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Curso Linhares

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1
Direito Urbano Ambiental 
Estudo da Legislação de Linhares/ES
Linhares: princípios e instrumentos de regularização fundiária -
Plano Diretor de Linhares e Lei de Uso do Solo
Professora Maria Etelvina Guimaraens
setembro de 2012
teliguimaraens@gmail.com
2
Princípios e diretrizes
Política Urbana na CF – Art. 182
A política de desenvolvimento urbano, 
executada pelo Poder Público municipal, 
conforme diretrizes gerais fixadas em 
lei, tem por objetivo ordenar o pleno 
desenvolvimento das funções sociais da 
cidade e garantir o bem-estar de seus 
habitantes.
3
§ 1º - O plano diretor, aprovado pela 
Câmara Municipal, obrigatório para 
cidades com mais de vinte mil habitantes, 
é o instrumento básico da política de 
desenvolvimento e de expansão urbana.
§ 2º- A propriedade urbana cumpre a 
função social quando atende às exigências 
fundamentais de ordenação da cidade 
expressas no plano diretor.
4
Diretrizes gerais fixadas em lei Lei 
Federal 10.257/2001
art. 1° parágrafo único:
Para todos os efeitos, esta lei, denominada 
Estatuto da Cidade, estabelece normas de 
ordem pública e interesse social que 
regulam o uso da propriedade urbana em 
prol do bem coletivo, da segurança e do 
bem-estar dos cidadãos, bem como do 
equilíbrio ambiental.
5
Art. 2º
A política urbana tem por objetivo ordenar o 
pleno desenvolvimento das funções sociais 
da cidade e da propriedade urbana, 
mediante as seguintes diretrizes gerais:
6
Diretriz (art.2º) Instrumento (4º)
� direito à cidade 
sustentável
�terra urbana, 
moradia
�saneamento 
ambiental
�infra-estrutura 
urbana 
�transporte e serviços 
públicos
�trabalho , lazer para 
gerações presentes e 
futuras
�plano diretor
�parcelamento, uso e 
ocupação do solo
�zoneamento 
ambiental 
�edificação e 
utilização 
compulsória do solo 
urbano
�Unidades de 
conservação
�EIA e EIV
7
Diretriz Instrumento
� gestão democrática 
através da participação
� audiência pública –
empreendimentos ou 
atividades com efeitos 
potencialmente 
negativos ao meio 
ambiente (natural ou 
construído), o conforto 
ou a segurança da 
população
�plano diretor 
participativo
�gestão orçamentária 
participativa
�planos, programas e 
projetos setoriais
�planos de 
desenvolvimento 
econômico e social
�referendo popular e 
plebiscito
�EIA e EIV
8
Diretriz Instrumento
� evitar e corrigir distorções do 
crescimento urbano e efeitos 
negativos sobre o ambiente
� ordenação e controle do uso do solo 
evitando:
⌧uso inadequado dos imóveis
⌧proximidade de usos 
incompatíveis e inconvenientes
⌧parcelamento, edificação e uso 
excessivo ou inadequado à
infraestrutura
⌧subutilização ou não utilização 
especulativa
⌧deterioração das áreas 
urbanizadas
� plano diretor
� zoneamento ambiental
� unidades de conservação
� limitação administrativa
� parcelamento, 
edificação e utilização 
compulsórios
� direito de preempção
� Operações Urbanas 
Consorciadas
� EIA e EIV
9
Diretriz Instrumento
� equipamentos, serviços 
adequados aos interesses e 
necessidades da população e 
características locais;
� justa distribuição dos 
benefícios e ônus 
decorrentes da urbanização
� recuperação dos 
investimentos públicos que 
geraram valorização 
imobiliária
�Plano diretor
�parcelamento, edificação 
ou utilização compulsória 
�planos de 
desenvolvimento 
econômico e social
�direito de preempção
