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Patologia INTRODUÇÃO →Patologia: o estudo causa mecanismo e função; O organismo deve estar em homeostasia. Processo da doença 1. Etiologia: Causa; 2. Patogenia: Mecanismo, de que forma acontece (bioquímico e molecular); 3. Alterações morfológicas: Mudança nas células (estrutural); 4. Fisiopatologia: Alteração funcional; 5. Manifestação clínica: Sinas e sintomas. ISQUEMIA=Falta de sangue em determinado tecido do corpo; NECROSE=Tumefação da célula (inchaço- estoura a célula); Etiologia É o mesmo que a “causa” da doença. Embora sejam inúmeros, possam ser inúmeros os fatores etiológicos, todos podem ser agrupados em dois: Fatores genéticos (p.ex.: mutações hereditárias, variantes genéticas associadas a doenças ou polimorfismos) Doença adquirida (p.ex.: agente infeccioso, nutricional, agente químico ou físico) Boa parte das doenças são de etiologia multifatorial. Etiologia da aterosclerose: Dano às artérias, criando espaços para o acúmulo de colesterol o músculo liso vascular e as células endoteliais. ETIOLOGIA ≠ FATORES DE RISCO Patogenia Sequência de eventos celulares, bioquímicos e moleculares que decorrem da exposição das células ou tecidos a um agente lesivo. Não é importante só conhecer a causa (agente etiológico) da doença. Entender como a doença se desenvolve também é importante. Alterações morfológicas Alterações estruturais nas células ou tecidos, causadas pela doença. Tais alterações são características de cada doença, contudo, é importante destacar que muitas doenças compartilham semelhanças entre si, ao observar apenas as suas características morfológicas. Manifestações clínicas O processo patológico desenvolvido nas células ou tecidos leva, muitas vezes, ao comprometimento da sua função. Esse comprometimento usualmente gera sinais e sintomas. LESÃO E DEGENERAÇÃO CELULAR Degeneração celular é o processo patológico caracterizado por modificações da morfologia das células com diminuição de suas funções A lesão celular ocorre quando as células são submetidas a um estresse tão severo que não são capazes de se adaptar, ou quando são expostas a agentes perniciosos Lesão Causa das lesões: (estímulos injuriantes) -Diminuição ATP; -Danos a membrana (mitocôndria, lisossomo, membrana plasmática); - Ca2+= Estimula proteases e fosfatases (danos ao DNA); -Espécies reativas- danos a proteína. Privação de oxigênio – HIPÓXIA – Lesões reversíveis Hipóxia: Redução no fornecimento de O2 a um tecido. Efeitos observados: - ↑ glicólise e ↑ da captação de glicose; - ↓ na produção de ATP; - ↓ na atividade de bombas de transporte ativo de íons; - ↑ da liberação de Ca2+ no citoplasma ⟶ ativação de proteases - Acúmulo de Acetil-coa nas mitocôndrias, aumentando a síntese de ácidos graxos, favorecendo a ocorrência de esteatose Privação de oxigênio – HIPÓXIA – Lesões irreversíveis Ocorre quando a lesão é prolongada o suficiente para lesar a membrana celular e organelas vitais. Necrose (mais frequente) ou apoptose. Tecidos em hipóxia prolongada podem sofrer agravamento da lesão quando ocorre reperfusão do tecido. LESÕES DE REPERFUSÃO: Tais lesões parecem dever-se a: (1) Radicais livres de O2, pela ativação de oxidases no tecido e pela infiltração leucocitária; (2) Captação de Ca2+ em excesso pelas células, em virtude da volta do fluxo sanguíneo ⟶ ativação de proteases e fosfolipases; (3) Choque osmótico, pela chegada súbita de plasma. Lesões por ANÓXIA duradoura são pouco alteradas após a reperfusão, embora ocorra ampliação da lesão nas suas margens. Agentes físicos→ Agentes químicos e drogas→ Agentes químicos e drogas→ Reações Imunológicas→ Desequilíbrios nutricionais Degeneração Sistemas celulares mais vulneráveis à agressões: 1. Membrana celular: Alt. na permeabilidade de membrana e na pressão osmótica; 2. Respiração aeróbica: ↓ATP e pH, ↑Ca+2, ativação de enzimas líticas; 3. Síntese de enzimas e proteínas: ↓metabolismo, ↓potencial de adaptação; 4. Integridade genética: ↓Síntese de RNA, enzimas e proteínas; TIPOS DE DEGENERAÇÃO: R71) Acúmulo de substâncias celulares Degeneração hidrópica: Eletrólitos e água Degeneração gordurosa: lipídios (esteatose) Degeneração hialina ou mucóide: proteínas (hialinose) Degeneração glicogênica: glicogênio/carboidratos. Degeneração hidrópica (Balonosa) Acúmulo de água e eletrólitos no citoplasma tornando a célula tumefeita (edema celular). • ↑ Volume celular (perda da seletividade da membrana plasmática). • ↑ do tamanho da célula, e regressão das organelas. • É a lesão não-letal mais comum frente aos mais variados tipos de agressão, independente da natureza. CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS: Aumento de volume tecidual; Tonalidade pálida; Perda da elasticidade; Brilho característico. *Zona clara na degeneração hidrópica onde ocorre a tumefação. Degeneração gordurosa (ESTEATOSE) DOENÇA HEPÁTICA NÃO ALCÓOLICA Lesão reversível que se caracteriza pelo acúmulo anormal de lipídios dentro de células parenquimatosas (fígado, rins, coração). ESTEATOSE ALCÓOLICA No fígado ocorre o metabolismo dos lipídeos, que pela Acetil-coa faz a precursão dos ácidos graxos. ↑ na produção de lipídeos e ↓ das lipoproteínas. Degeneração Hialina – Hialinose Lesão reversível que se caracteriza pelo acúmulo de proteínas dentro da célula. Esse