja 
irá reembolsar as compras. 
Há saída provável de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação? 
Sim. Há saída provável, haja vista que bens, em certa proporção, são devolvidos para reembolso. 
Conclusão: Uma provisão é reconhecida pela melhor estimativa dos custos de reembolso. 
Exemplo 5 – Fechamento de divisão – nenhuma implementação antes do fechamento do 
balanço 
Em 12 de dezembro de 20X0, o conselho da entidade decidiu encerrar as atividades de uma 
divisão. Antes do fechamento do balanço (31 de dezembro de 20X0), a decisão não havia sido 
comunicada a qualquer um dos afetados por ela, e nenhuma outra providência havia sido tomada 
para implementar a decisão. 
Há obrigação presente como resultado de evento passado que gera obrigação? 
Não há evento que gera obrigação e, portanto, não há obrigação. 
Conclusão: Nenhuma provisão é reconhecida. 
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Exemplo 6 – Requerimento legal para a instalação de filtro de fumaça 
De acordo com a nova legislação, a entidade é requerida a instalar filtros de fumaça nas 
suas fábricas até 30 de junho de 20X1. A entidade não fez a instalação dos filtros de 
fumaça. 
(a) Em 31 de dezembro de 20X0, na data do balanço. 
Há obrigação presente como resultado de evento passado que gera obrigação? 
Não há obrigação porque não há o evento que gera a obrigação mesmo para os custos 
de instalação dos filtros de fumaça ou para as multas de acordo com a nova legislação. 
Conclusão: Nenhuma provisão é reconhecida para os custos de instalação dos filtros de 
fumaça. 
Exemplo 7 – Caso judicial 
Após um casamento em 20X0, dez pessoas morreram, possivelmente por resultado de alimentos 
envenenados oriundos de produtos vendidos pela entidade. Procedimentos legais são instaurados 
para solicitar indenização da entidade, mas esta disputa o caso judicialmente. Até a data da 
autorização para a publicação das demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro 
de 20X0, os advogados da entidade aconselham que é provável que a entidade não será 
responsabilizada. Entretanto, quando a entidade elabora as suas demonstrações contábeis para o 
exercício findo em 31 de dezembro de 20X1, os seus advogados aconselham que, dado o 
desenvolvimento do caso, é provável que a entidade será responsabilizada. 
(a) Em 31 de dezembro de 20X0 
Há obrigação presente como resultado de evento passado que gera obrigação? 
Baseado nas evidências disponíveis até o momento em que as demonstrações contábeis foram 
aprovadas, não há obrigação como resultado de eventos passados. 
Conclusão: Nenhuma provisão é reconhecida. A questão é divulgada como passivo contingente, 
a menos que a probabilidade de qualquer saída seja considerada remota. 
(b) Em 31 de dezembro de 20X1 
Há obrigação presente como resultado de evento passado que gera obrigação? 
Sim. Baseado na evidência disponível, há uma obrigação presente. 
Saída de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação – Provável. 
Conclusão: Uma provisão é reconhecida pela melhor estimativa do valor necessário para liquidar. 
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1.4. Ativo Contingente 
1.4.1. Definição 
Segundo o CPC 25, Ativo Contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e 
cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros 
incertos não totalmente sob controle da entidade. 
Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado ou de outros não esperados 
que dão origem à possibilidade de entrada de benefícios econômicos para a entidade. Um 
exemplo é uma reivindicação que a entidade esteja reclamando por meio de processos legais, em 
que o desfecho seja incerto. 
1.4.2. Reconhecimento 
A entidade não deve reconhecer um ativo contingente. 
Nos termos do CPC 25, os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações 
contábeis, uma vez que pode tratar-se de resultado que nunca venha a ser realizado. Porém, 
quando a realização do ganho é praticamente certa, então o ativo relacionado não é um ativo 
contingente e o seu reconhecimento é adequado. 
O CPC 25 traz um quadro que resume a questão do reconhecimento e divulgação dos ativos 
contingentes. Referido quadro foi adaptado para o nosso propósito: 
Ativo Contingente 
São caracterizados em situações nas quais, como resultado de eventos passados, 
há um ativo possível cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não 
de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade. 
A entrada de 
benefícios econômicos 
é praticamente certa. 
A entrada de benefícios 
econômicos é provável, mas 
não praticamente certa. 
A entrada não é 
provável. 
O ativo não é 
contingente. 
Nenhum ativo é reconhecido. Nenhum ativo é 
reconhecido. 
 Divulgação é exigida. Nenhuma divulgação 
é exigida. 
Veja como o assunto já foi explorado em prova! 
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(Exame de Suficiência CFC/Bacharel) A respeito do Ativo Contingente, conforme a NBC TG 25 
– Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, assinale a opção INCORRETA. 
a) A entidade não deve reconhecer um ativo contingente. 
b) O ativo contingente é divulgado em notas explicativas quando for provável a entrada de 
benefícios econômicos. 
c) Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis, uma vez que pode 
tratar-se de resultado que nunca venha a ser realizado. Porém, quando a realização do ganho é 
praticamente certa, então o ativo relacionado não é um ativo contingente e o seu reconhecimento 
é adequado. 
d) Os ativos contingentes surgem normalmente de evento planejado ou de outros esperados que 
deem origem à probabilidade de entrada de benefícios econômicos para a entidade. 