�outorga onerosa do 
direito de construir
�operações urbanas 
consorciadas
�instrumentos fiscais e 
tributários
10
Diretriz Instrumento
� cooperação entre governos 
e iniciativa privada …no 
processo de urbanização 
em atendimento ao 
interesse social
� regularização fundiária, 
urbanização de áreas 
ocupadas para baixa 
renda, normas especiais de 
urbanização e uso do solo
� usucapião especial
� ZEIS – Zonas Especiais 
de Interesse Social
� CDRU – Concessão de 
Direito Real de Uso
� Concessão Especial p/ 
Moradia
� Regularização Fundiária
� Direito de superfície
� Direito de preempção
11
Diretriz Instrumento
� adequação dos 
instrumentos de política 
econômica, tributária e 
financeira e dos gastos 
públicos aos objetivos 
do desenvolvimento 
urbano - bem-estar 
geral e a fruição dos 
bens pelos diferentes 
segmentos sociais
� IPTU, Contribuição de 
Melhoria, incentivos e 
benefícios fiscais e 
financeiros
� plano plurianual, 
diretrizes 
orçamentárias e 
orçamento anual
� gestão orçamentária 
participativa
� planos de 
desenvolvimento 
econômico e social
12
Legislação de Linhares – Plano 
Diretor – LC 11/2012
TÍT. II 
DOS PRINCÍPIOS 
FUNDAMENTAIS, DAS 
DIRETRIZES E DOS OBJETIVOS 
GERAIS DA POLÍTICA DE 
GESTÃO URBANA
CAP. I - DOS PRINCÍPIOS 
FUNDAMENTAIS
CAP. II - DOS OBJETIVOS E DAS 
DIRETRIZES
CAP. III - DA FUNÇÃO SOCIAL 
DA PROPRIEDADE
TÍT. III 
DA POLÍTICA DE 
DESENVOLVIMENTO URBANO
CAP. I - DA HABITAÇÃO 
TÍT. IV 
DO ORDENAMENTO DO 
TERRITÓRIO DO MUNICÍPIO
CAP. I - DA ESTRUTURAÇÃO 
DO TERRITÓRIO DO 
MUNICÍPIO
CAP. II-DA ZONA URBANA 
SEÇÃO I - DA ZONA URBANA DE 
DINAMIZAÇÃO I 
SEÇÃO II - DA ZONA URBANA DE 
DINAMIZAÇÃO II
SEÇÃO III - DA ZONA URBANA 
DE CONSOLIDAÇÃO I 
SEÇÃO IV - DA ZONA URBANA DE 
CONSOLIDAÇÃO II 
SEÇÃO V - DA ZONA DE 
INTERESSE SOCIAL 
13
TÍTULO V.
DOS INSTRUMENTOS DA 
POLÍTICA URBANA
CAP.I - DAS DISPOSIÇÕES 
GERAIS
CAP. II - DA LEGISLAÇÃO 
URBANÍSTICA
CAP. III - DO 
PARCELAMENTO, 
EDIFICAÇÃO OU 
UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIA
CAP. IV - DO DIREITO DE 
PREEMPÇÃO 
CAP. V - DA OUTORGA 
ONEROSA DO DIREITO DE 
CONSTRUIR
CAP. VI - DAS OPERAÇÕES 
URBANAS CONSORCIADAS
CAP. VII - DA TRANSFERÊNCIA 
DO DIREITO DE CONSTRUIR
CAP. VIII - DO ESTUDO DE 
IMPACTO DE VIZINHANÇA
CAP. IX - DOS PROJETOS 
URBANÍSTICOS 
ESPECÍFICOS 
CAP. X - DA LEGISLAÇÃO 
TRIBUTÁRIA
CAP. XI - DAS DIRETRIZES 
PARA REGULARIZAÇÃO DE 
ASSENTAMENTOS 
PRECÁRIOS, LOTEAMENTOS 
IRREGULARES E 
EDIFICAÇÕES 
DESCONFORMES 
14
SEÇÃO VI - DA ZONA DE 
EXPANSÃO URBANA 
SEÇÃO VII - DAS ZONAS 
URBANAS ESTRATÉGICAS 
SUBSEÇÃO I DO CORREDOR DE 
COMÉRCIO E SERVIÇO
SUBSEÇÃO II - DA ZONA DO 
AEROPORTO
SUBSEÇÃO III - DA ZONA 
INDUSTRIAL
SUBSEÇÃO IV - DA ZONA DE 
INTERESSE PAISAGÍSTICO I
SUBSEÇÃO V - DA ZONA DE 
INTERESSE PAISAGÍSTICO II
SUBSEÇÃO VI - DA ZONA DE 
INTERESSE TURÍSTICO E DE 
LAZER 
� CAP. III - DA ZONA RURAL 
� SEÇÃO I - DA ZONA RURAL 
DE USO INTENSIVO
� SEÇÃO II - A ZONA RURAL 
DE USO CONTROLADO 
� CAPÍTULO IV - DA ZONA DE 
INTERESSE ESPECIAL 
� SEÇÃO I - DA ZONA DE 
INTERESSE AMBIENTAL
� SEÇÃO II - DA ZONA DE 
INTERESSE AMBIENTAL E 
TURÍSTICO
15
Art. 6º - princípios do PD
I - justiça social e redução das desigualdades sociais e regionais;
II - inclusão social, compreendida como garantia de acesso a bens, 
serviços e políticas sociais a todos os munícipes;
III - direito à cidade para todos, compreendendo o direito à terra 
urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura 