acúmulo pode ocorrer pelo aumento da captação de proteínas, aumento na produção e dificuldade na eliminação. Degeneração hialina: aspecto acidófilo, homogêneo, vítreo Degeneração Mucoide Hiperprodução de muco (mucina) pelas células mucíparas dos tratos digestório e respiratório. Síntese exagerada de mucinas em adenomas e adenocarcinomas. Degeneração Glicogênica – Glicogenose Lesão reversível que se caracteriza pelo acúmulo de glicogênio intracelular. • Hiperglicemias: alimentares, por lesão no SNC por narcóticos, por adrenalina ou glucagon, por diabetes. • Glicogenose ou doença do armazenamento do glicogênio: síndromes de origem genética determinando deficiências de enzimas que condicionarão defeitos na síntese e/ou na degradação do glicogênio • Não apresenta nenhuma característica macroscópica. MORTE CELULAR Principais mecanismos de morte celular: Apoptose: Morte celular programada. Pode ser fisiológica ou patológica; Necrose: Morte celular abrupta. É sempre patológica. Apoptose →Fundamental para a regulação da proliferação celular; →Importante para a renovação de células em um dado tecido; →Importante para eliminar células danificadas, ou que já tenham perdido a sua utilidade, da forma menos prejudicial para o organismo possível. FISIOLÓGICA: -Embriogênese, -Involução normal de tecidos hormônio- dependente; -Processo de renovação celular; -Eliminação de células anormais; PATOLÓGICA: -Apoptose insuficiente: Temores; doenças autoimunes; infecções viróticas (Sindactilia, atresia esofágica) -Apoptose em excesso: Doenças neurodegenerativas; (Alzheimer) Características morfológicas das células apoptóticas: • Retração celular ⟶ As células “encolhem”, seu citoplasma fica mais denso e as organelas são empacotadas; • Núcleo picnótico ⟶ Cromatina condensada na face interna do envoltório nuclear; • Formação de corpos apoptóticos (semelhantes a bolhas); • Cariorrexe. Fagocitose de corpos apoptóticos (eferocitose) é importante para evitar necrose secundária. Características gerais do apoptose : -Morte celular programada e silenciosa; -Não induz inflamação; -Há gasto de energia (ATP) no processo; -Não induz inflamação. Necrose →Morte que ocorre de forma abrupta afetando outras células do tecido; - Sempre patológica; -Tumefação; -Células inflamatórias (Neutrófilo); -Ruptura da membrana plasmática; -Inflamaçãoe dano tecidual; Características Células: 1-Tumefação 2- Perda de integridade da membrana 3- Alteração morfológicas e desintegração de organelas, 4-Nucleo picnótico (retração nuclear), cariorrexe, cariolise (Perda do núcleo); 5- Figuras de mielinas; 6-Densidades amorfas nas mitocôndrias; 7- Ruptura da membrana plasmática organelas e núcleo liberação do conteúdo. Características gerais: -Afeta um grupo de células tecido/órgão; -Induz resposta inflamatória. Padrões morfológicos: -Coagulação/Isquêmica; -Caseosa; -Liquefativa; -Gordurosa; -Esteatonecrose; -Gangrenosa. As características patológicas da necrose dependem da causa da necrose e do tecido acometido. Tipos de necrose →Necrose por coagulação (ou isquêmica) -Processo isquêmico; -Infarto branco (anêmico), substituição por tecido fibrótico; -pH (Baixo) no citoplasma faz com que as proteínas coagulem; - Esse tipo de necrose acontece na ausência de infecção; Sequência de reações bioquímicas necessárias para a síntese de ATP. Depende de O2: Diminuição do fornecimento de O2; Que diminui ATP; ↑ Glicólise anaeróbica→ ↓Glicogênio ↑Ácido láctico→ Ph↑ Destacamento de ribossomo→ Diminuição síntese de proteína Bomba de Na+ ↓ Infarto do miocárdio (Exemplo): Geralmente ocorre pela obstrução das artérias coronárias, causando necrose das células cardíacas (cardiomiócitos). →Necrose liquefativa O tecido necrótico fica limitado a uma região, geralmente cavitaria, havendo a presença de grande quantidade de neutrófilos e outras células inflamatórias. - Inflamação + Microrganismos (Bactérias); -Enzimas lisossômicas liberadas (A área afetada toma um aspecto liquefeito). Exemplo: -Abcesso= Composto por tecido necrótico e por sangue. Resultado da infecção por bactérias piogênicas + presença de leucócitos em grande quantidade. -Malácia= (Muito observada no tecido nervoso.) Tecido cerebral tem pouca proteína, logo pouca proteína para sofrer coagulação, tem mais gordura logo se liquefaz. (Sem microrganismo) → Necrose caseosa Tecido acometido esfarelasse, e isso ocorre pela ação de certos microrganismos, aspecto quebradiço e amorfo semelhante a uma massa de queijo. Exemplo: -Tuberculose; → Necrose gordurosa (Esteatonecrose) Ocorre quando a liberação de enzimas nos tecidos, digeridos os componentes lipídicos destes. (Depende da área acometida). Células ricas em lipases. Esteatonecrose: Derramamento de ácidos graxos no tecido, em consequência da necrose tecidual. Exemplo: -Traumas na mama; →Necrose Gangrenosa (Gangrena) É uma seria condição clínica onde a perda de suprimentos sanguíneos ou uma seria infecção causa morte tecidual. Trata-se de uma complicação da necrose. Gangrena Seca: -Mumificação do Tecido; -Associada à necrose isquêmica de extremidade; -Se desenvolve de forma lenta e gradual. Gangrena úmida: -Presença de bactéria; -Infecção; -Pode causar septicemia (Infecção generalizada); - Maior área tecidual; -Feridas Fétidas. -Pode ocorrer vísceras (Área de necrose que teve acesso