Comentários 
Segundo o CPC 25, 
31. A entidade não deve reconhecer um ativo contingente. 
32. Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado ou de outros não 
esperados que dão origem à possibilidade de entrada de benefícios econômicos para a entidade. 
Um exemplo é uma reivindicação que a entidade esteja reclamando por meio de processos legais, 
em que o desfecho seja incerto. 
33. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis, uma vez que pode 
tratar-se de resultado que nunca venha a ser realizado. Porém, quando a realização do ganho é 
praticamente certa, então o ativo relacionado não é um ativo contingente e o seu reconhecimento 
é adequado. 
34. O ativo contingenteé divulgado, como exigido pelo item 89, quando for provável a entrada 
de benefícios econômicos. 
35. Os ativos contingentes são avaliados periodicamente para garantir que os desenvolvimentos 
sejam apropriadamente refletidos nas demonstrações contábeis. Se for praticamente certo que 
ocorrerá uma entrada de benefícios econômicos, o ativo e o correspondente ganho são 
reconhecidos nas demonstrações contábeis do período em que ocorrer a mudança de estimativa. 
Se a entrada de benefícios econômicos se tornar provável, a entidade divulga o ativo contingente. 
Do exposto, percebe-se que somente a opção “D” está errada, haja vista que os ativos 
contingentes surgem normalmente de evento não planejado, conforme destacamos acima. 
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Gabarito: D 
1.5. Mensuração 
1.5.1. Melhor Estimativa 
Segundo o CPC 25, o valor reconhecido como provisão deve ser a melhor estimativa do 
desembolso exigido para liquidar a obrigação presente na data do balanço. 
A melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente é o valor que a 
entidade racionalmente pagaria para liquidar a obrigação na data do balanço ou para transferi-la 
para terceiros nesse momento. É muitas vezes impossível ou proibitivamente dispendioso liquidar 
ou transferir a obrigação na data do balanço. Porém, a estimativa do valor que a entidade 
racionalmente pagaria para liquidar ou transferir a obrigação produz a melhor estimativa do 
desembolso exigido para liquidar a obrigação presente na data do balanço. 
As estimativas do desfecho e do efeito financeiro são determinadas pelo julgamento da 
administração da entidade, complementados pela experiência de transações semelhantes e, em 
alguns casos, por relatórios de peritos independentes. As evidências consideradas devem incluir 
qualquer evidência adicional fornecida por eventos subsequentes à data do balanço. 
1.5.2. Método do Valor Esperado 
Segundo o CPC 25, as incertezas que rodeiam o valor a ser reconhecido como provisão são 
tratadas por vários meios de acordo com as circunstâncias. Quando a provisão a ser mensurada 
envolve uma grande população de itens, a obrigação deve ser estimada ponderando-se todos os 
possíveis desfechos pelas suas probabilidades associadas. O nome para esse método estatístico 
de estimativa é “valor esperado”. Portanto, a provisão será diferente dependendo de a 
probabilidade da perda de um dado valor ser, por exemplo, de 60 por cento ou de 90 por cento. 
Quando houver uma escala contínua de desfechos possíveis, e cada ponto nessa escala é tão 
provável como qualquer outro, é usado o ponto médio da escala. 
O CPC 25 nos fornece o seguinte exemplo de aplicação do método do valor esperado. 
Exemplo 
A entidade vende bens com uma garantia segundo a qual os clientes estão cobertos pelo custo da 
reparação de qualquer defeito de fabricação que se tornar evidente dentro dos primeiros seis 
meses após a compra. Se forem detectados defeitos menores em todos os produtos vendidos, a 
entidade irá incorrer em custos de reparação de 1 milhão. Se forem detectados defeitos maiores 
em todos os produtos vendidos, a entidade irá incorrer em custos de reparação de 4 milhões. A 
experiência passada da entidade e as expectativas futuras indicam que, para o próximo ano, 75 
por cento dos bens vendidos não terão defeito, 20 por cento dos bens vendidos terão defeitos 
menores e 5 por cento dos bens vendidos terão defeitos maiores. A entidade avalia a 
probabilidade de uma saída para as obrigações de garantias como um todo. 
O valor esperado do custo das reparações é: (75% x 0) + (20% x $ 1 milhão) + (5% de $ 4 milhões) 
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= $ 400.000. 
Parece complexo o método, mas não é! Veja como o assunto já foi alvo de exigência em prova! 
 
(Exame de Suficiência CFC) Uma sociedade empresária usa o método estatístico de estimativa 
do Valor Esperado para calcular o montante da provisão para garantias, de acordo com a NBC 
TG 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Os valores de gastos com 
garantia previstos e respectivas probabilidades associadas são: 
 
Com base nos dados informados, o valor da provisão para garantias a ser constituída é de: 
a) R$760.000,00. 
b) R$960.000,00. 
c) R$4.000.000,00. 
d) R$4.800.000,00. 
Comentários 
Efetuando o cálculo da provisão pelo método do “valor esperado”, temos: 
(60% X 0) + (38% X R$ 2.000.000,00) + (2% X R$ 10.000.000,00) = 0 + 760.000 + 200.000 = R$ 
960.000,00 
Veja que não tem mistério! Basta efetuar esse cálculo simples e correr para o abraço! 