urbana, ao transporte, aos serviços públicos, ao trabalho e ao 
lazer;
IV - realização das funções sociais da cidade e cumprimento da 
função social da propriedade;
...
VI - direito universal à moradia digna;
...
16
Art. 7º - Objetivos do PD
I - ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e 
seus bairros, dos distritos e dos aglomerados urbanos;
II - elevar a qualidade de vida urbana, garantindo o bem-estar de 
seus habitantes, particularmente no que se refere à saúde, à
educação, à cultura, às condições habitacionais, à infra-
estrutura e aos serviços públicos;
...
IV - reduzir as desigualdades existentesentre as regiões urbanas 
do Município;
V - democratizar o acesso a terra e habitação, estimulando a 
oferta de moradias de interesse social;
...
17
Art. 8º - diretrizes gerais do PD
habitação de interesse social e regularização 
fundiária
...
II - cooperação com os demais Municípios, a iniciativa privada e os 
demais setores da sociedade no processo de urbanização, em 
atendimento ao interesse social;
III - planejamento do desenvolvimento ... de modo a evitar e 
corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos 
negativos sobre o meio ambiente;
IV - acesso à moradia, com a oferta de equipamentos urbanos e 
comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos 
interesses e necessidades da população e às características 
locais;
18
V - ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou 
inadequados em relação à infra-estrutura urbana;
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam 
funcionar como pólos geradores de tráfego, sem a previsão da 
infra-estrutura correspondente;
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua 
subutilização ou não utilização;
f) a deterioração das áreas urbanizadas;
g) a poluição e a degradação ambiental;
19
VIII - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do 
processo de urbanização;
...
XIII - regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por 
população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas 
especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação 
considerada a situação socioeconômica da população e as normas 
ambientais;
XIV - simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação 
do solo e das normas edilícias, com vistas a permitir a redução 
dos custos e o aumento da oferta dos lotes e unidades 
habitacionais;
XV - isonomia de condições gerais para os agentes públicos e 
privados na promoção de empreendimentos e atividades relativos 
ao processo de urbanização, atendido o interesse social.
20
Art. 9º - diretrizes estratégicas
habitação de interesse social e regularização 
fundiária
XIV - criar condições para o estabelecimento de uma 
política habitacional que contemple tanto a produção 
de novas habitações, em localização e condições 
dignas, como a regularização e urbanização das 
ocupações informais;
XV - definir os instrumentos, as diretrizes e as bases 
territoriais que permitam regularizar os 
assentamentos populares, permitindo a diversidade de 
formas de ocupação no Município;
... 
XX - conceder incentivos especiais à produção de 
habitação de interesse social de maneira a garantir o 
aumento da oferta de solo urbano;
21
XXV - garantir que a infraestrutura básica adequada, 
presente na cidade, se estenda ao meio rural, com 
especial atenção aos assentamentos, desde que 
devidamente aprovados pelo órgão competente;
...