à bactéria. Gangrenosa Gasosa: -Bactérias anaeróbicas; -As Bactérias produzem gás e ácido acético no tecido; -Enzimas proteolíticas que degradam o tecido, tornando o escuro e inchado (Tumefeito); -Descrita pela primeira vez na 1GM. INFLAMAÇÃO AGUDA Mecanismo essencial, desencadeado pela perturbação da homeostase, cuja finalidade é eliminar o agente agressor (quando há) e permitir o retorno breve ao estado homeostático. Consiste-te numa resposta complexa que envolve a ação de vários elementos celulares e bioquímicos, cuja finalidade é eliminar o agente agressor. SARS- Síndrome respiratória aguda graves; Dexametasona=Anti-inflamatório corticosteroide; A inflamação é importante para as células destruírem o vírus, mas muitas vezes a inflamação é muito potente podendo causar danos ao tecido. Remédios anti-inflamatórios são feitos para controlar o efeito exacerbado das inflamações. Pode ser causado: -Infecções; -Necrose tecidual; -Corpos estranhos; -Reações autoimunes. Sufixo -ITE depois do local acometido. - Miosite - Tendinite - Artrite - Gengivite - Periodontite - Hepatite Sinais cardinais da inflamação: Calor; Rubor; Edema; Dor; Perda de função. Fenômenos ou momentos da inflamação I. Irritativo; II. Vascular; III. Exsudativo; IV. Celular; V. Alterativo; VI. Reparativo. Irritativo A inflamação só é provocada se houver alguma irritação (lesão) tecidual. Após o reconhecimento do agente lesivo ocorre a liberação de diferentes substâncias que iniciam a resposta inflamatória. Citocinas; Quimiocinas; Mediadores lipídicos; Histamina; Bradicinina; Vascular A liberação de mediadores pró-inflamatórios provocam a vasodilatação de vasos sanguíneos próximos. A vasodilatação é provocada inicialmente por histamina e substância P e, em seguida, é mantida por prostaglandinas e leucotrienos. Isso aumenta o fluxo sanguíneo, favorecendo a migração celular. Celular • Todos os tipos de leucócitos podem estar presentes na resposta inflamatória. • As proporções de cada leucócito vão variar de acordo com o agente injuriante (especialmente o tipo de microrganismo). • Os monócitos alteram o seu fenótipo ao chegarem ao tecido, tornando-se macrófagos. Sangue: -Neutrófilo, eosinófilo, basófilo, linfócito, monócito; Tecido: -Macrófago, mastócito; Quimiotaxia • Ao chegarem ao tecido, as células precisam se dirigir ao sítio inflamatório. • Para isso, as células seguem uma “trilha química” feita por quimiocinas. Principais moléculas quimioatraentes: • CXCL8 (IL-8): Específica para neutrófilos; • MCP-1: Específica para monócitos; • C3a e C5a (sistema complemento); • Restos de células mortas; • Restos de proteínas bacterianas. Ação efetiva da célula ao encontrar microrganismo: Fagocitose Alternativos Dano tecidual provocado pela ação do microrganismo invasor ou da própria inflamação. Caracteriza a alteração do tecido pela degeneração celular e pela necrose. Os danos associados à inflamação estão normalmente associados à liberação de espécies reativas de oxigênio (ROS) e enzimas neutrofilicas em abundância. Exemplos: - Inflamação necrotizante (Úlcera); - Inflamação purulenta; - Inflamação com presença de exsudato fibrinoso; Resolutivos (raparativos) Presença de citocinas anti-inflamatórias: 1. Retorno da permeabilidade vascular normal; 2.Drenagem do edema a proteínas pelos linfáticos ou... 3... por pinocitose pelos macrófagos; 4. Fagocitose de neutrófilos apoptóticos; 5. fagocitose de debris necróticos; 6. Dispensa dos macrófagos. Exsudativo Consistem na saída de plasma e/ou células para o sítio inflamatório. A diapedese é como é chamado o processo da passagem dos leucócitos do sangue, nos capilares sanguíneos, para o tecido conjuntivo devido a uma inflamação que é causada por algum agente externo, como um corte no dedo. Moléculas de adesão: -Selectinas (ligação fraca); -Integrinas (ligação forte); RESUMO Fenômeno irritativo: É caracterizado por reações inflamatórias localizadas, que incluem vermelhidão, calor, inchaço e dor no local da lesão. Fenômeno vascular: É a resposta dos vasos sanguíneos próximos à área afetada. Há uma vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo, levando a vermelhidão, calor e inchaço. Fenômeno exsudativo: É o extravasamento de líquido e proteínas do sangue para o espaço intersticial do tecido, causando edema. Pode ocorrer ainda a formação de exsudato inflamatório, que é rico em células inflamatórias, como neutrófilos e macrófagos. Fenômeno celular: É a migração de células inflamatórias para o local da lesão, incluindo neutrófilos, monócitos e linfócitos,que são responsáveis pela fagocitose de micro- organismos e tecidos danificados. Fenômeno alterativo: É caracterizado por alterações na função celular, como aumento da produção de enzimas proteolíticas e radicais livres, que contribuem para a destruição de tecidos. Fenômeno Reparativo: É a fase final do processo inflamatório, caracterizado pela proliferação de células do tecido conjuntivo e pela formação de tecido cicatricial, que substitui o tecido lesado. EFEITOS SISTÉMICOS DA INFLAMAÇÃO Dor – Aumento da sensibilização de neurônios nociceptivos na proximidade do sítio inflamatório. Febre – Ocorre principalmente pela presença de prostaglandinas no hipotálamo. Proteínas da fase aguda - proteína C reativa (PCR), fibrinogênio (relacionado a