Gabarito: B 
1.6. Reestruturação 
O CPC 25 nos fornece os seguintes exemplos de eventos que podem se enquadrar na definição 
de reestruturação: 
a) venda ou extinção de linha de negócios; 
b) fechamento de locais de negócios de um país ou região ou a realocação das atividades de 
negócios de um país ou região para outro; 
c) mudanças na estrutura da administração, por exemplo, eliminação de um nível de gerência; e 
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d) reorganizações fundamentais que tenham efeito material na natureza e no foco das operações 
da entidade. 
O CPC 25 destaca que uma provisão para custos de reestruturação deve ser reconhecida somente 
quando são cumpridos os critérios gerais de reconhecimento de provisões: 
a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento 
passado; 
b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos 
para liquidar a obrigação; e 
c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. 
Nesse sentido, o CPC 25 informa que uma obrigação não formalizada para reestruturação surge 
somente quando a entidade: 
a) tiver um plano formal detalhado para a reestruturação, identificando pelo menos: 
(i) o negócio ou parte do negócio em questão, 
(ii) os principais locais afetados, 
(iii) o local, as funções e o número aproximado de empregados que serão incentivados 
financeiramente a se demitir, 
(iv) os desembolsos que serão efetuados; e 
(v) quando o plano será implantado; e 
b) tiver criado expectativa válida naqueles que serão afetados pela reestruturação, seja ao começar 
a implantação desse plano ou ao anunciar as suas principais características para aqueles afetados 
pela reestruturação. 
Segundo o CPC 25, a evidência de que a entidade começou a implantar o plano de reestruturação 
seria fornecida, por exemplo, pela desmontagem da fábrica, pela venda de ativos ou pela 
divulgação das principais características do plano. A divulgação do plano detalhado para 
reestruturação constitui obrigação não formalizada para reestruturação somente se for feita de tal 
maneira e em detalhes suficientes (ou seja, apresentando as principais características do plano) 
que origine expectativas válidas de outras partes, tais como clientes, fornecedores e empregados 
(ou os seus representantes) de que a entidade realizará a reestruturação. 
Além disso, segundo o CPC 25 para que o plano seja suficiente para dar origem a uma obrigação 
não formalizada, quando comunicado àqueles por ele afetados, é necessário que sua 
implementação comece o mais rápido possível e seja concluída dentro de um prazo que torne 
improvável a ocorrência de mudanças significativas no plano. Entretanto, caso se espere que haja 
grande atraso antes de a reestruturação começar ou que esta demore tempo demais, deixa de ser 
provável que o plano crie expectativa válida da parte de outros de que a entidade está, 
atualmente, comprometida com a reestruturação, porqueo período de execução dá oportunidade 
para a entidade mudar seus planos. 
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Ademais, o CPC 25 destaca que uma decisão de reestruturação da administração ou da diretoria 
tomada antes da data do balanço não dá origem a uma obrigação não formalizada na data do 
balanço, a menos que a entidade tenha, antes da data do balanço: 
a) começado a implementação do plano de reestruturação; ou 
b) anunciado as principais características do plano de reestruturação àqueles afetados por ele, 
de forma suficientemente específica, criando neles expectativa válida de que a entidade fará 
a reestruturação. 
Observe que os requisitos não são cumulativos. Assim, atendido um requisito acima (além dos 
requisitos gerais, é claro) a entidade deve constituir uma provisão, pois surge uma obrigação não 
formalizada. 
Veja como esses detalhes do CPC 25 já foram explorados em prova! 
 
(Cuiabá) Em dezembro de 2013, a administração de determinada empresa decidiu encerrar as 
atividades em uma de suas unidades a partir de 2014, a fim de cortar custos. A notícia foi 
mantida em sigilo, sendo que apenas os diretores e o contador sabiam dos planos para esta 
unidade. 
Dado que os custos com rescisões trabalhistas eram estimados em R$ 300.000,00 e, com outros 
gastos, em R$ 150.000,00, o procedimento correto em 31/12/2013 foi 
a) contabilizar uma provisão de R$ 150.000,00. 
b) contabilizar uma provisão de R$ 225.000,00. 
c) contabilizar uma provisão de R$ 300.000,00. 
d) contabilizar uma provisão de R$ 450.000,00. 
e) não contabilizar a provisão. 
Comentários 
Observe o detalhe que “mata” a questão: 
“A notícia foi mantida em sigilo, sendo que apenas os diretores e o contador sabiam dos planos 
para esta unidade”. 
Conforme acabamos de estudar, para que surja uma obrigação não formalizada decorrente de um 
processo de reestruturação, com a consequente constituição de uma provisão se os requisitos 
gerais do CPC 25 foram atendidos, há necessidade da ocorrência, antes da data do balanço, de 
algum dos requisitos específicos, quais sejam: 
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A entidade ter começado a implementação do plano de reestruturação; ou 
A entidade ter anunciado as principais características do plano de reestruturação àqueles afetados 
por ele, de forma suficientemente específica, criando neles expectativa válida de que a entidade 
fará a reestruturação. 
Logo, o procedimento correto em 31/12/2013 foi não contabilizar a provisão! 
Gabarito: E 
Segundo o CPC 25, a entidade pode começar a implementar um plano de reestruturação, ou 
anunciar as suas principais características àqueles afetados pelo plano, somente depois da data 
do balanço. Exige-se divulgação conforme o CPC 24 – Evento Subsequente, se a reestruturação 
for material e se a não divulgação puder influenciar as decisões econômicas dos usuários tomadas 
com base nas demonstrações contábeis. 