XXVII - promover a remoção e relocação da população e 
as edificações das margens dos rios, lagoas e áreas 
de encosta nas regiões urbanas e rurais, para 
prevenir a ocorrência de inundações, enchentes, 
deslizamentos e promover a recuperação das áreas 
degradadas;
22
Art. 10 A propriedade urbana 
cumpre sua função social quando:
I - o exercício dos direitos inerentes à
propriedade se submete aos interesses 
da coletividade;
II - atende às exigências fundamentais 
de ordenação da cidade expressas nesta 
Lei Complementar e na legislação dela 
decorrente, em especial quando 
promove:
23
Quando promove
a) a adequação do direito de construir às normas urbanísticas, 
aos interesses sociais e aos padrões mínimos de parcelamento, 
uso e ocupação do solo e de construção estabelecidos em lei;
b) a compatibilidade do uso da propriedade com a infra-
estrutura, equipamentos e serviços públicos disponíveis, com a 
preservação do meio ambiente e recursos naturais e com a 
segurança, bem estar e saúde de seus usuários e vizinhos;
c) a recuperação da valorização acrescida pelos investimentos 
públicos à propriedade particular;
d) a promoção do adequado aproveitamento dos vazios urbanos e 
dos terrenos subutilizados;
e) a justa distribuição dos benefícios e dos ônus do processo de 
urbanização.
24
Art.31 - diretrizes específicas do 
desenvolvimento urbano na área de Habitação:
I - promover a urbanização, regularização fundiária e a titulação das 
áreas de assentamentos já consolidados, respeitados os 
condicionantes ambientais;
II - localizar os empreendimentos habitacionais em áreas sanitária e 
ambientalmente adequadas, integradas à malha urbana, que 
possibilite a acessibilidade aos locais de trabalho, serviços e lazer;
III - implantar unidades habitacionais com dimensões adequadas e 
com padrões sanitários mínimos de abastecimento de água potável, 
de esgotamento sanitário, de drenagens, de limpeza urbana, de 
destinação final de resíduos sólidos, de obras de contenção em 
áreas com risco de desabamento;
IV - promover a oferta de infraestrutura indispensável em termos de 
iluminação pública, transporte coletivo, sistema viário e 
equipamentos de uso coletivo;
25
V - destinar áreas públicas municipais, não utilizadas ou 
subutilizadas a programas habitacionais para a população de 
baixa renda e à instalação de equipamento de uso coletivo;
VI - estimular a realização de parcerias com universidades e 
institutos de pesquisa para desenvolvimento de alternativas de 
menor custo e maior qualidade e produtividade das edificações 
residenciais, respeitados os valores e cultura locais;
VII - garantir a participação popular na formulação e 
implementação da Política Municipal de Habitação;
VIII - desenvolver programas habitacionais que considerem as 
características da população local, suas formas de organização, 
condições físicas e econômicas;
26
IX - garantir a diversidade de programas e agentes promotores da 
Política Municipal de Habitação, de acordo com as 
características diferenciadas da demanda;
X - implantar programa de reassentamento das populações 
residentes em áreas de preservação permanente, nas áreas de 
proteção de mananciais e nas áreas sujeitas à inundação, 
promovendo o atendimento habitacional das famílias a serem 
removidas, preferencialmente na mesma região, ou, na 
impossibilidade, em outro local, com a participação das famílias 
no processo de decisão;
� Conforme o parágrafo único, este programa deverá priorizar as 
ocupações existentes nas APPs das margens do rio Pequeno, das lagoas 
do Aviso, do Meio, do Tesch (Testa) e das áreas de risco, situadas na 
sede municipal; as ocupações das faixas de preservação permanente do 
rio Doce, nos núcleos urbanos de Regência e Povoação, do Rio Ipiranga 
em Pontal do Ipiranga e Barra Seca.