tromboses), proteína amiloide sérica (AAS). Proteínas aumentadas centenas de vezes em respostas inflamatórias. (Biomarcadores da inflamação). Leucocitose - ocorre por causa do aumento da produção de leucócitos pela medula óssea (estimulada por citocinas), inclusive leucócitos ainda imaturos. O que acontece se a resposta inflamatória aguda não for suficiente para erradicar a infecção? INFLAMAÇÃO CRÔNICA INFLAMAÇÃO AGUDA INFLAMAÇÃO CRÔNICA Resposta rápida e intensa Resposta lenta e prolongada Duração: Algumas horas ou poucos dias Duração: Semanas, meses e até anos. Tipo celular predominante: Células Tipo celular predominante: Células polimorfonucleares mononucleares Fenômenos proeminentes: exsudativo e vascular Fenômenos proeminentes: angiogênese e fibrose tecidual INFLAMAÇÃO CRÔNICA E REPARO TECIDUAL Resolução completa: Resultado no qual o agente lesivo é totalmente eliminado ao longo das primeiras horas ou dias de inflamação. A resolução envolve o processo de reparo tecidual e o retorno da homeostase local. Cicatrização: Ocorre após grande dano tecidual, com posterior deposição de fibrina no tecido, formando tecido fibroso, no local onde deveria ser tecido especializado. Cronificação da inflamação: Ocorre quando há persistência do agente lesivo ou de alguma interferência no processo normal de reparo. Causas da inflamação crônica →INFECÇÕES PERSISTENTES: • Tuberculose; • Periodontite; • Hepatite C; • Esquistossomose; • Doença de Chagas. (Pode haver formação de granulomas.) → DOENÇAS DE HIPERSENSIBILIDADE: • Ativação excessiva ou inapropriada do sistema imune. • Doenças autoimunes como, doença de Crohn, doença de Hashimoto e artrite reumatoide. • Doenças alérgicas, como a asma, por exemplo. → EXPOSIÇÃO PROLONGADA A AGENTES NOCIVOS: • Silicose Características morfológicas Principais células: Linfócitos, plasmócitos, macrófagos e fibroblastos. Fibroblastos produzem colágeno e outros produtos, o que contribui para a formação de tecido fibrótico. Destruição tecidual→ Cicatrização (Deposição de tecido fibrótico. Principais problemas associados à substituição de tecido especializado por tecido conjuntivo fibrótico 1. Perda de função; 2. Rigidez; 3. Obstrução; 4. Insuficiência orgânica; 5. Risco aumentado de câncer; O papel dos macrófagos na inflamação crônica Linhagem de células derivadas dos monócitos. Enquanto monócitos vivem cerca de 1 dia, macrófagos vivem vários meses ou anos. Seu papel na inflamação crônica é: • Fagocitose; • Iniciar o processo de reparo tecidual; • Secretar mediadores inflamatórios (TNF, IL-1, quimiocinas e eicosanoides); • Apresentação de antígenos para linfócitos T. O dano tecidual observado na inflamação crônica é em razão da resposta exacerbada produzida por macrófagos. O papel dos linfócitos na inflamação crônica Consistem num mediador da resposta imune adaptativa presente na resposta contra o agente lesivo. As citocinas produzidas pelos linfócitos ajudam a determinar que tipo de resposta imune será adotada pelas células no sítio inflamatório. Plasmócitos participam da inflamação crônica ao produzir anticorpos contra o microrganismo patogênico. Exemplos → ESCLEROSE MÚLTIPLA: Destruição da bainha de mielina; → INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA: Caracterizada pela presença de macrófagos ativos, frequentemente com linfócitos T e associada, algumas vezes, com necrose central. Uma tentativa das células de eliminar um agente difícil de destruir. Granulomas imunes e granulomas de corpos estranhos Granuloma imune (EPITELIÓIDE)→ Macrófagos se agrupam como se fossem células epiteliais, formação de células gigantes (Fusão de macrófagos). Há deposição de fibras de colágeno ao redor. Fibrose.(Ovo de S. mansoni e m. tuberculosis.); Se o agente injuriante e a necrose não são completamente destruídos/reabsorvidos, a fibrose se estabiliza, encapsulando-os. A fibrose é removida por enzimas colagenases, e a cicatriz pode desaparecer. Granuloma de corpo estranho→ São encontrados na resposta a corpos estranhos relativamente inertes, na ausência de resposta mediada por linfócitos T. Exemplos comuns desses corpos estranhos são partículas de talco, suturas e outras fibras grandes o suficiente para impossibilitar a fagocitose. Resolução da inflamação Depende: Extensão da lesão e o órgão que foi lesado; O reparo tecidual pode ocorrer por dois tipos de reação: Regeneração ou cicatrização. Regeneração→ Alguns tecidos conseguem substituir as regiões danificadas por células do mesmo tipo tecidual. Ocorre pela proliferação de células que sobreviveram à lesão. (Intestino, pele e fígado). Tecidos Lábeis: células que estão em contínuo processo de proliferação. Esses tecidos podem se regenerar prontamente após a lesão, contato que a reserva de células-tronco esteja preservada. Ex: pele, mucosa oral e medula óssea Tecidos Estáveis: células quiescentes com baixo potencial proliferativo, mas quando estimuladas entram em proliferação Ex: parênquima do fígado, do rim e do pâncreas, células endoteliais, fibroblastos e músculo liso Tecidos Permanentes: dividem-se preferencialmente no período embrionário Ex: neurônios e músculo cardíaco Cicatrização→ Órgãos com baixo índice de proliferação ou que tenham sofrido grande dano tecidual são reparados pela deposição de tecido cicatricial (fibroso). -Lesão