O CPC 25 destaca, ainda, que nenhuma obrigação surge pela venda de unidade operacional até 
que a entidade esteja comprometida com essa operação, ou seja, quando há um contrato firme 
de venda. 
A provisão para reestruturação deve incluir somente os desembolsos diretos decorrentes da 
reestruturação, que simultaneamente sejam: 
a) necessariamente ocasionados pela reestruturação; e 
b) não associados às atividades em andamento da entidade. 
A provisão para reestruturação não inclui custos como: 
a) novo treinamento ou remanejamento da equipe permanente; 
b) marketing; ou 
c) investimento em novos sistemas e redes de distribuição. 
Esses desembolsos, segundo o CPC 25, relacionam-se com a conduta futura da empresa e não 
são passivos de reestruturação na data do balanço. Tais desembolsos devem ser reconhecidos da 
mesma forma que o seriam se surgissem independentemente da reestruturação. 
1.7. Divulgação 
Pessoal, esse tópico do CPC 25 não é muito explorado e se for exigido em sua prova não vai 
passar da literalidade das disposições abaixo estudadas. 
Para ficar mais interessante a aula e visualizarmos como ocorre na prática, inclui alguns exemplos 
reais dessas informações divulgadas (não precisa ler se estiver “atucanado”). 
Segundo CPC 25, para cada classe de provisão, a entidade deve divulgar: 
a) o valor contábil no início e no fim do período; 
b) provisões adicionais feitas no período, incluindo aumentos nas provisões existentes; 
c) valores utilizados (ou seja, incorridos e baixados contra a provisão) durante o período; 
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d) valores não utilizados revertidos durante o período; e 
e) o aumento durante o período no valor descontado a valor presente proveniente da passagem 
do tempo e o efeito de qualquer mudança na taxa de desconto. Não é exigida informação 
comparativa. 
Ainda, nos termos do CPC 25, a entidade deve divulgar, para cada classe de provisão: 
a) uma breve descrição da natureza da obrigação e o cronograma esperado de quaisquer saídas 
de benefícios econômicos resultantes; 
b) uma indicação das incertezas sobre o valor ou o cronograma dessas saídas. Sempre que 
necessário para fornecer informações adequadas, a entidade deve divulgar as principais premissas 
adotadas em relação a eventos futuros; e 
c) o valor de qualquer reembolso esperado, declarando o valor de qualquer ativo que tenha sido 
reconhecido por conta desse reembolso esperado. 
Veja o seguinte exemplo extraído das informações financeiras (notas explicativas) da Gerdau S.A: 
17 - PASSIVOS TRIBUTÁRIOS, CÍVEIS E TRABALHISTAS E ATIVOS 
CONTINGENTES A Companhia e suas controladas são partes em ações judiciais e 
administrativas de natureza tributária, cível e trabalhista. A Administração, baseada 
na opinião de seus consultores legais e no seu próprio julgamento, acredita que a 
provisão constituída para estas ações judiciais e administrativas, cuja expectativa de 
perda foi avaliada como provável, é suficiente para cobrir perdas prováveis e 
razoavelmente estimáveis decorrentes de decisões desfavoráveis, bem como, que 
as decisões definitivas não terão efeitos significativos na posição econômico-
financeira da Companhia e suas controladas. O saldo da provisão apresenta a 
seguinte composição: 
I) Provisões 
 
 
a) Provisões tributárias: As provisões tributárias referem-se, substancialmente, às 
discussões relativas à compensação de créditos de PIS, incidência de PIS e COFINS 
sobre outras receitas e exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS. 
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Em relação às demandas que tratam da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS 
e da COFINS, a Companhia e suas Controladas vêm depositando judicialmente os 
valores envolvidos. 
b) Provisões trabalhistas: A Companhia é parte em ações judiciais de natureza 
trabalhista. Nenhuma dessas ações se refere a valores individualmente 
significativos, e as discussões envolvem principalmente pedidos de horas extras, 
insalubridade, periculosidade, indenização por acidentes do trabalho e doença 
ocupacional, entre outros. 
c) Provisões cíveis: A Companhia é parte, juntamente com suas controladas, em 
ações judiciais decorrentes do curso ordinário de suas operações e de suas 
controladas, de natureza cível, que representavam em 31/12/2015, o montante 
indicado como provisão cível referente a essas questões. 
A movimentação da provisão para passivos tributários, cíveis e trabalhistas está 
demonstrada abaixo: 
 
[...] 
Segundo o CPC25, a menos que seja remota a possibilidade de ocorrer qualquer desembolso na 
liquidação, a entidade deve divulgar, para cada classe de passivo contingente na data do balanço, 
uma breve descrição da natureza do passivo contingente e, quando praticável: 
a) a estimativa do seu efeito financeiro; 
b) a indicação das incertezas relacionadas ao valor ou momento de ocorrência de qualquer saída; 
e 
c) a possibilidade de qualquer reembolso. 