27
XI - priorizar, nas ações de remoção, a inclusão em programas 
habitacionais, das famílias comprovadamente por cadastro 
municipal, residentes no Município há pelo menos 5 (cinco) anos;
XII - promover a melhoria das habitações existentes das famílias 
de baixa renda e viabilizar a produção de habitações de 
interesse social;
XIII - coibir novas ocupações por assentamentos habitacionais em 
áreas de preservação ambiental, nas de uso comum do povo e nas 
áreas de risco, oferecendo alternativas habitacionais em locais 
apropriados e a destinação adequada a essas áreas.
28
DA ZONA DE INTERESSE 
SOCIAL
Art. 56 - destinada prioritariamente à recuperação urbanística, 
regularização fundiária, produção de habitações de interesse 
social - programa habitacional do Município e programas de re-
assentamento de habitações localizadas em áreas de 
preservação permanente, em áreas de risco ou impróprias para 
utilização.
Parágrafo Único. compreendem:
I - terrenospúblicos ou particulares ocupados por população de 
baixa renda, compreendendo favelas ou ocupações irregulares, 
em relação aos quais haja interesse público em se promover à
regularização e urbanização;
II - glebas ou lotes urbanos não edificados, subutilizados ou não 
utilizados;
III - áreas localizadas na Zona de Expansão Urbana do Município.
29
Art. 58 – ZIS – projeto urbanístico 
específico
I - diretrizes, índices e parâmetros urbanísticos específicos para o 
parcelamento, uso e ocupação do solo e para as edificações, caso 
necessário;
II - projetos e intervenções urbanísticas necessárias à
recuperação ou revitalização física da área;
III - formas de participação da iniciativa privada, em especial dos 
proprietários dos terrenos, dos promotores imobiliários e das 
associações de moradores na viabilização do empreendimento;
IV - forma de integração das ações dos diversos setores públicos 
que interferem na Zona de Interesse Social
V - instrumentos aplicáveis para a regularização fundiária.
30
Art. 59 A Zona de Interesse Social será delimitada 
pelo Poder Público e submetida à aprovação da Câmara 
Municipal.
Parágrafo Único. Os parâmetros de uso e ocupação do 
solo das Zonas de Interesse Social 
não previstos nesta Lei Complementar e na Lei de 
Uso e Ocupação do Solo serão encaminhados à
aprovação da Câmara Municipal juntamente com a 
delimitação de que trata o presente artigo.
31
Instrumentos urbanísticos
– art. 96, inciso II
a) legislação urbanística municipal 
relativa ao parcelamento, uso 
e ocupação do solo;
b) parcelamento, edificação ou 
utilização compulsórios;
c) desapropriação;
d) concessão de direito real de 
uso;
e) concessão de uso especial para 
fins de moradia;
f) usucapião especial de imóvel 
urbana;
g) direito de superfície;
h) direito de preempção;
i) outorga onerosa do direito de 
construir (solo criado);
j) transferência do direito de 
construir;
l) operações urbanas consorciadas;
m) reurbanização e regularização 
fundiária;
n) assistência técnica e jurídica 
gratuita para as comunidades e 
grupos sociais menos 
favorecidos;
o) servidão e limitações 
administrativas;
p) Planos Urbanísticos Específicos;
32
DOS PROJETOS URBANÍSTICOS 
ESPECÍFICOS
Art. 133 - elaborados pelo Poder Executivo, de 
acordo com as diretrizes estabelecidas no PD e na 
UOS, submetidos à apreciação do Conselho 
Municipal de Desenvolvimento Urbano, previamente à
sua aprovação pelo Município
Parágrafo Único - projetos urbanísticos com definição 
de parâmetros de uso e ocupação do solo (não 
previstos no PD ou na LUOS) - submetidos à
aprovação da Câmara Municipal
33
DIRETRIZES PARA A REGULARIZAÇÃO
Art. 135 - legislação específica - definição de normas 
técnicas e procedimentos para regularizar:
I - parcelamentos do solo implantados irregularmente;
II - assentamentos precários ou favelas, definidos como 
Zona de Interesse Social;
III - edificações executadas e utilizadas em desacordo 
com a legislação vigente.
34
Art. 136 - parcelamentos do solo 
para fins urbanos irregulares
Regularização com base em lei que contenha no mínimo:
I - requisitos urbanísticos e jurídicos, com base na Lei 
Federal nº 6.766/79, alterada pela Lei Federal nº. 
