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Título da apresentação Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. CABOTAGEM NO BRASIL 1 Professor: Jessyca Nayara Dias Alunos: Aniel Bruno Diamond Cardoso Geovani Aires Pablo Henrique Rafael Teixeira 2 2 CONCEITO E HISTÓRICO DA CABOTAGEM Cabotagem é a navegação entre portos do mesmo país utilizando as vias marítimas ou vias navegáveis interiores. Ela se contrapõe a navegação de longo curso. Logo, nesse trajeto, não se perde a costa de vista. O termo cabotagem é derivado do nome Caboto, um navegador Veneziano do século XVI, que explorou a costa da América do Norte, cujo nome era Sebastião Caboto. Ele adentrou o Rio Prata em busca da Mística Serra da Prata por um período de dois anos. Em função desse feito na navegação, esse deslocamento costeando o litoral recebeu o nome de Cabotagem. 3 PLANEJAMENTO A utilização da cabotagem exige muito menos investimentos em infraestrutura, o que é relevante para qualquer país em crise. A cabotagem usa uma via já pronta e com capacidade ilimitada, a “BR-Marítima”, de 10 mil km, ao longo da costa brasileira, se incluirmos o trecho até Manaus. Os investimentos portuários, essenciais para receber navios cada vez maiores e estimular nosso comércio exterior, quase sempre representam um investimento marginal para receber os navios de menor porte operando na cabotagem 4 RISCOS NO MEIO AMBIENTE 5 Água de Lastro: a água de lastro auxilia na estabilidade e na capacidade de manobra de navios Hidrocarboneto: é o combustível não queimado na câmara de combustão dos motores. Águas Oleosas: normalmente são geradas a bordo através da lavagem de peças mecânicas, de manutenções e da lavagem de porões, podendo se misturar com o esgoto e outras possíveis misturas de água com óleo. Esgoto, Águas Residuais e Águas Pluviais Águas residuais: são provenientes de esgotos e ralos, entre outros. Tintas Anti-Incrustantes: utilizadas para pintar o casco das embarcações, revestem toda a parte inferior do navio, ou seja, a parte que fica dentro do mar Resíduos Sólidos: são todos os resíduos gerados a bordo, sendo lixo doméstico ou lixo operacional. CRESCIMENTO DA CABOTAGEM A navegação que acontece na costa brasileira e liga portos nacionais – tem sido de 10% ao ano, na última década. Somente no primeiro semestre de 2018, essa expansão foi de 13%. Na renovação da frota, é investido, por ano, cerca de US$ 1 bilhão. Entre os pontos positivos desse modal, destaca - se o fato de a taxa de emissão de CO2 representar um décimo da das rodovias e um terço da das ferrovias. Além disso, em termos de energia, o modal é cinco vezes mais eficiente do que as rodovias e três vezes mais do que as ferrovias. “Este momento é propício para esse tipo de reflexão. O Estado perdeu a capacidade de gerir seus negócios. Então, esta é uma oportunidade para ver onde é melhor alocar o capital”, ressaltou o vice-presidente do Syndarma. 6 7 8 VANTAGENS PARA O MEIO AMBIENTE Para começar, é um sistema de transporte menos poluente. Para uma mesma distância, um navio emite pelo menos 4 vezes menos carbono, por tonelada transportada, do que um caminhão, além de aliviar o congestionamento das rodovias, que é fator agravante na poluição rodoviária. Um exemplo claro disso acontece no transporte de toras de eucalipto entre o sul da Bahia e Portocel-ES, em comboios oceânicos especializados, iniciado há cerca de 15 anos, que realizam mais de 1 viagem por dia transportando o equivalente a 100 carretas tipo bi-trem que são retiradas das estradas (200 viagens de ida + volta). 9 10 FUTURO DA CABOTAGEM No Brasil, os números de transportes por cabotagem, ainda estão aquém do esperado, tendo em vista seu potencial geográfico para explorar essa modalidade de transporte. Nos últimos anos houve um crescimento médio de 8% em volumes movimentados e um crescimento estimado de 7,6% até 2021. Esse número só poderá ser atingido até 2021 se os principais obstáculos forem atacados. Segundo analise feita pela ILOS, de 100 empresas entrevistadas, 68% pretendem aumentar a utilização da cabotagem em sua participação total do volume movimentado. Dentre essas empresas estão o segmento de maior valor agregado como higiene e limpeza, cosmético e farmacêutico. O mercado de cabotagem ainda esta em grande parte concentrados nos produtos tipo granel (sólido e líquido), que é viabilizado e operacionalizado por empresas bem especificas. De maneira geral, existem vários estudos que indicam a cabotagem como uma forma muito viável de transporte de longa distancia por todas as vantagens já apresentadas, tem potencial para ser 6,5 vezes maior do que é hoje. 11 12 INVESTIMENTOS NA CAMBOTAGEM O Brasil é um país continental, com 8 mil quilômetros de costa. Nada mais normal do que usarmos essa estrada natural para transporte de carga. Nos últimos 10 anos, a cabotagem – navegação costeira entre portos do mesmo país – vem crescendo em um ritmo acelerado no Brasil. Foram adquiridas, nesse período, 27 embarcações de bandeira brasileira, em um investimento da ordem de R$ 9,39 bilhões. São investimentos em navios de última geração, comparáveis aos melhores do mundo, que prestam serviços sofisticados. As empresas brasileiras de navegação, que operam regularmente no transporte de contêineres, já superam a marca de 1 milhão de TEUS/ano (2017), e os números do 1.