Vamos ver o exemplo de informações disponibilizadas pela Gerdau S.A: 
II) Passivos contingentes não provisionados: Considerando a opinião dos Assessores 
Jurídicos e a avaliação da Administração, os processos relacionados a seguir 
possuem expectativa de perda avaliada como possível (mas, não provável) e devido 
a esta classificação não são efetuadas provisões contábeis de acordo com as normas 
do CPC e IFRS. a) Contingências Tributárias: a.1) A Companhia e suas controladas, 
Gerdau Aços Longos S.A., Gerdau Açominas S.A. e Gerdau Aços Especiais S.A., são 
partes em discussões que tratam de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e 
Serviços - ICMS, substancialmente relativas a direito de crédito e diferencial de 
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alíquota, cujas demandas perfazem o total atualizado de R$ 1.128.071. a.2) A 
Companhia e suas controladas, Gerdau Açominas S.A., Gerdau Aços Longos S.A. e 
Gerdau Aços Especiais S.A., são partes em demandas que tratam de outros tributos. 
O valor total das discussões importa hoje em R$ 441.318. a.3) As controladas da 
Companhia, Gerdau Internacional Empreendimentos Ltda. e Gerdau Aços Especiais 
S.A. são partes em processos administrativos relativos ao Imposto de Renda Pessoa 
Jurídica - IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, no valor atualizado 
de R$ 1.446.835. Tais processos dizem respeito a lucros gerados no exterior, dos 
quais: (i) R$ 1.311.984 correspondem a dois processos da Controlada Gerdau 
Internacional Empreendimentos Ltda., que teve seus Recursos Voluntários 
parcialmente providos na primeira instância do CARF e estão sujeitos a Recursos 
Especiais atualmente pendentes de julgamento na Câmara Superior de Recursos 
Fiscais; e (ii) R$ 134.851 correspondem a um processo da Controlada Gerdau Aços 
Especiais S.A., que aguarda julgamento de seu Recurso Voluntário na primeira 
instância do CARF. a.4) As controladas da Companhia, Gerdau Aços Longos S.A., 
Gerdau Aços Especiais S.A. e Gerdau Açominas S.A., são partes em processos 
administrativos relativos à glosa da dedutibilidade do ágio gerado nos termos dos 
artigos 7º e 8º da Lei n° 9.532/97, da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa 
Jurídica - IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, decorrente da 
reorganização societária realizada em 2004/2005. O valor total atualizado das 
autuações importa em R$ 3.666.096, dos quais: (i) R$ 1.263.009 correspondem a 
três processos das controladas Gerdau Aços Longos S.A., Gerdau Aços Especiais 
S.A. e Gerdau Açominas S.A., que tiveram seus Recursos Voluntários julgados e 
providos na primeira instância do CARF em 2012, tendo sido interpostos Recursos 
Especiais pela Procuradoria da Fazenda Nacional, atualmente pendentes de 
julgamento na Câmara Superior de Recursos Fiscais; (ii) R$ 1.881.973 correspondem 
a um processo da controlada Gerdau Aços Longos S.A., que teve seu Recurso 
Voluntário julgado e não provido na primeira instância do CARF em 2014, tendo 
sido apresentado Recurso Especial, atualmente pendente de julgamento na Câmara 
Superior de Recursos Fiscais; (iii) R$ 420.868 correspondem a dois processos da 
controlada Gerdau Aços Longos S.A, que aguardam julgamento de seus Recursos 
Voluntários na primeira instância do CARF; e (iv) R$ 100.246 correspondem a um 
processo da controlada Gerdau Aços Longos S.A, que aguarda julgamento de sua 
Impugnação pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento. As decisões 
proferidas até o momento nos processos referentes aos lucros gerados no exterior 
e à dedutibilidade do ágio, acima mencionados, estão sendo investigadas no 
contexto da denominada Operação Zelotes, como mencionado na Nota 31. Os 
Assessores Jurídicos Tributários da Companhia confirmam que os procedimentos 
adotados pela Companhia, com relação ao tratamento tributário dos lucros gerados 
no exterior e à dedutibilidade do ágio, que ensejaram os processos acima 
mencionados, observaram a estrita legalidade, e, portanto, tais processos são 
classificados como de perda possível (mas, não provável). 
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[...] 
O CPC 25 informa que na determinação de quais provisões ou passivos contingentes podem ser 
agregados para formar uma única classe, é necessário considerar se a natureza dos itens é 
suficientemente similar para divulgação única que cumpra as exigências previstas no CPC 25. 
Assim, pode ser apropriado tratar como uma classe única de provisão os valores relacionados a 
garantias de produtos diferentes, mas não seria apropriado tratar como uma classe única os 
valores relacionados a garantias normais e valores relativos a processos judiciais. 
Por fim, segundo o CPC 25, quando for provável a entrada de benefícios econômicos, a entidade 
deve divulgar breve descrição da natureza dos ativos contingentes na data do balanço e, quando 
praticável, uma estimativa dos seus efeitos financeiros. O CPC 25 destaca que é importante que 
as divulgações de ativos contingentes evitem dar indicações indevidas da probabilidade de 
surgirem ganhos. 