9.785/99 e os procedimentos administrativos;
II - procedimentos que garantam o cumprimento das 
obrigações do loteador irregular;
III - possibilidade da execução das obras e serviços 
necessários à regularização pela Prefeitura ou 
associação de moradores, sem isentar o loteador das 
responsabilidades legalmente estabelecidas;
35
IV - normas que garantam condições mínimas de 
acessibilidade, habitabilidade, saúde, segurança;
V - percentual de áreas públicas a ser exigido e 
alternativas quando for comprovada a impossibilidade 
da destinação;
VI - ações de fiscalização necessárias para coibir a 
implantação de novos parcelamentos irregulares;
VII - previsão do parcelamento das dívidas acumuladas 
junto ao erário público como o IPTU, quando houver.
36
Urbanização e regularização de 
ocupações
Art. 137 – É responsabilidade do Poder Executivo 
Municipal urbanizar e promover a regularização 
fundiária de assentamentos precários e favelas, 
incorporando-as ao tecido urbano regular, garantindo 
aos seus moradores condições dignas de moradia, 
acesso aos serviços públicos essenciais e o direito ao 
uso do imóvel ocupado, respeitados os condicionantes 
físicos e ambientais.
§ 1º O Executivo poderá encaminhar leis para 
desafetação das áreas públicas municipais, da classe 
de bens de uso comum do povo, ocupadas por 
habitações de população de baixa renda.
�
37
§ 2º O Executivo poderá outorgar a concessão de uso especial 
para fins de moradia, prevista na Lei Federal nº 10.257, de 10 de 
julho de 2001 - Estatuto da Cidade e na Medida Provisória nº
2.220, de 4 de setembro de 2001.
§ 3º A urbanização dos assentamentos precários e das favelas 
deverá respeitar normas e padrões urbanísticos especiais, 
definidos pelo Executivo.
§ 4º A urbanização deverá, em todas suas etapas, ser desenvolvida 
com a participação direta dos moradores e de suas diferentes 
formas de organização, quando houver.
§ 5º Os programas de urbanização deverão priorizar as áreas de 
risco e em áreas sujeitas à inundação e impróprias do ponto de 
vista ambiental, e estabelecer e tornar públicos os critérios e 
prioridades de atendimento.
38
Regularização de edificações
Art. 138 As edificações em desacordo com a legislação vigente 
poderão ser regularizados com base em lei que contenha no 
mínimo:
I - os requisitos técnicos, jurídicos e os procedimentos 
administrativos;
II - as condições mínimas para garantir higiene, segurança de uso, 
estabilidade e habitabilidade, podendo a Prefeitura exigir obras
de adequação quando necessário;
III - a exigência de anuência ou autorização dos órgãos 
competentes, quando se tratar de regularização em áreas de 
proteção e preservação ambiental, cultural, paisagística, dos 
mananciais, nos cones de aproximação dos aeroportos, e quando 
se tratar de instalações e equipamentos públicos e atividades 
sujeitas ao licenciamento ambiental.
39
Parágrafo Único. Não serão passíveis da 
regularização, as edificações que estejam 
localizadas em logradouros ou terrenos 
públicos ou que estejam situadas em faixas 
não edificáveis junto às represas, lagos, 
lagoas, córregos, rios, fundo de vale, faixa de 
escoamento de águas pluviais, galerias, 
canalizações, linhas de transmissão de energia 
de alta tensão, e demais áreas de preservação 
permanente.
40
41
42
Lei de Uso e Ocupação do Solo -
LUOS – LC 13/2012
Art. 16 - parâmetros básicos de controle da ocupação 
do solo:
I - coeficiente de aproveitamento - fator pelo qual a área 
do lote deve ser multiplicada para se obter a área útil de 
edificação permitida (art. 17);
II - áreas mínimas e máximas de lotes;
III - taxa de permeabilidade do solo - percentual mínimo da 
área do lote onde é proibida a impermeabilização por edificação 
ou pavimentação (art. 22);
IV - recuos ou afastamentos obrigatórios (fundos, 
laterais);
43
V - quantidade mínima de vagas para 
estacionamento de veículo;
VI - gabarito;
VII - taxa de ocupação;
VIII - áreas mínimas para carga e 
descarga.