º trimestre de 2018 mostram ritmo de crescimento ainda maior. Apenas na movimentação de contêineres, o crescimento anual médio, desde 2011, foi de 13,01%. E isso se manteve mesmo com a economia desaquecida dos últimos anos. Nos embarques de navegação de cabotagem, as principais regiões de origem foram os seguintes estados: Espírito Santo (23,5%); Pará (14,00%); São Paulo (8,60%); Bahia (7,50%) e Maranhão (6,00%). E no desembarque, a agregação nos estados resultou nos seguintes estados de destino: São Paulo (29,70%); Rio de Janeiro (19,80%); Bahia (11,70%); Santa Catarina (11,00%) e Maranhão (9,80%) 13 14 De acordo com o anuário estatístico da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), o total de cargas transportadas pela navegação de cabotagem, em 2017, foi cerca de 157 milhões de toneladas. O tipo de carga envolve granel líquido e gasoso (75,3%), granel sólido (13,6%), carga conteinerizada (7,6%) e carga geral (3,5%). Vantagens 1. Segurança Esse tipo de deslocamento de mercadorias oferece menor risco de roubos e desvios de carga quando comparado com o transporte em rodovias. 2. Alta capacidade de carga Permite movimentar grande volume de produtos acondicionados em contêineres. 3. Reduzido impacto no meio ambiente Pequeno potencial de agressão à natureza (pouco poluente e com mínimas possibilidades de ocorrência de acidentes). 4. Baixo consumo energético Menor consumo de combustíveis, o que lhe confere grande eficiência energética (capacidade de movimentação de mercadorias por unidade de combustível consumido). 5. Benefícios sociais O uso intensivo da cabotagem diminuiria consideravelmente a frota de caminhões nas estradas, com a consequente redução de gastos com manutenção, além da acentuada queda do número de acidentes e mortes. 15 Desvantagens Como mencionado, a movimentação ocorre entre portos nacionais, portanto uma operação eminentemente doméstica (dentro do país). Apesar disso, os órgãos responsáveis por sua fiscalização — como a Anvisa e a Polícia Federal — classificam a atividade como sendo de comércio exterior, do que decorrem as inevitáveis burocracias em sua inspeção e regulamentação. Acompanhe quatro de seus inconvenientes: 1. Lentidão A lenta velocidade de deslocamento inviabiliza a entrega de bens dentro de prazos muito curtos. 2. Rotas limitadas Restrições relativas às rotas disponíveis, devido à falta de investimentos governamentais, assim como à deficiente integração entre os vários modais de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, aquaviário e dutoviário). 3. Elevados preços dos combustíveis Altos gastos com combustíveis em função de seu preço, vistonão haver benefícios fiscais (isenção de impostos), como ocorre com o óleo diesel para caminhões. 4. Restrição ao capital estrangeiro A legislação brasileira exige que a atividade seja realizada por navios com bandeira nacional, fator que restringe a entrada de capitais estrangeiros no setor. 16 CONCLUSÃO 17 Em resumo, a navegação de cabotagem apresenta enormes oportunidades no mercado brasileiro, que deve aproveitar melhor suas condições naturais ao modal. O desenvolvimento econômico do país e uma melhor distribuição de renda, resultando em novos polos de consumo e produção fazem com que o cenário para o modal seja ainda mais promissor. Pela perspectiva externa, a crescente conteinerização das cargas e sua necessidade de balanceamento global fazem com que a carga geral, nesse tipo de unitização, também tenha alto potencial de crescimento, inclusive superando o aumento esperado pelo modal nas cargas a granel. Além de todas essas perspectivas, a questão de responsabilidade ambiental e eficiência de transporte faz também com que esse modal se destaque em nossa matriz de oportunidade para o país. Por outro lado, o que pode impedir esse desenvolvimento, ou pelo menos retardar os volumes previstos, são as conhecidas carências nacionais de infraestrutura, bem como uma competição por capacidade produtiva de novos navios com a turma da indústria de apoio às operações of fshore de óleo e gás. Fora essas questões de infraestrutura básica dos portos e seus terminais, há muito a ser feito também com relação às potenciais simplificações de processos e trâmites burocráticos e eventuais incentivos ou revisões tributárias, especialmente com relação ao custo de combustível, que é a maior parcela de custo operacional dos embarcadores. Nesse assunto, o que essa indústria está pleiteando é um tratamento isonômico ao oferecido para a navegação de longo curso no comércio exterior. 18 18