Veja exemplo abaixo das informações da Gerdau S.A sobre a divulgação em notas explicativas de 
ativo contingente: 
IV) Ativo Contingente - Empréstimos Compulsórios Eletrobras - Centrais Elétricas 
Brasileiras S.A. (Eletrobras): O Empréstimo Compulsório, instituído pelo Governo 
brasileiro com o objetivo de expandir e melhorar o setor elétrico do país foi cobrado 
e recolhido dos consumidores industriais com consumo mensal igual ou superior a 
2000kwh, através das “contas de luz” emitidas pelas empresas distribuidoras de 
energia elétrica, foi revertido em créditos para os contribuintes tendo como base o 
valor anual destas contribuições efetuadas entre 1977 e 1993. A legislação fixou um 
prazo máximo de 20 anos para devolução do empréstimo compulsório aos 
contribuintes, facultando à Eletrobras a possibilidade de antecipação dessa 
devolução, através de conversão dos créditos em ações de sua emissão. Antes da 
conversão dos créditos em ações, estes eram corrigidos através de um indexador e 
quantificador, denominado Unidade Padrão (UP). Ocorre que o Empréstimo 
Compulsório era cobrado das empresas mensalmente nas contas de energia elétrica, 
consolidado durante o ano, e apenas indexado pela UP em janeiro do ano seguinte, 
ocasionando uma falta de correção monetária mensal durante os anos de 
recolhimento, assim como os juros. Esse procedimento imputou aos contribuintes 
considerável perda financeira, em especial durante períodos em que os índices de 
inflação situavam-se em patamares mensais bastante elevados. Como forma de 
buscar a adequada correção monetária e juros, subtraídos pela metodologia 
aplicada pela Eletrobras, a Companhia (entendendo-se as pessoas jurídicas 
existentes à época e que posteriormente passaram a integrar a Gerdau S.A.) 
postulou ações judiciais pleiteando créditos decorrentes de diferenças de correção 
monetária de principal, juros remuneratórios, moratórios e demais verbas acessórias 
devidas pela Eletrobras em razão dos empréstimos compulsórios, que totalizam 
aproximadamente R$ 1.260 milhões. Recentemente, notadamente em 2015, 
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processos que envolvem montantes representativos tiveram seus méritos julgados 
definitivamente pelo Superior Tribunal de Justiça - STJ de forma favorável a 
Companhia de forma que não cabem mais recursos contra tais decisões (“Trânsito 
em Julgado”) quanto aos direitos pleiteados. Para as ações com decisão Transitada 
em Julgado, resta ainda a execução de sentença (ou fase de execução) onde serão 
apurados os efetivos valores a serem liquidados. A obtenção de decisões favoráveis 
representadas pelo Trânsito em Julgado mencionado acima, nos termos da norma 
IAS 37 (CPC 25), permite considerar que a entrada de benefícios econômicos passou 
a ser provável. No entanto, ainda não é praticável determinar com segurança que o 
valor do ganho sob a forma de encaixe dos recursos decorrentes dessas decisões 
tenha atingido o patamar de praticamente certo (virtually certain) e que a 
Companhia possua o controle sobre tais ativos, o que, nos termos das normas acima 
mencionadas, implica em que tais ganhos não sejam registrados contabilmente até 
que tais condições estejam comprovadamente presentes. 
 
 
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2. QUESTÕES COMENTADAS 
1. (CESPE/Técnico Tributário da Receita Estadual/SEFAZ-RS/2018) Um técnico tributário, ao 
analisar ações judiciais nas quais a empresa XYZ S.A. figura como ré, identificou um processo 
decorrente de uma autuação fiscal no valor total de R$ 1.000.000 e cujo julgamento final 
estava próximo. Considerando que a perda do processo pela XYZ S.A. era provável, os 
advogados da empresa e peritos independentes estimaram quatro cenários de probabilidades 
de desembolsos futuros, como mostra o quadro seguinte. 
cenário desembolso probabilidade 
1 R$ 1.000.000 5% 
2 R$ 800.000 70% 
3 R$ 500.000 10% 
4 R$ 300.000 15% 
Nesse caso, a empresa XYZ S.A. deverá reconhecer uma provisão de 
a) R$ 800.000. 
b) R$ 1.000.000. 
c) R$ 300.000. 
d) R$ 500.000. 
e) R$ 705.000. 
Comentários 
Trata-se de 1 processo judicial em que a entidade para buscar a melhor estimava do desembolso 
estimou 4 cenários de probabilidades de desembolsos. Nesse caso, basta utilizarmos o cenário 
em que a probabilidade é maior que 50%, no caso o cenário 2. 
Vale destacar que nesse caso não se aplica o método do valor esperado, haja vista que se trata de 
apenas 1 processo. Referido método é aplicado quando possuímos uma grande população de 
itens. 
Gabarito: A 
2. (CESPE/Técnico Tributário da Receita Estadual/SEFAZ-RS/2018) Com relação ao tratamento 
contábil, um passivo contingente com “probabilidade possível” de saída de recursos deve 
a) ser divulgado em notas explicativas. 
b) ser reconhecido no patrimônio líquido, na conta de reservas. 
c) ser reconhecido no passivo, na conta de ajustes de avaliação patrimonial. 
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d) não ser reconhecido no balanço patrimonial nem divulgado em notas explicativas. 
e) ser reconhecido no passivo, na conta de provisões. 
Comentários 
Tanto os ativos como os passivos contingentes não são reconhecidos, mas apenas divulgados em 
notas explicativas quando possuir probabilidade possível. 
Gabarito: A 
3. (CESPE/Técnico/Contabilidade/FUB/2018) Em relação ao registro de operações contábeis 
diversas, julgue o item a seguir. 