acentuada; Etapas do reparo por formação de cicatriz • Angiogênese; • Formação de tecido de granulação; • Remodelamento do tecido conjuntivo. A sutura é importante para a cicatrização porque mantém as bordas da ferida unidas e imobilizadas, permitindo que as células da pele possam crescer e preencher a lacuna criada pela lesão. A sutura também ajuda a reduzir o risco de infecção e a minimizar a formação de cicatrizes inestéticas. DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS ARTÉRIA→ Transporte de sangue sob alta pressão e velocidade; VEIAS→ Transporte sob baixa pressão, paredes finas e importante reservatório. CAPILARES→ Trocas entre sangue e espaço intersticial. Uma única camada de células endoteliais. ESFÍNCTERES PRÉ-CAPILARES→ Se abrem e fecham para controlar o fluxo local nos tecidos Hiperemia Aumento do volume sanguíneo em tecidos. Mediado pelo maior fluxo sanguíneo, culminando em processos de vasodilatação . Classificação →HIPEREMIA ATIVA ou ARTERIAL Acúmulo de sangue arterial, causada por uma dilatação arterial ou arteriolar que provoca um aumento do fluxo sanguíneo nos leitos capilares, com abertura da capilares inativos. ↑ O2; • Estímulos Neurogênicos • Estímulos Metabólitos (ADP) • Estímulos endoteliais • Estímulos Mediadores químicos Pode ser Fisiológica ou Patológica. Fisiológica: Quando há necessidade de maior irrigação no órgão ou tecido. Aumento do suprimento de O2 e nutrientes: Musculatura esquelética durante exercício físico Tubo gastrointestinal na digestão Cérebro durante o estudo; Glândula mamária durante a lactação; Ruborfacial após hiper estimulação psíquica. Hiperemia Cutânea – Glândulas sudoríparas. Patológica: Quando acompanha inúmeros processos patológicos, principalmente as inflamações agudas, agressões térmicas e traumatismo. → HIPEREMIA PASSIVA CONGESTIVA É causada por uma obstrução do fluxo venoso, que leva a uma acumulação de sangue no tecido. ↓ O2; Aumento do fornecimento de sangue a um órgão ou tecido sem que haja necessidade. Esse tipo de hiperemia é sempre patológica. Pode ocorrer em casos de trombose, torção da veia ou pela falha nos mecanismos de retorno venoso. Ocorre por diminuição da drenagem venosa por aumento da resistência pós-capilar; Passiva local: – Obstrução ou compressão vascular, – Torção de vísceras (H. Passiva aguda), – Trombose venosa, – Compressão vascular por neoplasias, abscessos, granulomas. Passiva sistêmica; – A principal causa de hiperemia passiva sistêmica é a insuficiência cardíaca congestiva Direita (ICCD)- Sistêmica (Hepática); Esquerda (ICCE)- Congestão pulmonar; Hiperemia passiva local: Ocorre quando há uma obstrução do fluxo venoso em um tecido ou órgão específico, levando a uma acumulação de sangue nesse local. Exemplos incluem a hiperemia passiva hepática, causada por cirrose ou insuficiência cardíaca direita, e a hiperemia passiva pulmonar, causada por doenças cardíacas ou pulmonares. Hiperemia passiva sistêmica: Ocorre quando há uma obstrução do fluxo venoso em todo o sistema circulatório, levando a uma acumulação de sangue em todo o corpo. Exemplos incluem a hiperemia passiva generalizada em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva ou em pacientes com trombose venosa profunda. A hiperemia passiva sistêmica pode levar a uma variedade de sintomas, incluindo inchaço, fadiga, falta de ar e insuficiência cardíaca. →EDEMA Aumento do líquido nos espaços Teciduais intersticiais ou em cavidades corporais fechadas (efusões). Desequilibro entre pressão hidrostática e coloidosmótica. Pressão hidrostática é a pressão que o líquido exerce sobre o vaso, e pressão coloidosmótica e a exercida pelas células/proteínas dentro do vaso, ambas fazem parte das Forças de Starling. Classificação: Localizado: ↑ líquido intersticial em um local específico do corpo. - Causas vasculares, dermatológicas e ortopédicas - Membros inferiores: unilateral (vascular, ortopédico, dermatológico); Sistêmico: ↑ líquido intersticial em muitos ou todos os órgãos. - Generalizado – cardíaca, renal e hepática. - Membros inferiores: bilateral (cardíaco, renal e hepático); Hemodinâmica A formação do coágulo depende de três componentes: Parede vascular; Plaquetas; Cascata de coagulação; →TAMPÃO PLAQUETÁRIO A exposição do tecido subendotelial é fator crítico para a formação do coágulo; Este tecido é rico em fator de von Willebrand, que induz a adesão plaquetária à região danificada; Fator de von Willebrand→ Produzido pela camada subendotelial→ Plaquetas se fixarem na região lesada (Tampão Plaquetário); Tromboxano A2→ Produzido pelas plaquetas→ Promove a agregação plaquetária. ADP→ Atrai as plaquetas para a lesão; A resposta funcional das plaquetas ativadas envolve quatro processos distintos: adesão (deposição de plaquetas na matriz subendotelial); agregação (coesão plaquetária); secreção (liberação de proteínas dos grânulos plaquetários); e atividade pró-coagulante (intensificação da geração de trombina). →COÁGULO Via intrínsecas e extrínseca→ Ativação dos fatores de coagulação; Fator Xa ativa: Protrombina→ Trombina Fibrinogênio→ Fibrina Fibrina se deposita sobre o tampão plaquetário formando um coágulo estável →FIBRINÓLISE Plasmina→ Fibrinólise: Remoção do coágulo A plasmina cliva a rede de fibrina, desfazendo o coágulo e permitindo a recuperação do vaso sanguíneo lesionado; →Os produtos de degradação da fibrina são fagocitados por macrófagos e eosinófilos; Trombose Estado de doença mantido pelo estabelecimento do trombo; Ativação excessiva dos processos hemostáticos normais, como a formação de um coágulo sanguíneo (trombo) em vasos normais Etiopatogenia da trombose Hipercoagulabilidade, estase venosa e lesão endotelial → interação de fatores genéticos e gatilhos ambientais que causam trombose. Normalmente dois ou três se combinam para causar a trombose. 