44
Lei de Uso do Solo – LC 13/2012
DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE 
SOCIAL – ZEIS
Art. 42 As Zonas Especiais de Interesse Social 
são aquelas destinadas à produção e à
manutenção de habitação de interesse social, 
com destinação específica, normas próprias 
de uso e ocupação do solo, compreendendo as 
seguintes situações:
45
I – ZEIS de assentamentos existentes 
autoproduzidos por população de baixa renda 
em áreas públicas ou privadas;
II – ZEIS de loteamentos públicos ou privados 
irregulares ouclandestinos que possam 
atender às condições de habitabilidade nos 
termos do § 4° deste artigo;
III – ZEIS destinadas à implantação de 
Habitação de Interesse Social.
46
§ 1º As áreas instituídas como ZEIS, previstas 
nos incisos I e II, integrarão os programas de 
regularização fundiária e urbanística, com o 
objetivo da manutenção de habitação de 
interesse social, sem a remoção dos 
moradores, exceção feita às moradias em 
situação de risco e em casos de excedentes 
populacionais.
47
§ 2º A delimitação e localização de áreas 
destinadas à produção de habitação de 
interesse social dar-se-á pela instituição de 
ZEIS, prevista inciso III, pelo Poder 
Executivo, considerado o déficit anual da 
demanda habitacional prioritária e os imóveis 
subutilizados, permitida a promoção de 
parcerias, incentivos ou outras formas de 
atuação para a consecução dos objetivos.
48
§ 3º A instituição das ZEIS, bem como a 
regularização urbanística e recuperação 
urbana levadas a efeito pelos programas 
municipais, não exime o loteador das 
responsabilidades civis e criminais e da 
destinação de áreas públicas, sob a forma de 
imóveis, obras ou valor correspondente em 
moeda corrente a ser destinado ao Município.
49
§ 4º Consideram-se condições de 
habitabilidade o atendimento a padrões 
essenciais de qualidade de vida e o 
equacionamento dos equipamentos 
urbanos e comunitários, circulação e 
transporte, limpeza urbana e segurança.
50
Art. 43 – Instituição de ZEIS
Serão instituídas por decreto do Poder 
Executivo as Zonas Especiais de Interesse 
Social (ZEIS) de assentamentos 
autoproduzidos por população de baixa renda 
em áreas públicas ou privadas, e loteamentos 
públicos ou privados irregulares ou 
clandestinos que possam atender às condições 
de habitabilidade nos termos do artigo 
anterior. As ZEIS destinadas à implantação 
de habitação de interesse social serão 
instituídas mediante lei ordinária.
51
Regime Urbanístico
Parágrafo Único. A definição de regime 
urbanístico nas ZEIS de regularização
também será por decreto quando a sua 
alteração restringir-se ao uso e outros 
indicadores - não modificando índices de 
aproveitamento e densificação em relação ao 
entorno - e por lei ordinária quando as 
alterações modificarem índices de 
aproveitamento e densificação.
52
Kofi Anan, Global Report of Human 
Settlements, 2003.
�Sin una accion consertada por parte de las 
autoridades municipales, gobiernos 
nacionales, agentes de sociedad civil y la 
comunidad internacional, el numero de 
residentes en “slums“ debe aumentar en los 
paises en desarrollo. Y si no si logra 
acciones concretas el numero a nivel global 
debe aumentarpara3 biliones en los 
proximos 30 anos.
53
teliguimaraens@gmail.com
� Fontes:
�Constituição Federal
�Estatuto da Cidade – Lei Federal n. 10.257/2001
�Plano Diretor de Linhares 
�Lei de Uso e Ocupação do Solo de Linhares
�Autores indicados
⌧Edésio Fernandes
⌧Betânia Alfonsin
⌧Liane Portilho
⌧Nelson Saule Jr.
⌧Victor Carvalho Pinto
⌧Jaqueline Severo

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