A reversão do saldo não utilizado de uma provisão constituída para suportar prováveis gastos 
decorrentes de danos ambientais deve ser registrada por meio de um lançamento que debite uma 
conta de resultado e credite uma conta patrimonial componente do passivo. 
Comentários 
Quando há uma reversão de provisão temos o reconhecimento de uma receita (crédito em conta 
de resultado) e a baixa da provisão anteriormente constituída (débito em conta do passivo). 
Gabarito: Errado 
4. (CESPE/Técnico/Contabilidade/FUB/2018) Julgue o item seguinte, com base nos 
pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). 
Os ativos contingentes não devem ser objeto de reconhecimento pela contabilidade. 
Comentários 
Perfeito! Tanto os ativos como os passivos contingentes não são reconhecidos, mas apenas 
divulgados em notas explicativas quando possuir probabilidade possível. 
Gabarito: Certo 
5. (CESPE/Auditor Estadual/TCM-BA/2018) Segundo o CPC 25, um passivo deve ser 
reconhecido quando a sua ocorrência for provável, isto é, quando a probabilidade de sua 
ocorrência for 
a) igual a 20%. 
b) superior a 20% e inferior a 30%. 
c) superior a 30% e inferior a 40%. 
d) superior a 40% e inferior a 50%. 
e) superior a 50%. 
Comentários 
Segundo o CPC 25, para que um passivo se qualifique para reconhecimento, é necessário haver 
não somente uma obrigação presente, mas também a probabilidade de saída de recursos que 
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incorporam benefícios econômicos para liquidar essa obrigação. Para a finalidade do CPC, uma 
saída de recursos ou outro evento é considerado como provável se o evento for mais provável 
que sim do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o evento ocorrerá for maior do 
que a probabilidade de isso não acontecer. Logo, se a probabilidade for maior que 50% 
devemos considerar como provável! 
Gabarito: E 
6. (CESPE/Analista Portuário/EMAP/2018) A empresa X, ré nos processos trabalhistas A, B e 
C, que discutem a mesma matéria, mas correm em varas trabalhistas distintas, será 
provavelmente condenada a pagar as indenizações reclamadas. A tabela a seguir refere-se aos 
processos trabalhistas desfavoráveis à empresa X. 
processos desembolso (em R$ mil) probabilidade de ocorrência 
A 150 75% 
B 90 55% 
C 20 85% 
 Com referência à tabela precedente, julgue o item seguinte. 
Na situação hipotética apresentada, o montante de provisão a ser reconhecido é de R$ 260.000. 
Comentários 
Questão com redação ruim, mas a interpretação mais coerente é que se trata de aplicação do item 
39 do CPC 25. Como se trata de TRÊS DESFECHOS POSSÍVEIS DE UMA MESMA MATÉRIA, 
aplica-se o método de estimativa do valor esperado: 
39. As incertezas que rodeiam o valor a ser reconhecido como provisão são tratadas 
por vários meios de acordo com as circunstâncias. Quando a provisão a ser 
mensurada envolve uma grande população de itens, a obrigação deve ser estimada 
ponderando-se todos os possíveis desfechos pelas suas probabilidades associadas. 
O nome para esse método estatístico de estimativa é “valor esperado”. Portanto, a 
provisão será diferente dependendo de a probabilidade da perda de um dado valor 
ser, por exemplo, de 60 por cento ou de 90 por cento. Quando houver uma escala 
contínua de desfechos possíveis, e cada ponto nessa escala é tão provável como 
qualquer outro, é usado o ponto médio da escala. 
Aplicando o método, temos: 
(150,000 x 75%) + (90,000 x 55%) + (20,000 x 85%) = R$179,000 
Observação: caso fossem processos diferentes, aí segue o raciocínio “normal” que aplicamos 
nas demais questões. Essa questão, de fato, exigiu um “plus” a mais. 
Gabarito: Errado 
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7. (CESPE/Contador/DPU/2016) Caso determinada sociedade empresária estime uma 
provisão, em virtude de garantia oferecida por problema no funcionamento inadequado de 
produto vendido, essa sociedade deverá reconhecer um passivo e uma despesa no momento 
da venda, pelo valor estimado. 
Comentários 
Provisão é um passivo com prazo e valor incertos. A contabilização da provisão, pelo valorestimado, ocorre da seguinte forma: 
D – Despesa com provisão (reconhecimento de uma despesa) 
C – Provisão para garantias (reconhecimento de um passivo) 
Gabarito: Certo 
8. (CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças/BACEN/2013) Julgue o item a seguir, com base 
no Pronunciamento Técnico CPC 25, que trata de provisões, passivos contingentes e ativos 
contingentes. 
Os ativos contingentes devem ser reconhecidos nas demonstrações contábeis quando for possível 
a realização de uma estimativa confiável do valor. 
Comentários 
Segundo o CPC 25, Ativo Contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e 
cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros 
incertos não totalmente sob controle da entidade. 
Nos termos do CPC 25, os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações 
contábeis, uma vez que pode tratar-se de resultado que nunca venha a ser realizado. Porém, 
quando a realização do ganho é praticamente certa, então o ativo relacionado não é um ativo 
contingente e o seu reconhecimento é adequado. 
Gabarito: Errado 
9. (CESPE/Contador/SUFRAMA/2014) Acerca dos critérios de mensuração das provisões e dos 
passivos contingentes, julgue o item subsequente. 