1. Alterações da parede vascular: Evidenciavel na maioria das tromboses arteriais e cardíacas, e em algumas venosas. Causa: Traumas, bactérias na superfície vascular, infecções virais de células endoteliais, estase sanguínea, migração de parasitos. 2. Alterações hemodinâmicas: ↓ Velocidade do fluxo (Estase)→alteração fluxo lamelar→adesão plaquetária→fatores de coagulação; Turbulência→ adesão plaquetária; 3. Hipercoagulabilidade: Trombocitose (Neoplasia), incremento de fatores da coagulação (gestação e algumas neoplasias malignas), redução da atividade fibrinolítica (diabetes, obesidade, síndrome nefrótica), aumento da viscosidade sanguínea (desidratação e queimaduras); Cirurgias de grande porte podem danificar muitas células endoteliais, aumentando a atividade trombogênica no organismo. →TROMBOSE VENOSA Trombose de veias profundas (TVP) da perna podem causar: – Dor local; – Edema; – Circulação é compensada por circulação colateral; – Assintomáticas em 50% dos pacientes. A estase sanguínea também pode lesar o endotélio por hipóxia e diminuição de nutrientes às células do vaso sanguíneo, além do aumento da concentração de proteínas da cascata de coagulação no local. Consequência →Embolia: Embolia de veias profundas → tromboembolia pulmonar → infarto pulmonar Embolia arterial → tromboembolia em outros órgãos → infarto em outros órgãos, isquemia cerebral etc.; →Hiperemia passiva; →Isquemia (infarto); Hemorragia É a saída de sangue do espaço vascular (vasos ou coração para o compartimento extra vascular (cavidades ou interstício) ou para fora do organismo. ✓ Alterações Hídricas Intersticiais Edema; ✓ Alterações Hemáticas Intersticiais Hematoma; ✓Alterações no Volume Sanguíneo Hiperemia, hemorragia e choque; Etiopatogenia →Perda da integridade vascular → Alterações nos mecanismos de coagulação sanguínea – Deficiências congênitas (p.e., Hemofilia) ou adquiridas (hipovitaminose de vit. K e doenças hepáticas) de fatores de coagulação); – Excesso de anticoagulantes, endógenos ou exógenos. →Modificações qualitativas e quantitativas das plaquetas; →Outros mecanismos ainda pouco claros (Dengue hemorrágica e outras doenças); Classificação • Quanto à sua origem: Capilar, venosa ou arterial • Quanto ao volume: – Petéquias - pequenas manchas; – Púrpura – machas levemente maiores (> 3mm); – Equimoses ou hematomas – áreas mais extensas; • Quanto à visibilidade: – Externa - quando o sangue é visível; – Interna com ou sem exteriorização. Importância clínica das hemorragias Depende do local da hemorragia; – Sangramento subcutâneo X Sangramento cerebral Depende do volume e taxa de perda sanguínea; – Perdas intensas (> 20%) – Choque hemorrágico (Hipovolêmico); Choque Conceito: Deficiência circulatória aguda da perfusão tecidual, grave e generalizada, resultante da redução do débito cardíaco, seja por diminuição da capacidade de bombeamento sanguíneo do coração ou por diminuição do retorno venoso. O choque associado à perda elevada de volume de sangue, em razão da diminuição de líquidos, é o choque hipovolêmico. Hemofilia Doença hereditária ligada ao cromossomo X; Manifestações clínicas: Sangramentos intra- articulares, musculares, em mucosas ou cavidades. Importante fator de risco para a realização de cirurgias. Tipo A e B; Principais exames para a detecção de coagulopatias 1. Tempode protrombina: Reação realizada com o sangue do paciente para avaliação do tempo de conversão de protrombina em trombina. 2. Tempo de tromboplastina: Adição de cefalina à amostra do paciente. Avalia-se o tempo até a coagulação do sangue. Direcionado à via Intrínseca de coagulação. 3. Dímero D: Produto de degradação da dissolução da fibrina. Detectável apenas quando há grande quantidade dessas reações. Usado para detectar estados de Hipercoagulabilidade. PIGMENTAÇÕES PATOLÓGICAS “Pigmentação” é o termo que trata sobre o acúmulo de pigmentos no organismo, de forma fisiológica ou patológica. Podem ocorrer em decorrência de alterações bioquímica pronunciadas, sendo o aumento ou diminuição da pigmentação um aspecto importante para várias doenças. Pigmentação endógena: -Derivadas de hemoglobina; -Melanina; -Ácido Homogenístivo; -Lipofuscina; Pigmentação exógena: Pigmentos de origens diversas (partículas do ar, alimentos, tatuagens, entre outros.) O hepatócito realiza uma sequência de eventos metabólicos que torna a bilirrubina solúvel, e a libera na vesícula biliar. Bilirrubina (vesícula biliar)→Urobilinogênio (intestino – 10% reabsorvido)→ Estercobilina Anemia (baixo ferro)= hemoglobina defasada; Hiperbilirrubinemia CAUSAS • ↑ produção de bilirrubina: Anemias hemolíticas, infecções com tropismo para as hemácias, como a malária; • ↓ captação e transporte de bilirrubina nos hepatócitos: Principal causa são defeitos genéticos; • ↓ conjugação da bilirrubina: