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Patologia Humana Profa Dra CRISTINA BENELI Aula 08 ctbeneli@hotmail.com Objetivos • Compreender os mecanismos que levam a inflamação • Identificar os padrões morfológicos de inflamação associando-os a possíveis agentes causadores • Diferenciar os diversos tipos de inflamação nos seus processos de formação, morfologia e consequências. Inflamação crônica • INFLAMAÇÃO CRÔNICA • inflamação de duração prolongada (semanas ou meses) • normalmente se segue à uma inflamação aguda mas pode iniciar de modo insidioso e assintomático. • a característica e a presença de linfócitos, macrófagos e PROLIFERAÇÃO celular. • Inflamação de duração prolongada na qual a inflamação ativa, destruição tecidual e tentativas de reparação estão ocorrendo simultaneamente Inflamação crônica • A progressão para a inflamação crônica ocorre quando: • não é possível resolver a resposta inflamatória aguda por: (a) persistência do agente agressor (b) interferência no processo normal de cura Inflamação crônica • Inicia-se de modo insidioso ou assintomática com resposta de baixa intensidade • A inflamação aguda é basicamente uma reação vascular e a inflamação crônica é uma reação celular proliferativa. Inflamação crônica • CAUSAS: • Infecções persistentes por certos microrganismos (micobactérias, fungos) • Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos (sílica, aterosclerose) • Autoimunidade Inflamação crônica • Na inflamação crônica proliferam basicamente células mesenquimais: • FIBROBLASTOS • CÉLULAS ENDOTELIAIS • MACRÓFAGOS Inflamação crônica Inflamação crônica Macrófago • É a figura central da inflamação crônica • Produz inúmeros mediadores celulares Destruição tecidual Proliferação vascular • Induz à proliferação de fibroblastos • Induz à síntese de colágeno Inflamação crônica • TECIDO DE GRANULAÇÃO (células endoteliais e fibroblastos) • GRANULOMAS (macrófagos) Inflamação crônica Tecido de granulação • Logo no início da inflamação a proliferação de fibroblastos e células endoteliais vasculares formando pequenos vasos sanguíneos constituem o TECIDO DE GRANULAÇÃO. Os vasos se formam por brotamentos de vasos pré-existentes (angiogênese). Tecido de granulação TECIDO DE GRANULAÇÃO GRANULOMAS • Granuloma é um acúmulo microscópico de macrófagos que se transformam em células semelhantes à epiteliais, cercadas por um colar de leucócitos mononucleares, principalmente linfócitos. As células epitelióides podem se fundir e formar células gigantes • FÚNGICA – Criptococose – Paracoccidioidomicose • METAIS E POEIRAS INORGÂNICAS – Silicose • DESCONHECIDA – Sarcoidose Inflamações granulomatosas • BACTERIANAS – Tuberculose , Hanseníase, Sífilis • PARASITÁRIA – Esquistossomose • CORPOS ESTRANHOS Inflamações granulomatosas • Aspectos bons – Contêm o processo inflamatório – Retardam a ação deletéria do agente, possibilitando uma melhor resposta do organismo – Isolam corpos estranhos ao organismo – Podem indicar o agente etiológico • Aspectos ruins – Ocupam espaço destruindo tecido normal – Liberam citocinas que podem ter ação em sítios distantes (febre, fibrose, etc) – Podem levar a imunossupressão (pelo excesso de célula T supressora) Granulomas GRANULOMAS Células gigantes Célula gigante Ziehl-Neelsen Inflamações granulomatosas Inflamações granulomatosas Inflamações granulomatosas GRANULOMA POR FIO CIRÚRGICO CRIPTOCOCO CRIPTOCOCO: coloração pela prata GRANULOMA POR FUNGO: Paracoccidiodomicose PARACOCCIDIOIDOMICOSE REPARO TECIDUAL Objetivos • Compreender os mecanismos que levam a reparação tecidual • Identificar os padrões morfológicos de reparação associando-os a possíveis agentes associados a defeitos do processo Reparo Tecidual • Envolve dois processos: – Cicatrização • Substituição por tecido conjuntivo – fibroplasia ou fibrose. • Incapazes de regeneração • Ex: Ferimento Processos inflamatórios Necrose celular - Regeneração celular • Reconstituição total do tecido. • Capacidade de multiplicação MEC Regeneração Cicatrização • Migração celular • Polaridade Celular correta • Estímulos dos processos de reparo Reparo Tecidual Fatores de Crescimento • Proliferação Celular • Locomoção, contratilidade, diferenciação celular • Angiogênese • Ex.: – Fator de Crescimento Epidérmico (EGF) – Fator Transformador de Crescimento (TGF- ) – Fator de Crescimento Endotelial Vascular (VEGF) Regeneração celular • Capacidade de multiplicação: • Classificação: – Células permanentes – Células estáveis – Células lábeis • Células Lábeis (epiderme, intestino) • Estáveis (quiescentes: hepatócitos) • Permanentes (neurônios e miócito cardíaco) Ciclo Celular Cicatrização • Ocorre quando há destruição tecidual persistente por lesão de células parenquimatosas e do estroma. • Ocorre substituição das células parenquimatosas não regeneradas(tecidos permanentes) por tecido conjuntivo que leva a formação de FIBROSE e CICATRIZ. • Processo Inflamatório • Proliferação e migração de células teciduais parenquimatosas e conjuntivas • Angiogênese e tecido de granulação • Síntese da MEC e deposição de colágeno • Remodelação tecidual • Contração da ferida • Aquisição de resistência da ferida Cicatrização • Proliferação de FIBRÓCITOS • Transformação em FIBROBLASTOS • Produção de COLÁGENO • FIBROSE CICATRICIAL Cicatrização CORAÇÃO: INFARTO NECROSE CORAÇÃO: EVOLUÇÃO DA NECROSE 1-2 dias 3-4 dias 1-2 semanas Reação inflamatória Fibrose Fibrose Lesão Exsudato Inflamatório Neoformação Vascular Fibroplasia Epitelização Cicatrização Cicatriz hipertrófica Cicatriz hipertrófica Cicatrização por 1ª intenção • União primária • Ferimentos cirúrgicos • Espaço incisional estreito • Bordas aproximadas por suturas Cicatrização por 1ª intenção • Não há união primária • Ferimentos abertos • Espaço incisional grande e irregular (sem bordas justapostas) • Infecção com perda de tecido Cicatrização por 2ª intenção Cicatrização por 2ª intenção Cicatrização por 2ª intenção Cicatrização por 2ª intenção • Remoção da sutura: 10% • 70 – 80% da pele original • Deiscência Resistência da Ferida Bibliografia 1. KUMAR, V.; ABBAS, A.K.; FAUSTO, N. Robbins e Cotran - Bases Patológicas das Doenças, 7 ª ou 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005 ou 2010. 2. BRASILEIRO-FILHO, G. BOGLIOLO - Patologia Geral, 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1998. 3. FRANCO, M.; MONTENEGRO, M.R. Patologia: processos gerais, 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 1992. 4. BRASILEIRO-FILHO, G. BOGLIOLO - Patologia, 7ª ou 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2000 ou 2011. 5. RUBIN, E. et al. Rubin – Bases Clinicopatológicas da Medicina. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.