No caso dos passivos contingentes, o valor reconhecido deve ser a melhor estimativa dos 
dispêndios necessários para liquidar a obrigação presente na data da apresentação das 
demonstrações contábeis. 
Comentários 
Segundo o CPC 25, Passivo Contingente é: 
(a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada 
apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob 
controle da entidade; ou 
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(b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida 
porque: 
ü não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja 
exigida para liquidar a obrigação; ou 
ü o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade. 
Referido pronunciamento estabelece que a entidade não deve reconhecer um passivo 
contingente. 
Gabarito: Errado 
10. (CESPE/Contador/SUFRAMA/2014) Uma provisão não deve ser reconhecida se não houver 
estimativa confiável do valor da obrigação. 
Comentários 
Segundo o CPC 25, uma provisão deve ser reconhecida quando: 
§ a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento 
passado; 
§ seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios 
econômicos para liquidar a obrigação; e 
§ possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. 
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. 
Gabarito: Certo 
11. (CESPE/Contador/SUFRAMA/2014) Acerca dos itens tratados nos pronunciamentos 
técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item a seguir. 
De acordo com as definições do CPC, um ativo contingente surge de eventos não planejados ou 
não esperados que possibilitem a entrada de benefícios econômicos para a entidade. 
Comentários 
Exigência do item 32 do CPC 25: 
32. Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado ou de outros não 
esperados que dão origem à possibilidade de entrada de benefícios econômicos para a 
entidade. Um exemplo é uma reivindicação que a entidade esteja reclamando por meio de 
processos legais, em que o desfecho seja incerto." 
Gabarito: Certo 
12. (CESPE/Contador/TCE-RO/2013) Com relação à estrutura conceitual do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item a seguir. 
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O passivo cuja avaliação é realizada mediante a utilização de um grau significativo de estimativas 
é denominado provisões, as quais são reconhecidas no balanço patrimonial se satisfizerem os 
critérios de definição de passivo, como representar uma obrigação presente. 
Comentários 
Segundo o CPC 25, o uso de estimativas é uma parte essencial da elaboração de demonstrações 
contábeis e não prejudica a sua confiabilidade. Isso é especialmente verdadeiro no caso de 
provisões, que pela sua natureza são mais incertas do que a maior parte de outros elementos do 
balanço. 
Além disso, as provisões são reconhecidas de satisfazerem as seguintes condições: 
§ a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento 
passado; 
§ seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos 
para liquidar a obrigação; e 
§ possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. 
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. 
Gabarito: Certo 
13. (CESPE/Contador/TCE-RO/2013) Julgue o item, relativo aos impactos no patrimônio de 
uma companhia aberta. 
Ativos contingentes devem ser reconhecidos na contabilidade sempre que for possível a entrada 
de benefícios futuros para a empresa. Desse modo, a contrapartida do reconhecimento desses 
ativos deve ocorrer em uma conta de receita. 
Comentários 
Segundo o CPC 25, Ativo Contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e 
cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros 
incertos não totalmente sob controle da entidade. Referida Norma estabelece que os ativos 
contingentes não devem ser contabilizados (reconhecidos nas demonstrações contábeis), uma 
vez que pode tratar-se de resultado que nunca venha a ser realizado. Porém, quando a realização 
do ganho é praticamente certa, então o ativo relacionado não é um ativo contingente e o seu 
reconhecimento é adequado. 
 Gabarito: Errado 
14. (CESPE/Contador/TCE-RO/2013) Julgue o item, relativo aos impactos no patrimônio de 
uma companhia aberta. 
Uma empresa que fabrique e venda eletrodomésticos com garantia contra prováveis defeitos, se 
julgar provável que tais defeitos venham a ocorrer em alguns itens, deve registrar uma provisão 
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para garantias, a qual, simultaneamente, reduzirá o resultado da empresa e aumentará o valor dos 
seus passivos exigíveis. 
Comentários 
No momento da constituição da provisão para garantias, há o reconhecimento de uma perda (pois 
ela foi considerada provável). Tal fato impacta negativamente o resultado do exercício, além de 
aumentar o valor do passivo exigível, pois será reconhecida uma obrigação. 
Gabarito: Certo 
15. (CESPE/Contador/MJ/2013) Considerando os pronunciamentos técnicos do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item seguinte. 
As provisões são obrigações presentes que devem ser reconhecidas como passivos, desde que se 
possa fazer uma estimativa razoável do seu valor. Os passivos contingentes, no entanto, por 
representarem obrigações possíveis ou obrigações que não atendem aos critérios de 
reconhecimento estabelecidos pelo CPC, não são reconhecidos como passivos na contabilidade. 
Comentários 
O termo "contingente" é utilizado para passivos e ativos não reconhecidos em virtude de sua 
existência depender de um ou mais eventos futuros incertos que não estejam totalmente sob o 
controle da instituição. 
O CPC 25 destaca que: 
Provisões são reconhecidas como passivo (presumindo-se que possa ser feita uma estimativa 
confiável) porque são obrigações presentes e é provável que uma saída de recursos que 
incorporam benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação; e 
Passivos contingentes não são reconhecidos como passivo porque são: 
§ obrigações possíveis, visto que ainda há de ser

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