Carência de enzimas envolvidas no processo. • ↓ excreção de bilirrubina • Obstrução biliar, intra ou extra-hepática: Cálculos biliares ou tumores. • Lesões hepáticas e/ou biliares: Hepatites e cirrose hepática, por exemplo. Icterícia- Acúmulo de bilirrubina conjugada (Fototerapia para destruição da bilirrubina em excesso); Kernicterus ou encefalopatia bilirrubínica - Aumento de bilirrubina não conjugada; Sequelas neurológicas e morte; Pode ser detectada por: • Presença de icterícia; • Acolia fecal (Hipopigmentação das fezes); • Exames sanguíneos (bilirrubina direta e indireta); Pigmentações geradas pelo acúmulo Fe2+ O metabolismo do ferro precisa ser bem regulado, pois ele é potencialmente tóxico para o organismo quando livre no sangue em grandes quantidades. Normal 4 a 5g (70% em hemoglobina); Cerca de 20 a 25% está estocado nos hepatócitos e macrófagos hepáticos sob a forma de ferritina. Hemossiderina – Formada pela agregação de micelas de ferritina; Só ocorre quando há excesso de Fe2+; A hemossiderina é um pigmento anormal microscópico de origem endógena, encontrado no corpo humano e no de outros animais. Pigmentos melânicos Melanina: Pigmento de cor que varia do castanho ao negro. Responsável pelas variações de cores nos olhos, pele e cabelos. Feomelamina: Pigmento entre amarelo e vermelho; Eumelanina: Pigmento o marrom e o preto; →Produzida por melanócitos (camada basal); → A síntese da melanina é controlada por hormônios, principalmente da hipófise e da suprarenal, e pelos hormônios sexuais; →Casos de alterações nessas glândulas podem acarretar alterações na produção de melanina. Contribuem para a formação de melanina 1. Características genéticas: Desenvolvimento e migração dos melanócitos, controle da proliferação e diferenciação celular e proteínas envolvidas na formação da melanina; 2. Hormônios: Hormônio estimulante de melanócito, ACTH, estrógeno e progesterona; 3. Luz solar: Principal estímulo. ↑ o número de melanócitos e melanossomos. Hiperpigmentação melânica NEVOS CELULARES: localização heterotópica dos melanócitos (camada basal da epiderme). Os nevos são pequenas lesões cutâneas, geralmente escuras, que se desenvolvem a partir das células produtoras de pigmento da pele (melanócitos). Melanoma Melanoma: Manchas escuras, de natureza cancerosa. Aumento da quantidade de melanócitos, os quais encontram-se totalmente alterados, originando uma neoplasia maligna. Os melanomas podem ser destituídos de pigmentação melânica devido à natureza pouco diferenciada do melanócito. Melanomas ≠ Nevos Assimétricos; Borde Irregular; Cor não homogênea; Diâmetro maior; Evolução. Hipopigmentação Albinismo→ Congênito; Os melanócitos encontram-se em número normal, mas não produzem pigmento. Vitiligo→ Doença não contagiosa, de etiologia ainda pouco esclarecida. • ↓ n° de melanócitos produtores de pigmento. • Acomete em torno de 1% da população mundial. Pigmentações exógenas Diferentes pigmentos presentes nos ambientes com os quais temos contato podem ser depositados no primeiro local em que têm contato. Eles podem ser eliminados, ficar retidos ou mesmo ser transportados para outros locais. Antracose→ Acúmulo de carvão nos pulmões. • Pigmento inalado mais comum. • Ocorre com maior frequência em quem trabalha com carvão e em indivíduos que moram em grandes centros. Antracose pulmonar Tatuagem→ Introdução de pigmentação insolúvel na pele. Pode ser intencional ou não. • O pigmento depositado é fagocitado por macrófagos, mas também pode ser visto na MEC. ADAPTAÇÕES CELULARES Consistem em alterações reversíveis adotadas pelo organismo frente a uma alteração na homeostasia. Os mecanismos de adaptação celular são todos reversíveis A hiperplasia e a metaplasia descontroladas são terreno fértil para que ocorram mutações malignas nas células. As adaptações celulares podem ocorrer frente a estímulos fisiológicos ou patológicos e vão variar de acordo com o tecido acometido e a alteração à qual elas são submetidas. Gravidez→ Fisiológico; Fumar→ Patológico; CLASSIFICAÇÃO CÉLULAS: Com relação á capacidade de replicação→ Lábeis- Constante renovação; Estáveis- Baixo índice mitótico, mas capazes de proliferar quando estimuladas. Permanentes ou perenes- Atingiram estágio de maturação terminal e não se dividem mais após o nascimento. Células tronco→ Totipotente; Pluripotente; Multipotente; Unipotente Alterações do desenvolvimento AGENESIA gr. a negação + genesis = formação Distúrbio na iniciação da proliferação durante o desenvolvimento. - Total - Parcial - Pontual específica • Letal quando o órgão afetado é único e essencial à vida. • Nomenclatura: A + órgão não formado: Anencefalia, agenesia dentária Agenesia dentaria (mais comum em humanos) Hipertrofia O tamanho aumentado das células é devido à síntese e à incorporação de novos componentes; Pode ser fisiológica ou patológica → causada pelo aumento da demanda funcional ou por estimulação de hormônios e fatores de crescimento. Aumento do tamanho das fibras musculares em resposta ao aumento da carga de trabalho → musculação. Alteração do volume celular – Hipertrofia (Adipócitos) Fisiológica – Útero durante a gravidez Aumento de órgão induzido por hormônio; Patológica – Doença de chagas. Hiperplasia Aumento do número de células de um órgão ou tecido. Em alguns casos é decorrente de retardo na apoptose e não pelo aumento da proliferação. É um processo reversível. Ocorre apenas em tecidos que contenham células capazes de se dividir. • Pode ser fisiológica – Hormonal – Compensatória (após ressecção de um órgão). →Desenvolvimento das mamas desde a infância, puberdade, fase adulta e lactância. →Transplante hepático; • Ou patológica. – Hormonal (p.ex. Estrógeno e hormônios androgênios) – Aumento da carga de trabalho de um órgão. → Excesso de estrogênio → sangramento menstrual anormal. →Hipertireoidismo; A hiperplasia patológica pode levar à proliferação cancerosa. Condições necessárias: • Suprimento sanguíneo suficiente. • Integridade morfofuncional da célula. • Inervação adequada. Atrofia Redução quantitativa dos componentes estruturais e das funções celulares com diminuição do volumedas células e dos órgãos atingidos; Mecanismo: ↓ da síntese proteica e ↑ da degradação celular; Patológica: Nutrição inadequada, diminuição suprimento sanguíneo, perda de inervação, redução da carga de trabalho; Fisiológica: Perda de estimulação endócrina; Metaplasia Representa uma resposta adaptativa em que um tipo de célula é substituído por outro tipo que é mais capaz de resistir ao ambiente adverso no qual o tecido se encontra. NEOPLASIAS Cânceres são a 2a causa de mortalidade no mundo. O câncer é uma doença bastante complexa, pois há muitas variações de acordo com o tecido acometido e com as características adquiridas pelas células tumorais; A maior esperança reside no entendimento da etiologia e patogenia dos tumores. Os cânceres são gerados a partir de mutações genéticas; MUTAÇÕES: São mudanças ocasionais que ocorrem na sequência dos nucleotídeos do material genético de um organismo. - Geralmente silenciosas; -Progressivas; -Podem ser cumulativas. MUTAÇÕES: Mutações causais fornecem para células neoplásicas a capacidade de causar sobrevivência e crescimento, resultando em proliferação excessiva independentemente dos sinais fisiológicos. PROTO-ONCOGENES: Os proto-oncogenes são genes presentes no DNA em células normais. Funções: Proliferação e diferenciação celulares de forma regulada e ordenada. Quando um proto-oncogene é hiperexpresso, sofre mutações, rearranjos ou translocações, ele passa a ser um oncogene. O papel dos protoncogenes e dos genes supressores de tumor ( Pro-oncogene) (Supressor de tumor→ NORMAL Excesso de qualquer um dos dois causa Tumor Proto-oncogenes atuam de forma positiva no progresso do ciclo celular, enquanto genes supressores de tumor atuam de forma negativa, parando o ciclo celular para correções, caso haja erros na replicação do DNA. TUMOR BENIGNO X MALIGNO Benigno Maligno Células bem diferenciadas; Anaplasia: Falta de diferenciação em menor ou maior grau. Crescimento lento e progressivo, podendo parar ou regredir; Taxa de crescimento irregular. Pode ser lento ou rápido. Normalmente se apresenta como uma massa coesa e que não infiltra em tecidos normais Localmente invasivo. Às vezes pode ser enganosamente coeso. Metástase ausente. Metástase frequente. POR QUE REMOVER TUMORES BENIGNOS? • Obstrução de ductos; • Compressão de vasos – isquemia; • Alteração da pressão no órgão – Encéfalo; • Hipersecreção; • Complicações (Adenoma hipofisário). Características de neoplasias malignas 1. Pleomorfismo Celular: variação de forma e tamanho das células e seus núcleos. 2. Hipercromasia: núcleos com coloração bem escura. 3. Proporção Núcleo/Citoplasma: pode chegar a 1:1 em vez do normal 1:4-1:6 4. Mitoses Abundantes: indica a atividade proliferativa 5. Perda de Polaridade: formação de massas tumorais que crescem de maneira desorganizada. 6. Células Tumorais Gigantes: possuem apenas um núcleo polimórfico, único e enorme, com dois ou mais núcleos. ( Não deve ser confundida com as células gigantes de corpo estranhos ou as células de Langhans inflamatórias) Tumores IN SITU O câncer in situ (ou não invasivo) é o estágio em que o tumor está apenas no local inicial de seu desenvolvimento, sem invasão das estruturas mais profundas e não tendo se espalhado para outras partes do órgão de origem. Metástase Consiste na propagação do tumor para áreas fisicamente descontínuas. Fatores que contribuem para a ocorrência: • Anaplasia celular; • Crescimento rápido; • Invasão local agressiva; • Tamanho grande. Formas de disseminação do tumor 1. Disseminação linfática 2. Disseminação hematogênica 3. Cavidades e superfícies corpóreas Marcas registradas do câncer na fisiologia celular Nomenclatura e classificações Com relação à nomenclatura, as neoplasias BENIGNAS seguem a regra de se acrescentar o sufixo oma ex: Fibroma, condroma, adenoma. Pólipo: Massa que se projeta acima de um tecido mucoso. Na maioria das vezes é benigno, mas há pólipos malignos também. Nem toda neoplasia terminada em “oma” necessariamente é benigna! Para neoplasias MALIGNAS: carcinoma → para as de origem epitelial (ex.: adenocarcinoma) Neoplasias Epiteliais a) Epitélio de revestimento: • Benignas → "papilomas“ • Malignas → "carcinomas“ b) Epitélio glandular: • Benignas → "adenomas“ • Malignas → "adenocarcinomas" Neoplasias Mesenquimais a) Não-hematopoiéticas: • Benignas → "oma“ • Malignas → “sarcomas“ b) Hematopoiéticas: • Benignas → ********** • Malignas → “nome + oma“ → linfoma
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